sábado, 25 de abril de 2015

Miami e Key West - Dez/2014.

Pessoas,

passamos a semana do Natal de 2014 numa viagem bacana em Miami e Key West. Foi uma boa oportunidade de viajar com parte da família, passar o Natal com eles, voltar à Miami (gosto de repetir lugares, a segunda vez é quase sempre melhor porque parece que a gente já tem o domínio da situação, mas, com tanto lugar novo para se conhecer, morro de dó de investir $ e tempo em lugar repetido) e conhecer Key West. Foram 3 noites em Key West e 5 noites em Miami. E foi maravilhoso! Com o dólar nas alturas, nos livramos da "obrigação" das compras e curtimos muito as duas cidades, sempre livres, soltos e, principalmente, leves. 

Key West

Chegamos no aeroporto de Miami por volta das 07h e, depois de imigração e tudo mais, alugamos o carro para ir pra Key West. Mas, antes de pegar a estrada mesmo, uma paradinha na Starbucks que era pro meu organismo físico e mental entrar no modo "férias" :-)


Sobre o carro. Eu tinha até feito reserva de um conversível, porque tem tudo a ver com a estrada sobre o mar que leva até Key West, e até para andar em Key West, cidade pequenina e onde se anda devagar, um conversível seria legal e tals. Mas três coisas me fizeram mudar de idéia: a) uma amiga disse que na estrada tem muito inseto, e que por causa deles viajou todo tempo com a capota fechada, e isso me fez lembrar as vezes em que andei de conversível em Brasilia e nunca achei bom, porque aquela ventania na cara e no cabelo (especialmente no meu cabelo que não tem a capacidade de voltar à forma anterior) não é confortável; b) eu optei por um hotel em Key West super bem localizado pra não ter que pegar carro pra nada; c) o preço. Daí, alugamos um econômico, que pros meus padrões era bem luxuosinho (Focus), super confortável, câmbio automático, todo cheio de firulas boas. O aluguel foi pela Dollar. Detalhe que o preço de reserva pela internet é sem os seguros, e eles não permitem alugar sem, de forma que o preço final do aluguel saiu por quase o dobro do preço da reserva ($413 o preço final)! Como a estrada entre Miami e Key West tem pedágio, junto com o aluguel do carro já compramos o SunPass, que é tipo o pagamento antecipado do pedágio e parece que é mais vantajoso. Não fiz as contas, mas a atendente garantiu que era bom negócio, além de que não seria preciso parar toda hora pra fazer pagamento com dinheiro no meio da estrada e tals.

A estrada até Key West. A estrada sobre o mar ligando as ilhotas é mesmo demais! Ela é cheia de atrativos e, se quiser, é possível passar um dia inteiro percorrendo os 260km, parando e curtindo a estrada. Tem muito locais para esportes aquáticos, restaurantes, mirantes, lojinhas. Usamos o GPS do app MAPS.ME (gratuito pelo android), que funciona off line, e foi muito útil para descobrir atrações na estrada. Não fizemos muitas paradas, não. Em um ou dois mirantes, para fotos, para almoçar no Burdines (um restaurante escondido e muito legal que descobrimos pelo MPAS.ME) e no famoso Bahia Honda State Park. Chegamos em Key West umas 17hs.





O restaurante Burdines fica na beira do mar e tem um deck delicioso. Ele fica acima de um posto de gasolina de barcos, tem comida maravilhosa e muita cerveja bacana. A conta com os dois pratos abaixo, duas cervejas, a vista maravilhosa, a brisa do mar e um atendimento super gentil ficou em $37.











O Bahia Honda State Park é um parque com entrada paga (uns $10 por pessoa), com várias praias, locais para piquenique, caminhadas, esportes aquáticos. Enfim, local pra passar o dia com a família e amigos. Estava cheio e o local é mesmo bem agradável. 







