sábado, 3 de fevereiro de 2018

Campos do Jordão (com um bebê de 4 meses) - Janeiro/2018

Pessoas,

tava louca para viver a experiência de viajar com um bebê! O primeiro destino da Lia foi Campos do Jordão, escolhido por ser um lugar novo pra gente, perto e que tínhamos vontade de ir.

O primeiro desafio foi montar a mala de viagem da Lia. As varáveis chuva e côco que vaza me deixaram quase louca pra fechar a equação de quantas roupas ela usaria por dia, levando em consideração, ainda, a quantidade de roupas para frio e calor e a possibilidade de lavar algumas delas. Resultado: não tivemos côco vazando nenhum dia, ela não pegou chuva e acabou voltando roupa sem usar.

Apesar de janeiro ser verão, a cidade é friazinha. Durante o dia, tá, porque a noite era friazona! E ainda choveu, o que tornava a vida com bebê um pouco mais complicada. Mesmo assim, a viagem foi bem bacana e o saldo foi positivo. Pensei tanto na mala da Lia que acabei esquecendo da minha. Resultado: passei friozinho.

Dos aprendizados de viajar com bebê, temos que frio e amamentação não combinam muito, especialmente porque roupa de frio dificulta o acesso do bebê ao peito. A hospedagem ganha outra importância, já que pode ser que a gente acabe ficando mais tempo no hotel. Isso eu já sabia, mas ter ficado numa pousada bem ruinzinha deixou tudo mais claro ainda. Para o avião, uma almofada/travesseiro para que o bebê fique deitado no colo ajuda muito, principalmente se ele adormecer, que foi o nosso caso.

Pousamos em GRU e fomos para Campos do Jordão de carro alugado. Alugamos uma SUV através do Priceline pela Alamo. Uma das razões de ter escolhido a Alamo foi a informação de que o carro era entregue no aeroporto (car on airport), ao invés de ter que usar um transfer até a locadora (shuttle to car), como era indicado para outras locadoras. Afinal, com bebê e tralha de bebê, quanto menos deslocamentos, mais fácil a vida.

Acontece que tivemos que pegar uma van até o estacionamento da locadora. Na verdade, precisamos passar no guichê da Alamo no aeroporto de Guarulhos e depois pegar a van e, novamente, passar em outro guichê para finalmente retirar o carro. A impressão que eu tive é que os carros de qualquer locadora ficam distantes e é preciso usar o transfer.

O atendimento da Alamo foi bacana. Nos deram um carro de categoria um pouco superior a que locamos e ainda nos devolveram parte última diária porque devolvemos o carro mais cedo que o previsto. O bebê conforto que alugamos era da Chicco e novinho.

De ruim: foi cobrada uma taxa de administração não mencionada na reserva, de uns R$ 150,00, que não sei bem do que se trata. Mas também não estranhei porque essas locadoras mais baratas sempre têm pegadinhas na hora de pagar e o preço nunca é o mesmo daquele indicado na reserva. Eu até evito a Alamo por causa disso. Mas, como tinha reservado pelo site Priceline, achei que não teria esse tipo de problema.

Outro problema foi que esqueci as almofadas protetoras do cinto do bebê conforto no carro. Tentei entrar em contato para pedir que me enviasse, mas não consigo falar com uma pessoa da Alamo. Só consegui contato por e-mail com o atendimento ao cliente dos Estados Unidos, que está intermediando o contato com a Alamo de Guarulhos, mas nada se resolve. O telefone que eles me deram pra ligar não atende nunca, e eles também não me ligam. Ou seja, se esquecer algo importante  no carro, esquece.

Em resumo: continuarei evitando a Alamo.

A estrada do aeroporto de Guarulhos até Campos do Jordão é linda, né? Duplicada, a viagem rende que só. De ruim, os pedágios. Lembro de uns 3 que custaram uns R$ 4 e um mais caro, que custou uns R$ 14.

