sábado, 13 de julho de 2013

Arequipa - Junho/2013.

Pessoas,

continuando os posts sobre o Peru, depois de Nazca fomos para Arequipa. Achei estranho quando solicitei ao hotel um transfer da estação de ônibus para o hotel e eles negaram alegando que era melhor pegarmos um táxi porque eles não saberiam nosso horário exato de chegada.

Tinham razão. O ônibus, previsto para chegar 07h, chegou quase 08h30. O hotel havia nos informado que o táxi seriam 8 soles, e o guichê  de informações turísticas da estação de ônibus também. Porém o taxista nos cobrou 10 soles e quando revidei ficou dando umas explicações de rua que sobre e que desce. Topamos  pra evitar a fadiga (afinal, tínhamos viajado a noite toda e estávamos loucos para chegar no hotel, não valia a pena brigar por S./ 2 ou R$ 1,63), mas odeio esse "pega trouxa" em turismo.

Ficamos em Arequipa apenas esse dia e uma noite, pois no dia seguinte seguimos cedo para o Canion de Colca. Hospedamo-nos no hotel La Hosteria, reservado pelo booking.com, por $69 com café da manhã. O hotel é super bem localizado, nas costas do Convento Santa Calina, bem no centro, pertinho de tudo. Nos deixaram fazer o check in mais cedo e o atendimento é bem cordial. Fica num casarão antigo e tem belos portão e jardim. O quarto era grande e a roupa de cama muito confortável. Pontos negativos: as tomadas dos quartos eram tão velhas que não segurava o plugin dos carregadores de celular e tals, achamos uma decente e por sorte tínhamos um T; chuveiro com ducha fraca e água que não esquentava bem (isso é um problema corriqueiro no Peru); não tinha wifi nos quarto; no box do banheiro, não havia suportas para sabonete, shampoo; não tinha secador de cabelo no quarto e o da recepção era péssimo, além de claro, não fixar na tomada. Valeu para 1 noite e por $69.

Depois que chegamos ao hotel, gastamos umas duas horas com banho, café e resolver duas coisas: ir até à Giardino (do ladinho) pagar o tour do dia seguinte (Canion de Colca), e  resolver a passagem de Cusco para Lima, que compramos a parte pela Star Peru porque não consegui emitir esse trecho por milhas. Só que a Star Peru resolveu mudar nosso voo e complicar nossa vida, porque ficaríamos com o tempo muito curto entre chegar em Lima, desembarcar e embarcar novamente. Exemplo claro de quando o barato sai caro. Mas o bom na vida é ter problemas que se resolvem com dinheiro, né? Cancelamos a passagem da Star Peru (eles cancelaram sem problemas ou taxas), que tinham saído por $289,34 e compramos da Taca pela internet, por $353,06 as duas passagens com taxas. Pronto. 

Arequipa é uma cidade liiinda! Pode ir conhecer. Ficamos praticamente meio dia e uma noite e achei bom. Só não conseguimos conhecer a parte interna da catedral, que é esplêndida, mas porque tivemos perrengues. Começando mais cedo, umas 10hs, dá pra fazer tudo em um dia.

Portal à esquerda catedral, que é magnífica por fora.

Tudo resolvido, fomos conhecer a Juanita. A Juanita é uma das múmias mais bem preservadas do mundo. Segundo contam, foi sacrificada como oferenda aos deuses pelas comunidades Andinas há mais de 500 anos. O corpo foi encontrado congelado em 1995 no topo do vulcão Ampato e hoje está no Museu Santuários Andinos, cuja entrada custa uns S./ 20, a visita é guiada, dura por volta de 1 hora e vale a pena. Não pode tirar foto.

Daí, fomos almoçar no Chica, mais um restaurante do Gaston Acurio. Foi ótimo! O ambiente é lindo, ora clássico, ora peruano, ora descontraído, ora formal. O atendimento foi ótimo e a comida muito boa. Recomendo demais! A conta com dois piscos sour, uma água com gás, um ceviche, um arroz com pato, uma salada e uma sobremesa bateu em S./ 194 (R$ 158,59).

