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domingo, 30 de outubro de 2011

África do Sul - Outubro/2011 - Planejamento, roteiro e uma pitada das impressões gerais

Pessoas,

a grande viagem da vez foi África do Sul. Inicialmente, pelos safáris e animais, claro. Porém, depois de vasculhar a internet em busca de informações do "como faz", também pelos baixos preços, pelos poucos pontos de milhas exigidos por trecho (20 mil), pela história, pelos africanos, pela exuberância da natureza, pela emoção. Foi incrível!!! Recomendo demais.

Nosso roteiro foi, resumidamente:
- vôo de Brasília/Guarulhos/Joanesburgo, pela Tam e South African Airways, seguido de vôo doméstico de Johannesburg para Hoedspruit, região das reservas onde acontecem os safáris, pela South African Express - post aqui.
- 3 noites no Tshukudu Game Lodge - post aqui.
- 1 noite no Kambaku Game Lodge - post aqui.
- vôo de Hoedspurit para Joanesburgo, pela South African Express, e em sequência, de Johannesburg para Port Elizabeth, pela South African Airways. Retiramos o carro e fomos dirigindo até Jeffrey's Bay (início da Rota Jardim/Garden Route);
- 7 noites na Rota Jardim: 2 noites em Jeffreys Bay3 noites em Plettenberg Bay; 2 noites em Mossel Bay;
- 6 noites na Cidade do Cabo.
- vôo da Cidade do Cabo/Joanesburgo/Guarulhos/Brasília. Ufa!


Logo os posts específicos de cada parte da viagem estarão disponíveis :)

Quando resolvemos ir, comecei a fuçar na internet sobre viagem para a África do Sul e cheguei a um blog sobre a viagem de um casal que recomendou muito uma agência de São Paulo. Fiquei bem interessada nas tais dicas que a agência dava para os passeios, pois um grande trecho seria de carro e tals. Quando decidimos o que queríamos, pensei (errado) que a agência de viagens pudesse realmente ser necessária, afinal, África, né....puro preconceito! Fiz contato dizendo o que queria e eles mandaram um roteiro. Achei os preços convenientes. Pedi pra reservar. Só que, no período que aguardava as confirmações, talvez 2 dias depois do último contato com a agência, pesquisei pela querida internet os hotéis e preços (pelo www.booking.com, www.tripadvisor.com ou pelo site dos hotéis/aluguel de carro) e fui montando uma planilha dos valores. Sabem qual foi a diferença, para menor?? Pouco menos de R$ 3.000,00.

Oi?

É, pessoas. Reservando diretamente pela internet, nós economizaríamos quase 3 mil pilas. Sendo assim, quando a agência fez novo contato (me informando o que eu já sabia, que não havia disponibilidade num dos lugares em determinadas datas), uns 2 dias depois, por e-mail, informei que não fecharia mais o pacote com eles, sem justificar minha decisão. Sabem o que eles me responderam? Isso:

"Prezada Vanessa,

Gostaria de observar que ninguém tem obrigação de comprar nada conosco, mas vc agiu de forma incorreta tomando a sua decisão após solicitar as reservas. Estamos informando todos os envolvidos no seu roteiro, que são amigos e parceiros nossos, e não bloqueando as suas reservas, mas informando sobre a sua postura, caso pretenda fazer as reservas diretamente.

Somos uma empresa séria e trabalhamos de boa-fé no seu roteiro fornecendo informações e tempo de trabalho. Não há problema algum em solicitar informações e tomar nosso tempo até um certo ponto, mas realmente a sua postura me desagradou bastante e espero que a sua atitude se reflita na sua viagem. Boa sorte e que a África te retribua à altura."

Oi? 

