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terça-feira, 13 de julho de 2010

O dia em que salvamos uma cidade.

Pessoas,

chegamos hoje numa cidadela meio sem graça. Em poucas horas, vencemos todo o minúsculo roteiro turístico, almoçamos e umas 2 da tarde olhamos um pro outro e pensamos: e agora? Com um sol bem chato, a ordem era sentar na sombra e beber. E eu não parava de pensar: preciso salvar o dia, preciso salvar o dia! Porque até então ele tinha sido bem sem graça. 

Assim fizemos. Sentamos num lugarzinho bacana na praça principal da cidade, onde fica a prefeitura. Bar com gente bonita, servia sorvetes, cervejas, cafés e tava sempre cheio. Bebemos uma cerveja, cada um. Depois da primeira, me deu vontade de fazer xixi, obviamente. E é aí que o dia começa a ficar divertido. E não foi por conta das atrações turísticas.

Chegando no banheiro feminino, tinham 2 boxes. Ambos trancados. Depois de uns 15 segundos sem ouvir barulho algum, resolvi olhar por debaixo da porta pra ver tinha alguém. Tinha. No box da direita, os pés de uma mulher com sandália amarela, virados para a porta, na típica posição de quem está no vaso. Já no box da esquerda, avistei a barra da calça e calçados de um homem, de lado. Como se ele tivesse fazendo xixi posicionado ao lado do vaso. Mas, não tinha barulho. Olhei umas 4 vezes, e lá estava o par de calçados masculinos. Saí um pouco do banheiro e confirmei que eu tinha entrado mesmo no banheiro feminino. Sim, eu tava no lugar certo. Olhei de novo por debaixo da porta. Era isso, à esquerda, pés de homem, imóvel, sem barulho. À direita, consegui perceber a sombra da garota de mexendo, e logo depois barulho de papel e descarga.

Meio apavorada, mas muito apertada, respirei fundo e fiz xixi olhando as partes superior e inferior da divisória dos boxes, com a certeza absoluta que de o homem iria filmar ou fotografar meu momento íntimo (e caótico, como já descrito aqui no blog), e no exato instante que a máquina passasse pro meu lado, eu ia arrancá-la das mãos dele sem dó nem piedade. Eu ia mesmo. Fiquei só pensando que era um tarado que ia colocar aquilo na internet.

Não foi o que aconteceu. Mijei, conferi novamente os pés por debaixo da porta, sem barulho, mesma posição. Lavei as mãos e sai.

Pensei inclusive que poderia ser um boneco mesmo que, por alguma razão, estaria trancado ali. Isso passou pela minha cabeça porque no banheiro feminino do Nu Céu, na 405 da Asa Sul, tem um boneco bem na porta que sempre assusta que nunca foi lá. Talvez fosse algo parecido, mas que naquele dia, ou por aquele período, estaria inutilizado e guardado ali. 

Mas esse pensamento não foi o predominante na minha cabeça. Chegando à mesa, contei pro Vinicius e a neurose tomou conta de mim: não conseguia parar de olhar para a saída do banheiro e todo homem que passava eu ficava na esperança de reconhecer o tal par de sapatos.

Depois de mais de uma hora, e algumas cervejas, já estava convencida que era um boneco ou sei lá. Muito tempo tinha se passado e aquele par de sapatos não passou por mim. E nós estávamos bem no caminho da saída do banheiro com a saída do bar. Voltei ao banheiro. Dessa vez com a máquina. Ia filmar/fotografar os pés. Cheguei, abaixei, olhei por baixo da porta e lá estava ainda a mesma barra da calça com o mesmo par de sapatos. Só que, dessa vez, a posição dos pés não era a mesma. Estavam mais juntos um do outro. E, dessa vez, percebi a sombra da pessoa se mexendo. 

Ah, daí a valentia tomou conta de mim. Peguei a máquina, coloquei no modo de filmar, posicionei por cima da porta, mas não deu certo. Então, eu coloquei por baixo, e deu certo. Como estava filmando de baixo pra cima, o visor da máquina era visível pra mim. Então, eu vi tudo que a máquina filmou em tempo real. Isso é impossível! Editando: eu filmei, vi o filme rapidamente e aí, sim, saí correndo, bexiga estourando de tão cheia, coração aos pulos, numa velocidade inacreditável escada acima! 


Realmente não esperava um pessoa, ainda duas horas depois presa num box! Cheguei com a cara de pavor na mesa, mostrei pro Vinicius a filmagem e ele, também muito valente, resolveu ir ao banheiro. Caracas, eu louca pra ir embora achando que o velho viria atrás de mim....

Como teria alguns minutos ali, sozinha, a primeira coisa que fiz foi tirar o anel da mão direita, mão que filmei. Porque se o velhote era mesmo um criminoso experiente, teria percebido um anel na mão da câmara e me acharia facilmente.

Tirei o anel e comecei a armar a fuga. Guardei muito bem a câmara, afinal, era a prova do crime. Se ele aparecesse vindo em minha direção, todo o alemão que aprendi nesses dias seria gritado em alto e bom tom.

Enquanto isso, no banheiro masculino.......lá tava o Vinicius e adivinha quem? O velho. Sim, ele foi ao banheiro adequado pra ele depois de ser descoberto, e, enquanto ele lavava as mãos pra ir embora, o Vinicius esperava a vez dele e o observava detalhadamente. Anos de experiência em perícia criminal vieram a tona.