Milho crocante salgado pra gente beliscar. Viciei nisso. Não cobrado

Couvert com pães deliciosos e quentinhos. Não cobrados, o que acho muito gentil e honesto por parte da casa. 
Salada orgânica com alface, abobrinha, berinjela, aspargos, tomate e um molho de limão, ervas e azeite balsâmico dos deuses. Sabem aquela salada farta e deliciosa que te faz feliz como prato principal? É essa. S./ 26 (R$ 21,00)

Sobremesa de Pana Cotta com Lúcuma, S./ 21 (R$ 17,16), Ceviche de Corvina, S./ 49 (R$ 40,50), Arroz com Pato, S./ 49 (R$ 4050), Pisco Sour e Cholopolitan (ou Piscopolitan), S./ 21 (R$ 17,16), da esquerda para a direita. Tudo maravilhosamente ótimo.


Depois do almoço, fomos ao Convento Santa Catalina. Imenso! Ocupa praticamente o quarteirão inteiro. E era uma cidade mesmo para as freiras, que não saiam dali. Há ruas, praças, fontes. Logo após a entrada, que custa S./ 35,  há guias que oferecem a visita guiada em várias línguas por S./20. Aceitamos e valeu a pena, pois as explicações foram bem detalhadas e nos contaram muitas coisas interessantes. Dura por volta de 1 hora.





Foto tirada de um terraço no convento.



Depois do Convento Santa Catalina, tentamos conhecer a catedral, mas já estava fechada. Pena. Daí a gente foi andar na praça, compramos chocolates Ibérica, vimos uma loja ou outra até que deu fome novamente. Tiramos poucas fotos, mas juro que a cidade tem cada monumento lindo e grandioso, muitos feitos com a famosa rocha branca "sillar", vulcânica, e que apelida a cidade de Cidade Branca.

Catedral na Praça de Armas

Praça de Armas

Praça de Armas, e a catedral quase toda ao fundo.

Algum lugar lindo que não sei o que é.




Daí jantamos no Zig Zag, por dica do TripAdvisor. Lugarzinho bem bacana, cuja conta com uma água, uma entrada, um prato principal e um vinho bateu nos S./ 167 (R$ 136,52). Preferi o Chicha, mas esse é bem confortável e a comida também é bem gostosa.

Couvert não cobrado. Não era muito bom.

Vinho peruano, S./ 80 (R$ 65,40). Definitivamente, os vinhos peruanos não são bons. Puxam para o azedo, são estruturados e complexos demais. E não são muito aromáticos.


Entrada chamada Antipasto Marítimo, S./ 38 (R$ 31,00), com camarões, salmão e truta. Bem gostoso.

Uma das especialidade da casa: carne na pedra vulcânica. Esse prato é a Trilogia de Carnes, com boi, alpaca e cerdo, porção de 200gr., por S./ 45 (R$ 36,78), acompanhado de batatas nativas salteadas e salada verde. Ah, e um babador :-) Uma delícia e é interessante observar como a carne de alpaca é diferente. Não parece nada com boi, nem com porco. É muito gostosa e bem leve.


No caminho de volta para o hotel, demos uma paradinha num "biergarten" que tínhamos visto mais cedo. Pub meio fuleiro e sem cerveja decente. Tocava música pop e vazamos rapidamente. Na verdade, o melhor de ir até lá foi dá de cara com uma parada gay que estava rolando em Arequipa! Pura diversão. E estava relativamente cheia, com pessoas de todos os sexos e idades. Pareceu séria.





Depois, casa, cama e, no dia seguinte, Canion de Colca, que fica para o próximo post.

Beijocas. Vanessa.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Nazca - vôo sobre as famosas linhas de Nazca. Junho/2013.

Pessoas,

ainda sobre nossa viagem ao Peru.

De Lima, fomos para Nazca. Foi uma parada rápida para fazer o vôo sobre as linhas de Nazca e já seguir viagem. 

