quinta-feira, 24 de julho de 2014

Nara - Abril/2014

Pessoas,

mais um post sobre o Japão.

Fomos à Nara partindo de Osaka, um bate e volta de um dia. Infelizmente, o dia não cooperou. Choveu (a ponto de atrapalhar programas) e fez um frio danado. Felizmente, conseguimos combinar de nos encontrar por lá com o Alan e a Janete, querido amigos brasilienses que, coincidentemente, estavam no Japão na mesma ápoca que a gente.

Engraçado que um dos fatos ocorridos no Japão que mais me lembram Nara não aconteceu em Nara. Aconteceu em algum pub* em alguma estação de trem em Osaka. Acostumem-se ao "algum". Difícil saber em qual bar/restaurante estávamos. Eu mal conseguia fazer check in em rede social porque ficaria umas 3 horas comparando os ideogramas do nome do local com os que haviam de opção nas redes.

*depois desse discurso todo sobre locais achei uma foto na Fan Page do blog na qual fiz check in do tal pub :-) É o Beer's Table Keller Keller.

A propósito, nesse pub tinham algumas cervejas japonesas. Conhecemos a Minoh Beer, gostosa até!


Enfim. O fato é que sentamos no balcão do pub para bebericar alguma coisa e tinha um japonês de uns 60 anos sentado ao lado comendo e bebendo. Pois não é que ele chamou o garçom e mandou que nos service um pouco do seu petisco? A partir daí, começamos a bater papo e ele disse que já tinha vindo ao Brasil, há muito anos. Quando dissemos que no dia seguinte iríamos à Nara, ele emendou: "Sou de lá! Pena que amanhã tenho reunião, senão iria mostrar a cidade para vocês."

Gente, não dá vontade de abraçar? Assim são os japoneses.

Nara fica a menos de 1 horas de Osaka ou Quioto.







Esse é o templo Kofukujo. Passamos por ele no caminho para o templo Todaiji, onde fica o Grande Buda.


Acho que todo mundo vai até Nara para conhecer o templo Todaiji, um dos mais famosos e importante historicamente. Foi construído em 752 e tem dentro dele o maior Buda de madeira do mundo. Ele está sentado e tem 15 metros de altura.

O Todaiji é realmente lindo, por dentro e por fora. Mesmo com o dia feio, ele fica bonito.











Dentro do templo tem uma passagem em uma das colunas que, segundo a lenda, quem consegui passar por ela tem passagem garantida para o Paraíso. Eu e Janete, que não somos bobas, fomos. Mal não vai fazer. Pena que não cabe qualquer um. A passagem é estreita. Tem o tamanho exato de uma das narinas do Grande Buda de madeira que fica dentro do templo.




Sobre o bichano da foto acima. Nas redondezas do templo Todaiji, que fica no Parque de Nara, há muitos veados, do tipo bambi. Muitos! São considerados bichos sagrados. Reparem que eu fui com uma blusa de frio em homenagem a eles :-)






Eles estão super acostumados com as pessoas e não atacam. De maldade. Mas de bondade....atacam. O caso é que existe um monte de vendedores de biscoitinhos para dar para os veados. E tem milhares de turistas que compram biscoitos para alimentá-los. Sacou, né? Se você tiver biscoito na mão, ele vai fazer de tudo para pegá-lo. Se ele achar que você tem biscoito, ele vai ficar no seu pé te cheirando e até fuçando sua bolsa. Tire alguns minutos para observá-los abordando os turistas. Diversão garantida.

Eles são tão mal educados com comida que vimos um deles rasgar o dever de casa de uma japonesinha estudante que estava por lá com o papel em mãos. Explico.

Um grupinho de estudantes japoneses precisavam fazer, para trabalho escolar, uma entrevista com algum turista. O Alan foi escolhido e respondeu as perguntas por escrito com o maior prazer.



De repente, um veado veio se aproximando e meteu a boca no papel nas mãos da garotinha (de rosa, abaixo. A garota assustada). Mastigou, mastigou. Não lembro se engoliu, mas a garotinha ficou assustada e triste.




Então, cautela é bom.

Com um frio de lascar, logo depois da visita nos enfiamos no restaurante mais perto para comer comida bem quentinha. Aquilo sim foi confort food!




Por causa da chuva e do frio, fomos para o Museu Nacional de Nara. Valeu a pena. Era quentinho e tinham peças bem interessantes.

Depois do museu, um parada num café para um café, um docinho e um bom bate papo para fechar o dia com chave de ouro!





Delícia de dia!

Beijocas. Vanessa.

domingo, 20 de julho de 2014

Osaka - Abril/2014

Pessoas,

de volta ao Japão.

Como disse, não conseguimos estadia em Quioto e nos hospedamos em Osaka. E não é que o que eu achava que tinha dado errado mostrou-se uma excelente alternativa?