Talvez tenha errado mesmo ao solicitar as reservas e desistir depois. Mas, esse e-mail é surreal!!!! Como não justifiquei a desistência, como eles mandam isso de volta? E se algo grave tivesse acontecido?  De qualquer forma, caguei de medo e nem queria ir mais, porque eu acredito em mau olhado. Dai fui pro bar, bebi o suficiente pra esquecer da ameaça, arrumei uma carranca africana que afasta o mau olhado e fui! Já disse que foi incrível, né?

Não ficamos nos hotéis indicados pela agência, por duas razões: primeiramente porque havia opções mais baratas e de qualidade por perto (e eu disse que queria acomodações baratas, mas, quem se importa, né?) e, depois, porque eu, assim que a ressaca passou, realmente fiquei com medo dos amigos da agência que seriam avisados sobre que tipo de pessoas nós éramos. 

Em compensação, fiz upgrade no carro alugado, para câmbio automático (com a direção inglesa, achei mais adequado não ter que me preocupar com a marcha), e na acomodação do segundo local de safáris, porque não havia disponibilidade na acomodação mais simples na data que queríamos.

No fim das contas, depois dos ajustes, a diferença entre a minha planilha e o pacote da agência atingiu os R$ 3.500,00. Oi? Isso mesmo.

O caso é que a viagem foi tudo de bom! Realmente, a África do Sul é ótima e merece ser visitada! Tem de tudo lá: de regiões de savana propícias aos safáris para observação e contato com a vida selvagem, passando por regiões montanhosas de produção de vinhos e azeites, e também de praias maravilhosas com água azul turquesa. Em resumo: toda a América do Sul tem na África do Sul!















Os safáris são fantásticos e obrigatórios pra quem gosta de animais. Simplesmente obrigatórios. Acho que nunca mais um zoológico será interessante para mim. E arrumei um outro problema nessa vida: terei que dividir meus dias de aposentadoria entre Bruges (até então principal ocupante da parte mais nobre do meu coração no quesito "lugares") e aquela região de reservas de animais sul africanas, especialmente no Tshukudu Game Lodge, onde eu queria morar, quase chorei no dia de ir embora e ainda sonhei com eles umas duas noites depois.

A Rota Jardim (Garden Route) é lindíssima, cheia de diversões emocionantes ou não. 

A Cidade de Cabo é show de bola. Parece o Rio de Janeiro, mas sem as favelas nos morros e as prostitutas no calçadão. Pedintes aparecem de vez em quando, mas aquele tipo de assédio chato ao turista é bem pouco. Nem se compara ao nosso país (quem aí já foi ao Pelourinho sabe bem o que tô falando). 


Também não se compara ao nosso país as estradas perfeitas (sem pedágio!), as ruas limpas. E muito menos a qualidade no trâmite nos aeroportos, bem como as comidas e bebidas servidas pelas companhias aéreas por lá. 


Com relação à infra-estrutura e educação da população em geral, fiquei com a nítida impressão de que eles estão alguns passos a nossa frente. Tudo bem que visitamos basicamente onde turista anda, mas prezo a postura deles em venderem bem o que querem mostrar. No feriado do aniversário de Brasília tentei subir na Torre de TV e desisti: ninguém para dar informação, fila zoneada, não consegui descobrir se pagava e onde teria que fazê-lo e, como se não bastasse, a região absurdamente suja e fedida de mijo. Ah, e o saquinho de pipoca custava R$ 5,00. 

Além disso tudo, os preços são MUITO atrativos. Preço de comida e bebida em restaurantes é absurdamente baixo. Vou falando sobre eles nos posts específicos. 

O atendimento ao turista é muito satisfatório, as atrações são bem estruturadas e bom humor,  educação e sorriso no rosto são constantes (exceto para as aeromoças da South African Airways). Ao saberem que éramos do Brasil, aí que o sorriso se expandia mesmo. Especialmente dos negros, que parecem adorar nosso país. Estendem o assunto e brincam com os nomes dos jogadores de futebol.