Ficamos na Pousada Castelo de Paiva, com péssimo custo-benefício. Foi a primeira vez que a nota, as fotos e os comentários do Booking.com não estavam de acordo com o que encontrei. Deveria ter lido o TripAdvisor.

A pousada tem uma área comum bem agradável (sala, piscina, salão de jogos), mas que fechas às 18hs. Ou seja, não há lugar algum que possa ficar a não ser o quarto depois desse horário. Quase não fica gente na recepção, até para reclamar ou pedir algo é complicado.

Pra piorar, a acomodação deixa muito a desejar. A limpeza não era boa. No quarto que fiquei tinha um vazamento no banheiro que deixava a parede ao lado da cama bem molhada. Como estava chovendo e fazendo frio, o quarto estava sempre gelado e úmido, nada secava. Até o papel higiênico, que era de péssima qualidade, ficava levemente umedecido. Mesmo nessas condições, só trocaram as nossas toalhas porque solicitamos. 

O quarto, apesar de espaçoso, não é confortável. Não tem uma cadeira, só as camas. Falta também local para acomodar as malas e as roupas, o que tinha no nosso quarto, que era triplo, não era suficiente para 3 pessoas adultas.


No banheiro não há lugares para apoiar as coisas. Por exemplo, no box só tinha um local para apoiar o sabonete, mas estava torto e o sabonete não parava lá. O shampoo e condicionador tinham que ser deixados no parapeito da janela. A pia é pequena e todas as outras coisas (pasta de dente, escova, creme) ficam amontadas, porque por ali também não tem uma prateleira.

A garagem é péssima. Na verdade, não é uma garagem, é uma área de circulação na frente dos quartos. É difícil manobrar o carro. Até o controle do portão de acesso não funcionava direito. Fora que a pousada fica no alto de um morro e a entrada fica num curva inclinada, tornando a chegada e a saída meio perigosas.

Não há serviço de quarto. No check-in, eles te dão uns panfletos de delivery pra você pedir comida. Mas no quarto não tem uma mesa ou cadeira pra você comer.

Apesar de todos esses problemas, a diária beira as 300 realidades!!! Não recomendo mesmo!

Por causa dessas condições da pousada, éramos praticamente obrigados a sair pra jantar todas as noites. Essa foi uma parte desconfortável da viagem com bebê, pois a noite fazia muito frio e às vezes chovia. Se estivéssemos bem acomodados, ficaríamos em casa, comeríamos no hotel ou no quarto e a viagem teria sido menos cansativa.

Se um dia voltar a Campos de Jordão, ficarei bem na Vila de Capivari, onde o furdunço acontece, ou em um hotel bem confortável, com restaurante, pra ter a opção de não sair a noite e ficar curtindo a hospedagem.

Campos do Jordão é muito fofa. Ótima pra descansar, comer bem, beber bem, ver coisas bonitas. A maioria das atrações é a céu aberto, então a chuva atrapalha. Nos nossos dias lá, conseguimos conhecer a Fábrica da Baden Baden, o Amantikir, o Palácio da Boa Vista, o Morro do Elefante, o Pico de Itapeva, além da Vila de Capivari, o coração de Campos do Jordão. Fomos também em Aparecida, visitar a basílica.

Estar de carro ajuda muito. Não dá pra fazer tudo a pé e parece que táxi é bem caro por lá. Acho que eles ainda não tem Uber (abri o aplicativo um dia pra teste e não funcionou). Tem bastante estacionamento pago, e geralmente é por período. Chegamos numa quinta e pagamos R$ 10 pra deixar o carro na Vila Capivari. Na sexta, o mesmo local estava por R$ 20.

Campos do Jordão está no meio da Serra da Mantiqueira. Como é cheia de morros, o caminho para as atrações é sempre recheado de paisagens lindas. Aqui tem o mapa dos passeios turísticos, que pode servir de inspiração para as andanças em carro próprio. Esses tours também são feitos pelos Trenzinhos Turísticos (na verdade, um "trem" sobre rodas) e nesse caso tem guias. Deve ser legal.

