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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Macarrão Renata Linha Superiore - cuidado que cola.

Pessoas,

grudou uma urucubaca na minha faceta consumidora. É iogurte com mofo, macarrão com cola, garantia estendida enfiada goela abaixo, restaurante vendendo cerveja vencida, e até meu super celular Galaxy SIII deu pau, morreu, sem mais nem menos, tipo infarto fulminante em gente teoricamente super saudável (e se alguém rir quanto a esse último fato, leva porrada).

Só que, pior que a urucubaca de tudo ir dando errado, é ter que lidar com essas empresas e perceber que elas não estão nem um pouco preocupadas em agradar clientes, demonstrar respeito ou preocupação com o que colocam no mercado. Chega a ser inacreditável. 

Sobre o iogurte com mofo, já contei aqui (tem um update, sobre o dia seguinte ao post).  

Hoje foi contar sobre o macarrão com cola. Lá pra setembro do ano passado, comprei uma caixa do Macarrão Renata, Tagliarini, Linha Superiore, da marca Selmi. Na segunda ou terceira usada, percebi que o cacho de macarrão estava com alguma coisa estranha. Analisei, analisei e percebi que era cola! Como ele não vem embalado em plástico, a cola usada para fechar a caixa escorreu e saiu melecando o macarrão. Secou e ali ficou, em uma boa parte dele, eu diria. 




Olha o perigo!!! Essa cola transparente passa batido. Você vai comendo e nem percebe. Depois aparece alguma doença e colocam a culpa na sua cerveja ou nos seus gatos.

Eu, como boa consumidora, entrei em contato com a marca, mandei e-mail com as fotos e, claro, guardei a amostra. Afinal, a empresa deve se interessar pelo ocorrido e tentar descobrir o que aconteceu naquele lote de produção. Não dá pra deixar as pessoas comendo cola por aí.

Enviei o e-mail para eles em 13/10/2012. Dois dias depois me responderam perguntando onde e quando poderiam buscar a amostra e fazer a reposição do produto. 

Mais de dois meses depois sem notícias da Selmi, entrei em contato de novo perguntando se vinham ou não buscar a amostra porque estava querendo jogar no lixo. Uns 10 dias depois, ligaram dizendo que horas poderiam passar lá em casa para recolher o produto com cola e deixar uma cesta de produtos da marca para mim. Como não encontramos um horário comum, combinei de deixar na portaria a amostra, e eles deixavam a tal cesta na portaria também.

Não sei bem o que significa cesta de produtos, mas no dia combinado o que encontrei na portaria foi uma caixa de macarrão perdida no balcão de encomendas da portaria. Nem embalado ou numa sacola estava.

Nada de desculpas, firulas, agrados. Simplesmente macarrão sem cola (a conferir, ainda não abri a caixa nova) 3 meses depois de macarrão com cola. Isso porque eu insisti no recolhimento da amostra, hein.

Beijocas. Vanessa.

Atualização: recebi um telefonema muito gentil da empresa pedindo desculpas pela demora na solução dos perrengues, informou que providências foram tomadas para evitar a ocorrências de novos problemas do tipo e, ainda, enviou outros produtos da marca pra gente conhecer.


terça-feira, 19 de julho de 2011

Fran's Café - Fnac, Brasília/DF

Pessoas, 

como se já não bastasse a Fnac por si só, ainda existe o Fran's Cappuccino Trufado (expresso, creme de avelã, conhaque e leite vaporizado) para hora de sentar/descansar/ assistir um bom pocket show que sempre rola por lá. 

    Delícia, delícia. Lembra conforto.

Assistimos Johnny and the Hookers. Bizarro, mas muito bom.

Beijocas. Vanessa.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Revolução Acreana

Pessoas,

vocês acham que o Acre vale 206,62 milhões de dólares? Ou melhor, 206,62 milhões de dólares mais a construção de Estrada de Ferro Madeira-Marmoré a Guarajá-Mirim? Pois  valeu.