Aliás, sobre as raças, segue as impressões gerais, considerando a óbvia existência de exceções. Chamada de Nação Arco-Íris, a realidade é que a África do Sul comporta bem duas cores: a branca e a preta. É clara a diferença/separação entre brancos e negros.  Não apenas pela gritante diferença na cor da pele. A grande maioria ou é muito branco, de cabelos e olhos claros, ou muito negros. Quase não existe moreno, meio termo, e quando aparecem você tem quase certeza que são estrangeiros. 

A língua falada também indica a cor da pele. Os brancos falam inglês com sotaque super britânico, resultado das colonizações inglesa e holandesa. Os negros, quando falam inglês, o fazem com sotaque completamente diferente, que custamos a entender. Se não, e acontece muito, especialmente entre eles, falam algum dos outros 10 idiomas africanos, especialmente o africanner, bem parecido com o holandês/alemão/flamenco. São tão diferentes que  você sabe a cor da pele da pessoa ao conversar com ela pelo telefone. Ainda, os ricos e patrões são brancos. Os pobres e empregados, negros. 

Até as escolas parecem ser separadas. Dos muitos grupos escolares que vimos pela cidade (fazendo aqueles deliciosos passeio de escola, lembram?), a maioria era de crianças só brancas, ou crianças só negras. Raros os casos de grupos mistos. Isso também nos grupos de amigos andando juntos.

Bandeira sul-africana entre 1928 e 1994.

Os 21 anos sem apartheid, que significa "vidas separadas" em africano e oficialmente extinto em 1990, ainda não foram suficientes para romper as barreiras entre as raças e misturar aquele povo todo em prol de uma nova cor. Vi apenas um casal jovem com a moça branca e o rapaz negro na Cidade do Cabo, de mãos dadas, andando pela rua. Lindos, aliás. Infelizmente não consegui fotografar. 


Tenho quase certeza que nunca mais nessa vida teremos a oportunidade de vivenciar tão de perto e de maneira tão clara as marcas de um período de segregação racial de extrema relevância na história mundial. 

Fato é que, depois dessa viagem, o filme Invictus faz muito mais sentido. Antes de pisar na África do Sul, é apenas um filme excelente. Depois de 18 dias de convívio com os sul africanos, você percebe a bela representação que o filme faz daquela nação e se emociona a todo instante. Vira verdadeiramente fã do Nelson Mandela e deseja que, se um dia tiver um filho, que ele seja jogador de rúgbi! Sim, porque você se apaixona pelo rúgbi depois de visitar a África do Sul. 


"Não dá pra ficar se lamentando quando se está ocupado com coisas produtivas." (Nelson Mandela)

Beijocas. Vanessa

sábado, 25 de dezembro de 2010

Da série "um pouco de muita coisa"

Pessoas, saibam:

  • o melhor biscoito de queijo, e talvez o pão de queijo, da Capital Federal está no Grenat Café, na 202 sul. Leiam sobre o lugar aqui. Deixei um comentário que vale por um post. 
  • no ChoppTime, na 411 sul, servem pratos executivos decentes que variam entre R$ 15,00 a R$ 20,00. Fotos abaixo, peixe e parmegiana. Quanto ao chopp, eles servem umas variedade de chopp, tipo chopp com suco de limão (argh!!), chopp claro com chopp escuro, chopp claro com colarinho de chopp escuro, etc. 