A visita técnica na fábrica da Baden Baden é proibida para menores de 18 anos, mesmo que acompanhado dos pais, então não entrei com a Lia. Entraram Vinicius e meu pai. A visita custa R$ 30,00 e dá direito à degustação de 3 chopps ao final e pode levar a tulipa pra casa. Apesar de ser chamada de visita técnica, ela não é muito voltada ao processo de produção da cerveja. É uma visita turística, na qual são contadas histórias e curiosidades da Baden Baden. É preciso fazer a reserva da visita (pelo telefone) e, como não demora muito (uns 40 minutos), é tranquilo esperar na área externa da fábrica, ou na lojinha. Na frente da fábrica tem um estacionamento pago (R$ 5 pelo período).




O acesso ao Morro do Elefante pode ser feito pelo teleférico ou de carro, que foi a nossa opção. O estacionamento é gratuito (mas não é grande). A estrada até o topo do morro tem paisagens belíssimas e lá de cima se tem uma vista panorâmica linda da cidade, que é charmosa demais. Não tiramos nenhuma foto lá de cima, provavelmente porque chovia e a gente foi bem rapidinho.

O Palácio da Boa Vista é a residência de inverno do governo do Estado de São Paulo. As visitas são gratuitas, guiadas e vale muito a pena. O palácio é lindo, tem várias obras de arte e móveis incríveis. A área externa é bem bonita e tem um lugarzinho coberto para aguardar a sua vez. É um bom programa para dias de chuva. Na frente do palácio tem um café fofo com uma vista linda.

Vista do café.

Área externa do Palácio Boa Vista. A modelo é a vó da Lia :-)



O Amantikir é visita obrigatória. O local é um imenso jardim, com referência aos jardins de todo o mundo. É um local muito agradável para passear e tirar mil fotos. A entrada custa 40 realidades,  vale cada centavo, aceitam carteirinha de estudante e o estacionamento é gratuito. Eles estão construindo uma casa na copa de uma das árvores e turistas poderão pernoitar por ali. Claro que quero!
Além do local em si ser incrível, tem vários pontos com vistas de tirar o fôlego. Obrigatório.













Lia acordou no finalzinho do passeio e ficou encantada com o colorido das flores.


O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida fica a 70 km de Campos do Jordão. É um complexo imenso, a igreja é linda e aquilo parece um parque de diversões para católicos e afins. Além da igreja, tem lanchonete (bem decente e com preços lindos, sem abusos), lojinhas com santas de todos os tamanhos e preços, biblioteca, loja de velas (e você pode comprar velas por metro!). Vale a viagem. Tem estacionamento no local, gigaante, por R$ 14 o dia todo.






Na volta, passamos em Santo Antônio do Pinhal, uma cidadezinha fofa ao lado de Campos de Jordão. Mas, tava chovendo e, com bebê no carro, acabamos não descendo. Fica a dica pra quem tiver mais sorte com o tempo.

O Pico do Itapeva foi um dos locais que chegamos porque, como estava chovendo, resolvemos andar de carro pelos morros da cidade. Daí, vimos a placa indicativa e fomos sem ter noção do que seria. Valeu demais! Na realidade, ele já fica no município de Pindamonhangada, bem na divisa com Campos do Jordão. Tem mais de 2000 metros de altitude (reforçando que a estrada até lá é muito bonitas, passando por uns bairros elegantes, hotéis chiquérrimos no meio da mata) e a vista é espetacular. Dá pra ver um monte de municípios paulistas. Tem um café e umas plantações de lavanda bem lindinhas.
A área é privada, então a atração é paga (acho que foi uns R$ 20 por pessoa..não é baratinho não...).



Essa tempestade aí foi se aproximando enquanto estávamos lá em cima.



De restaurantes, conhecemos o Arte da Pizza, Vila Chã, Sans Souci, Fräulein Bierhaus e a cervejaria Caras de Malte.

