Lia, embarcamos em uma jornada emocionante pela África do Sul, um país de paisagens deslumbrantes, vida selvagem exuberante e uma rica tapeçaria cultural.
Nossa aventura sul-africana foi programada meio em cima da hora, mas as amadas milhas aéreas permitiram que a viajem de última hora acontecesse. Optamos por passagens da Latam, com trechos separados para otimizar custos: Brasília (BSB) a Guarulhos (GRU) e, em seguida, Guarulhos a Joanesburgo (JNB). Uma dica valiosa que aprendemos é sempre verificar a emissão de trechos separados, pois, no nosso caso, saiu mais em conta do que um bilhete direto, mesmo sendo os mesmos voos. O trecho doméstico custou 20.110 milhas + R$ É uma estratégia que vale a pena considerar para qualquer viagem internacional!
Mais uma vez, contamos com o seguro viagem do cartão Visa Infinite. Uma observação importante: embora o seguro tenha sido útil para reembolso de medicamentos, a receita internacional obtida por uma consulta online não foi aceita para a compra de antibióticos localmente, exigindo validação por um médico sul-africano. Fica a dica para quem planeja viagens internacionais: sempre verifique as exigências locais para medicamentos controlados.
Chegando à África do Sul, alugamos um carro pela Sixt. O veículo, um Suzuki Xpresso, era econômico e automático, o que foi fundamental para nos adaptarmos à mão inglesa. Apesar de ser um carro pequeno e com um som "horrível" (que parecia vir do celular!), ele nos atendeu bem para os deslocamentos. O custo foi de R1.263,00 por nove diárias. A África do Sul possui uma infraestrutura rodoviária que varia de estradas precárias a decentes, e a liberdade de ter um carro para explorar as paisagens e plantações de girassóis ao longo do caminho é impagável.
Nossa primeira parada na África do Sul foi Pretória, a capital administrativa do país, conhecida por suas belas árvores de jacarandá que florescem em tons de roxo, rendendo-lhe o apelido de "Cidade do Jacarandá". Não vimos nenhum :-) Em Pretória, nos hospedamos por uma noite no Brooklyn Manor, uma guest house confortável, por R$ 368,00, sem café da manhã incluso.
Durante nossa estadia em Pretória, fomos ao shopping Brooklyn Mall no dia emq ue chegamos para almoçar/jantar e fazer uma horinha antes de engatar numa deliciosa noite de sono pós vôo noturno.
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| Comemos na Moo Moo, uma steakhouse mara. Uma delícia e custo benefício ótimo. Esses pratos não custaram R$ 80 cada. África do Sul é paraíso para quem gosta de comer bem sem deixar um rim. |
No dia seguinte,visitamos o Voortrekker Monument, um local de grande significado histórico e arquitetônico. Este imponente monumento de granito, visível de vários pontos da cidade, celebra a história dos voortrekkers, os pioneiros africânderes que migraram para o interior da África do Sul no século XIX. É um lugar lindo e que definitivamente vale a pena a visita, oferecendo uma visão profunda da história do país. O passeio combina arquitetura grandiosa, esculturas lindas, exposições detalhadas e vistas panorâmicas, proporcionando uma visão multifacetada da cultura e da perspectiva Afrikaner. O monumento fica no no topo de uma colina. A subida ao monumento já é uma experiência em si, com jardins bem cuidados e uma sensação de solenidade.
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| Mulher Voortrekker com seus filhos |
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| As vistas panorâmicas de Pretória são deslumbrantes. |
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| A subida ao monumento é por jardins bem cuidados e divertidos. |
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| A subida ao monumento é por jardins bem cuidados e divertidos. |
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| Tem área de lazer (com tabuleiro de xadrez gigante e a pista para crianças) na frente da cafeteria, restaurante, lojinha de conveniência.. |
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| Pavões! |
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| Vimos uma zebra pastando em um campo aberto, lembrando a rica biodiversidade da África do Sul e a conexão do monumento com a natureza circundante. |
Pretória é uma cidade repleta de edifícios históricos, museus e grandes monumentos, como o de Nelson Mandela nos Union Buildings, que também são atrações imperdíveis. Infelizmente, a Union Builgings estava fechada por causa do feriado do Dia da Liberdade e não conseguimos visitar. O Dia da Liberdade é um feriado público na África do Sul celebrado em 27 de abril, dia em que chegamos por lá. Comemora as primeiras eleições pós- apartheidrealizadas naquele dia em 1994, quando Nelson Mandela foi eleito, e o dia em que a nova constituição foi introduzida.
Engraçado é que como o feriado caiu num domingo, ele é estendido até segunda para "valer" como folga. A regra é estabelecida pela Lei de Feriados Públicos da África do Sul (Public Holidays Act, 1994). A lei estipula o seguinte: "Se um feriado público cair em um domingo, a segunda-feira seguinte será um feriado público" Adorei o conceito, deviam trazer para o Brasil.
