domingo, 21 de julho de 2013

Cânion do Colca - Peru. Junho/2013.

Pessoas,

continuando os posts sobre nossa viagem ao Peru em junho de 2013. De Arequipa, partimos cedinho para o tour de 2 dias e uma noite no Cânion do Colca, finalizando em Puno (e não voltando para Arequipa, como é mais comum).  

Como sempre, pesquisei sobre agências na internet e acabei dispensando umas 3 que me agradaram por causa da exigência deles de efetuar o pagamento antes via Western Union. Até que eu descobri a Giardino Tours, que tem uma parceria com a empresa 4M, que faz o trecho Chivay - Puno, que foi o caminho que fizemos em vez de voltar à Arequipa. Não tinha referência alguma da agência, mas gostei de poder efetuar o pagamento quando chegasse em Arequipa e o valor era um pouquinho mais baixo. 

Sobre os valores, o mesmo serviço pela Colca Tours sairia $175 por pessoa e eu teria que pagar antecipadamente, e pela Giardino saiu $160 (inclui transportes, guia, hotel, café da manhã, e não inclui entradas - S./ 70 soles a entrada para estrangeiros, e para brasileiros é S./40-, almoço, jantar e entrada para as piscinas termais). Pela Colonial Tours, sairia $ 135, mas li umas resenhas falando tão mal da empresa que não quis arriscar. Indico a Giardino. O carro era novo, o motorista não era doido e o guia era bem legal.

Os valores do tour variam de acordo com o hotel que você escolher para pernoitar. Nós escolhemos o Colca Logde (mais caro de todas as opções) e a opção não poderia ter sido melhor. Ele fica localizado num vale belíssimo, em Yanke,  na beira do rio Colca e a principal razão: possui suas próprias piscinas termais para os hóspedes. Então, depois de almoço, nos deixaram lá e não precisamos mais sair. Sugiro muito escolher um hotel com um mínimo de estrutura, porque todos ficam localizados em meio a nada. No segundo dia, os outros turistas reclamaram de quarto frio do hotel Pozo de Cielo e da falta de restaurante do hotel Mamayacchi. Eles tiveram que lugar para o guia para que a van os levasse para jantar em Chivay. Uma dica: o site do Colca Lodge não retrata bem a maravilha que ele é.

O tour é basicamente assim: a agência contratada te busca no hotel umas 7h e vai rumo à Chivay, a cidadela perto do Cânion do Colca, o segundo maior do mundo. Almoçamos em Chivay e depois eles vão distribuindo a turma nos hotéis escolhidos. Quem quiser ir às piscinas termais a tarde, a van passa recolhendo e depois deixa no hotel. Quem não quiser, só verá a van novamente no dia seguinte cedo. No segundo dia, visita-se o Cânion do Colca na parte da manhã, e também há paradas em mirantes para fotos, banheiro e comprinhas. Por volta de 11h todo mundo almoça em Chivay. Depois do almoço, eles deixam quem vai seguir para Puno no ponto de saída do ônibus, e volta com o restante da turma para Arequipa.

Na caminho, o guia vai explicando sobre a civilização inca, histórias do povo peruano, os camelídeos e também fazemos paradas para fotos e usar o banheiro. Nessa parte da manhã, vimos muitas alpacas, lhamas e algumas vicunhas e uma também umas paisagens desesperadoramente lindas, com montanhas, lagos, vulcões, campos, picos de montanha com neve e ainda alpacas e lhamas. Tudo isso na Reserva Natural Pampa Cañahuas.






Filhotes de lhama numa lanchonete que paramos para beber algo quente e usar o banheiro.


Também nessa manhã chegamos no ponto mais alto (literalmente) da nossa viagem: Pata Pampa, a 4.820 metros acima do mar. E sabe o que mais? Nevava!!!! Pouco, mas era neve. E, óbvio, fazia um frio tão desesperador quanto a beleza das paisagens. Nesse momento, eu passava mal e não conseguia sair para ver a minha primeira neve :-(




Eu lá dentro da van passando mal.



O tal soroche (mal das alturas por causa da baixa oxigenação) me pegou nesse dia: minha pressão baixou, ficava tonta e eu não conseguia comer, dava vontade de vomitar. Fiquei uns 3 dias comendo quase nada, comprei as Soroschi Pills (caro, S./ 38 por 20 comprimidos) e depois passou. Mascar a folha de coca para mim não teve efeito algum. Cheguei a mascar algumas no início do passeio, antes de chegar nessas partes altas e passei mal mesmo assim.

