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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Sobre a vida (pegando o fio da meada)

Pessoas,

no início do dezembro recebi dois e-mails na conta do blog e aí me dei conta que o último post por aqui foi em 31 de janeiro de 2017.

Fiquei em estado de choque. O ano passou e eu não escrevi váaarios posts que adoraria publicar. Especialmente os de viagens, que são registros que faço muito mais pra mim do que pra qualquer pessoa. Servem como recordação, tipo álbum de fotografia. Eu releio os posts tempos depois, incluo informações.

Pra começar, deveria ter finalizado o relato da viagem que fizemos ao Reino Unido em 2015. Depois da região de Cotswolds, fomos para Lincoln e ficamos na casa de amigos. A cidade é muito fofa e fizemos um bate volta à York, uma cidade murada liiinda, e partimos de volta ao Brasil por Manchester, dando tempo de conhecer um pouco da cidade e ainda passamos a última noite num hotel que fica literalmente num pub (Mulligans of Deansgate - não é confortável, vale só pela história).

Muralhas de York

Mulligans of Deansgate

Em 2016, tivemos em Nova Iorque e Nova Jersey também visitando amigos que moram lá, indo com amigo que mora aqui e a viagem foi fantástica.

Eu e Eric combinamos de fazer careta pra foto. Eric me trolou.

Central Park

Westfield, New Jersey
Passamos também uns 15 dias naquele Rio de Janeiro perfeito irreal que recebeu as Olimpíadas, cada dia assistindo ao vivo um esporte diferente, pirando com a energia daquela torcida do mundo todo, perdendo a cabeça e pagando uma fortuna pra comprar de última hora ingressos pra final do futebol que, vocês lembram, né, deu Brasil. Com muito sufoco e, obviamente, emoção. Foi incrível.

Parque Olímpico

Nós pirando com a pira olímpica.

Na cama com Vinícius
Em 2016 também coube uma viagem de 10 dias para Portugal, passando por Porto, Guimarães, Braga, Lisboa, Sintra e Cascais. Foram conosco minha irmã e o cunhado e a gente se divertiu horrores. Minha irmã é do tipo que topa uma passeio de bicicleta pela orla de Cascais mesmo não sabendo andar de bicicleta direito. Ela só caiu duas vezes. Fora o incidente que causou na imigração, na chegada ao país  (essa só dá pra contar pessoalmente). Portugal é tudo de bom, linda, barata, feliz. Foram tantas postas de bacalhau a 10 euros que vocês não têm noção, além dos vinhos e, claro, das cervejas, porque lá também tem cerveja decente em toda esquina.

Porto

Cascais

Lisboa, na rua do nosso ap

Ah! Também teve a viagem para Porto Alegre para fazer prova de concurso. Ocorreu que a prova era domingo e sábado a gente descobriu um festival de cerveja artesanal que também ocorreria domingo, o Oktoberfest 4º Distrito Porto Alegre. Daí, a gente compreendeu que ir beber cerveja também no domingo era mais legal que ir fazer a prova e nos jogamos. Aconteceu que o bendito concurso foi cancelado e a gente preferiu pedir o reembolso da inscrição do que ir de novo pra Porto Alegre fazer a bendita prova. Só consigo ver vantagens nessa história toda.

2016 encerrou-se de uma maneira muito surpreendente. No dia 31 de dezembro, descobrimos que estávamos grávidos. A gravidez foi desejada, mas demorou tanto pra acontecer que já tava achando que teria que partir pra um tratamento ou adoção. Por isso, ter acontecido naturalmente foi uma agradavel surpresa! Cabe aqui o registro que os avós não se cabem de tanta felicidade. 

No segundo semestre de 2016 teve também o início do fim da Bolacha. Por uma sequência azares, incluindo um erro veterinário, a Bolacha entrou numa bola de neve de doenças, uma causando a outra, e morreu dia 06 de fevereiro de 2017, após uma década de convivência de puro amor. Quase morri junto. Dessas rasteiras da vida.... Até hoje não me conformo. As cinzas dela estão num cantinho do meu guarda roupa, onde ela adorava ficar e eu não deixava pra não encher as roupas de pelo. Pipoca ficou inconsolável, procurando pela irmã durante dias.