De Pretória, seguimos para Hartbeespoort, uma cidade encantadora situada entre as montanhas Magaliesburg e a magnífica Represa de Hartbeespoort. Passamos duas noites na Stirling Manor Boutique Guest House, por R$ 1.102,00, sem café da manhã, na suíte familiar, que era imensa, com dois quartos, banheiro gigante com banheira e uma pequena cozinha.
O ponto alto da nossa visita a Hartbeespoort foram os Santuários dos Elefantes e dos Macacos (Elephant Sanctuary Hartbeesport Dam e Monkey Sanctuary). A visita aos dois santuários custou R 4.040,00 (aproximadamente R$ 1.347,00) e foi uma experiência "legal demais". Esses santuários oferecem uma oportunidade única de interação e aprendizado sobre a vida selvagem, sendo um dos destaques da região. Hartbeespoort é conhecida por suas diversas atividades ao ar livre e pela beleza natural da represa (que não conseguimos fotografar pois passamos de carro), que oferece esportes aquáticos e trilhas.
No Elephant Sanctuary, alimentamos os elefantes e os escovamos (atividade exclusiva para o primeiro tour do dia, às 09h), os guias ensinam anatomia, caracteristicas da espécie, contam a história de cada um deles. É muito legal e o contato com os elefantes é bem próximo. Até beijo de elefante e agnte leva!
No Monkey Sanctuary o contato com os bichos é menos garantido, mas acredito que aconteça com frequência. Assim que chegamos, um deles achou por bem subir na mamãe porque ficou interessado no meu óculos!
Em Hartbeespoort, comemos nos shopping/centros comerciais, como Village Mall, em restaurantes como Hennie's (divertido, gostoso, brinquedoteca), John Dory's (parqueinho do shopping bem em frente), McDonalds.
Seguindo nossa jornada, o próximo destino e foi a Reserva de Madikwe, um verdadeiro tesouro escondido na África do Sul. Madikwe é a quinta maior reserva de caça do país, localizada na fronteira com Botsuana, próxima ao Deserto do Kalahari. É uma das maiores, mas menos conhecidas, reservas de caça, o que a torna ainda mais especial para quem busca uma experiência autêntica e exclusiva.
O deslocamento de Joanesburgo até Madikwe leva cerca de quatro horas, por estradas que variam de precárias a decentes, mas a paisagem é recompensadora, com muitas plantações de girassóis colorindo o caminho. Aqui tem um vídeo que você fez na estrada, filha!
Uma característica única de Madikwe é que carros privados não são permitidos para safáris; apenas os veículos dos lodges da reserva podem circular, garantindo que haja poucas pessoas para muitos animais. Isso resulta em uma experiência de observação de vida selvagem incrível, com cenários que parecem saídos de um filme. Vimos diversas espécies ao redor de pequenas lagoas, bebendo água, e os guias têm a liberdade de andar livremente pela savana, o que facilita muito a aproximação e a observação dos animais. Madikwe é uma área livre de malária e abriga os "Big Five" (leão, leopardo, elefante, rinoceronte e búfalo), oferecendo uma das melhores experiências de safári da África.
Em Madikwe, nos hospedamos por três noites no Mosetlha Bush Camp & Eco Lodge, uma experiência de "camping" no coração da reserva. Diferente dos lodges mais luxuosos, o Mosetlha oferece uma imersão genuína na savana: sem água encanada, energia elétrica ou Wi-Fi, e sem cercas (apenas para elefantes, que são bastante destrutivos!). A proposta é proporcionar uma vivência real, e eles entregaram com louvor. Foi maravilhoso: noites sob um céu estrelado inesquecível, fogueiras aconchegantes, o silêncio da natureza, comida simples e deliciosa, e a oportunidade de interagir com outros hóspedes. Tudo funciona muito bem, inclusive os banheiros, que são adaptados para a experiência. Você, filha, amou cada momento, o que prova que a experiência é para todas as idades. Embora existam opções mais confortáveis e com preço não muito superior, a disponibilidade foi um fator decisivo na nossa escolha, mas não nos arrependemos.
Para quem vai de carro próprio, chegando ao portao de acesso, o hotel é avisado da chegada do hóspedem, que é direcionado ao ponto de encontro (estacionamento da Administração, o carro é deixado lá). Daí, alguém do hotel busca as pessoas nesse ponto. A reserva é tão especial que no pequeno trecho entre a entrada e o estacionamento onde deixamos o carro vimos tantos bichos que valeu por um safári incrível. Os vídeos aqui, aqui e aqui podem provar. Foi coisa de parar o carro para o elefante atravessar a pista!