Almoçamos num buffet de comida peruana, o Los Portales, bem bacaninha, por uns S./ 25 por pessoa. Depois do almoço, todos foram deixados nos seus hotéis e, no nosso caso, só saímos dele no dia seguinte bem cedo, às 06h30, para irmos ao Cânion do Colca.

Usamos as piscinas termais naturais do hotel e foi fantástico! A temperatura devia estar uns 10º, e as piscinas 38º, ao ar livre, em meio uma paisagem fantástica. Foi maravilhoso! Vale o frio cortante entre estar de roupa de banho e entrar na água. Juro. O atendimento do hotel é espetacular, (destaque para o fato dos funcionários preencherem aquela ficha chata e inútil do check in!), água no quarto, quarto quentinho, café da manhã ótimo, instalações mega confortáveis. Só um defeitinho: os quartos não tem wifi e nem televisão. Mas, quem se importaria com isso tendo a cama disposta frente a uma janela de vidro que dava para as montanhas e, como se não bastasse, uma lua belíssima que chegava até a iluminar a cama??? Puro romance!

  
Vista da nossa janela e da nossa sacada no Colca Lodge


Colca Lodge
Colca Lodge 
Colca Lodge 
Piscinas termais exclusiva para hóspedes no hotel Colca Lodge 



Piscinas termais exclusiva para hóspedes no hotel Colca Lodge 




O restaurante do hotel é bacana e não é caro. Os pratos principais ficam entre S./ 34 e S./ 50.


No dia seguinte cedinho, tipo 6h, a van sai recolhendo o povo todo para irem ao cânion, com paradas em pontos de observação, tanto dos vários vales que tem na região, como para ver os famosos condores. Vimos bem poucos :-(

Tá vendo um condor de asas abertas ali bem no meio da foto?


Ponto de observação dos condores

Cruz del Condor

Ponto de observação dos condores
Ponto de observação dos condores
Paisagem apaixonante, em algum dos mirantes pelos quais passamos.

Paisagem apaixonante, em algum dos mirantes pelos quais passamos.
Paisagem apaixonante, em algum dos mirantes pelos quais passamos.
Paisagem apaixonante, em algum dos mirantes pelos quais passamos.

A região é muito rica em história e paisagens, vale muito a pena. Além do cânion, vemos pessoas que vivem ali pelo vale, sustentando-se com base na agricultura e pecuária, e utilizando as técnicas milenares desenvolvidas pelos incas. O guia é fundamental pra nos dar essa noção histórica do local.

Por volta de 11h30 paramos para almoçar em outro buffet de comida peruana, em Chivay, que não anotei o nome. O preço era também por volta de S./ 30. Depois eles nos deixaram no local de onde partia o ônibus para Puno, da empresa 4M e seguiram de volta para Arequipa.

Esse passeio foi uma das partes preferidas da viagem. Mesmo passando um pouco mal, consegui me deslumbrar e me impressionar com a beleza da região do Cânion do Colca. É imperdível!

Beijocas. Vanessa.

sábado, 13 de julho de 2013

Arequipa - Junho/2013.

Pessoas,

continuando os posts sobre o Peru, depois de Nazca fomos para Arequipa. Achei estranho quando solicitei ao hotel um transfer da estação de ônibus para o hotel e eles negaram alegando que era melhor pegarmos um táxi porque eles não saberiam nosso horário exato de chegada.

Tinham razão. O ônibus, previsto para chegar 07h, chegou quase 08h30. O hotel havia nos informado que o táxi seriam 8 soles, e o guichê  de informações turísticas da estação de ônibus também. Porém o taxista nos cobrou 10 soles e quando revidei ficou dando umas explicações de rua que sobre e que desce. Topamos  pra evitar a fadiga (afinal, tínhamos viajado a noite toda e estávamos loucos para chegar no hotel, não valia a pena brigar por S./ 2 ou R$ 1,63), mas odeio esse "pega trouxa" em turismo.