  • ando bem desanimada com as steakhouses da cidade. As últimas vezes no RoadHouse (do Pier e do Terraço) e Capital (sudoeste) foram sofríveis! Mas, fui à Capital do Pier essa semana e o sirloin steak servido no prato exceutivo estava de parabéns. Pena que o pão, conhecido pela maciez, estava de deixar qualquer masseter (um dos músculos da mastigação) dolorido. 
  • muitos shows na nossa Brasília em 2011! Daqueles que valem a pena ir mesmo sem gostar muito. E mais um monte no país. Confira a lista aqui e programe-se.
  • que preços são esses do segundo lote dos ingressos do Iron Maiden? Holy crap!!!!
  • um dos melhores serve-serve do Sudoeste é o Bella Rúbia, na 105. Acredite, como lá de vem em sempre. Além da comida gostosa, os donos são bem simpáticos. Sem contar que, às vezes, toca Chico Buarque.
  • em compensação, o Tremp Grill, serve-serve na 101 do Sudoeste, subsolo, tá decaindo. 
  • o risoto Italianíssimo do Dona Lenha merece atenção. Delícia numa bela apresentação, por R$ 29,00! E ainda tem Nespresso, por R$ 4,50.

  • o mexicano TacoPep em Águas Claras é legal. Tem rodízio por R$ 25,00, ambiente bem bacana e atendimento atencioso. A variedade não é lá de se ajoelhar, mas ainda assim é uma boa pedida pra ir com amigos bater papo e petiscar. E tem uns drinks lindos!!!!


  • provamos a Paulaner Salvator.  Faz um tempinho, não lembro detalhes, mas a boa impressão ficou. Compro de novo.

  • aliás, vou provar  desse roteiro aqui, lá do Brejas, o que ainda não conheço.
  • dia desses tive que dizer "não" para uma doação de um Bengal, gato lindo de raça rara. Detalhe: a pessoa estava doando o Bengal, que custa uns dois mil reais, porque comprou umas araras, que custaram dezesseis mil reais. Cada um com suas preferências animalescas e faz o que quer com seu dinheiro, ok? Nada de comentários mal educados sobre isso. 
  • a marca Sol, que tem o bolo de caixa de chocolate sem açúcar, tem também o de laranja. Mais gostoso ainda!
  • temos uma nova girafa no zoo de Brasília, a Ivelise! Nasceu dia 14 de novembro e eu só soube hoje :( Seguir o @maisbrasilia no twitter pra que???
  • O Marietta ainda serve deliciosos sanduíches naturais e massas recheadas. Abaixo, sanduba de atum com ovos, e raviole de ricota com nozes ao molho de tomates frescos. Molho incrível e recheio bacana. Um pouco seco, mas ainda assim valeu a pena. O único porém é que acho os preços de lá um pouco além.


  • Provei o rodízio do Suri, por R$ 39,90 de segunda a quinta, imperdível! Peças bonitas, bem feitas e com algumas curiosidades, como o sushi com couve, frita e sequinha, ou o sushi com acelga e farelos de doritos. Delícia! Detalhe: quando for preencher a comanda do rodízio, atente-se para o fato de que você estará marcando porções, e não unidades. Ninguém avisou, na comanda não tinha escrito e comemos muito mais que o programado! O cardápio a la carte tem outras tantas boas variedades bem interessantes. Quero voltar!


  • resolvemos inovar nos presentes de Natal esse ano. Todo mundo ganhou a mesma coisa: azeites aromatizados com manjericão fresco e alho e com pimentas diversas. A gente que fez :)

Beijocas! Vanessa

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 2 - Holanda - Amsterdan

Ficamos no Hotel Van Onna, em Joordan, bairro fofo, com flores e adivinhem??? Gatos! Sim, felinos lindos com os quais cruzávamos quando íamos e quando voltávamos.


O hotel era como esperado: simples, mas limpinho. Por 90 euros a diário pro casal, com café da manhã, internet e atendimento satisfatório. Nosso quarto, no 4º andar, me fez queimar todas as calorias adquiridas naqueles dias. Elevador??? Ah, você tá na Europa, bem. Prédios antigos, estreitos e se quiser elevador, tem que desembolsar muito! E nós preferimos gastar mais com cerveja e comida que com elevador. E escada faz bem pra saúde. No mais, de férias, viajando, pelo Velho Mundo, se você danar a reclamar demais, volta e procura um terapeuta.