O Arte da Pizza fica dentro do Grand Hotel Senac e é maravilhoso. São pizzas feitas para serem comidas com as mãos, com várias opções de sabores bem especiais, como a de pata negra e queijo gryuère.
O ambiente é muito aconchegante, o atendimento é excelente. Não é barato, mas é para isso que a gente trabalha, né? :-) Gostamos tanto que fomos dois dias seguidos. Ah, e também porque é uma ótima opção para dias de chuva, já que o estacionamento é dentro do hotel e depois tem uma van que leva até a porta da pizzaria, com funcionários muito prestativos, com guarda-chuvas, que te protegem.
A propósito, o Grand Hotel Senac também pareceu excelente, estilo resort, meio campestre e com uma área imensa para crianças. Agora eu observo esses detalhes...rsrsrs

Pizza de para negra com queijo gryuère. 100 realidades bem investidas.

O Vila Chã é um restaurante português que serve uns bacalhaus indecentes. Foi o escolhido para comemorar o aniversário da Vó da Lia. Pedimos um Bacalhau à Vila Chã e o Bacalhau a Lagareiro. Foi comida para umas 8 pessoas, mas nós 4 comemos tudinho. Pode-se dizer que não é muito caro, não, porque o bacalhau é farto! Nossa conta beirou as 600 realidades, incluindo os dois pratos, um vinho, sobremesa (Toucinho do Céu, a base de amêndoas e gema, uma sonho de doce) e águas. O atendimento é excelente e tem estacionamento.





O Sans Souci é um restaurante, mas também é uma cafeteria, uma loja de roupas e um lugar muito bem decorado e lindo, onde você que passar muito tempo observando tudo ou mesmo morar lá. Fomos no almoço e pedimos o menu executivo, com couvert (destaque para a pipoca temperada), entrada, prato principal e sobremesa, por uns R$ 80,00. Tudo muito gostoso e bem apresentado. Tem área para crianças.
O atendimento foi meio devagar, mas deve ser porque a casa tem o conceito de slow food. É um lugar feito mesmo para gente sentar e relaxar.




Pão de fermentação lenta e manteigas aromatizadas (maracujá, frutas vermelhas e capuccino). Prefiro a manteiga tradicional mesmo....





A Caras de Malte é uma microcervejaria de Campos do Jordão e tem um brewpub. O local é muito agradável, com comida boa, área externa, brinquedos para crianças. Até a música ao vivo, que eu costumo odiar em restaurantes, tava bacana.
As cervejas não são assim espetaculares, mas são boas.







O Fräulein Bierhaus é um pub alemão, rústico e fomos lá por causa do amado joelho de porco. Não tiramos foto, mas a porção veio muito caprichada, desossada e serviu 3 pessoas. O dono nos contou que em breve eles servirão pato. Fica a dica.

Campos do Jordão foi assim. Apesar da chuva e da pousada ruim, a primeira viagem da Lia foi bem legal.

Beijocas. Vanessa

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Sobre a vida (pegando o fio da meada)

Pessoas,

no início do dezembro recebi dois e-mails na conta do blog e aí me dei conta que o último post por aqui foi em 31 de janeiro de 2017.

Fiquei em estado de choque. O ano passou e eu não escrevi váaarios posts que adoraria publicar. Especialmente os de viagens, que são registros que faço muito mais pra mim do que pra qualquer pessoa. Servem como recordação, tipo álbum de fotografia. Eu releio os posts tempos depois, incluo informações.

Pra começar, deveria ter finalizado o relato da viagem que fizemos ao Reino Unido em 2015. Depois da região de Cotswolds, fomos para Lincoln e ficamos na casa de amigos. A cidade é muito fofa e fizemos um bate volta à York, uma cidade murada liiinda, e partimos de volta ao Brasil por Manchester, dando tempo de conhecer um pouco da cidade e ainda passamos a última noite num hotel que fica literalmente num pub (Mulligans of Deansgate - não é confortável, vale só pela história).

