sábado, 6 de fevereiro de 2016

Europa 2015 - uma geral e a aquela coisa linda chamada Edimburgo

Pessoas,

nós ainda existimos. Nós ainda não desistimos do blog.

Então. Ano passado, 2015, fomos pra Europa, entre setembro de outubro. Até já dei uma adiantada nesse post, falando sobre como manter a saúde financeira viajando para Europa em tempos de crise. 

Eu sempre gosto de registrar as razões que levam uma viagem a se materializar. Porque são tantos lugares e tantas opções, e tão pouco tempo, e dinheiro racionado, que até decidir pra onde ir leva um tempo, seja pra esperar uma boa oportunidade (preços, por exemplo), seja para decidir o que realmente queremos naquele momento. No caso dessa viagem, a culpa foi da Copa Mundial de Rugby.

Isso porque nos apaixonamos por rugby depois de ir à África do Sul, e tínhamos aquela sementinha plantada no coração de vontade de assistir alguma partida ao vivo. Um dia lá o Vinicius foi ver os preços de ingressos dos jogos e achou um com preço pagável (75 libras), em Cardiff, dia 02 de outubro de 2015, dos All Blacks. Eu disse: compra. Ele comprou. Daí, foi só ajustar um roteiro massa tendo essa referência :-)

Por fim, o roteiro saiu assim: 5 noites em Edimburgo, 7 noites na Irlanda (divididos entre Sul da Irlanda e Dublin), 2 noites em Cardiff, 6 noites no interior da Inglaterra (Cotwolds e Linconl) e 1 noite em Manchester, onde pegamos o voo de volta pra casa.

Bolacha querendo ir também.

De Edimburgo para Dublin fomos de avião com a companhia econômica Ryanair. Olha, uma beleza. Uma hora de voo, por 45 libras para os dois. Depois, de Dublin para Cardiff voamos de Flybe. Uma hora de voo, e custou 67 euros para os dois. 

Esses valores são para bilhetes sem direito a despachar mala. Só é permitido uma mala de bordo e uma bolsa de mão. Na porta do embarque tem um local pra você colocar sua mala e conferir se ela está nos limites permitidos. Caso não esteja, tem que pagar apenas 50 libras para despachá-la. E tinha lido em mil sites diferentes que eles realmente conferem todas e são super criteriosos com tudo!

No meu caso, quando cheguei ao aeroporto, antes de entrar na sala de embarque, quase morri quando vi que minha mala, apesar de pequena, não cabia no local de medir a bagagem por causa das rodinhas que impediam que ela entrasse toda lá no buraco! Sofri. sofri. Sofri. Me conformei em pagar as 50 libras. Na hora do embarque, ninguém mediu nada e eu embarquei tranquilamente. 

Isso aconteceu nos dois voos (Ryanair e Flybe) e eu fiquei impressionada. Porque ou foi muita sorte minha, ou eles não estão mais tão exigentes assim. Enfim. 

Alugamos carro em Dublin, para conhecer o interior da Irlanda (e já adianto que é maravilhoso!!!), e em Cardiff, para passear pelo interior da Inglaterra (outro local maravilhoso demais da conta! Imperdível) e o devolvemos em Manchester.

Edimburgo

Ô cidade linda! Muitas pedras, torres, kilts, cervejas, Harry Potter, guerreiros. Amei muito!

Do aeroporto têm vários ônibus que vão até o centro. Tem uns mais caros, menos demorados, e tem também linhas regulares, mais demoradas. Nós pegamos a linha 35 da Lothian Buses, que estava paradinho lá porta, parece que nos esperando. Custou 3 libras para os dois e a viagem dura 1 hora. Ele vai parando muito. Mas é confortável, tem wi-fi e dois andares. Já dá pra ir conhecendo a cidade.

Ficamos hospedados em um apartamento a uns 2 km do centro da cidade, esse aqui. Foi bem legal. O apartamento era confortável, camas gostosa, chuveiro forte, a cozinha bem equipada. Fica em New Town e tem vários bares, mercados, restaurantes, pontos de ônibus por perto. As fotos do link acima são bem fiéis. A gente gosta de caminhar, então a distancia não é um problema para nós. 