"rua" do nosso hotel

Enfim. O café da manhã era muito bom! Servido na mesa com: chá ou café, leite, água, torradas, ovo cozido, geléia (uma tão tão deliciosa que sinto saudades até hoje), manteiga (das boas), queijo, presunto e chocolate granulado. Sabe pra que? Pra comer com pão e manteiga. Hein? Sim, é isso: pão, manteiga e granulado de chocolate. Essa iguaria tem até um nome, é bem tradicional por lá. Não, não é bom.


Nessa noite, andamos pelo bairro, morri de paixão pelos gatos, apreciamos as pontes, as flores, as pessoas, as vitrines. É, as vitrines. Porque aquela gente é muito livre, muito determinado a usar o que bem entender. E ninguém tá nem aí. O importante é ser educado, se importar com as pessoas e bichos e não jogar lixo na rua. Observe:



Paramos num bar/restaurante, chamado ROEM, mas pedimos um misto de salsichas alemãs. Queríamos alguma La Trape, esse lugar não tinha, mas deu a dica: procura algum lugar que tenha a placa da Bavaria.


Saindo de lá, olhamos pros lados procurando por uma placa da Bavaria e bingo! O vizinho tinha. Chegamos na porta e era uma portinha tão estreita que parecia residencial. Empurrei e fui entrando, esperando que alguém nos expulsasse. Que nada! Sabe quando você acha que ganhou na loteria por cair num lugar tão improvável? Foi lá: no De Twee  Zwaantjes.

Tinha um balcão, bancos altos ao redor, e algumas mesas ao lado, num pequenino salão. Era escurinho. As pessoas dali eram todas nativas. Nada de turista. Tinha um sistema de som, e as duas garotas, de meia idade, que serviam as bebidas, e uma delas também comandava o som e o microfone. Sentamos, pedimos uma La Trape e observamos. Era tipo um karaokê. Mas bem informal, com umas pessoas que cantavam muitíssimo bem e pareciam amigos há tempos. Um falava: toca essa. A música era posta e o microfone era entregue. Uma velharia que cantava bem se divertia ali!!! Até que perguntaram de onde nós éramos. Falamos: Brasil. Depois de uma leve zoação em razão da nossa derrota na copa do mundo pra eles, colocaram Garota de Ipanema e me entregaram o microfone! Cantei, em português. A moça de meia idade que servia a cerva e cantava bem fez a segunda voz em inglês. Bebemos mais. Cantamos mais. Rimos demais. E fomos embora, com a certeza de que a viagem poderia acabar ali e gente já voltaria feliz.




Num dos nossos dois dias em Amsterdan fomos recepcionados por Fred e Rubilene; ele, holandês; ela, casada com ele e prima do pai. Passaram o dia conosco nos guiaram pelas ruelas e canais. Fomos ao zoológico Natura Artis Magistra, lógico. Foi o primeiro lugar que disse que queria ir :) O zoo é grande, bonito, educável e caro: 18,50 euros a entrada. Tem aquário, exposições, planetário e o melhor de tudo: uma girafa criança! Não sei precisar a idade da mocinha. Só sei que agradeci a todos os deuses por não ter aberto mão do zoológico (sim, às vezes rola uma pressão). É tão difícil de se vê girafas baixinhas por aí que quando nasce alguma no mundo sempre sai na Globo.com e afins. Almoçamos por lá mesmo, junto aos flamingos, e de lá fomos de bonde pro centro, prum passeio de barco pelos canais.


O passeio de barco é um excelente forma de dar uma olhada geral na cidade e perceber detalhes que os guias indicam (como a menor casa do Amsterdan, que tem exatamente a largura de uma porta, e alguns andares. Construída assim para pagar menos imposto).  