Essa foto foi tirada dias antes dela ir embora de vez.

2017 foi, então, o ano da gravidez. Um ano sóbria. Muito estranho. Mas também divertido.

Não brassamos nenhuma vez esse ano! Não sei bem o porquê, só sei que no primeiro semestre não rolou, talvez o fato de eu não beber tenha afastado o tesão pela brassagem. Até que tentamos programar brassagens pro segundo semestre, mas as datas que eram favoráveis pra gente coincidiam com o racionamento de água. Daí o ano acabou.

Fomos, novamente (acho que foi a quarta vez), ao Festival Brasileiro da Cerveja em Blumenau. Mesmo sem beber...tradição é tradição :-) Foi mais legal que chato. Parece que estar rodeada de bêbados nos deixa um pouco grogue por osmose. Interessante também foi a sensação de tomar café da manhã em Blumenau sem estar de ressaca. Nesse ano, pudemos alugar um carro e visitar umas cervejarias nas cidades vizinhas. Foi fácil apontar quem seria a motorista da vez.

Eu, que não sou lá muito fã de praia, resolvi que queria conhecer uma dessas tipo paraíso de catálogo de agência de viagens. Fomos, então, para Turks e Caicos. Sim, a ilha é surreal de linda, com água azul cristalina, temperatura ótima e areia branca. Ficamos hospedados na casa de locais, pelo Airbnb e foi muito legal.

Leeward Beach. Sem mais. Foto de celular sem filtro algum.


A viagem incluiu Miami. Fomos visitar amigos. Detalhe que essa viagem foi programada antes da notícia da gravidez, então não foi uma viagem com o objetivo de fazer enxoval, ainda que tenhamos dedicado alguns dias pras comprinhas pro bebê, sem nos deixar levar pela insanidade consumista que o tema envolve.



Em maio fomos ao Encontro Nacional das Acervas, em Natal. Massa demais. Turma cervejeira na praia, hotel terrível (Imirá Plaza Hotel, fujam com força), mudança de hotel no meio da viagem porque o Imirá é ruim com força (acordamos uma noite com um vazamento no banheiro que parecia um dilúvio), hotel magnífico em seguida (Best Western Premier Majestic), maior cajuzeiro do mundo, uma esticadinha até a Praia de Pipa (Pousada Magia da Terra - simples, mas gostosinha), que é um lugar beem legal, com passeio de barco pra ver golfinhos, bistrôs transados, etc e tal.



Posso dizer que tive uma gravidez tranquila, com pouco desconforto. Me exercitei todo o tempo e me alimentei bem na maior parte dele. Tive a sorte grande de ter uma prima-irmã obstetra e uma instrutora de pilates muito dedicada, que cuidaram de mim com todo amor e conforto possíveis.



Lia nasceu dia 05 de setembro de 2017, após 30 horas de trabalho de parto, contando desde os primeiros sintomas chegada da garota (16 horas de trabalho de parto ativo, entenda-se, com dor de verdade). O parto foi normal e suportei bem a dor por causa de duas amigas-irmãs que são fisioterapeutas e estiveram comigo. Pra quem pretende ter parto normal: tenha uma doula ou fisioterapeuta especialista com você! Faz TODA diferença na sua percepção da dor.



Depois do parto, o pós parto e a amamentação. E eu queria taaaanto amamentar que não comprei uma mamadeira sequer! Olha. Foi foda. Difícil. Sofrido. Ainda que estivesse preparada sobre o fato de a amamentação nem sempre (eu diria quase nunca) é algo natural e instintivo, foi muito pior que eu imaginava. Doeu muito, ajustar a pega da Lia foi tenso. Foram mais de 2 meses pensando em desistir,  muitas vezes amamentando chorando, sendo que por duas vezes eu cheguei ao consultório da pediatra completamente decidida a introduzir leite artificial porque ninguém merecia amamentar, especialmente em esquema de amamentação exclusiva.

Nas duas vezes, a pediatra me dobrou. Cuidou de mim e dedicou muito tempo das várias consultas às minhas questões. A pediatra é a Dra. Sônia Salviano, a maior entusiasta da amamentação do mundo! Se é isso que você quer pra sua vida, vá atrás dela. Enfim, continuamos sem mamadeira, em amamentação exclusiva e doando leite para o Banco de Leite, o que me enche de satisfação. A parceria do marido também foi fundamental pro sucesso da empreitada. Além, claro, da presença e ajuda de toda família e amigos.