Vista da sala do ap.

Vista do quarto do ap.

Vista da cozinha do ap.

Na verdade, eu havia feito a reserva para outro apartamento, mas teve um problema de encanamento e nos transferiram pra esse. A empresa responsável pelos apartamentos é a Destination Edinburgh. Eu achei o atendimento deles meio capenga, não respondiam e-mail, não avisaram que iam mandar alguém para limpar o apartamento (eles fazem isso quando a reserva é de mais de 4 diárias, que foi nosso caso. Legal, mas avisa, porque eu levei um susto quando cheguei em casa e o apartamento tava "mexido" e, além disso, fiquei muito puta da vida porque a faxineira jogou fora todas as mil garrafas de cerveja que tínhamos tomado - as que tinham sido tomadas lá no ap, claro -  e eu estava juntando pra fazer uma foto bem linda). Fiquei numa raiva!

As fotos abaixo foram tiradas durante nossa caminhada do apartamento até o centro da cidade. Na verdade, era um passeio. Olha que cidade linda.











A Edimburgo moderna.

5 dias é mais que suficiente para Edimburgo. Na verdade, a programação original era passar um dia em Inverness, nas Highlands. Acabamos desistindo porque seria muito corrido, e caro. Os pacotes de bate e volta não atraíram porque ficaríamos muito tempo dentro de ônibus. E eram caros, tipo umas 80 libras por pessoa. Fica pra próxima. 

Daí, com tempo sobrando, nos fartamos de Edimburgo, o que foi ótimo. Além disso, estava rolando a Copa Mundial de Rugby, então todo dia tinha a parada no pub ou fanzone pra ver um jogo. Foi ótimo. Fizemos tudo que pudemos, e ainda rolava de fazer pausas pra rugby com cerveja. Teve dia que até tiramos soneca após o almoço. Quer luxo maior que esse? Eu só não entendo porque tenho que trabalhar e não posso viver disso (jogo+cerveja+soneca+passeios).

Na fanzone da Copa Mundial de Rugby com uma Guinness do tamanho que sempre deveria ser.

E também a Escócia é a terra da Brewdog, uma das nossas cervejarias preferidas. Então tinha que ter tempo de ir no pub na Brewdog e se jogar. Done.

Tem uma foto só. Mas fomos várias vezes.
Logo no nosso primeiro dia inteiro em Edimburgo, fizemos um walking tour com a Sandemans. É aquele esquema que você paga o que quiser ao final. Foi demais! Vale muito a pena, o guia estava vestido a caráter e era bem divertido. O tour parte da rua Royal Mile, o burburinho de Edimburgo. Anotem esse nome.

A primeira parada do tour foi no Assembly Hall, que abrigou o Paralamento Escocês entre 1999 e 2004. Prédio belíssimo.







Ah, aqui um detalhe. O inglês dos escoceses é bem difícil! não entendia bulhufas do que eles falavam, têm sotaque. Depois acabei de acostumando.

O tour é bem legal pra se ter uma boa visão geral da cidade, e se passa praticamente pela cidade toda. Edimburgo é bem pequena. Nos dias seguintes, e com sol, voltamos aos pontos que tínhamos gostado mais, tipo o cemitério.

Que lindeza aquele cemitério. Ou seria um parque?  Lá foi onde a JK Rowling passou boa parte dos dias em que escrevia Harry Potter e de onde tirou as inspirações para os nomes dos personagens. Para fãs como nós, foi demais ver os túmulos de Thomas Riddle, da professora McGonagall, Hermione.



E esse sofá rosa no meio do cemitério? Morri de amor.





Não dá pra falar do cemitério e não mencionar o Bobby, um cachorro bem famoso em Edimburgo por ficar 14 anos ao lado do túmulo do dono. Acabou que ele também foi enterrado lá e, ao lado da entrada do cemitério tem um pub com uma estátua do cachorrinho na frente. Foto obrigatória em Edimburgo.