José Plácido de Castro, líder da Revolução Acreana

Há 108 anos teve início a Revolução Acreana, na qual a população que ocupava o que hoje é o território do Acre revoltou-se contra o governo boliviano, que detinha a soberania da área. A Revolução Acreana chegou ao fim com o Tratado de Petrópolis, no qual concordou-se que o Brasil pagasse a bagatela acima e construísse a tal ferrovia em troca do Acre.

A ferrovia foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2005, mas está paralisada desde 2000. Foi inaugurada e desativada milhões de vezes e operou levando borracha boliviana e brasileira. 

Eu só queria saber:
  • O Estado do Acre já deu retorno esse valor?
  • Essa ferrovia, que aparentemente leva nada a lugar nenhum, deu algum lucro? Porque se não deu, não vai dar mais.
A fonte desse post foi minha agenda, que me diz todo dia qual o homenageado da vez, e a wikipédia. Fora o fato de que hoje é sim o dia da Revolução Acreana, todo o resto pode ser mentira. Especialmente quanto aos valores pagos/investidos pelo Acre, eu espero que seja mesmo.

Colaborador: Gustavo, casado desde 2007.

Beijocas. Vanessa

terça-feira, 13 de julho de 2010

O dia em que salvamos uma cidade.

Pessoas,

chegamos hoje numa cidadela meio sem graça. Em poucas horas, vencemos todo o minúsculo roteiro turístico, almoçamos e umas 2 da tarde olhamos um pro outro e pensamos: e agora? Com um sol bem chato, a ordem era sentar na sombra e beber. E eu não parava de pensar: preciso salvar o dia, preciso salvar o dia! Porque até então ele tinha sido bem sem graça. 

Assim fizemos. Sentamos num lugarzinho bacana na praça principal da cidade, onde fica a prefeitura. Bar com gente bonita, servia sorvetes, cervejas, cafés e tava sempre cheio. Bebemos uma cerveja, cada um. Depois da primeira, me deu vontade de fazer xixi, obviamente. E é aí que o dia começa a ficar divertido. E não foi por conta das atrações turísticas.

Chegando no banheiro feminino, tinham 2 boxes. Ambos trancados. Depois de uns 15 segundos sem ouvir barulho algum, resolvi olhar por debaixo da porta pra ver tinha alguém. Tinha. No box da direita, os pés de uma mulher com sandália amarela, virados para a porta, na típica posição de quem está no vaso. Já no box da esquerda, avistei a barra da calça e calçados de um homem, de lado. Como se ele tivesse fazendo xixi posicionado ao lado do vaso. Mas, não tinha barulho. Olhei umas 4 vezes, e lá estava o par de calçados masculinos. Saí um pouco do banheiro e confirmei que eu tinha entrado mesmo no banheiro feminino. Sim, eu tava no lugar certo. Olhei de novo por debaixo da porta. Era isso, à esquerda, pés de homem, imóvel, sem barulho. À direita, consegui perceber a sombra da garota de mexendo, e logo depois barulho de papel e descarga.

Meio apavorada, mas muito apertada, respirei fundo e fiz xixi olhando as partes superior e inferior da divisória dos boxes, com a certeza absoluta que de o homem iria filmar ou fotografar meu momento íntimo (e caótico, como já descrito aqui no blog), e no exato instante que a máquina passasse pro meu lado, eu ia arrancá-la das mãos dele sem dó nem piedade. Eu ia mesmo. Fiquei só pensando que era um tarado que ia colocar aquilo na internet.

Não foi o que aconteceu. Mijei, conferi novamente os pés por debaixo da porta, sem barulho, mesma posição. Lavei as mãos e sai.

Pensei inclusive que poderia ser um boneco mesmo que, por alguma razão, estaria trancado ali. Isso passou pela minha cabeça porque no banheiro feminino do Nu Céu, na 405 da Asa Sul, tem um boneco bem na porta que sempre assusta que nunca foi lá. Talvez fosse algo parecido, mas que naquele dia, ou por aquele período, estaria inutilizado e guardado ali. 

Mas esse pensamento não foi o predominante na minha cabeça. Chegando à mesa, contei pro Vinicius e a neurose tomou conta de mim: não conseguia parar de olhar para a saída do banheiro e todo homem que passava eu ficava na esperança de reconhecer o tal par de sapatos.