Ficamos em Arequipa apenas esse dia e uma noite, pois no dia seguinte seguimos cedo para o Canion de Colca. Hospedamo-nos no hotel La Hosteria, reservado pelo booking.com, por $69 com café da manhã. O hotel é super bem localizado, nas costas do Convento Santa Calina, bem no centro, pertinho de tudo. Nos deixaram fazer o check in mais cedo e o atendimento é bem cordial. Fica num casarão antigo e tem belos portão e jardim. O quarto era grande e a roupa de cama muito confortável. Pontos negativos: as tomadas dos quartos eram tão velhas que não segurava o plugin dos carregadores de celular e tals, achamos uma decente e por sorte tínhamos um T; chuveiro com ducha fraca e água que não esquentava bem (isso é um problema corriqueiro no Peru); não tinha wifi nos quarto; no box do banheiro, não havia suportas para sabonete, shampoo; não tinha secador de cabelo no quarto e o da recepção era péssimo, além de claro, não fixar na tomada. Valeu para 1 noite e por $69.

Depois que chegamos ao hotel, gastamos umas duas horas com banho, café e resolver duas coisas: ir até à Giardino (do ladinho) pagar o tour do dia seguinte (Canion de Colca), e  resolver a passagem de Cusco para Lima, que compramos a parte pela Star Peru porque não consegui emitir esse trecho por milhas. Só que a Star Peru resolveu mudar nosso voo e complicar nossa vida, porque ficaríamos com o tempo muito curto entre chegar em Lima, desembarcar e embarcar novamente. Exemplo claro de quando o barato sai caro. Mas o bom na vida é ter problemas que se resolvem com dinheiro, né? Cancelamos a passagem da Star Peru (eles cancelaram sem problemas ou taxas), que tinham saído por $289,34 e compramos da Taca pela internet, por $353,06 as duas passagens com taxas. Pronto. 

Arequipa é uma cidade liiinda! Pode ir conhecer. Ficamos praticamente meio dia e uma noite e achei bom. Só não conseguimos conhecer a parte interna da catedral, que é esplêndida, mas porque tivemos perrengues. Começando mais cedo, umas 10hs, dá pra fazer tudo em um dia.

Portal à esquerda catedral, que é magnífica por fora.

Tudo resolvido, fomos conhecer a Juanita. A Juanita é uma das múmias mais bem preservadas do mundo. Segundo contam, foi sacrificada como oferenda aos deuses pelas comunidades Andinas há mais de 500 anos. O corpo foi encontrado congelado em 1995 no topo do vulcão Ampato e hoje está no Museu Santuários Andinos, cuja entrada custa uns S./ 20, a visita é guiada, dura por volta de 1 hora e vale a pena. Não pode tirar foto.

Daí, fomos almoçar no Chica, mais um restaurante do Gaston Acurio. Foi ótimo! O ambiente é lindo, ora clássico, ora peruano, ora descontraído, ora formal. O atendimento foi ótimo e a comida muito boa. Recomendo demais! A conta com dois piscos sour, uma água com gás, um ceviche, um arroz com pato, uma salada e uma sobremesa bateu em S./ 194 (R$ 158,59).

Milho crocante salgado pra gente beliscar. Viciei nisso. Não cobrado

Couvert com pães deliciosos e quentinhos. Não cobrados, o que acho muito gentil e honesto por parte da casa. 
Salada orgânica com alface, abobrinha, berinjela, aspargos, tomate e um molho de limão, ervas e azeite balsâmico dos deuses. Sabem aquela salada farta e deliciosa que te faz feliz como prato principal? É essa. S./ 26 (R$ 21,00)

Sobremesa de Pana Cotta com Lúcuma, S./ 21 (R$ 17,16), Ceviche de Corvina, S./ 49 (R$ 40,50), Arroz com Pato, S./ 49 (R$ 4050), Pisco Sour e Cholopolitan (ou Piscopolitan), S./ 21 (R$ 17,16), da esquerda para a direita. Tudo maravilhosamente ótimo.


Depois do almoço, fomos ao Convento Santa Catalina. Imenso! Ocupa praticamente o quarteirão inteiro. E era uma cidade mesmo para as freiras, que não saiam dali. Há ruas, praças, fontes. Logo após a entrada, que custa S./ 35,  há guias que oferecem a visita guiada em várias línguas por S./20. Aceitamos e valeu a pena, pois as explicações foram bem detalhadas e nos contaram muitas coisas interessantes. Dura por volta de 1 hora.





Foto tirada de um terraço no convento.