O Red Light District é interessante, mas baixo astral. Garotas (tô sendo generosa, hein...tinha umas quarentonas) feias, travecos idem. Tipo puta baixo nível de classificados de jornal, sabe?Algumas sentadas, outras escoradas na parede mexendo no celular, com uma cara de "essa hora não passa". Outras mais animadinhas, com música alta se maquiando em frente ao espelho e ensaiando timidamente alguma performance. É óbvio que tem que ir, mas se a expectativa da viagem for em relação a isso, melou tudo.

Casa de Anne Frank é incrível. Histórica, triste, comovente e instrutiva. Vale muito a pena! Custa 8,50 euros a entrada e SEMPRE tem fila. Nosso hotel era muito perto, então sempre a gente dava uma passada pra ver se rolava de ir. Até que resolvemos chegar meia hora antes de abrir, às 9h, e deu certo: apenas 1 casal na nossa frente, e conseguimos entrar na primeira leva.. É possível comprar o ingresso agendado pelo site, evitando filas e tals.

Museu da Resistência: não vale a pena. Depois de 5 minutos lá dentro, eu disse: "amor, vamos embora?"; e ele: "mas a gente já pagou."; e eu: "já perdemos dinheiro, vamos perder tempo também?". Aqui foi um tiro no pé. Por dica da Fernanda, fomos nessa joça. A parada é a seguinte: se você é super conhecedor da 2ª guerra e quer detalhes da estratégia holandesa, além de ter paciência de ler painéis e mais painéis, vai adorar. Sim, a Fernanda é super nerd. Muito mais que a gente. Resumo da ópera: esperei o Vinicius sentada por quase 1 hora. E não, não fomos no Museu do Van Gogh. Merda!

Coisa boa e bonita são os parques, né? Em Amsterdan, o Vondelpark rouba a cena. Imenso, bem verde, perto dos museus, e onde as pessoas tomam sol, namoram, bebem cerveja, conversam, andam de patins, correm. Momentos de relaxamento garantidas.

Beerbike: não fizemos, e isso me dói. É um passeio numa "bike" pedalada por várias pessoas tomando cerveja. Tem um motorista e, possivelmente, guia. Isso sim é jeito divertido de conhecer a cidade! 



Hempshopper, casa especializada em produtos feitos com maconha, é curiosa. Tem roupa de maconha, chiclete, chocolate, cosméticos....Não me lembro dos preços direito, mas não me interessei por nada. Achei tudo com cara de produto fuleiro.

 A placa I AMSTERDAM, na Museumplein é liiiiinda. É difícil fazer uma boa foto, sempre tem milhares de pessoas. Mas lembre-se: a persistência é a caminho do êxito.


Se tiver idade e coragem, por que não isso?






Vá ao De Beiaard tomar cerveja. Trapista. Barata. Tipo "tamos no paraíso". E aí vieram:








Infelizmente, não anotei as impressões de cada uma. Mas, gente, a única trapista ruim é a Orval. Parece que você tá comendo flor. De resto, senta o pé que vale a pena! A Hertog, essa que a garrafa parece da reserva de Tarapacá, não é trapista. Mas olha como é bonita.

Nesse dia, tinha jogo da Holanda X Uruguai da Copa do Mundo. Por lá, ouvimos dizer que a praça onde passava o jogo no telão, a , era perto e tals. Daí, no intervalo do jogo fomos pra lá. Não foi perto como pensamos, mas depois tantas trapistas, em Amsterdan, alguém se importa com alguma coisa? Nós, não. Chegamos na praça e foi uma diversão, já relatada aqui aqui

Se quiser comprar cervejas, passe no De Bierkoning. É uma super distribuidora, com milhões de tipos de cervas. Não dá pra tomar lá. Do ladinho dele, tem um pub inglês, chamado O'Reillys. o tesouro de lá? Pint da Guinness por 5,40 euros, acompanhado de homefries.