Acho que com essas informações o blog fica relativamente atualizado e podemos seguir tentando não perder mais o fio da meada.

Feliz Natal pra voces todos! Que 2018 seja incrível e que nos atrevamos a ser simples. Sempre.

Beijocas. Vanessa.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Aspirador de pó robô Taurus Striker Mini - um robozinho adorável.

Pessoas,

rotina de limpeza doméstica. Quase um pesadelo. Esse é um assunto que eu sempre coloco na roda. Quero ouvir opiniões e rotinas alheias e delas vou tirando dicas que se adequem ao meu dia a dia. Foi numa dessas que descobrir, pela família Sbubs, que existia um aspirador de pó robô com preço acessível: o Striker Mini, da marca Taurus.

Enlouqueci. Eu até já tinha ouvido falar sobre isso, mas na minha cabeça era um treco raro e caro pra dedéu. Esse, não. Custa em torno de R$ 600,00, sem frete. Como havia alguns comentários falando muito mal da duração da bateria, em torno de 20 minutos, resolvi olhar adivinha onde? Ali Express :-) Achei um., esse aqui. Mais barato e cheio de notas boas.

Só que entre decidir e efetivamente comprar, fui dar uma olhada, procurando por viagens, na verdade, na promoção Supreenda da Mastercard, aquela do Paga 1 Leva 2. E adivinha o que eu encontro lá? O aspirador robô da Taurus, Strike Mini azul marinho, na bendita promoção: pague 1, leve 2.

Uma amiga do trabalho também tinha se interessado pelo aspirador robô e, então, resolvemos fechar a parceria e comprar. Ficou por R$ 722 os dois aspiradores, com frete. Se alguém quiser, tenho vouchers da promoção.




Sobre o aspirador. Ele promete aspirar, varrer e passar pano. E ele realmente faz isso. O varrer é por conta de umas "vassourinhas" acopladas na frente, que vão desgrudando a sujeira do chão par ele conseguir aspirar. O passar pano é forçação de barra. Ele vem com umas amostra de um "papel toalha" (algo entre pano e papel) de boa qualidade para a gente encaixar no fundo do aparelho e realmente vai dando uma limpadinha na área por onde ele passa, mas não é a mesma coisa que passar um pano úmido na casa.

Mas, que aspira, aspira. Para aquela vassourada do dia a dia, para remover poeira, pelos de gato e cabelo da casa, é bem eficiente. E ele é inteligente. Tem sensor de queda e não cai, se colocado sobre a mesa ou armários. Testei. E no youtube tem vídeos também. A "rota" que ele estabelece para passear pela casa também é bacana. Não sei como nem por qual razão, mas ele vai indo junto à parede e faz a volta no cômodo todo. Depois, quando não encontra mais quinas, vai fazendo círculos, com raios cada vez maiores. Isso não é assim perfeito toda vez, claro, mas que é uma ajuda e tanto, é. 

Ele será muito mais eficiente em ambientes com poucos obstáculos. Por exemplo. Quando ele chegou embaixo da mesa da sala, ficou bastante confuso com os pés das 4 cadeiras e deu mil voltas no mesmo lugar. Por isso, é importante tirar cadeiras, bancos dos ambientes.

A desvantagem, como muito falado pelos consumidores em geral, é a duração da bateria. Realmente, funciona por no máximo 30 minutos. Eu acho que a bateria tem durando um pouco mais a cada uso, mas é achismo e ainda assim não passou da meia hora. E demora para carregar. Não sei quanto tempo, porque está sempre carregando durante a noite ou enquanto estou no trabalho.

Ainda assim, eu acho que vale a pena. Pelo menos para casas pequenas. Aqui, um ap de 70m2, usando duas vezes por dia consigo aspirar a casa toda. Daí eu divido em turnos e o chão tem estado sempre livre de pelos de gatos (que não são poucos) e de fios de cabelo. E não é que eu tô aspirando. Eu solto ele no cômodo e vou me ocupar de outra coisa.