O túmulo do Bobby.

Aproveitamos também os museus gratuitos da cidade. Um deleite! 

O Museu Nacional da Escócia tem de tudo que você pode imaginar, agrada crianças, adultos, nerds e não nerds. Vai sem medo.


Lá é onde estaria a Dolly, a ovelha clonada! Mas naqueles dias ela estava numa exposição da universidade. E nós fomos atrás dela. 

Tínhamos tempo e AMO ir em locais não turísticos. E foi muito legal entrar na universidade. Vinicius engenheiro tirou várias fotos das instalações e estações de estudos (?).
  

Fomos na Galeria Nacional da Escócia. Tem um acervo bacana e pintores conhecidos, como Botticelli, Rembrandt, Van Gogh. Não é grande, então dá pra ir tranquilo. O museu oferece tour gratuitos de hora em hora (eu acho). Fizemos um e foi bem legal. Bem do lado, tem  a Academia Real Escocesa. Legal também.

De graça, fomos também ao Parlamento (bem moderninho) e ao Museu da Moeda.

O Castelo de Edimburgo. Um ícone da cidade, situado no alto de um morro e proporciona vistas maravilhosa de vários pontos da cidade. Passeio pago (33 libras a entrada pros dois), mas daqueles obrigatórios. Foi bem legal. Tem vários museus lá dentro e coisinhas pra se ver. Tem uma apresentação que mostra um cara vestindo aquelas roupas de ferro de guerra. Tem degustação de whisky. Tem até tiro de canhão!!! É legal. Vá com tempo. E lá de cima a vista da cidade é linda!

Indo pro Castelo paramos num pub. Recarregar as energias.


A caminho do castelo, tinha uma noiva. Tinha uma noiva a caminho do castelo.











A prova cabal que cerveja é alimento!


Um lugar muito bacana de Edimburgo é a Calton Hill. É uma colina bem perto do centro da cidade. Lá em cima tem alguns monumentos históricos e dá pra ver um por do sol fantástico.


Aquele palácio á em baixo é o Holyroodhouse, casa da Rainha Elizabeth quando ela visita a Escócia. Custa umas 12 libras a entrada. Não fomos. E aquele morro lá na frente, com uma subida, é o Arthur's Seat, uma colina bem explorada pelos turistas também. Não fomos.




Eu iluminada pelo sol. Adoro essa foto.

Fomos até Dean Village. É um vilarejo um pouco afastado do centro, muito pitoresco, com um rio. Um local que é uma paz. Só descobri por causa do TripAdvisor.

Uma catedral maravilhosa no caminho para Dean Village,

A Escócia é cheia de casas peludas!



Nesse dia, aproveitamos para provar whisky. A bebida faz um sucesso danado na Escócia, né? Lá no centro, é cheio de "experiências do whisky" para turistas. Ma sé aquela coisa. Umas 30 libras por pessoas pra saber da história da bebida, como se faz, e 3 doses de prova no final. Desanimei total, porque não curto whisky. Daí, estando longe do centro, lá por Dean Village entramos num pub qualquer e dissemos pra moça que queríamos provar whiskys diferente.

Pois foi um tiro certeiro. Provamos dois tipos diferentes, cada dose custou umas 3 libras e ainda batemos um papo bacana com a canadense que nos atendeu, que tinha planos para se mudar pra Londres mas, depois de conhecer Edimburgo, concluiu que naquele reinado melhor lugar não há, e seu mudou pra lá.


Nesse dia, voltando para casa, passamos no Jardim Botânico, que era bem no meio do caminho e gratuito. Lindo, sereno, aquela coisa de jardim botânico. Pra quem tem tempo sobrando.

No caminho para o jardim botânico. É por isso que amo andar a pé.


Mais fotos da cidade. Olha que lindeza!









Edimburgo foi assim. Uma cidade muito muito linda.
Beijocas. Vanessa.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Carnes!!! El Negro e Toro (e serviços que precisam melhorar).