Foto sem filtro :-P



Uma feliz família reunida para o Natal. Não resisti e pedi foto :-)


Noiva fazendo fotos.
Hotel em Key West -  ficamos hospedados no hotel Cabana Inn Key West, reservado pelo booking.com e aprovadíssimo! A localização é excelente, colado na Duval (a rua point da cidade onde a diversão é garantida). Não precisa de carro pra nada (aliás, deixamos o carro num estacionamento público numa rua perto do hotel por dica do recepcionista). As acomodações são pequenos apartamento distribuídos numa casa muito legal. Os quartos eram super confortáveis, amplos, cama boa, banheiro com amenities de qualidade (amo isso!). A área externa comum era ótima pra relaxar, com cadeiras confortáveis, piscina tradicional e outra suuuper quente com hidromassagem. O café da manhã era show, com opções saudáveis e gostosas, além de uma máquina da Starbucks de café, chá e chocolate quente sempre à disposição dos hóspedes. Tudo de bom! Ah. E todos os dias tinha um happy hour de queijos e vinhos por volta das 17hs que, aliás, estava acontecendo na hora em que a gente chegou. Sem mais.



Key West é apaixonante. Pequena, descolada, liberal (mas decente), jovial, bonita, divertida. Cheia de bicicletas, motos, táxis rosa e galos. Sim, galos! Soltos pelas ruas, protegidos pela cidade, fotografados pelos turistas. Não deixem de conhecer Key West. Eu amei! Boa parte da cidade é coberta por wifi pública. 



















Fomos sem nada programado e reservamos alguns passeios por lá mesmo. Fizemos muitas coisas legais. Das coisas que mais fizemos foi....beber. Porque, né, sem precisar dirigir, sem compromisso, sem hora, e com todas aquelas opções de cerveja, não deu outra. Em key West é andar com garrafa de bebida aberta na rua. Se você comprar uma cerveja e quiser sair bebendo, terá que colocar num copo de plástico. 

O bar World of Beer tem sei lá quantas torneiras de chopp. Mas qualquer bar em Key West tem muita cerveja decente. A gente se acabou nas lupuladas americanas.




Sobre restaurantes, sei bem pouco. O que comemos mesmo foi petisco enquanto bebíamos :-)




Além de comer e beber, a gente também andou de jet ski, fizemos parasail, vimos pores do sol maravilhosos...segue as dicas nos tópicos abaixo.


  • Jet Ski: o passeio de volta na ilha de jet ski é bem tradicional em Key West. Fizemos com a Fury, reservando no dia anterior a noite num stand que fica na Duval, mas é possível reservar pelo site também. O passeio é divertidíssimo, lindo e vale muito a pena! Os jet skis são novos e os guias bem legais. Eu fui de carona (uma bursite no ombro me deixou receosa de não conseguir controlar o jet) e quase morri: o Vinicius achava que aquilo era feito para voar! Foi com bastante emoção.
  • Parasail: também fizemos com a Fury. Fizemos a reserva conjunta e rolou um descontinho. Cara, parasail é paz! É muito bom estar lá em cima vendo aquele oceano lindo e ouvindo nenhum barulho. Adorei demais!


  • Show de drag queen: isso mesmo! Na Duval tem mais de um local e é muito divertido. Fomos no Aqua. É um show de dublagem tosca, meio de comédia, bem decente. Elas brincam com a platéia, mas só "atacam" quem dá liberdade. É bem tranquilo. Pode ir sem medo.
  • Southern most point: é o ponto mais ao sul dos EUA, está a apenas 90 milhas de Cuba. É legal fazer a foto clássica, mas tem que ter disposição, porque é cheio, tem fila, etc e tal.

  • Por do sol do porto: a região do porto é muito legal. É bonita, cheia de gente, tem comércio, estátuas, artistas de rua querendo uns trocados. Vale a pena passar um tempo lá. E, claro, não deixe de ver o por do sol de lá. É obrigatório!!!







Key West foi isso. Uns 3 dias por lá revigoram. Super recomendo demais :-)

Miami

Dessa vez, eu gostei muito de Miami! Razões:


  • ficamos em Downtown, no hotel Yve, muito confortável e bem localizado. Miami Beach, onde ficamos da outra vez, me deixou um pouco assustada, porque a parte do bairro pela qual posso pagar é cheio de moças com camisas escrito Miami Bitch e caras muito grandes cheios de joias douradas. É um estilo de vida que, definitivamente, não combina com a gente. É muita ostentação.
Vista do nosso quarto!