Madrugamos numa sexta-feira e às 07h pegamos ônibus de Lima para Nazca. Fomos de táxi do hotel (que nos deixou um sanduíche e suco preparados num saquinho, já que não teríamos café da manhã - olha que fofo) para a estação de ônibus da Cruz Del Sur. Em Lima, não há apenas uma rodoviária para todos os ônibus, como é comum. Cada empresa de ônibus tem sua própria estação. No caso da Cruz del Sur, a estação é muito bem organizada e o check in parece de empresa aérea, com entrega de bagagens, etiquetamentos, tripulação toda bem arrumada. 

A viagem dura 7 horas e meia. O ônibus é bem confortável. Tem travesseiros e cobertores, wifi, lanches com bebidas quentes e frias. Tem também televisão e fica passando filmes ou pegadinhas todo o tempo. Compramos as passagens pelo site da Cruz del Sur (pelo site www.go2peru.com também dá pra comprar, mas tem taxa extra. Aproveite-o apenas para fazer pesquisas) e retiramos os bilhetes na própria estação antes de embarcar. Custaram S./ 146 (R$ 118,31) as duas passagens regulares (segundo andar do ônibus).

O cenário da viagem é todo bem desértico, e com umas casinhas perdidas no meio de uma nada. Não entendi o que elas faziam ali. Depois perguntei para nosso guia em Cusco e ele disse que era a casa de repouso de quem plantava nas montanhas ou pescava por ali. Mas, cara, era um deserto de perder de vista. Enfim.

Chegamos em Nazca umas 14h30 e já partimos para o vôo. Fizemos o passeio com a Alas Peruanas, cujo escritória fica anexo ao hotel Alegria e em frente à estação de ônibus. Em frente mesmo! Ainda assim, eles mandam alguém te recolher na estação. A localização da estação e da agência foi muito útil porque na mesma noite seguimos viagem para Arequipa também de ônibus pela Cruz Del Sur, então não precisamos de transfers para lá e para cá. As malas foram conosco e ficaram guardadas na agência.

O vôo custou $100 (R$ 226,17) por pessoa. Da agência, nos levaram para o aeroporto e lá pegamos um aviãozinho tão pequeno que até fiquei com medo. Era o piloto e co-piloto e atrás eu e Vinicius. Tipo um helicóptero :-)




O passeio é muito legal! E com emoção, já que são feitas várias manobras para que o avião fique bem posicionado facilitando a visualização dos desenhos. 


Condor


Astronauta (na verdade, um menino :-))


À esquerda, árvore. A coisinha preta no meio, o observatório. Viram como a pista passa muito perto? O desenho à direita eles chamam de mãos, mas me parece um passarinho. 

Depois do vôo, fomos dar uma voltinha na cidade e descansamos um pouco no lobby do hotel Alegria (onde tinham dois gatinhos lindos!) para matar o tempo até o horário do ônibus para Arequipa.

Na cidade, na região central, paramos no restaurante Via La Encantada para almoçar/lanchar. Eu pedi um ceviche de corvina, mas não estava muito bom, não. Havia partes desagradáveis do peixe (digo, não apenas a carne). O Vinicius pediu um creme de aspargos, que estava bom. Com uma cerveja Cusqueña, a conta ficou em $16,22 (R$ 36,68).



Depois, mais tarde, comemos uma boa pizza barata numa pizzaria que não sei o nome, mas era bem do lado do La Via Encantada. Não anotei nome, nem tirei foto, nem anotei preço por uma simples razão: estávamos assistindo no notebook os últimos episódios da última temporada de How I met Your Mother :-)

Depois foi embarcar rumo à Arequipa. Para Arequipa fomos também com a Cruz Del Sur, compramos as passagens pela internet, por S./ 111 (R$ 89,94) cada uma. Esse trecho compramos o assento VIP, na parte inferior do ônibus, bem mais confortável, com travesseiro, coberta, lanche e com bancos em couro e que inclinavam 160º. Deu pra dormir bem (ainda que tivesse alguém roncando de vez em quando). Chegamos em Arequipa  por volta de 08h30 do dia seguinte.

Foi assim.

Beijocas. Vanessa.

domingo, 7 de julho de 2013

Lima - restaurantes (parte 2 - Astrid Y Gastón, Luchitta, Tanta e Songoro)

Pessoas,

vamos a segunda parte dos registros dos restaurantes de Lima. Alguns preços estão em dólares americanos, porque tive que verificar a conta na fatura do cartão.