O barulho é bem confortável. Não é um primor de silêncio, mas o ligo às 07h da matina, quando acordo, e não tenho a sensação de que estou incomodando os vizinhos.

As gatas, claro, adoraram. Ficam de olho no novo integrante da casa. A Bolacha fica só de olho mesmo. A Pipoca vai lá tirar satisfação :-)


É isso. Recomendo, mas não vão achando que ele substitui uma diarista, hein! É uma mão na roda, um quebra-galho, um cata pelo e cata cabelo. 

Beijocas. Vanessa.

domingo, 7 de abril de 2013

Bonito - Mato Grosso do Sul - Março/2013

Pessoas,

há alguns meses fizemos uma lista com todos os lugares que temos que ir ainda nesta vida. Tentamos ser enxutos e, mesmo assim, marcamos 8 destinos nacionais e 22 internacionais que ainda não tivemos o prazer de conhecer. Se conseguirmos uma excepcional média de 2 viagens por ano, fecharemos a lista quando estivermos chegando perto dos 50 anos de idade. Nada mal - ainda sobrará tempo e energia para repetir os destinos favoritos.

Na última semana santa (25 a 30/03 de 2013), riscamos um dos destinos nacionais: Bonito, no Mato Grosso do Sul.

Bonito: check.

Programar uma viagem pra Bonito é algo bem diferente de programar uma viagem para uma grande capital. Você não pode simplesmente comprar a passagem, chegar lá e fazer o que bem entender. Em Bonito, todo o turismo fica nas mãos das agências locais - se você não for a uma delas, você não faz passeio algum. Praticamente todos os pontos turísticos só permitem a entrada mediante a apresentação do voucher de alguma operadora. Não dá pra chegar e pagar lá, no guichê, e entrar no rio para ver os peixes.

Como tudo está nas mãos das agências, surgem vantagens e desvantagens. A vantagem é a comodidade: todos os passeios agendados, transporte indo te buscar e levar de um lado pra outro, nenhuma preocupação. A desvantagem é óbvia: os preços vão lááááá pra cima. Bonito é uma viagem bem cara. Ainda bem que compramos as passagens com milhas (Gol, 10.000 cada trecho por pessoa), o que atenuou o custo total.

A agência que utilizamos foi a "Bonito Way" (http://www.bonitoway.com.br/). Os preços são tabelados entre as agências, então isso não pesou na decisão. O que mais contou foi a rapidez e a forma da resposta: a Vanessa mandou e-mail, e eles ligaram pra ela logo após. O atendimento foi bacana e prestativo, então não temos do que reclamar. Merece nossa recomendação. Tivemos, de cortesia, dois dias de aluguel de máquina aquática, essencial para os passeios de flutuação.

Chegando e saindo de lá

Chegar em Bonito dá trabalho. Os voos diretos Brasília-Campo Grande partem em horários terríveis. E o aeroporto de Bonito só recebe aviões nas quintas e domingos, com voos operados pela Azul. Tivemos que fazer o trajeto em 3 partes: voo de Brasília pra Guarulhos; voo de Guarulhos pra Campo Grande; transfer de Campo Grande pra Bonito. Saímos de Brasília às 11h e chegamos em Campo Grande às 14h (ganhamos uma hora com o fuso horário, que lá é diferente). O trajeto de 260 km entre Campo Grande e Bonito foi feito em uma van apertada e pouco confortável. Partimos 15h e chegamos lá aproximadamente às 19h.

O dia da volta foi parecido - pegamos o tranfer, que foi feito em um confortável ônibus, às 07h30. Chegamos ao aeroporto de Campo Grande às 12h, embarcamos às 15h, ficamos um tempo mofando em Guarulhos e chegamos em Brasília às 22h.

Chegar ou sair de Bonito consome um dia inteiro de viagem.

Dormindo

Antes de tudo, vale o comentário: Bonito é o tipo de viagem onde você só precisa de uma boa cama no hotel, pois os passeios são cansativos e tomam o dia inteiro. Ao chegar no hotel, tudo o que se deseja é comer algo e capotar na cama. Então não se preocupe em gastar rios de dinheiro com um hotel chique.

Ficamos na pousada Águas de Bonito (http://www.aguasdebonito.com.br/), que é bem bacana. Pra falar a verdade, ultrapassa as necessidades. Se tivéssemos escolhido um local mais em conta, a viagem teria sido tão boa quanto. 