Cada cabana tem seu banheiro, que fica do lado de fora. Eles deixam pinicos no quarto pro caso de surhir uma vontade de fazer xixi de noite e a pessoa tiver medo ou nao quiser encarar a friaca da madrugada. Apesar de roots, o banheiro funciona super bem.
| O aquecedor da água, a lenha. |
Como já dito, os safáris foram muito especiais, não só pela variedade de bichos, mas pela quantidade de alguns deles. Foi impressionante a quantidade de elefantes, zebras , rinocerontes que vimos, juntos e separados. Vimos muitos leões, muitos, de todas as idades! Família de guepardos. Girafas, iena, chacal, búfalos, impalas, wildbeast, kudus, aves, macacos. Uma loucura.
Além disso, céus espetaculares, no amanhecer ou entardecer. Foi mágico! As fotos são muito menos impressionantes e legais do que a vida real. Muito menos. Tem vários vídeos no YouTube para que você relembre esse sonho realizado.
| Leões fazendo a digestão de uma zebra que eles haviam comido. |
Nossos dias no Mosetlha foram incríveis. Foi a realização de um sonho que a gente nem sabia que tinha <3 #cafonabuttrue
De Madikwe, rumamos para Pilanesberg.
Nossa quarta hospedagem foi no Ivory Tree Game Lodge, localizado na reserva de Pilanesberg, um parque nacional lindíssimo e uma das maiores complexidades vulcânicas do mundo, com características geológicas e ecológicas únicas.
Passamos duas diárias neste hotel maravilhoso, que oferecia todas as refeições (excelente padrão) e dois safáris por dia, com uma acomodação que incluía até piscina privativa – um verdadeiro luxo! Conseguimos uma ótima economia, reduzindo o valor da reserva de R$ 7.249,00, graças à persistência em acompanhar as disponibilidades noBooking.com e cancelamentos. A persistência é o caminho do êxito. E da economia.
| A maioria das refeições foi a la carte, lindas e quase sempre gostosas. |
| Perguntaram se a gente estava comemorando alguma coisa. Sempre estamos. A ocasião mais próxima era o aniversário do papai. Devidamente avisado, o hotel fez auê no jantar, com banda na mesa e bolo! |
Embora Pilanesberg seja um parque nacional espetacular, a permissão de carros privados na reserva faz com que o local fique mais cheio, com a possibilidade de congestionamentos nas pistas. Além disso, os guias não podem sair da estrada, o que limita um pouco a proximidade com os animais em comparação com Madikwe. No entanto, ainda assim, tivemos ótimas oportunidades de avistar muitos animais, incluindo o tão desejado leopardo, completando assim a nossa lista dos "Big Five"!
| Engarrafamento. Eram bem comuns, e tiram bastante a emoção do safári. |
| Uau para esse céu! |
| Uns leões pela estrada. |
Pilanesberg é uma boa opção para quem busca uma experiência de safári mais acessível e próxima a Joanesburgo, a apenas duas horas de carro. Mas, tem o perrengue de ter gente demais da conta.
Depois de 5 diárias e 10 safáris, essa foi nossa tabela "raiz" de animais vistos:
| Anotamos num caderninho tudo que vimos, e as quantidade em cada dia de safári. Vários foram para a categoria "infinito", ou seja, paramos de contar. |
De Pilanesberg, fomos para Joanesburgo, nossa última parada antes do retorno ao Brasil. Nos hospedamos no Hyde Johannesburg Rosebank, um hotel lindo, moderno e mega confortável da rede All, com um café da manhã maravilhoso, academia espetacular. Daquele hotel que você quer morar. A localização era excelente, ao lado de um shopping e de onde parte a linha do ônibus vermelho, ideal para explorar a cidade.
Infelizmente, nossa estadia em Joanesburgo foi breve. Chegamos ao hotel por volta das 14h, o que não nos deu tempo suficiente para pegar o ônibus turístico. Optamos por não sair de carro pela cidade devido a receios de segurança e acabamos passando o tempo no shopping, comendo super bem, provando drink de lavanda na Starbucks, entrando em livraria linda, lojinhas fofas, etc.
No dia seguinte, partimos em nosso voo de volta para casa.
Foi assim: mais uma viagem transformadora, repleta de experiências únicas e inesquecíveis.
Além dos valores citados, gastamos 650 dólares com refeições, gasolina, brusinha na H&M, livraria, lembrancinha, gorjetas, esatcionamento e todo tipo de presepada que vai aparecendo em viagens. Se quiser saber o valor total, converta tudo para uma moeda só, some, e não me conte!
Te amo, filha. Muito!!!
Beijocas. Mamãe.






























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