Pessoas,

ocorreu de ir comer carnes gostosas nesses restaurantes lindos em duas ocasiões próximas. Então vai aqui um post único com os registros rápidos de cada experiência.

El Negro

Fomos ao El Negro do Lago Sul. Atendimento ótimo! O marcante pra mim desse dia foi que resistimos às batatas e pedimos de acompanhamento legumes (abobrinha, berinjela, palmito) grelhados e brócolis com aspargos. Ou seja, legumes e legumes.

Foi muito bom. A carne reinou e não pesou. Farofa de ovos e batatas de forma geral são coisas de Deus, mas, depois de comê-las com uma carne parruda, eu sempre penso em deitar e não levantar nunca mais. Pra mim, meio que acabou o dia.

Então, se tá a fim de uma carnezona decente, mas deseja aquela leveza necessária a quem tem compromisso pós comida, fica a dica.



Defeito (GRAVE) do dia: o centro da carne estava frio.

Não gente, não pode, não dá. Pô, carne cara, vinho caro, legumes caros, tudo caro, pra carne vir fria no centro? Não reclamei porque não queria que esquentassem a carne novamente, e não ia criar caso pra me darem outra carne nova...preguiça, demoro pra voltar, chamo a atenção antes do pedido se voltar. Mas, enfim, foi isso.

Toro

Acabo de chegar do Toro, na Asa Sul. Por isso esse post rapidinho, antes de ir cuidar da vida :-)

Ambiente lindo, atendimento ótimo, com exceção de um deslize feio da casa (explico abaixo).

Pedimos uma "salada da manú", porção média por uns R$ 45,00. A salada é composta por alface americana, rúcula, presunto de Parma, lascas de parmesão, muçarela de búfala, abobrinhas e berinjelas assadas, tomate seco, tomate cereja, azeitonas pretas e verdes, cebola roxa e alho crocante, com aceto balsâmico e azeite.

A salada é cara, mas achei que valeria pelos ingredientes caros. Olha, a bicha é parruda, mas os ingredientes caros e que dão o charme da salada são bem raros naquele mar de alface e azeitona que é o que realmente dá corpo à salada. Gostosa, mas com custo-benefício duvidoso.



Pedimos também uma porção de batata frita com alho, que estava linda (não comi), e esqueci de fotografar. Apesar de estar sendo bombardeada na mesa, o papo tava bom (né Gleice e Andreza? Willian tava sendo bombardeado também).

De carne, um bife ancho de 350g (R$ 73,00) e um Ojo de Piazzola (miolo do ancho, 250g por R$ 67).

Daí que lançaram errado o pedido do bife ancho, e chegou uma porção de 700g na nossa mesa. Informamos que tínhamos pedido a de 350g. Perguntaram se a gente não queria ficar com a de 700g, porque o preço até compensava. Dissemos que não.

Sabe o que eles fizeram?

Pousaram o bife ancho de 700g na mesa, prontinho para ser serviço, pegaram uma faca, cortaram metade da carne e a levaram embora, deixando os 350g, que havíamos pedido, lá.

Oi???

Foto da parte da carne que ficou na mesa:



Eu tenho um defeito do qual queria muito me livrar, mas que às vezes concluo que ele segue comigo pra me proteger, porque senão eu iria ser impossível. O tal defeito é não conseguir pensar rápido nos momentos em que estou chocada.

E eu fiquei chocada ao ver o Toro partindo metade da carne, em cima da mesa, pra levar de volta pra não sei onde. Pra fazer não sei o quê.

Depois de 2 respirações profundas, eu consegui dizer: "essa é a definição de mesquinharia". 

Se a diferença entre o valor da carne de 350g  e de 700g é pouca para nós clientes, imagina para eles.

Se a carne já está pronta, faça uma cortesia e deixa esses 350g aí na mesa. Eles só tinham a ganhar com a gentileza.

E o mais importante: se eles não querem servir maior quantidade do que a pedida pelo cliente, de graça, e sim, eles têm totalmente esse direito, separe as carnes na cozinha, dê um jeito de parecer que a carne não foi mexida e a traga linda e maravilho pra mesa. Porque é isso que eu espero do serviço do Toro. Mas do jeito que foi, foi triste!