Depois do Convento Santa Catalina, tentamos conhecer a catedral, mas já estava fechada. Pena. Daí a gente foi andar na praça, compramos chocolates Ibérica, vimos uma loja ou outra até que deu fome novamente. Tiramos poucas fotos, mas juro que a cidade tem cada monumento lindo e grandioso, muitos feitos com a famosa rocha branca "sillar", vulcânica, e que apelida a cidade de Cidade Branca.

Catedral na Praça de Armas

Praça de Armas

Praça de Armas, e a catedral quase toda ao fundo.

Algum lugar lindo que não sei o que é.




Daí jantamos no Zig Zag, por dica do TripAdvisor. Lugarzinho bem bacana, cuja conta com uma água, uma entrada, um prato principal e um vinho bateu nos S./ 167 (R$ 136,52). Preferi o Chicha, mas esse é bem confortável e a comida também é bem gostosa.

Couvert não cobrado. Não era muito bom.

Vinho peruano, S./ 80 (R$ 65,40). Definitivamente, os vinhos peruanos não são bons. Puxam para o azedo, são estruturados e complexos demais. E não são muito aromáticos.


Entrada chamada Antipasto Marítimo, S./ 38 (R$ 31,00), com camarões, salmão e truta. Bem gostoso.

Uma das especialidade da casa: carne na pedra vulcânica. Esse prato é a Trilogia de Carnes, com boi, alpaca e cerdo, porção de 200gr., por S./ 45 (R$ 36,78), acompanhado de batatas nativas salteadas e salada verde. Ah, e um babador :-) Uma delícia e é interessante observar como a carne de alpaca é diferente. Não parece nada com boi, nem com porco. É muito gostosa e bem leve.


No caminho de volta para o hotel, demos uma paradinha num "biergarten" que tínhamos visto mais cedo. Pub meio fuleiro e sem cerveja decente. Tocava música pop e vazamos rapidamente. Na verdade, o melhor de ir até lá foi dá de cara com uma parada gay que estava rolando em Arequipa! Pura diversão. E estava relativamente cheia, com pessoas de todos os sexos e idades. Pareceu séria.





Depois, casa, cama e, no dia seguinte, Canion de Colca, que fica para o próximo post.

Beijocas. Vanessa.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Nazca - vôo sobre as famosas linhas de Nazca. Junho/2013.

Pessoas,

ainda sobre nossa viagem ao Peru.

De Lima, fomos para Nazca. Foi uma parada rápida para fazer o vôo sobre as linhas de Nazca e já seguir viagem. 

Madrugamos numa sexta-feira e às 07h pegamos ônibus de Lima para Nazca. Fomos de táxi do hotel (que nos deixou um sanduíche e suco preparados num saquinho, já que não teríamos café da manhã - olha que fofo) para a estação de ônibus da Cruz Del Sur. Em Lima, não há apenas uma rodoviária para todos os ônibus, como é comum. Cada empresa de ônibus tem sua própria estação. No caso da Cruz del Sur, a estação é muito bem organizada e o check in parece de empresa aérea, com entrega de bagagens, etiquetamentos, tripulação toda bem arrumada. 

A viagem dura 7 horas e meia. O ônibus é bem confortável. Tem travesseiros e cobertores, wifi, lanches com bebidas quentes e frias. Tem também televisão e fica passando filmes ou pegadinhas todo o tempo. Compramos as passagens pelo site da Cruz del Sur (pelo site www.go2peru.com também dá pra comprar, mas tem taxa extra. Aproveite-o apenas para fazer pesquisas) e retiramos os bilhetes na própria estação antes de embarcar. Custaram S./ 146 (R$ 118,31) as duas passagens regulares (segundo andar do ônibus).

O cenário da viagem é todo bem desértico, e com umas casinhas perdidas no meio de uma nada. Não entendi o que elas faziam ali. Depois perguntei para nosso guia em Cusco e ele disse que era a casa de repouso de quem plantava nas montanhas ou pescava por ali. Mas, cara, era um deserto de perder de vista. Enfim.

Chegamos em Nazca umas 14h30 e já partimos para o vôo. Fizemos o passeio com a Alas Peruanas, cujo escritória fica anexo ao hotel Alegria e em frente à estação de ônibus. Em frente mesmo! Ainda assim, eles mandam alguém te recolher na estação. A localização da estação e da agência foi muito útil porque na mesma noite seguimos viagem para Arequipa também de ônibus pela Cruz Del Sur, então não precisamos de transfers para lá e para cá. As malas foram conosco e ficaram guardadas na agência.