Pátio central da pousada. À esquerda da foto está o redário, um ótimo lugar pra tirar um cochilo.

O local da pousada não é dos melhores - é servida por uma rua ainda sem asfalto (a rua foi inteiramente asfaltada desde o final de 2013) e fica a aproximadamente 1 km do centro da cidade. O trajeto é razoavelmente curto, mas o caminho é feio e escuro. Apesar de a cidade ser muito segura, não dá vontade de caminhar por ali. O táxi é tabelado - apesar da curtíssima distância, custa 13 reais. Ou 15 reais, se for depois de 23h. Como eu disse, a cidade é segura. Esse é o único tipo de assalto que você sofrerá.

A pousada tem alguns destaques positivos: o restaurante é muito bom, o que te poupa de ir até a cidade todo dia. Há uma grande área de lazer com piscina, redário, ofurô. Bem confortável.

Outro destaque estava no café da manhã. Além das opções tradicionais de café da manhã, eles serviam um prato chamado quebra-torto, considerado o café da manhã do peão pantaneiro. Coisa pra quem precisa de calorias extras durante o dia: arroz, carne e ovo. 

Quebra-torto. Café da manhã para os fortes.

Além de tudo isso, a pousada servia uma "merenda pantaneira" ao final da tarde, para quem chegasse cedo dos passeios. O destaque, segundo a Vanessa, era a pipoca.

Pipoca na merenda pantaneira.


Comendo

A região oferece muitos pratos feitos de peixe. Também há pratos comuns de carne e frango. A diversão fica por conta do que é exclusivo: carne de jacaré.

Fizemos três jantares no próprio restaurante do hotel. Um dos dias, véspera de sexta-feira santa, o hotel ofertou um buffet variado por R$ 37/pessoa. O destaque foi o "pintado a urucum". Também tinha costelinha de pacu como aperitivo. Nos outros dois dias o serviço era a la carte - Vanessa foi de carne, Vinicius de jacaré.

Jacaré a moda da casa (filé de jacaré grelhado ao molho de alcaparras com arroz e purê de mandioca) por R$ 42,00 o prato individual.

Jacaré a urucum (filé de jacaré à dorê ao molho de urucum, acompanha arroz e batata sautê) por R$ 47,00 o prato individual.

Em outro dia jantamos no Bar Taboa (http://taboa.com.br/bonito.php), que é um bar que produz uma bebida à base de cachaça famosa na região. É uma mistura de cachaça, mel, guaraná em pó, canela e ervas aromáticas. Além da tal cachaça (que é gostosa), pedimos um petisco de....... jacaré.

Petisco de jacaré. R$ 45,00.

Em outro dia jantamos na "Casa do João" (http://www.casadojoao.com.br/). Provavelmente é o restaurante mais famoso e bacana da cidade. O ambiente é bem bonito. Comemos a "Traíra Vestida", para quatro pessoas por R$ 77,22. Não tem foto, mas é a mesma cara das traíras que são vendidas na Vila Planalto.

Voltando ao tema da carne de jacaré, vamos matar a curiosidade de todos: o sabor é bastante "fácil" para nosso paladar. Basicamente é um filé de frango grelhado, só que um pouco mais consistente. Impossível comer e fazer cara feia - o único motivo plausível para reclamar é justamente pelo fato de o prato não ter um sabor surpreendente. Bate uma certa decepção ao descobrir que você acabou de pagar caro em um prato com gosto de frango.


Passeios

Tivemos 4 dias efetivos para conhecer a cidade. Em regra se fazem dois passeios em cada dia, um de manhã e um no período da tarde. Como preenchemos todo o nosso tempo, conseguimos fazer 8 passeios ao todo.

Dia 01 - manhã - Estância Mimosa

Este passeio é uma caminhada pela mata com cinco paradas para banho. O trajeto é razoavelmente pesado, com muitas escadarias de madeira. Em uma das paradas para banho há uma plataforma de salto com 6 metros de altura.


Cachoeiras na Estância Mimosa

Ao final da trilha, almoçamos na própria estância. Buffet de comida regional à vontade. Depois do almoço, ficamos nos divertindo com os jacarés que moram na região. Há um lago cheio deles, com destaque para o obeso jacaré Tommy.