Se eu não tivesse o defeito confessado lá em cima, eu deveria dizer era: "traga uma balança pra gente conferir o peso"; ou: "você partiu, eu escolho a metade. É a regra da vida."

Né?

Beijocas. Vanessa.

sábado, 28 de novembro de 2015

Europa em tempos de crise: é possível (2015)

Pessoas,

há quanto tempo não passo aqui!!!!!! A vida tá corrida. É muito encontro e muita vivência para serem agendados com algumas "obrigações". Resultado: blog esquecido :-/ Fico numa sofrência por abandonar o blog, mas daí percebo que não posso abraçar o mundo. Aí passa. Mas volta. Forever (young I wanna be).

Bom. Mesmo com tempo curto, sempre cabe uma viagem na agenda. Porque, né? Viagens, meu sonho de consumo. A última foi para a Europa. Um roteiro massa e lindo na Escócia, Irlanda, País de Gales e Inglaterra. E a pergunta que mais respondemos sobre essa viagem foi: nesses tempos de dólar a 4 realidades, onde vocês venderam um rim para pagar essa viagem?

Então, esse post vai ser pra mostrar que, mesmo em tempos de crise, é possível fazer uma viagem bacana. Ainda que seja em libras. Ou, talvez, principalmente se for em libras. Explico isso daqui a pouco.

Antes de tudo, falando sobre viagens possíveis  em tempos de crise, é claro que as compras estão fora de cogitação.  Tudo que será falado aqui, é considerando que compras não estão nos planos.

A primeira coisa que você deve avaliar é que tipo de viajante você é. Se for do tipo esbanjador, do tipo "tô de férias, quero todo o conforto do mundo, e não aceito 'não' nas férias", pode ser que, pra você, realmente seja bastante caro viajar em tempos de crise. Porque, pensando por onde andei (a moeda era quase sempre libra, que batia nos 6 reais), uma garrafinha de água saia a 12 reais, um cafezinho 18, um pedaço de bolo com chá 30, um pint de cerveja 30, um prato em restaurante regular 60, uma paradinha na Starbucks 40, passagem de ônibus/trem/metrô para trechos pequenos, a partir de 12.

Esses penduricalhos durante os dias encarecem a viagem, e a gente nem se dá conta. É 1 libra ali, 2 aqui, 3 acolá, mais 2, e aí 3 de novo, outros 2, um café, uma lembrança, um sorvetinho, mais 2 libras não sei de que. Multiplica isso por 6 no fim do dia, e depois pelos 20 dias que passamos fora. Faz diferença.

Por outro lado, se você não se importa em fazer uma viagem econômica, com menos luxos mas ainda um pouco confortável, gosta de andar a pé, não se importa de comer em casa e nem de programar os lanchinhos diários com um mínimo de antecedência, te digo com toda tranquilidade do mundo: pode ir!

O caso foi que, com poucas adaptações, conseguimos manter a planilha de custos bem próxima às planilhas das outras viagens. Claro que ajudou muito o fato de sermos viajantes econômicos (mas com a Starbucks nunca fui econômica...rsrsrsr. Foi coisa dessa viagem!), mas sem neuras. Se deu para trazer a garrafinha de água de água, beleza. Se não, compramos outra e ninguém sofre. Nessa viagem, porém, esquecer a garrafinha de água virava sofrência. Quem aguenta pagar 12 reais (2 libras, a libra estava 6 reais)  numa garrafinha de água sem sofrer? 

Sobre a água, basta você ter um recipiente para água, porque água de torneira é regra na Europa. Todo mundo bebe e o restaurante te oferece de graça. Acho que só devo ter comprado água 2 ou 3 vezes na vida por lá.

Pelo que percebi, o preço das passagens aéreas, hotéis e aluguel de carro acaba não variando muito. Até diminui, tendo em vista que a procura está menor (vê-se aí as promoções incríveis de passagens aéreas que andam rolando). O que pesa mesmo numa viagem é alimentação, transporte interno e atrações. 