Depois de mais de uma hora, e algumas cervejas, já estava convencida que era um boneco ou sei lá. Muito tempo tinha se passado e aquele par de sapatos não passou por mim. E nós estávamos bem no caminho da saída do banheiro com a saída do bar. Voltei ao banheiro. Dessa vez com a máquina. Ia filmar/fotografar os pés. Cheguei, abaixei, olhei por baixo da porta e lá estava ainda a mesma barra da calça com o mesmo par de sapatos. Só que, dessa vez, a posição dos pés não era a mesma. Estavam mais juntos um do outro. E, dessa vez, percebi a sombra da pessoa se mexendo. 

Ah, daí a valentia tomou conta de mim. Peguei a máquina, coloquei no modo de filmar, posicionei por cima da porta, mas não deu certo. Então, eu coloquei por baixo, e deu certo. Como estava filmando de baixo pra cima, o visor da máquina era visível pra mim. Então, eu vi tudo que a máquina filmou em tempo real. Isso é impossível! Editando: eu filmei, vi o filme rapidamente e aí, sim, saí correndo, bexiga estourando de tão cheia, coração aos pulos, numa velocidade inacreditável escada acima! 


Realmente não esperava um pessoa, ainda duas horas depois presa num box! Cheguei com a cara de pavor na mesa, mostrei pro Vinicius a filmagem e ele, também muito valente, resolveu ir ao banheiro. Caracas, eu louca pra ir embora achando que o velho viria atrás de mim....

Como teria alguns minutos ali, sozinha, a primeira coisa que fiz foi tirar o anel da mão direita, mão que filmei. Porque se o velhote era mesmo um criminoso experiente, teria percebido um anel na mão da câmara e me acharia facilmente.

Tirei o anel e comecei a armar a fuga. Guardei muito bem a câmara, afinal, era a prova do crime. Se ele aparecesse vindo em minha direção, todo o alemão que aprendi nesses dias seria gritado em alto e bom tom.

Enquanto isso, no banheiro masculino.......lá tava o Vinicius e adivinha quem? O velho. Sim, ele foi ao banheiro adequado pra ele depois de ser descoberto, e, enquanto ele lavava as mãos pra ir embora, o Vinicius esperava a vez dele e o observava detalhadamente. Anos de experiência em perícia criminal vieram a tona.

Dai, subiram a escadas, o velho na frente e o Vinicius atrás. Eu tava de costas, então o Vinicius falou: Vanessa, pode ir ao banheiro. Quando olhei pra trás, não acreditei! Ele próprio, o velho do banheiro, indo em direção à saída, com uma bolsa de mão. Não tinha pinta de tarado, nem de vilão. 

Banheiro? Que nada, vamos seguir ele!!!! E fomos, em meio à multidão, mas por bem poucos metros. Bem na hora que resolvemos parar, o velho resolve virar numa ruela à direita. Girou o corpo, e deu uma olhada pra multidão, olhada bem com a cara de mafioso, do tipo "tão me seguindo". Nessa hora eu pensei: o velho é perigoso.

Em seguida, eu fiquei bipolar. Ora muito feliz porque impedi algum crime bárbaro num banheiro feminino na praça principal da cidade; ora com a sensação de eu estava sendo seguida e a qualquer momento o velho ia cutucar meu ombro; ora com leve dó do velho, pois há a possibilidade dele estar lá perdido por alguma razão inimaginável e de ter morrido de infarto do coração alguns minutos depois por achar que ia ser preso; ora gargalhava inesperadamente. 

Nesse loucura, não falamos pras pessoas que trabalhavam na lanchonete/bar do ocorrido, mas fico me perguntando se não deveria. Talvez um e-mail com o vídeo? Mas, e se ele for cúmplice?

Depois de alguns minutos, voltei ao normal. Um sorvetinho aqui, umas comprinhas ali e o dia foi salvo! Uma ótima história que pode render uma estátua nossa na praça principal daqui há 100 anos :)

Tomara que eu não sonhe com o velho.

O nome da cidade foi preservado por questões de segurança. Assim, acho quase impossível que o velho ache o vídeo dele nesse blog e venha atrás da gente com um machado nas mãos.

Beijocas. Vanessa.