Astrid Y Gastón: o mais falado de todos os restaurantes de Lima merece aplausos. Foi uma grande noite. Eu ainda sinto mais saudade e amor do La Mar, mas um restaurante desse nível cuja conta com 1 água, um vinho, duas entradas, dois principais, a melhor sobremesa de todos os tempos, dois cafés saia por S./ 418 (R$ 338,00) é de impressionar (pense em qualquer restaurante bom em Brasília. É daí para mais). Assim como no Central, optamos pedir a la carne ao invés de conhecer o menu degustação da casa, que tem 17 passos e custa S./ 345 (R$ 279,50) por pessoa. Desistimos porque, pessoas, 17 passos, inevitavelmente, é comida para toda uma vida! Não queríamos aquela sensação de conseguir andar depois da janta. E o la carte te dá a possibilidade de explorar o cardápio conforme sua conveniência. Não me arrependi da escolha, mas confesso que fiquei MUITO curiosa com o menu degustação. Curiando algumas mesas ao lado, vimos chegar uma coisa que era literalmente um ninho e os comensais iam catando algo lá de dentro. Mais tarde, o garçom vem vindo com uma caixa com gelo seco, cuja fumaça ia deixando um desenho do lastro dele pelo salão. Daí, parava na borda da mesa, abria a caixa para os comensais e eles recolhiam algo lá de dentro (acho que picolé e já era parte da sobremesa). Não é só a comida, é todo um show, que me pareceu muito bem adequado ao nome do menu: El Viaje. Quem optava pelo menu degustação ainda ia embora com uma lembrança que continha um livreto muito chique sobre o restaurante. Achei bem interessante. Nossas escolhas:

Boas vindas da casa: cesta de pães e manteiga fantásticos e essa folha de arroz toda trabalhada e enfeita sobre uma pedra. Criatividade é isso aí! Não cobrados. O vinho peruano escolhido foi o Tabernero Gran Tinto Fina Reserva Malbec Merlot, o mais barato da carta, S,/ 100 (R$ 81,03), não era assim muito bom, mas fomos descobrindo que nenhum vinho peruano é.

Entradas: Cuy Pekines (pele laqueada, carne confitada, crepes de maiz morado e molho de chifa, por S./ 59 (R$ 47,81) e Três Ceviches, também por S./ 59 (R$ 47,81). Pedimos o prato de cima sem saber o que era cuy (essas 4 tirinhas com cara de gordura). Depois de provar e sentir gosto de porco, perguntamos ao garçom. Resposta: porquinho-da-índia. EITA!!! Ainda bem que não sabia, senão jamais pediria :-) Tem gosto de porco e só.

Principais: acima à esquerda, "entre costillas dse res em seco", com molho, cenoura, ervilhas, tutano e batatas nativs, por S;/ 68 (R$ 55,10); abaixo, lomo salteado tradicional (filet em pedaços, com molho da própria carne, com cebolas, pimentões e batatas fritas, que me conquistou pela discrição "tradicón en toda la vida. sin más palavras", por S;/ 68 (R$ 55,10). Veio acompanhado de uma panelinha de arroz com milho.

Acima, a melhor sobremesa de todos os tempos! La esfera sensible, S./ 28 (R$ 22.68), é uma bola de chocolate recheada por dentro com compota de framboesa, sorvete de lúcuma e espuma de creme brulée. A  bola é com chocolate endurecido, mas o garçom vai jogando chocolate quente e ela vai derretendo. Olha, inesquecível! Dessas que você se lembra a viagem todinha. A caixinha de gavetas abaixo é o mimo que vem com a conta! Em cada gavetinha, dois docinhos maravilhosos, tipo trufas, macarrons, marmelada. Assim que a gente se apaixona.

Luchita: almoçamos por lá no dia do tour privado que fizemos em Lima com a Lima Mentor. Fica no bairro de Chorrilos e em um casarão impressionante. Com certeza foi de gente muito importante no passado, porque tem teto com afrescos, chão de madeira, portas grandes. Quase em palácio. Não sei nada dos preços, mas a comida estava bem gostosa. Vale a pena se estiver pela região.