Para mais cerveja, visite o pub Arendnest, especializado em cervejas holandesas. Marcou a La Trape Isid'or, uma amber que voltou a ser produzida e é muito boa. Não lembro se bebemos alguma inédita. Nesse dia, sentaram conosco duas senhoras italiana, a Patrizia e a Phina, que não falavam inglês, nem português, e nós não falamos italiano. Conversamos por mímicas, trocamos e-mails e nos divertimos.

Coma na Bagels nad Beans. Tem bastante por lá e os sandubinhas são muito gostosos! Os sucos também deliciosos.

Dicas gerais:

  • todo mundo fala que 2 dias é o bastante para Amsterdan. Não achei mesmo!!!! Passamos dois dias cheios e a lista de coisas que não fizemos, mas queríamos, é maior que a lista de coisas feitas. Só em museus, se vai pelo menos 1 dia (para os tradicionais Casa de Anne Frank, Van Gogh museum, Rijksmuseum)  pra quem é humano e precisa de pausa e comida entre um e outro. E explorar a cidade de bike? E o Beerbike? Ir calmamente no zoo? Se perder na cidade com os bondes? Curiar as lojas de maconha? Entrar nas lojas esquisitas que vendem miniatura de órgão humanos, caveiras e coisas do tipo? Ah, e as cervejas? Cara, você tá perto da Bélgica e Alemanha, não pode se furtar a provar cervejas de mil tipos, aromas, sabores e texturas. E tem a Heineken Experience. Sério, 3 dias cheios lá, no mínimo, se quiser realmente sentir e conhecer Amsterdan. Eu indicaria 4.
  • apesar de associadíssima à sexo e drogas, a cidade é muito mais que isso. Essas vertentes são apenas um leve detalhe que atraem alguns turistas e desagradam a outros. Não é o que eles tem de melhor, e eu, que sou moderninha, achei essa parte completamente submundo. 
  • cuidado com a  hora. De forma geral, restaurantes fecham cedo, por volta das 21h. Dá pra crê? Nem parece coisa de capital (em Paris, no verão, tudo funciona até tarde, mesmo museus e atrações gerais). Programe-se para não cair em ciladas (leia-se única opção), tipo pagar 11,50 euros numa pizza na Pizzeria Venezia Del Nord (tipo a Genérica) porque era o que tinha aberto perto do hotel por volta das 22h. 
  • se você for como eu enlouquece quando vê cerejas, respira fundo, acalme-se, e pergunte o preço antes. Senão, pode acontecer isso, ó: andando muito feliz - avista uma banca de frutinhas - vai até lá, pega um saco e coloca algumas cerejas linda - vai ao caixa - coloca o saquinho na balança - te cobram 9 euros - você pergunta quanto é o kilo - te respondem: 20 euros - você fica com vergonha de desfazer tudo, paga, vai embora e quer morrer - outro dia, na parte não turística da cidade, compra cerejas por 4 euros o kilo - quer morrer de novo.
  • quem manda naquele trânsito aparentemente louco é o ciclista, ok?  Observe com calma que logo compreenderá os sinais indicativos de seta ou freio que eles fazem com os braços, organizando a aparente bagunça. 
  • impressione-se com o que eles são capazes de fazer com suas bicicletas. Digno de comentários vimos gente levando cadeira (uma mão guiando a bike, outra segurando a cadeira na parte de trás, e ainda fazendo os sinais indicativos da direção), uma mãe levando junto ao peito um bebê tão minúsculo que só podia ser um recém-nascido. 

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 10 - Munique

De Fussen para Munique, demos um pulo na Austria. Com um pequeno desvio, passamos por mais estradas lindas e montanhosas, pela região de Garmisch. Pena que nesse dia o clima estava meio fechado. Ainda assim. Contamos umas 3 construções do tipo castelo no alto das montanhas.

Chegando em Munique, avistei placas do zoo, e fui logo em direção.  Vantagens de ser a motorista. O zoo chama-se Tierpark e a entrada custa 9 euros, e o estacionamento 3 euros. Dessa vez, vimos girafas sentadas (não é comum), um macaco muito divertido, fazendo palhaçadas e nojeiras pra gente ver. O primata era a lata do Ivo Holanda. 