Muralhas de York

Mulligans of Deansgate

Em 2016, tivemos em Nova Iorque e Nova Jersey também visitando amigos que moram lá, indo com amigo que mora aqui e a viagem foi fantástica.

Eu e Eric combinamos de fazer careta pra foto. Eric me trolou.

Central Park

Westfield, New Jersey
Passamos também uns 15 dias naquele Rio de Janeiro perfeito irreal que recebeu as Olimpíadas, cada dia assistindo ao vivo um esporte diferente, pirando com a energia daquela torcida do mundo todo, perdendo a cabeça e pagando uma fortuna pra comprar de última hora ingressos pra final do futebol que, vocês lembram, né, deu Brasil. Com muito sufoco e, obviamente, emoção. Foi incrível.

Parque Olímpico

Nós pirando com a pira olímpica.

Na cama com Vinícius
Em 2016 também coube uma viagem de 10 dias para Portugal, passando por Porto, Guimarães, Braga, Lisboa, Sintra e Cascais. Foram conosco minha irmã e o cunhado e a gente se divertiu horrores. Minha irmã é do tipo que topa uma passeio de bicicleta pela orla de Cascais mesmo não sabendo andar de bicicleta direito. Ela só caiu duas vezes. Fora o incidente que causou na imigração, na chegada ao país  (essa só dá pra contar pessoalmente). Portugal é tudo de bom, linda, barata, feliz. Foram tantas postas de bacalhau a 10 euros que vocês não têm noção, além dos vinhos e, claro, das cervejas, porque lá também tem cerveja decente em toda esquina.

Porto

Cascais

Lisboa, na rua do nosso ap

Ah! Também teve a viagem para Porto Alegre para fazer prova de concurso. Ocorreu que a prova era domingo e sábado a gente descobriu um festival de cerveja artesanal que também ocorreria domingo, o Oktoberfest 4º Distrito Porto Alegre. Daí, a gente compreendeu que ir beber cerveja também no domingo era mais legal que ir fazer a prova e nos jogamos. Aconteceu que o bendito concurso foi cancelado e a gente preferiu pedir o reembolso da inscrição do que ir de novo pra Porto Alegre fazer a bendita prova. Só consigo ver vantagens nessa história toda.

2016 encerrou-se de uma maneira muito surpreendente. No dia 31 de dezembro, descobrimos que estávamos grávidos. A gravidez foi desejada, mas demorou tanto pra acontecer que já tava achando que teria que partir pra um tratamento ou adoção. Por isso, ter acontecido naturalmente foi uma agradavel surpresa! Cabe aqui o registro que os avós não se cabem de tanta felicidade. 

No segundo semestre de 2016 teve também o início do fim da Bolacha. Por uma sequência azares, incluindo um erro veterinário, a Bolacha entrou numa bola de neve de doenças, uma causando a outra, e morreu dia 06 de fevereiro de 2017, após uma década de convivência de puro amor. Quase morri junto. Dessas rasteiras da vida.... Até hoje não me conformo. As cinzas dela estão num cantinho do meu guarda roupa, onde ela adorava ficar e eu não deixava pra não encher as roupas de pelo. Pipoca ficou inconsolável, procurando pela irmã durante dias.

Essa foto foi tirada dias antes dela ir embora de vez.

2017 foi, então, o ano da gravidez. Um ano sóbria. Muito estranho. Mas também divertido.

Não brassamos nenhuma vez esse ano! Não sei bem o porquê, só sei que no primeiro semestre não rolou, talvez o fato de eu não beber tenha afastado o tesão pela brassagem. Até que tentamos programar brassagens pro segundo semestre, mas as datas que eram favoráveis pra gente coincidiam com o racionamento de água. Daí o ano acabou.