Milho de couvert, ceviche misto, com camote e milho cozido de entrada para mim (muito bom!) e, de principal, peixe grelhado com alho, com arroz e mandioca frita (ok). 

Prato principal do Vinicius nas duas fotos acima: Tacu-tacu de peixe (tacu tacu é muito tradicional no peru e é quase um mexidão de arroz, feijão, ovos e temperos); a guia que estava conosco pediu um peixe salteado (peixe em pedaços com molho e batata frita). Para sobremesa, essa tortelete de doce de leite. 

Tanta: o Tanta é um dos restaurantes que levam o nome do Gastón Acurio. A nossa ida foi rápida, depois do tour de dia inteiro em Lima, já cansados e numa noite bastante fria. Fomos na unidade de Miraflores. Eu não tirei foto do cardápio, nem da conta, então não tenho detalhes :-( Comemos dois pratos principais, uma taça de vinho e um pisco sour. A conta deu $ 39,11 (R$ 88, 45).

Prato de cima, tacu tacu a lo pobre, e abaixo spaghetti com pesto. Bons!

Sóngoro Cosongo: esse foi o restaurante que caimos quando o estávamos batendo perna uma noite em Barranco. Antes dele, tentamos o Tio Mário, bem na frente, cheio e famosinho. Mas o forte da casa é carne. Daí, o Tripadvisor deu a dica do Sóngoro, a gente curtiu a cara e a chamada dele: "comida peruana hecha em casa". Era um local bem caseiro mesmo, com cara de comida boa e simples. E assim foi. A família proprietária do restaurante é quem te atende. A conta com 1 pisco sour, uma taça de vinho (ruim!), um ceviche e uma causa de frango saiu por $27,03 (R$ 61,13).

Ceviche S./ 29 (R$ 23,00) e Causa de frango por S./ 14 (R$ 11,35). Muito gostosos.

E assim foi.

Estão perdidos nos posts de Lima? Para hotel e passeios, clique aqui. Para o outro post também sobre restaurantes, aqui.

Beijocas. Vanessa.

Lima - hotel e passeios. Junho/2013.

Pessoas,

nossa primeira parada no roteiro do Peru foi Lima. Chegamos numa segunda, por volta de 13hs, e ficamos até quinta, porque na sexta às 07h da matina já pegamos o ônibus para Nasca. Então, foram 3 dias e meio e foi bem suficiente. Se você resolver não dormir depois do almoço, como a gente fazia, em menos tempo dá pra conhecer muita coisa.

Chegamos lá com 2 restaurantes reservados (Astrid Y Gastón e Central), um tour de dia inteiro com a Lima Mentor e só. O resto do tempo estava livre para descobertas e perambulações.

Eu acho que um chip de celular com internet facilita imensamente uma viagem, por conta do google maps e tripadvisor. Não é caro (o meu, 55 soles com 500MB da Movistar) e pode te livrar, por exemplo, de pegar um táxi e enfrentar trânsito ao invés de ir a pé simplesmente porque não tinha noção da distância. Pra mim, é um item quase essencial em viagens.

Em Lima ocorre uma coisa muito engraçada. Parque é qualquer espaço que tenha uma árvore. Se para nós, parques são de um tamanho razoável e dão a idéia de muito verde, para eles qualquer praça meia boca é chamada parque. Tipo o Parque Municipal de Barranco. É, de fato, uma praça.

Lima é cinza. Por essa razão, a cidade é muito mais bonita e atraente a noite. Não esqueça de levar um mini tripé para sua máquina fotográfica :-)

Quando, inevitavelmente passar na frente de uma Starbucks, prove o franppuccino de algarrobina, que é um
fruto do Peru e bem gostoso (creio que chega aqui como alfarroba e é usada como substituto de chocolate. É possível encontrar nas casas de produtos naturais, sem glúten e sem lactose).

Hotel
Ficamos no hotel 3B Barranco's Bed & Breakfast, no bairro Barranco. Reservei pelo booking.com e desde o momento que recebi a confirmação da reserva pelo hotel já percebi que o atendimento seria muito gentil. 