  • não alugamos carro, andamos muito a pé e usamos o transporte público. Ao contrário de muita gente, eu acho libertador não ter que dirigir, estacionar e me preocupar com carro. Pra mim, vantagem é entrar num transporte, observar o caminho da janela e descer no local que me interessa sem me preocupar com mais nada. Claro que para algumas coisas o carro é vantajoso e, de fato, nós precisamos de um em um dos dias. Mas na maior parte das vezes, andamos a pé, de ônibus e de metrô. Aliás, dá pra ir e vir do aeroporto de metrô, sabiam? Baratinho e eficiente. Procurem no google que tem o caminho das pedras.






  • fomos no museu Wolfsonian. Não é fantástico, mas é legal e a entrada é baratinha. O museu é sobre evolução social, histórica e tecnológica associado á arte e ao design.




  • fomos em dois jogos: um da NBA e outro da NFL. Foi super demais, como sempre. Como eles são bons em espetáculos! E nós somos pé frio. Os times da casa para os quais torcemos,  Miami Heat e Miami Dolphins, perderem.




Americanos curtindo um barbecue no estacionamento fora do Sun Life Stadium




  • encontramos, por absoluto acaso, Mari, Pat e Eric e tivemos ótimos  momentos.
  • comemos e bebemos muito bem na Pizza Rustica (gigaante, barata e gostosa), Smith & Wollensky e no Biscayne Tavern, pub com umas 8 torneiras que ficava no térreo do nosso hotel. Para e pensa no estrago financeiro e hepático.








  • curtimos bem o South Point Park, local excelente para caminhar e ver gente bonita feliz praticando atividade física, crianças brincando, gatos, iguanas gigantes, contemplar o mar...


Só lembrava de Dexter quando passava na frente da Marina :-)







E Miami foi assim! Bem legal.

Beijocas. Vanessa.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Baby Beef Rubaiyat

Pessoas, 

fomos conhecer o Rubaiyat. Não tive pressa em visitar o restaurante desde que abriu, porque ouvi falar bem, depois ouvi falar mal, depois bem de novo, e, claro, mal de novo também. Mas, daí, um amigo bateu o martelo que queria conhecer...fechou! Gosto quando alguém me arrasta pra um lugar diferente, porque eu ainda tô na onda de ir sempre nos confiáveis para garantir a satisfação.

O lugar é lindão. A área externa é demais! A vista para o lago e o céu dessa cidade deixam o almoço com cara de férias. 

De segunda a sexta, no almoço e na janta, a casa tem o menu executivo por R$ 71, com couvert de entrada, prato principal e sobremesa. Foi a nossa opção e eu achei que valeu o preço.

O couvert da casa é uma coisa de louco. Tenha calma e reserve um tempo pra ele, porque além da reposição infinita, há leves mudanças nos componentes. Aparecem coisas novas na mesa durante as reposições.

Tudo delicioso e farto. Tem o pão de queijo (que muito gente acha que é o melhor da vida - é bom mesmo!), croquete de carne, tomate cereja com muçarela de búfala e manjericão, uma espécie de tortinha de chorizo ou salmão, berinjelas, frios, um pão delicioso servido como arte, manteiga. Além disso tudo, ainda aparece um garçom com uma imensa cesta de pães da casa, com pão de abóbora, beterraba, italiano, etc. Uma loucura. O couvert, sozinho, custa R$ 19,90 e, olha, é um brunch. Ótimo pra um almoço demoraaaado naquela varanda. Ou pra usar como prato principal na janta :-)




Para o prato principal, as opções, com um acompanhamento incluído, são baby beef, frango caipira, leitão, salmão, penne ao sugo e um prato chamado "levíssimo light com farofa funcional de claras". Parece que ser só leve ou só light já não é mais suficiente...rsrs.

As escolhas da mesa foram o baby beef com batata suflê, o frango caipira com creme de milho e o........ levíssimo light com farofa funcional de claras (minha opção....hahahahah). É que não resisti quando descobri que o 'levíssimo' é o centro do contra-file. E farofa eu amo de paixão. Ou seja, carne com farofa. Eu quero.

Molhos para as carnes.



O levísssimo light com a farofa funcional de claras.

Os acompanhamentos vieram em panelinhas e eu não fotografei os pratos completos :-/ Só o meu.