Dai, subiram a escadas, o velho na frente e o Vinicius atrás. Eu tava de costas, então o Vinicius falou: Vanessa, pode ir ao banheiro. Quando olhei pra trás, não acreditei! Ele próprio, o velho do banheiro, indo em direção à saída, com uma bolsa de mão. Não tinha pinta de tarado, nem de vilão. 

Banheiro? Que nada, vamos seguir ele!!!! E fomos, em meio à multidão, mas por bem poucos metros. Bem na hora que resolvemos parar, o velho resolve virar numa ruela à direita. Girou o corpo, e deu uma olhada pra multidão, olhada bem com a cara de mafioso, do tipo "tão me seguindo". Nessa hora eu pensei: o velho é perigoso.

Em seguida, eu fiquei bipolar. Ora muito feliz porque impedi algum crime bárbaro num banheiro feminino na praça principal da cidade; ora com a sensação de eu estava sendo seguida e a qualquer momento o velho ia cutucar meu ombro; ora com leve dó do velho, pois há a possibilidade dele estar lá perdido por alguma razão inimaginável e de ter morrido de infarto do coração alguns minutos depois por achar que ia ser preso; ora gargalhava inesperadamente. 

Nesse loucura, não falamos pras pessoas que trabalhavam na lanchonete/bar do ocorrido, mas fico me perguntando se não deveria. Talvez um e-mail com o vídeo? Mas, e se ele for cúmplice?

Depois de alguns minutos, voltei ao normal. Um sorvetinho aqui, umas comprinhas ali e o dia foi salvo! Uma ótima história que pode render uma estátua nossa na praça principal daqui há 100 anos :)

Tomara que eu não sonhe com o velho.

O nome da cidade foi preservado por questões de segurança. Assim, acho quase impossível que o velho ache o vídeo dele nesse blog e venha atrás da gente com um machado nas mãos.

Beijocas. Vanessa.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O drama do banheiro público feminino (e como acabar com ele)

Pessoas, 


de tempos em tempos surge na minha frente alguma idéia ou artefato que promete acabar com o drama do uso do banheiro público pelas meninas. São saquinhos de plásticos que envolvem o vaso, funis de vários materiais e formas ou posições que prometem um momento menos traumático entre uma cerveja e outra naquela botecão bacana ou num banheiro químico de show.


Momento traumático? Sim, meninos, traumático. Porque mijar em meia posição, nem sentado, nem em pé, é muito difícil. Pense que o vaso que não serve pra ser sentado, não serve nem mesmo pra ser encostado, de tão 'remijado' que está. Daí a menina chega, tem que manter uma distância de segurança do vaso, dependendo da roupa tem que segurar pra cima ou pra baixo (pra não deixar cair, afinal se o vaso tá todo molhado, o chão em volta também, e a chance da barra da roupa sujar é grande). Com as mãos ocupadas, faz aquela posição básica de agachamento de academia, sente os músculos da coxa trabalharem pra manter o equilíbrio e ainda tem que relaxar pro xixi sair. Junte tudo isso aos efeitos do álcool.

Quando o xixi finalmente resolver vir, nem sempre ele sai reto, direto no vaso. Pelo contrário, a maioria das vezes sai torto, e a prova disso são todos os respingos e a imundice que domina o banheiro depois de algum tempo. Sem falar quando escorre na coxa, e como a garota tá toda travada, segurando roupa, em posição de desvantagem, já era. Deixa essa merda escorrer.

Daí surgem as opções. O ProAssento é um saco em forma de assento. Antes de usar o banheiro, você forra o assento com o plástico e pode mijar relaxadamente. Custa por volta de R$ 1,50 a unidade, comprada no varejo. Por uma mijada é caro, mas dependendo da freqüência de vezes que você o usará, vale a pena ter um ou outro na bolsa.

Os funis tem por objetivo fazer com que você mije em pé, eu acredito. Porque se for pra mijar em meia posição, além de tudo que descrevi acima, ainda teria que segurar o funil. Dificulta, né? Então, pega o funil posiciona na direção do jato e xixi e vai. De pé, como os meninos. Mas, e a roupa? Porque os meninos tem o órgão mijador bem na frente, e pra fora. Nas meninas, o órgão mijador é meio escondido e pra baixo. Isso significa que o menino abre ali o zíper e resolve o problema. A menina terá que tirar a roupa, ou levantar a saia, ou abaixar as calças, e aí começa a dificuldade toda.... segurar a roupa, o funil e aprender a mija de pé. O funil de papelão saí por uns R$ 15,00 o pacote com 12 unidades, e o funil de silicone uns R$ 30,00. Agora, pensa, você usa o funil de silicone, e depois ainda tem que lavar esse treco e guardar. Não me convenceu.


Em vista disso tudo, eu tenho uma sugestão pras pessoas do sexo feminino: sentem! Isso mesmo!!! Se todas as meninas sentassem no assento do vaso sanitário, desde a primeira que o usa até a última da festa, o assento nunca estaria sujo. E nem o chão. E o fedor de xixi não se espalharia pelo ambiente. Enfim, o banheiro estaria sempre normal. Porque o xixi cairia no lugar certo, que é o fundo do vaso, a descarga faria o trabalho dela e pronto.

E não, ninguém pega doença porque se sentou no mesmo local que outra pessoa. A parte em contato comum será a parte posterior da coxa (que é o que encosta no vaso, certo?) e não suas partes íntimas. Acreditar nisso seria o mesmo que achar que um abraço, um aperto de mão ou tocar em alguém pode corriqueiramente trazer doenças.

Eu acho que achei a solução mais adequada. O que acham?

Beijocas. Vanessa