sexta-feira, 8 de abril de 2011

Gero - Iguatemi, Brasília/DF

Pessoas,

hoje a gente fala sobre o Gero, do grupo Fasano, localizado no Iguatemi. Fiz questão de deixar passar uns dias para escrever esse post, para não fazê-lo sobre os efeitos do encantamento que aquele lugar provoca.

A entrada é por dentro do shopping, ao lado da Galeteria. Se vocês estão pensando que do lado da Galeteria não tem nada, eu entendo vocês. É que a faixada é tão discreta, que mais parece uma entrada para área de serviço do shopping. 

Mas, não. Ao cruzar a entrada, se chega um amplo salão com luzes leves, mas estrategicamente direcionadas ao centro das mesas, em sua maioria de 4 lugares com cadeira superconfortáveis. Ambiente clean, decoração leve, umas plantas que sem aquele projeto de iluminação seriam desprezíveis. 


Quanto às luzes, eles precisam urgentemente providenciar lanternas para as pessoas lerem o cardápio. Pelo menos a noite, a missão era sofrida. Meu sogro que o diga!

Éramos 4. Chegamos com o restaurante bem vazio, o que evidenciou a impressionante quantidade de garçons e afins. Um verdadeiro pelotão. Até um pouco intimidante. Parecia o staff presidencial. A qualquer momento chegaria a presidenta Dilma. Quando a casa encheu, o serviço permaneceu excelente. Praticamente um garçom pra cada mesa, atento a cada detalhe, a cada menção de dúvida ou pedido. Eu o chamaria de mordomo. E bem preparado. Na parte das sobremesas, perguntei se a chamada Torta de Chocolate Light tinha açúcar. Ele disse: "Não. Na verdade, a sobremesa é diet. Saiu errado no cardápio".

Como eu já sabia o que pediria (pirei com a foto do atum no blog da Anna Claudia Stein), nem xeretei muito o cardápio, o que foi confortável, porque me livrei da infinita dúvida do que escolher dentre tantas boas opções. Por outro lado, a descrição dos pratos será pífia, já que se nem vi o cardápio, quiçá fotografei. É, eu pago esse mico. Foda-se. Por isso adoro quando tem o cardápio nos sites dos restaurantes. Quanto às bebidas, lembro de algumas coisas: a água, R$ 5,00. O suco, R$ 8,00.

Pedimos o vinho português Conversa (120 reais, por aí 60). O humor português estampado no rótulo da garrafa me agradou. E, quando informamos o pedido do vinho, logo nos avisaram ser a última garrafa, dando a entender que, caso desejássemos que conta ultrapassasse os 4 dígitos, com o mesmo vinho, seria adequado escolher outro. Não, será só esse mesmo, obrigada.

De couvert, paezinhos deliciosos, manteiga, patê de tomate seco com (....), outro patê que não lembro e abobrinha frita. Achei a abobrinha frita bizarra e com gosto de gordura acentuado. Não gostei. Mas o pão italiano com a manteiga.....poderia comer só aquilo. Os itens do couvert são repostos continuamente até que perguntam se podem suspender, pouco após o pedido dos pratos. Não sei o valor do couvert. Li em algum lugar que custa R$ 15,00, mas não confirmei. 


Meu atum era grelhado por fora, cruzinho por dentro, com crosta e molho de limão, acompanhado com purê de batatas em formato de triângulo e aspargos. Lindo, executado perfeitamente tal qual a foto que tinha visto no blog a Anna Claudia Stein. Não sei se por causa da grande expectativa (sim, desde 26 de janeiro de 2011 eu penso nesse prato), o sabor não me surpreendeu. Não pedirei de novo, quando voltarmos lá depois da restituição do imposto de renda. O purê de batatas não tinha nada de especial, e a crosta quase apagava o gosto do atum.


O Vinicius foi de robalo com crosta de aspargos e legumes, que ele chuta ter sido R$ 78,00. Diz que estava muito gostoso, apesar de não ter encontrado o gosto de aspargos.



Os sogros pediram massa, que ficam em torno de R$ 55,00. Amaram! E os pratos eram bonitos mesmo! Mas, exatamente do que eram os pratos, eu não lembro. Sei que o vermelhinho tinha lagostin, e a sogra disse que era farto. Detalhe: o parmesão é ralado diretamente no prato. Achei um luxo!




Depois de sabidamente recusar a sobremesa, nos ofereceram café ou chá natural de hortelã, servidos numas louças de prata belíssimas e madeleines e pedacinhos de brownie! Fiquei com o chá. Delícia.


A única queimação de filme do local foi aquele famigerado oferecimento do drink do dia quando a gente acaba de se acomodar. Acho péssimo, me lembra churrascaria fuleira querendo ganhar dinheiro com batida de iogurte. E, depois da experiência no DOM, que rolou a mesma coisa, só que a palavra champagne no lugar de cocktail me fez pensar que poderia ser uma boa e me custou R$ 72,00 por uma taça (tudo bem que a garrafa custava R$ 400,00 e era o champagne bambambam não sei das quantas), eu sempre digo não, respiro, acalmo e daí a gente começa os serviços.

Ah, e lugar pra colocar a bolsa. O salão é meio apertado, com as mesas bem próximas. Minha bolsa pequena coube no meu colo. E aqueles ganchinhos de metal que as meninas usam para pendurar a bolsa na mesa não funciona lá, porque a mesa é deveras grossa. Praquelas moças que andam com umas bolsas  gigantes parecendo estarem prontas para uma possível viagem a qualquer momento, ou mesmo para quem chegue carregado de compras das lojas finas do Iguatemi, acredito que eles tenham algum lugar para colocar as tralhas. 

O custo disso tudo é uma baba! Mas fiquei pensando se o custo paga aquela gente toda que trabalha lá. É impressionante! Ah, e rapidez do serviço também merece ser comentada. Chegamos às 21h. Às 22h, estávamos jantados, pedindo a conta, que, aliás, já estava prontinha. Acho que aceitando o café, a conta é fechada.

Registro que não entendo como esses restaurantes de alto nível cobram pela água. Tô mal acostumada com os restôs da Europa e voltei ainda mais com os de Mendoza. Sei que pro cliente não é nada pagar pela água, frente a todo o resto da conta. Mas é de um bom tom enorme não cobrar, e isso pode ser um grande diferencial. Ou, no mínimo, ter serviço de água, como no 1884, no qual se paga um valor X e se tem água a vontade, sempre fresca. Vou mandar um e-mail sugerindo.

Vou finalizar parafraseando, mentira, copiando a frase que li lá no Bacco e Bocca: "o Gero é caro, mas respeita seu dinheiro". É isso.

Ah, mais uma coisa: fomos ao Aquavit comemorar o aniversário da Bolacha (já já sai o post) e já adianto minha conclusão: é melhor ir 3 vezes no Gero que uma no Aquavit.

Beijocas. Vanessa

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