Esse escapou de virar petisco.

Dia 01 - tarde - Bóia Cross no Rio Formoso

Hora de se divertir. É um passeio sobre bóias em um rio com pequenas quedas - uma espécie de "rafting for dummies". Foi bem divertido. Sem fotos, pois estávamos muito ocupados segurando a bóia.....

As quedas são inevitáveis, mas é tudo muito seguro. Os guias são atentos e prestativos. 

Dia 02 - manhã - Gruta do Lago Azul

A gruta do lago azul é um dos highlights de Bonito, com fotos estampadas em todos os panfletos turísticos da tratam da região. O local é bonito mesmo, mas exige um pouco de condicionamento físico. A descida (e a subida) do ponto inicial até o fundo da gruta é feita por uma trilha formada por escadas naturais, de pedra. O trajeto é feito por etapas, com pausas eventuais. Em cada pausa, o guia aproveita para contar a história da região, explicar o motivo de a água ser tão azul e contar piadinhas.

O lago é absolutamente limpo. A água é tão limpa que às vezes nem dá pra perceber que ela existe - você olha e enxerga só o fundo. A melhor época para ver o lago é dezembro-janeiro, pois o sol está em uma posição que os raios conseguem entrar na água. Mas o espetáculo acontece mesmo sem essa incidência direta, como podemos ver na foto que tiramos lá.

Água azul no fundo da gruta.

É um passeio relativamente rápido, mas vale a pena. O visual é impressionante.


Dia 02 - tarde - Flutuação no Rio Sucuri

Junto a gruta do lago azul, as flutuações são o símbolo do turismo em Bonito.  

Fazer uma flutuação é: colocar uma roupa de neoprene para flutuar e não sentir frio; usar um colete para garantir que não vai afundar de jeito nenhum; usar máscara e snorkel; entrar em um rio muito limpo e relaxar vendo os peixes! O deslocamento é feito pela própria correnteza natural do rio, que te carrega lentamente do ponto de inicio ao final do passeio. 

A visibilidade no Rio Sucuri é incrível. Dizem que gira em torno de 20 a 30 metros, e não duvido disso. Dá pra enxergar longe mesmo. A flutuação no Sucuri dura uns 50 minutos e dá pra ver peixes e uma bela vegetação lacustre.







Vanessa flutuando.

Dia 03 - manhã - Buraco das Araras

Bonito plagiou o planalto central e também nomeou sua dolina de Buraco das Araras. Explicação 1: dolina é uma colina ao contrário - um grande buraco no chão. Explicação 2: perto de Brasília há uma outra formação chamada Buraco das Araras, onde dá pra fazer rapel (já fomos lá pela Itakamã e o passeio é realmente bom - http://www.itakama.com.br/buraco_das_araras.htm).

Esse é o passeio mais tranquilo de todos. A trilha é curta é facílima, totalmente plana. A trilha contorna toda a dolina, com duas paradas para fotos. Conseguimos ver várias araras, tanto pousadas quanto paradas. Lá no fundo do buraco, havia dois jacarés tomando banho de sol.

Dia de ver araras.

O passeio do Buraco das Araras é um dos mais fracos que fizemos. É interessante para estrangeiros que nunca viram uma arara solta na natureza, mas só. Bem, não é um passeio decepcionante - mas, se o tempo estiver apertado, dá pra cortar do programa sem muito peso na consciência.

Dia 03 - tarde - Flutuação no Rio da Prata

Mais uma flutuação, dessa vez no Rio da Prata. A água não é tããããão limpa quanto o Rio Sucuri, mas a visibilidade continua impressionante.





  

Vinicius flutuado.

A flutuação do Rio da Prata é muito melhor que a do Rio Sucuri. O tempo total de flutuação é maior (talvez chegue a 2 horas), mas existem algumas pausas, de modo que mal dá pra notar o tempo passar. A temperatura água é mais quente e confortável. Há muito mais peixes. Existe uma corredeira no meio do percurso que adiciona emoção e diversão ao passeio. E, pra completar, no meio do passeio tem um olho d'água gigantesco, chamado de "vulcão".