Sobre a alimentação, comer na rua todo dia, toda hora, põe seu orçamento em risco. Como disse acima, uma cafezinho aqui, outro ali, um bolinho, cervejinha, etc e tal, e o dinheiro voa numa facilidade. Então, programe-se! A gente tomava o café da manhã em casa e quase sempre jantava também. Então, fazíamos uma refeição principal na rua. Os lanches também eram pensados e comprados nos mercados, levados na mochila, para evitar cair nas tentações do dia. E sempre garrafinha de água a tiracolo.

Para vocês terem idéia, nossos 4 dias de janta em Edimburgo custaram 7 libras. Para os dois! Alugamos um ap com cozinha e jantávamos em casa. Compramos no mercado uma bandeja com 10 hambúrgueres decentes (carne moída em formato de hambúrguer), que custou 4 libras, 1 kg de brócolis congelado (1 libra), 1 kg de seleta de legumes congelada (1 libra) e uma bandeja de cogumelos Paris (1 Libra). Daí, carne com legumes era a nossa janta de todo dia. Saudável, gostoso e muito barato. E ainda sobraram legumes.

Se a estadia era em hotel sem cozinha, aí a gente comprava um sanduíche de supermercado para a janta, descobria uma pizza barata. Enfim, tentava se virar. Se não desse, beleza, mas com um pouco de boa vontade sempre se acha um lugar em conta pra comer. O que não dava era pra ir em restaurante com serviço de mesa todo dia. 

O café da manhã também era em casa. O de sempre: ovos (amo ovos!!!), pão, chá/café, talvez aveia com iogurte. Outras vezes o café estava incluído na diária. Para os lanches, em regra, frutas, castanhas e chocolates. Comprados nos mercados, o preço era super bom e bastava uma ida ao mercado para resolver a estadia toda na cidade. 

O nosso grande "problema" em relação a alimentação nessa viagem foi a cerveja. Um pint custava em média 5 libras, 30 reais, num pub. Preço de bar descolado no Brasil. Também comprávamos para ter em casa/hotel. De longe, gastamos muito mais $ com cerveja que com comida e atrações. Mas, para a gente, cerveja é alimento e atração (principal). Então, valeu cada centavo, e ainda tínhamos a vantagem de ter vários tipos de cervejas diferentes. 

Como disse, não é barato e isso até tem uma vantagem: não beber taaaanto. Porque, beber o mundo e voltar pra casa, tendo o dia seguinte todinho para curtir ressaca, é uma coisa. Beber o mundo viajando e passar um dia de viagem em hotel de ressaca não é nada legal. O resultado foi que provamos mil tipos de cerveja, repetimos vários deles, mas não tivemos um dia de mal estar por conta disso. Foi ótimo.

E aqui fica outra dica: se você não bebe, já deixa de gastar um tanto e economizar de verdade! Ou, se preferir, pode riscar da sua lista as dicas de comer em casa e levar lanche e curtir a gostosura de sentar para um café/ché e um bolinho sem se preocupar com o preço.

Sobre o transporte, alugamos carro duas vezes (Irlanda e Inglaterra, para irmos para outras cidades). Dentro das cidades, andávamos a pé. Barato e saudável. Não há melhor meio para se conhecer a cidade. Precisamos pegar ônibus poucas vezes por causa da chuva, em Edimburgo, e em Cardiff porque nosso hotel era mais distante (escolhido por falta de opção). E aqui outra dica importante: para fins custos, localização de hotel é essencial. Quanto menos você precisar usar o transporte público, melhor. Então analise bem sua disposição para andar e as redondezas do hotel antes de reservar.  

Sobre as atrações. Lembram que falei lá em cima que dá pra fazer uma viagem bacana sem gastar muito principalmente se for em libras? Então, a explicação. O Reino Unido (e  Irlanda também) tem um costume incrível: a maioria das atrações é gratuita. Pagamos para entrar em pouquíssimas atrações, e fomos um museus, jardins botânicos, bibliotecas e outras atrações maravilhosas sem pagar nada. Conseguíamos manter os dias cheios de coisas para fazer. Aliás, tínhamos que escolher o que fazer gratuitamente. Uma beleza!!!

