Pessoas,
o Potiguar Caldos sempre chamou minha atenção. Localizado num local onde passo sempre, tem uma placa grande e bonita, o local é amplo dando a sensação de que jamais chegaria e não teria onde sentar e, ainda, a idéia de tomar um caldo na janta, antes de voltar para casa depois do trabalho, me agrada.
Ainda assim demoramos muito para conhecer a casa e acabamos pousando por lá num sábado a noite, depois de uma corrida de rua (projeto carolina dieckmann, já falei dele aqui, né?), com meus pais (no restaurante, não na corrida :)).
O restaurante do Sudoeste é uma filial. Creio que a matriz seja em Taguatinga (e não Tabatinga) e há unidades também na Ceilândia. No Sudoeste, o espaço é imenso, com cadeiras e mesas de madeira, televisões nas paredes e decoração legal, de bar arrumadinho. Fica bem na esquina da quadra, então dá aquela sensação de vista livre e é adequado para fumantes (que educadamente se concentram nas mesas bem perto da pista).
De comida e bebida, dispõem de um mundo de opções: além de várias opções de caldos (200ml por 5,90; 400 ml por 7,90), tem espetinhos com farofa e vinagrete (entre 5,90 e 10,90, o de camarão), saladas, açaí na tigela (Karla!!!!), feijoada nos sábados (69,90 para 4 pessoas; 49,90 para 2)), galinha caipira, picanha, carne de sol e tucunaré aos domingos (entre 52,90 e 84,90, dependendo do tamanho das porções), carne da chapa e outros petiscos, como tábua de frios, codorna, bolinho de bacalhau. Ou seja, grupos heterogêneos comensalmente são bem vindos na casa. Aliás, acabo de encontrar um local onde poderíamos ter nos reunido antes do show do Titãs, né, pessoas roqueiras "tamo junto" esperando o atraso de duas horas para o magnífico show começar?
Bebidas é outro mundo a parte. Tem um garçom simpático passando e oferecendo caipifrutas, para serem feitas na mesa. Além disso, a casa tem carta de vinhos, vinhos em taça (9,90), refris, sucos até de tamarindo, whisky, cervejas, chopp, licores, doses, etc.
Inicialmente, pedimos 2 Bohemia Confraria, por R$ 7,90. Uma estava congelada e dividimos a outra, pensado em talvez pedir mais depois. Não deu porque quando nossos copos esvaziaram, o garçom informou que não havia mais daquelas geladas. Tudo bem porque a gente não queria mesmo, mas acho bizarro isso de ter a bebida quente (!). Eu parti para a taça de vinho, e o Vinicius para o chopp (R$ 5,99). A taça de vinho, que tinha nome, mas não lembro, era bem servida. O vinho era bem meia boca, mas, pelo menos, estava fresco. Meu terror do vinho em taça é vinho velho aberto há 2 dias e servido com gosto de vinagre. Não foi o caso de lá. Já o chopp, Brahma, o Vinicius achou bem ruim e inclusive ressaltou como é comum ter locais com o chopp gostoso (como o Empório Santo Antônio e o Boteco) e outros com uma amostra absolutamente diferente e ruim.
Para abrir os trabalhos, foram pedidos 2 caldos: um Frango com Milho (mandioca amarela, peito de frango e milho) e outro Potiguar (mandioca amarela e frutos do mar). Vieram com torradas (como vocês podem ver na segunda foto, na qual o flash foi bastante mal posicionado), quentinhos e estavam bem gostosos. Agradaram a todos da mesa.
Depois, pedimos uma Carne de Sol, com mandioca e queijo, por R$ 44,90, e também um espetinho de queijo coalho, por R$ 5,90, porque queijo coalho está dentre as coisas que não procuro resistir nessa vida (uma outra é pipoca). O queijo coalho estava bom, e só. Não era aquele queijo coalho que nos faz querer pedir mais uns 3.
A carne de sol estava bem legal: carne decente, macia, com pedaços comíveis (pq acontece de vir um monte de carne com gordura e remendos que deus nos livre), mandioca deliciosa e ainda uma manteiga das boas para coroar a comilança. A quantidade foi suficiente para nós 4 que já havíamos petiscado antes. Ninguém saiu rolando, mas também não saímos com fome. Se for para comer como janta, serve bem duas pessoas. A bandeja de metal abaixo da chapa era para proteger do fogo que a mantinha aquecida. Ficou feio, mas bem funcional. Nada de respingos, cheios, perigos ou afins.
O atendimento foi bem bacana: garçons prestativos, bem humorados. Gostei. As demais instalações, como o banheiro, são bem legais também, bonitinho, limpinho. Me pareceu que a clientela era formada por gente ali da vizinhança mesmo, grupinhos de amigos batendo papo, casais, todos educados e nada de algazarra. Não tinha o clima "baladinha", mas pode acontecer, entende?
Minha única ressalva é com a música. Apesar de ela não estar incomodando (não mesmo, o volume era baixo e era bem música de fundo mesmo), era pagode. E pagode ninguém merece! Me dava aflição olhar para a televisão e avistar aquele grupo de pagode. Isso é uma ressalva minha e da minha mãe (que preferiria música alguma, aliás), porque meu pai e o Vinicius não viram isso como defeito. E olha que eles são músicos (meu pai aposentado e agora só toca em festas de família - tenho vídeos incríveis!) e com ouvidos apurados.
Eu sei que muitos de vocês acham que eu sou a pessoas mais legal do mundo, e realmente sou bastante :) Mas, tenho chatices, e essa é uma delas. Eu sou muito influenciável com música, muda meu humor, meu ritmo na corrida, minha responsabilidade no trânsito. Para mim, é quase uma droga! Daí, num local variado e expansivo como o Portiguar, a música deveria ser mais universal.
No Foursquare, há relatos bem negativos da casa, a maioria do ano passado. Porém, nada de lá se assemelha a minha experiência.
É isso. Gostei e recomendo. Será mais uma das boas opções perto de casa para comer feliz sem gastar muito, e também como comida do dia a dia (caldos - o frio deveria estar aí!, espetinhos e executivos).
Não sei o horário de funcionamento :-(
Beijocas. Vanessa.