Osaka não é um destino muito turístico e, por essa razão, é bem interessante. A cidade não é entupida de turistas, como Quioto na época das cerejeiras, é bem mais barata e, ainda assim, tem lugares lindos e legais a serem visitados.

Fora que é uma ótima opção para quem gosta de comer fora (que é nosso caso, mas não nessa viagem, onde não investimos quase nada em comida). Há até um ditado japonês que diz mais ou menos que as pessoas de Quioto gastam todo o dinheiro em roupa, as de Kobe gastam em sapatos e as Osaka gastam tudo em comida. Identifiquei-me!

A cidade é bem moderna, sem perder o charme dos vários pequenos templos japoneses espalhados por ela. Tem pontos lindos para ver cerejeiras e, por não ser tão turística, é ótima para observar o japoneses no dia-a-dia.






























De Osaka dá para fazer vários bate-voltas e assim fizemos. Fomos à Nara, Hiroshima e Quioto a partir de Osaka. Teremos post de tudinho.

Hotel

Ficamos hospedados no Hotel Hanshin. Pelo booking.com, 6 diárias custaram pouco mais de R$ 1.000,00. Adoramos. 

É super bem localizado, numa região com restaurantes e bares, na porta do hotel tem uma Family Mart, que é uma rede de mercados do tipo 7Eleven, que tem de tudo um pouco e quebra um galhão, especialmente porque na nossa diária não tinha café da manhã. E ainda fica exatamente ao lado de uma estação de trem grande, a Fukushima. Perfeito.

O quarto era legal, limpo e com um tamanho razoável. Apesar de ser de fumante (prepara-se para ter dificuldades para achar quartos de não fumantes por lá), não tinha cheirão de cigarro. Eles são muito cuidadosos nesse ponto. Tinha uma janelona linda que nos proporcionava vista da cidade, chaleira elétrica com chás e cafés, quimonos, sandálias, vasos sanitário mega equipado e tudo que você pode precisar num banheiro: sabonete, shampoo e condicionador (e decentes! meu cabelo ficava ótimo!), escova e pasta de dentes, cotonete, xuxinha de cabelo, secador. O chuveiro tinha água termal, que é terapêutica.

As fotos do booking.com são muito fiéis à realidade. Pode confiar!

Aqueles potinhos ali do lado são shampoo, condicionador e sabonete. Os potes são grandes e eles vão repondo o produto, tipo refil. 

Vista da janela do quarto a noite. Abaixo, vista de dia.




Não conhemos o spa, com piscina, e nem os restaurantes porque não tivemos tempo. Mas uma coisa curiosa que chamou a atenção é que na reserva do hotel havia o alerta de que pessoas tatuadas poderiam ser impedidas de usar as piscinas e outras áreas coletivas! Eu juro, tava assim ó: " Guests wuth a tattoo may not be permitted to enter public bathing areas and other public facilities." 

Tem a ver com a Yakusa, máfia japonesa na qual os integrantes são identificados por tatuagens. Uma simples pesquisa no Google indica um monte de sites sobre o assunto e até descobri um site que lista os locais que podem ser frequentados por pessoas tatuadas, o Tatoo Spot. Disse e repito: o Japão não cansa de nos surpreender.

O que fazer

Faltou tempo para fazer tudo que queríamos em Osaka. O parque da Universal e o aquário, por exemplo, ficaram pra outra oportunidade. Mas nos divertimos bastante! Anota aí para não deixar de conhecer:

  • Castelo de Osaka: lindo e rodeado de cerejeiras. O dia estava maravilhoso e na frente do castela tem uma área com comida de rua. Uma delícia. É possível visitar o interior do castelo, mas, sinceramente, não é lá muito interessante. A entrada custa ¥600 e tem um museu com a história de alguma guerra japonesa. Acho que vale mais a pena curtir a área externa, os jardins, fazer um piquenique.











Foto bem ao estilo japonês :-)

  • Templo Shitennoji:  um dos templos mais antigos do Japão, fundando em 593. A parte de fora é gratuita, e a de dentro é paga. Tem uma pagoda de 5 andares, onde se pode entrar (descalço) e subir os andares. É legal e bem baratinho, não lembro quanto exatamente, mas algo em torno de ¥300. 









  • Shisenkai: é uma área de Osaka bem típica daquele Japão que temos em mente: muitas pequenas lojas e rua cheia de placas incompreensíveis. Tem muita opção para comer, os famosos pachinkos e lá também fica a Torre de Tsutenkaku, de 103 metros de altura com observatório. Não subimos, ficamos curtindo a louca na parte de baixo mesmo.




  • Minami: é outro centro comercial, mas com muito mais painéis de neon.Tem muitas lojas bacanas e famosas , como a Forever 21, e é ótimo para comer. Vá a noite. Fica cheio e gente!



Osaka foi assim. Foi um ótimo começo para a viagem, surpreendeu e realmente ficaria mais alguns dias por lá. Para mais detalhes, clique aqui. No dia seguinte, Nara!

Beijocas. Vanessa.