O vôo custou $100 (R$ 226,17) por pessoa. Da agência, nos levaram para o aeroporto e lá pegamos um aviãozinho tão pequeno que até fiquei com medo. Era o piloto e co-piloto e atrás eu e Vinicius. Tipo um helicóptero :-)




O passeio é muito legal! E com emoção, já que são feitas várias manobras para que o avião fique bem posicionado facilitando a visualização dos desenhos. 


Condor


Astronauta (na verdade, um menino :-))


À esquerda, árvore. A coisinha preta no meio, o observatório. Viram como a pista passa muito perto? O desenho à direita eles chamam de mãos, mas me parece um passarinho. 

Depois do vôo, fomos dar uma voltinha na cidade e descansamos um pouco no lobby do hotel Alegria (onde tinham dois gatinhos lindos!) para matar o tempo até o horário do ônibus para Arequipa.

Na cidade, na região central, paramos no restaurante Via La Encantada para almoçar/lanchar. Eu pedi um ceviche de corvina, mas não estava muito bom, não. Havia partes desagradáveis do peixe (digo, não apenas a carne). O Vinicius pediu um creme de aspargos, que estava bom. Com uma cerveja Cusqueña, a conta ficou em $16,22 (R$ 36,68).



Depois, mais tarde, comemos uma boa pizza barata numa pizzaria que não sei o nome, mas era bem do lado do La Via Encantada. Não anotei nome, nem tirei foto, nem anotei preço por uma simples razão: estávamos assistindo no notebook os últimos episódios da última temporada de How I met Your Mother :-)

Depois foi embarcar rumo à Arequipa. Para Arequipa fomos também com a Cruz Del Sur, compramos as passagens pela internet, por S./ 111 (R$ 89,94) cada uma. Esse trecho compramos o assento VIP, na parte inferior do ônibus, bem mais confortável, com travesseiro, coberta, lanche e com bancos em couro e que inclinavam 160º. Deu pra dormir bem (ainda que tivesse alguém roncando de vez em quando). Chegamos em Arequipa  por volta de 08h30 do dia seguinte.

Foi assim.

Beijocas. Vanessa.

domingo, 7 de julho de 2013

Lima - restaurantes (parte 2 - Astrid Y Gastón, Luchitta, Tanta e Songoro)

Pessoas,

vamos a segunda parte dos registros dos restaurantes de Lima. Alguns preços estão em dólares americanos, porque tive que verificar a conta na fatura do cartão.

Astrid Y Gastón: o mais falado de todos os restaurantes de Lima merece aplausos. Foi uma grande noite. Eu ainda sinto mais saudade e amor do La Mar, mas um restaurante desse nível cuja conta com 1 água, um vinho, duas entradas, dois principais, a melhor sobremesa de todos os tempos, dois cafés saia por S./ 418 (R$ 338,00) é de impressionar (pense em qualquer restaurante bom em Brasília. É daí para mais). Assim como no Central, optamos pedir a la carne ao invés de conhecer o menu degustação da casa, que tem 17 passos e custa S./ 345 (R$ 279,50) por pessoa. Desistimos porque, pessoas, 17 passos, inevitavelmente, é comida para toda uma vida! Não queríamos aquela sensação de conseguir andar depois da janta. E o la carte te dá a possibilidade de explorar o cardápio conforme sua conveniência. Não me arrependi da escolha, mas confesso que fiquei MUITO curiosa com o menu degustação. Curiando algumas mesas ao lado, vimos chegar uma coisa que era literalmente um ninho e os comensais iam catando algo lá de dentro. Mais tarde, o garçom vem vindo com uma caixa com gelo seco, cuja fumaça ia deixando um desenho do lastro dele pelo salão. Daí, parava na borda da mesa, abria a caixa para os comensais e eles recolhiam algo lá de dentro (acho que picolé e já era parte da sobremesa). Não é só a comida, é todo um show, que me pareceu muito bem adequado ao nome do menu: El Viaje. Quem optava pelo menu degustação ainda ia embora com uma lembrança que continha um livreto muito chique sobre o restaurante. Achei bem interessante. Nossas escolhas:

Boas vindas da casa: cesta de pães e manteiga fantásticos e essa folha de arroz toda trabalhada e enfeita sobre uma pedra. Criatividade é isso aí! Não cobrados. O vinho peruano escolhido foi o Tabernero Gran Tinto Fina Reserva Malbec Merlot, o mais barato da carta, S,/ 100 (R$ 81,03), não era assim muito bom, mas fomos descobrindo que nenhum vinho peruano é.