Barranco e Miraflores são os principais bairros de Lima. Restaurantes e muitas das atrações estão por ali. Miraflores é ainda melhor que Barranco. Nosso hotel, apesar de estar em Barranco, era coladinho em Miraflores e nos permitia fazer tudo a pé. Usamos táxi pouquíssima vezes. 

O hotel é novo, nosso quarto era super confortável, com roupas de cama mega macias. O sono era realmente bom. Como era no final do corredor, super silencioso. E, pela mesma razão, a wifi não chegava direito lá. O banheiro era espaçoso, com box de vidro (odeio aquelas cortinas de plástico!), sabonete, shampoo, condicionador bem bacaninhas. Só pecava por não ter secador de cabelo no quarto, mas o que a recepção emprestava era ótimo (por causa do frio, secador de cabelo virou item obrigatório para mim na viagem).

A diária custou $79 e acho que o custo-benefício foi bem bom. O transfer do aeroporto para o hotel custou $23 e pudemos pagar junto com as diárias no cartão de crédito. Do aeroporto ao hotel, uns 40 minutos.

A decoração é fofíssima, com quadros gigantes e coloridos.



O café da manhã foi um dos melhores da viagem, com salada de frutas com aguaymanto (ou physales para nós, caríssimas aqui, super populares por lá), sanduíche de tomate com abacate (que eles comem muito),  misto quente, suco de laranja fresco feito na hora, omelete, pão tostado, geléias, café e, claro, chá de coca que é mesmo uma febre por lá. 




O que fizemos


  • Para um dos dias, contratamos um tour privado de dia inteiro com a agência Lima Mentor (esse aqui). Optamos pelo tour privado porque achei que, pela diferença de preço, o compartilhado não valeria a pena. Este, $130 por pessoa. Aquele, $150. Esses valores incluem tudo, entradas, almoço,  motorista e guia. O carro era bastante confortável. Solicitamos ainda a inclusão do Museu Larco no passeio, e daí foi para $160, por conta das entradas. A ordem foi assim: Pachacamac (sítio arqueológico mais afastado), almoço no Luchitta, Museu Larco, Centro Histórico, Convento de São Francisco e Circuito Mágico das Águas. O tour original começa 11hs e termina 20hs. Como tínhamos o Museu Larco, eu solicitei que começasse às 10hs. Disseram que não era necessário, que passaríamos menos tempo em cada lugar. Eu insisti e disse que só queria a inclusão se começasse mais cedo. Cederam. Eu estava certa. Terminamos o tour umas 20h30 e foi muito corrido! Uma pena. O centro histórico ficou basicamente como passagem, e ele merecia boas horas com boas fotos. Tem cada prédio lindo! Como fazíamos tudo de carro, o trânsito intenso de Lima toma um tempinho. Fiquei pensando se tivéssemos em tour compartilhado. Duvido que terminaríamos a tempo. Foi corrido com a gente, que é rápido, não é tentado por lojinha. Se bem que até eu queria parar na lojinha do Museu Larco. Conclusão: as explicações da guia foram muito boas, mas, se você tiver tempo, faça por conta e divida as atrações em dias diferentes. Táxi é barato, e o guia da Folha Uol ajuda bastante. Fora a internet. O Museu Larco, Centro Histórico, Convento São Francisco e Circuito Mágico das Águas são obrigatórios!  Dá pra fazer esses todos em um dia, se você começar cedo. O Museu Larco abre às 09hs, fica no bairro Pueblo Libre. Vai pra lá, depois pega um táxi para o Centro Histórico, onde também fica o Convento São Francisco (são perto, aí é bater perna por lá). Depois, Parque da Reserva, onde há o Circuito Mágico de Águas, que também fica no centro de Lima. Estando pelo Centro Histórico, iria a pé e fugiria do trânsito. Para o Circuito Mágico de Águas, se quiser boas fotos, convém levar tripé para a máquina. O Pachacamac é muito legal também, mas é mais longe. E, considerando que no centro de Miraflores está localizado o Huaca Pucllana, de fácil acesso e com visitas guiadas incluídas no ingresso de 12 soles, opte pelo Huaca Pucllana se não tiver tempo. Ou mesmo se tiver. Gostamos muito mais do Huaca Pucllana que do Pachacamac. 
Pachacamac: vista de um dos pontos altos. Esse dia "abriu" e vimos o pacífico. 
Pachacamac 

Pachacamac 
Entrada do Museu Larco. Ele é lindo desde de fora.