Vejam que não escrevi nada de inimaginável ou surreal sobre viajar barato. São atitudes bem básicas e que, às vezes, só falta coragem, organização e boa vontade para incorporar numa viagem.Cada um tem que parar e pensar qual a zona de conforto que considera importante. O que pode ser luxo pra mim é roots demais para alguns. E nessa ponderação é que você deve pensar se vale a pena viajar ou não. Em regra, pra mim sempre vale :-) O calo no meu sapato em relação à viagens é a segurança urbana. 

Beijocas. Vanessa.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Jambu

Pessoas,

feliz de quem trabalha perto da Vila Planalto, que tem restaurantes para todos os gostos, bolsos e humores. Mesmo trabalhando longe, dia desses fui conhecer o Jambu, do chef paraense Leandro Nunes e com cardápio curto e cheio de ingredientes da Amazônia e do cerrado. Ah, e também é dinâmico. O menu vai variando. Outra coisa legal: há indicação se o prato é sem glúten, sem lactose e vegetariano. Aliás, o Jambu é um deleite pra galera vegetariana.

Para almoço, tem menu executivo com 3 etapas (entrada, prato principal e sobremesa) e é difícil escolher as opções, pois, apesar de serem poucas, são bem diferentes e interessantes. O menu sai a R$ 59,00, ou R$ 84,00 se você optar pelo prato principal com camarão ou pato no tucupi. 

A casa oferece também o Gourmet Interativo que funciona assim: o comensal escolhe 8 ingredientes de uma lista de opções e o chef cria o jantar em 8 etapas. É necessário fazer a reserva com pelo menos 10 dias de antecedência, e a brincadeira custa R$ 140,00. Achei muito legal.


Vamos aos nossos pratos no almoço.

De entrada, Abóbora (abóbora, molho de abóbora, creme de gorgonzola, picles de maxixe e agrião) e Creme de couve-flor (creme de couve-flor com cogumelos salteados). Observem a fofurice da apresentação. Eu nem provei o creme de couve-flor do Vinicius, que o elogiou bastante, de tão empolgada que estava com a minha entrada de abóbora. O prato parecia um parque de diversões, cheio de surpresas, colorido, bonito. É super leve e o gorgonzola realçava a delicadeza da abóbora. Adorei!

Creme de couve-flor

Abóbora

Para os principais, fui de Tilápia (tilápia com crosta de açaí, purê de batata doce, ervilha torta e gel de limão), e Vinicius foi de Contrafilé (contrafilé com mousseline de cará, legumes salteados e molho de cebola e ervas). Eu não sei o que aconteceu com a foto do contrafilé. Tava lindo e gostoso demais! Era melhor que o meu, da foto abaixo, que já estava bem gostoso. Eu ando mega enjoada de tilápia, e acabei pedindo esse prato porque não queria pedir repetido e nem aumentar a conta. Mas valeu, porque a crosta de açaí deu personalidade pra tilápia, e o gel de limão com o purê de batata doce foi puro amor.

Tilápia

De sobremesa, Creme de Graviola (creme de graviola, creme de limão com majericão e pão de especiarias) e Creme de Cupuaçu (creme de cupuaçu com doce de beterraba, redução de aceto é farofa de telhas). Show de bola! Leves, saborosas, adocicadas, mas nem tanto. Aplausos pro Jambu!

Creme de graviola

Creme de cupuaçu

O atendimento foi ágil e gentil, o local é confortável e o único porém é onde estacionar.

Endereço: Vila Planalto. Avenida JK nº 02, em frente ao balão de entrada.
Horário de funcionamento: 2ª a 6ª, de 11k30 às 14h30 e 19h às 23h. Sábado de 12h às 15h e 19h30 às 23h30.
Telefone: (61) 3081-0900

Beijocas. Vanessa.