Fomos, novamente (acho que foi a quarta vez), ao Festival Brasileiro da Cerveja em Blumenau. Mesmo sem beber...tradição é tradição :-) Foi mais legal que chato. Parece que estar rodeada de bêbados nos deixa um pouco grogue por osmose. Interessante também foi a sensação de tomar café da manhã em Blumenau sem estar de ressaca. Nesse ano, pudemos alugar um carro e visitar umas cervejarias nas cidades vizinhas. Foi fácil apontar quem seria a motorista da vez.

Eu, que não sou lá muito fã de praia, resolvi que queria conhecer uma dessas tipo paraíso de catálogo de agência de viagens. Fomos, então, para Turks e Caicos. Sim, a ilha é surreal de linda, com água azul cristalina, temperatura ótima e areia branca. Ficamos hospedados na casa de locais, pelo Airbnb e foi muito legal.

Leeward Beach. Sem mais. Foto de celular sem filtro algum.


A viagem incluiu Miami. Fomos visitar amigos. Detalhe que essa viagem foi programada antes da notícia da gravidez, então não foi uma viagem com o objetivo de fazer enxoval, ainda que tenhamos dedicado alguns dias pras comprinhas pro bebê, sem nos deixar levar pela insanidade consumista que o tema envolve.



Em maio fomos ao Encontro Nacional das Acervas, em Natal. Massa demais. Turma cervejeira na praia, hotel terrível (Imirá Plaza Hotel, fujam com força), mudança de hotel no meio da viagem porque o Imirá é ruim com força (acordamos uma noite com um vazamento no banheiro que parecia um dilúvio), hotel magnífico em seguida (Best Western Premier Majestic), maior cajuzeiro do mundo, uma esticadinha até a Praia de Pipa (Pousada Magia da Terra - simples, mas gostosinha), que é um lugar beem legal, com passeio de barco pra ver golfinhos, bistrôs transados, etc e tal.



Posso dizer que tive uma gravidez tranquila, com pouco desconforto. Me exercitei todo o tempo e me alimentei bem na maior parte dele. Tive a sorte grande de ter uma prima-irmã obstetra e uma instrutora de pilates muito dedicada, que cuidaram de mim com todo amor e conforto possíveis.



Lia nasceu dia 05 de setembro de 2017, após 30 horas de trabalho de parto, contando desde os primeiros sintomas chegada da garota (16 horas de trabalho de parto ativo, entenda-se, com dor de verdade). O parto foi normal e suportei bem a dor por causa de duas amigas-irmãs que são fisioterapeutas e estiveram comigo. Pra quem pretende ter parto normal: tenha uma doula ou fisioterapeuta especialista com você! Faz TODA diferença na sua percepção da dor.



Depois do parto, o pós parto e a amamentação. E eu queria taaaanto amamentar que não comprei uma mamadeira sequer! Olha. Foi foda. Difícil. Sofrido. Ainda que estivesse preparada sobre o fato de a amamentação nem sempre (eu diria quase nunca) é algo natural e instintivo, foi muito pior que eu imaginava. Doeu muito, ajustar a pega da Lia foi tenso. Foram mais de 2 meses pensando em desistir,  muitas vezes amamentando chorando, sendo que por duas vezes eu cheguei ao consultório da pediatra completamente decidida a introduzir leite artificial porque ninguém merecia amamentar, especialmente em esquema de amamentação exclusiva.

Nas duas vezes, a pediatra me dobrou. Cuidou de mim e dedicou muito tempo das várias consultas às minhas questões. A pediatra é a Dra. Sônia Salviano, a maior entusiasta da amamentação do mundo! Se é isso que você quer pra sua vida, vá atrás dela. Enfim, continuamos sem mamadeira, em amamentação exclusiva e doando leite para o Banco de Leite, o que me enche de satisfação. A parceria do marido também foi fundamental pro sucesso da empreitada. Além, claro, da presença e ajuda de toda família e amigos.

Acho que com essas informações o blog fica relativamente atualizado e podemos seguir tentando não perder mais o fio da meada.

Feliz Natal pra voces todos! Que 2018 seja incrível e que nos atrevamos a ser simples. Sempre.

Beijocas. Vanessa.