Peças do Museu Larco

Peças do Museu Larco. Sabe o que tem dentro disso aí? Uma múmia em posição fetal. Tem uma fotografia de raio X mostrando. 
Peça do Museu Larco

Belíssima casa do arcebispo de Lima. No centro histórico.

Plaza Maior, no centro de Lima.

Circuito Mágico das Águas no Parque da Reserva. Quando fomos, a apresentação principal estava em manutenção. Ainda assim valeu muito!

Circuito Mágico das Águas no Parque da Reserva.

Circuito Mágico das Águas no Parque da Reserva.
  • na tarde do dia que chegamos, perambulamos pelo bairro do nosso hotel, o Barranco. Legal, mas longe de impressionar. Passamos pela Ponte dos Suspiros (que hoje em dia não arranca suspiro algum), pela praça da Biblioteca Municipal e da Igreja Santissima Cruz, também chamada de Parque Municipal, chegamos até um belo mirador. Em outro dia, fomos por lá a noite e essa região é bem movimentada, com vários restaurantes, bares. O Museu Pedro de Osma fica em Barranco, não fomos mas queria muito ter ido. Recebemos a dica tarde demais.
Ponte dos Suspiros logo a frente.

Em alguma ruela ali por Barranco.

  • Em Miraflores e San Isidro tem um monte de coisa legal. Lojinhas de artesanato bacanas, galerias de arte, ruas de pedestres, restaurantes. Um dia todinho para passear por lá também. Pode ser tudo a pé. Não deixe de ir ao Huaca Pucllana (muito legal, 12 soles por pessoa e não abre às terças!), ao Parque do Amor, passar pelo shopping Larcomar e perceber como ele é bem escondido e pode passar quase despercebido por quem está na avenida Larcomar, no Bosque das Oliveiras (na verdade, um monte de praças com Oliveiras espalhadas por uma região, mas chamam o conjunto delas de bosque), e, quem sabe, fazer um vôo de parapente sobre o Pacífico. Tente passar na frente da Igreja da Virgem Milagrosa pela noite, quando ela fica muito mais bonita por conta da iluminação.
Calçadão em Miraflores de onde se pode ser os vôos de parapente e considerar fazer um. Custava uns 150 soles por 10 a 15 minutos de vôo, acho.


Relaxando no muro de mosaico do Parque do Amor. O "parque" é uma praça  :-)

Parque do Amor


Huaca Huallamarca

Pegada de pés originais em Huaca Huallamarca

Cachorro de raça rara em Huaca Huallamarca. A temperatura do corpo dele chega a 40º. Toquei. É bem quentinho mesmo.

Huaca Huallamarca. Tem um restaurante com cara boa lá dentro, ali à direita. Viu como é bem no centro da cidade? Tem até uma pista que passa no meio de centro arqueológico!

Huaca Huallamarca

Huaca Huallamarca: metade do local ainda está sendo escavado. Precisamos voltar lá daqui há 20 anos :-)
  • Com tanta fama pela a gastronomia, é um pecado não entrar nos mercados e quintandas e ficar curiando as prateleiras. As de batatas e milhos sempre impressionam! Nós fomos no Mercado de Surquilo (também chamado de Mercado nº 2) atrás de um algo a mais. Tivemos, mas não foi bom. As barracas de frutas e verduras são bem parecidas com as dos supermercados e vendinhas nas ruas. Agora, as de carne, um horror!!! Nada de refrigeração. Galinhas são expostas inteiras, penduradas pelo pescoço e com as vísceras! Eca. O cheiro não é bom, claro. Não recomendo e fica numa parte feia da cidade, num local que parecia um setor de oficinas. Não precisa ir.
Bancada de batatas em algum mercado.
Onde comemos

Para saber sobre os restaurantes que conhecemos, clique aqui (parte 1) e aqui (parte 2).

Depois de Lima: Nazca.

Beijocas. Vanessa.