Entradas: Cuy Pekines (pele laqueada, carne confitada, crepes de maiz morado e molho de chifa, por S./ 59 (R$ 47,81) e Três Ceviches, também por S./ 59 (R$ 47,81). Pedimos o prato de cima sem saber o que era cuy (essas 4 tirinhas com cara de gordura). Depois de provar e sentir gosto de porco, perguntamos ao garçom. Resposta: porquinho-da-índia. EITA!!! Ainda bem que não sabia, senão jamais pediria :-) Tem gosto de porco e só.

Principais: acima à esquerda, "entre costillas dse res em seco", com molho, cenoura, ervilhas, tutano e batatas nativs, por S;/ 68 (R$ 55,10); abaixo, lomo salteado tradicional (filet em pedaços, com molho da própria carne, com cebolas, pimentões e batatas fritas, que me conquistou pela discrição "tradicón en toda la vida. sin más palavras", por S;/ 68 (R$ 55,10). Veio acompanhado de uma panelinha de arroz com milho.

Acima, a melhor sobremesa de todos os tempos! La esfera sensible, S./ 28 (R$ 22.68), é uma bola de chocolate recheada por dentro com compota de framboesa, sorvete de lúcuma e espuma de creme brulée. A  bola é com chocolate endurecido, mas o garçom vai jogando chocolate quente e ela vai derretendo. Olha, inesquecível! Dessas que você se lembra a viagem todinha. A caixinha de gavetas abaixo é o mimo que vem com a conta! Em cada gavetinha, dois docinhos maravilhosos, tipo trufas, macarrons, marmelada. Assim que a gente se apaixona.

Luchita: almoçamos por lá no dia do tour privado que fizemos em Lima com a Lima Mentor. Fica no bairro de Chorrilos e em um casarão impressionante. Com certeza foi de gente muito importante no passado, porque tem teto com afrescos, chão de madeira, portas grandes. Quase em palácio. Não sei nada dos preços, mas a comida estava bem gostosa. Vale a pena se estiver pela região.


Milho de couvert, ceviche misto, com camote e milho cozido de entrada para mim (muito bom!) e, de principal, peixe grelhado com alho, com arroz e mandioca frita (ok). 

Prato principal do Vinicius nas duas fotos acima: Tacu-tacu de peixe (tacu tacu é muito tradicional no peru e é quase um mexidão de arroz, feijão, ovos e temperos); a guia que estava conosco pediu um peixe salteado (peixe em pedaços com molho e batata frita). Para sobremesa, essa tortelete de doce de leite. 

Tanta: o Tanta é um dos restaurantes que levam o nome do Gastón Acurio. A nossa ida foi rápida, depois do tour de dia inteiro em Lima, já cansados e numa noite bastante fria. Fomos na unidade de Miraflores. Eu não tirei foto do cardápio, nem da conta, então não tenho detalhes :-( Comemos dois pratos principais, uma taça de vinho e um pisco sour. A conta deu $ 39,11 (R$ 88, 45).

Prato de cima, tacu tacu a lo pobre, e abaixo spaghetti com pesto. Bons!

Sóngoro Cosongo: esse foi o restaurante que caimos quando o estávamos batendo perna uma noite em Barranco. Antes dele, tentamos o Tio Mário, bem na frente, cheio e famosinho. Mas o forte da casa é carne. Daí, o Tripadvisor deu a dica do Sóngoro, a gente curtiu a cara e a chamada dele: "comida peruana hecha em casa". Era um local bem caseiro mesmo, com cara de comida boa e simples. E assim foi. A família proprietária do restaurante é quem te atende. A conta com 1 pisco sour, uma taça de vinho (ruim!), um ceviche e uma causa de frango saiu por $27,03 (R$ 61,13).

Ceviche S./ 29 (R$ 23,00) e Causa de frango por S./ 14 (R$ 11,35). Muito gostosos.

E assim foi.

Estão perdidos nos posts de Lima? Para hotel e passeios, clique aqui. Para o outro post também sobre restaurantes, aqui.

Beijocas. Vanessa.