Depois do zoo, fomos por hotel. Ficamos no Central Hotel Apart. Hotel longe do centro, mas de acesso bem fácil. Quarto muito bom, café da manhã idem, 90 euros a diária. O problema daquela joça era o tanto de muçulmano que tinha lá. Eles moravam lá, e era comum ouvir pelos corredores eles gritando (sim, pq eles gritam) e pessoas com a rosto tampado. E eu tenho um pouco de medo deles. Nunca se sabe o que há por debaixo da capa do Batman. Até a TV tinha canais árabes. Arrependimento total de não ter cancelado essa reserva e zarpado pro hostel que a Luana indicou.


No primeiro dia, demos calote na passagem do trem. Não conseguimos comprar na máquina, acho que porque não tínhamos trocado. Também, lá não existe quem verifique o ticket, nem uma maquineta onde você valide o seu. Você compra e anda com ele no bolso. Se surgir um fiscal, você apresenta. Se não tiver o ticket, está sujeito a uma multa de 40 euros e às sanções penais. Só calotamos o primeiro dia. Apesar de que, pelo valor da multa, valia a pena o risco.


Monique é super alegre! Por todo canto gente sorrindo e com a aparência feliz! A Marienplatz é bem legal! Além dos prédios lindos (apesar de sujos, uma boa limpeza faria toda diferença no visual), é cheio de lojas e restaurantes. E de gente. Tanta gente, tanta gente, que é bem difícil fazer uma boa foto.




Por ali, encontramos a Hofbräuhaus. Obviamente entramos, comemos e bebemos. Considero obrigatória a visita à cervejaria. Tem uma bandinha massa tocando, canecas de 1 litro de chopp, atendimento com garçons bem atenciosos e comida deliciosa! Sentamos numa mesa de madeira toda assinada por visitantes. Deixei nossa marca lá.






No dia seguinte, fomos ao Olympiapark, complexo esportivo construído para os Jogos Olimpícos de 1972. Fica numa região bem agradável, com verde em volta, e do ladinho do museu da BMW (legal, ms não obrigatório). Subimos na Olympiaturn, essa torre da foto, 4,50 euros. Ela tem 180 metros, a subida é num elevador super veloz, que faz 7 metros por segundo!  A vista lá de cima é foda, e ainda tem um museu do rock. Pequenino, mas com algumas coisas interessantes.




vista do alto da torre



fachada externa do museu da BMW

Saindo de lá, fomos ao Englischer Garten, um lindo parque gigante bem sombreado onde as pessoas fazem esportes, passeiam com o cachorro, levam as crianças para brincar...Por lá,m perto da Torre Chinesa, tem uns lugares para beber e tomar cerveja. Assim fizemos.




Depois da comilança, andamos mais um pouco, passamos por uma "praia" de pedra, que se forma na beira do rio, vimos moças fazendo um topless e tiramos um cochilo numa sombra fresca a abençoada.




Despertos, perambulamos em busca do falado surf no rio. Fica na Prinzregentenstrasse, entre a Wagmüllerstrasse e a Bruderstrasse. O rio é canalizado, e na boca da saída da água, a pressão é tamanha que formam ondas. É obrigatório ir ver! Além de super legal, os respingos de água são revigorantes! Funciona assim: 



De museu, optamos pelo Deutsches Museum, sobre tecnologia, por 8,50 euros. É legal, tem milhões de aviões, protótipos de foguetes, e coisas do tipo.


Bebericamos na Augustiner, pedimos um prato que não agradou e assustamos com o bizzarro cardápio que servia pulmão de cervo. Eca! 




Graças a Deus que tinha um McDonalds que vendia Mc Shrimp bem do ladinho.


Próximo destino: Dachau - Frankfurt.