Vai a Bonito passar apenas 1 dia? Faça a gruta do lago azul pela manhã e a flutuação do Rio da Prata pela tarde.

Dia 04 - manhã - Passeio de bote no Rio Formoso

Esse é um passeio indicado para quem vai à Bonito em grupos grandes, em especial com criança e adolescentes. É um passeio de bote inflável por um rio calmo, mas com 5 pequenas quedas. A parte das quedas dá uma certa emoção, mas passa bem rápido. A principal atividade mesmo é fazer guerra de água com os outros botes. Toda hora os botes ficam lado a lado e começa uma verdadeira guerra, com água voando para todos os lados. Impossível não sair encharcado. Novamente, sem fotos. Estávamos ocupados jogando água nos vizinhos.

Dia 04 - tarde - Balneário Municipal

Para completar nossa viagem, visitamos o Balneário Municipal. É uma verdadeira praia particular, com várias barraquinhas vendendo comida. A atração principal é o braço de rio que passa pelo balneário, onde há uma infinidade de peixes. E lá é permitida (e incentivada) a compra de saquinhos de ração, as quais são jogadas no rio para a alegria dos peixes, que ficam ainda mais empolgados. Como a comida é farta, sempre há vários peixes se aproximando das pessoas que vão tomar banho no rio.

É um programa legal para quem está com criança, pois tem aquele clima de praia. Dá pra tirar um cochilo debaixo das árvores. A maioria das pessoas fica nas barraquinhas, tomando cerveja e comendo iscas de peixe. É um programa que tem um público específico, e no qual nós não nos encaixamos. Em uma viagem com menos tempo, seria o primeiro passeio a ser cortado.

Pessoas nadando no rio, no meio dos peixes.


Resumo da ópera

Uma viagem pra Bonito pode ser feita, com muita qualidade, com 3 dias inteiros por lá. O nosso programa foi bom, exceto pelo quarto dia, que foi dispensável. E 3 dias por lá valem por 20 dias em uma viagem de férias pra uma cidade grande. Meio da natureza, pouca conexão com o mundo exterior e comida regional eliminam o estresse rapidamente. Vale a pena.

Alternativa

A região do ao redor de Brasília oferece ótimos programas bem parecidos. Um turista pode se esbaldar fazendo o circuito Pirenópolis, Chapa dos Veadeiros, Itiquira e Buraco das Araras.


Fazendo amigos

Conhecemos pessoas muito legais por lá. É uma das vantagens de os passeios serem feitos por agências, usando transporte coletivo. Acaba que logo as pessoas da van se conhecem e forma grupos. Nossa turma era formada pelas irmãs Vanessa e Vanine, de SC; Angélica e Luciana, do DF; Alistar, de Londres; e pelo casal que subscreve este blog. A companhia deles tornou a viagem ainda mais bacana. Tomara que a gente se esbarre pelo mundão afora!

Ah, antes que eu me esqueça. A pousada tinha uma gatinha, ainda filhote, branca com manchas negras. Virou nosso bicho de estimação. O nome dela: Flocos.

Flocos, nossa gata de estimação durante as férias.

Inté!

Vinicius.

Update feito pela Vanessa: sobre os preços, o pacote terrestre para nós dois ficou por R$ 3.419,00. Passeios: R$ 1.202,00, contando que o almoço estava incluído em 3 dos 4 dias de passeios. Transfers dos passeios todos e de Campo Grande para Bonito e vice-versa: R$ 900,00. Diárias no Águas de Bonito, que foram 5: R$ 1.317,00. Como dito, o hotel é maravilhoso (tem até ofurô, dentro do qual, aliás, bebemos um bom vinho), mas ficar num hotel mais barato não atrapalha em nada sua viagem. Se você ficar numa pousada/hotel na rua central, economiza com táxis e terá várias opções de janta barata e lazer variado (leia-se: bar). Os passeios são tabelados, mas você pode economizar no transfer, caso alugue um carro. É possível: tem sinalização, mapas e carro de passeio chega fácil nos locais. Li relatos em blogs de viajantes que fizeram assim e vimos turistas com carro por lá. Mas você perde a chance de fazer amizades e de ouvir as piadinhas dos guias. Além de ter que se preocupar com horários e mapas. Eu voto no transfer.