Todos adoraram os pratos. Vinicius elogiou muito o frango com creme de milho. Eu gostei do meu também, apesar da carne ter vindo mais passada do que deveria. Mas estava macia. Agora, a farofa, formada com castanhas de caju, azeitonas, uva passa, amêndoas, claras, eu não gostei. Por causa da uva passa, estava doce demais. Fiquei pensando naquela farofa de ovos com manteiga que também é bem funcional. Tem a função de me deixar feliz.

De sobremesa, pedimos 3 surpresas do dia e um cheesecake. Achei legal que o garçom não quis contar qual era a surpresa do dia. Quando perguntamos, ele foi direto: surpresa é surpresa :-) Como a surpresa é do dia, e cada dia é um dia, vou contar a do nosso dia: pudim de leite, com fava (visível) de baunilha, casca de laranja caramelada e doce de leite. Super!


Cheesecake
Como eu já tinha ouvido falar do café da casa, mesmo entupida de comida, pedi um. Custa R$ 7, é Nespresso e vem cheio de coisinhas lindas e gostosas.


Ao final, eles ainda nos ofereceram de cortesia doses de cachaça da casa, de mel com limão e gengibre. Colocaram duas garrafinhas lindas na mesa. Como a vida é injusta e nós não temos dois estômagos (no lugar de dois ovários), não provei a cachaça, mas a cara era ótima e eu tô arrependida de não ter pedido uma amostra para trazer comigo.


Ficamos na cerveja, água e refrigerante. A Estrella Galicia 1906 Reserva Especial sai a R$ 10.


O atendimento foi super cordial e eficiente. Obrigada Felipe e toda a equipe.

Conclusão: adorei!!! A comida, o ambiente, o atendimento, a companhia, a cara de pau, os casos, as gargalhadas e tudo mais valeram a conta de R$ 110 por pessoa.

SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, trecho 1, lote 1 A, Asa Sul (ao lado do Nippo)
Telefone: (61) 3443-5000
De segunda a sábado, das 12:00 à 00:30. Domingos somente almoço até 18:00


Beijocas. Vanessa.

domingo, 8 de março de 2015

Como sobreviver com dignidade a um festival de cerveja.

Pessoas, 

o Festival Brasileiro da Cerveja de 2015 tá aí! De 11 a 14 de março, a Vila Germânica em Blumenau vai receber novamente o melhor festival de cerveja do Brasil.



Fomos em 2012, me arrependo de não ter ido em 2013, voltamos em 2014 e esse ano vamos de novo. Olha, é muita alegria! 



As principais cervejarias do país aparecem por lá, e sempre com novidades. Tem música boa, tem concurso de cervejas (esse ano, haverá 874 rótulos de 136 cervejarias diferentes, pensa na grandeza disso!), tem encontro dos amigos de Brasília que zarpam pra lá também. São dias de estudo, confraternização, celebração, degustação, conhecimento, aprofundamento, descobertas, novas amizades e, claro, sem hipocrisia, muita bebedeira.


Sempre tirando foto com o urso da Colorado.
 
Dessa vez, agarrei de vez!

A lista de expositores é infinita. Mais infinita ainda são as opções de cervejas. Por causa de tantos superlativos relacionados ao festival, eu andei pensando em um humilde manual de sobrevivência.

A idéia do manual surgiu no Mondial de La Bière, no Rio de Janeiro, ano passado. Eu, Vinicius e Hilmar estávamos relembrando os perrengues que já passamos pelos festivais de cerveja por aí e achamos válida a idéia de colocar as ações preventivas todas num papel e levar embaixo do braço como um guia. Porque, meu amigo, depois que você já começou a beber e passa a se achar o super-homem (eu, a mulher maravilha), esquece. A coisa desanda.

Então, segue as dicas do nosso manual, quase todo baseado em experiência próprias:
  • A primeira é tão óbvia que não pode deixar de integrar um manual de sobrevivência em eventos cervejeiros: pegue um táxi. Não vá inventar de dirigir bêbado que dá merda. Sabe aquela história de que não se faz amigos bebendo leite, mas bebendo cerveja? Então, convoca essa galera pra ir junto e racha o táxi. E lembre-se de já deixar separado o dinheiro do táxi da volta
  • Se o festival for fora da sua cidade, escolha um hotel próximo ao local do evento. Ainda que o preço seja um pouco maior, o ganho de tempo e a praticidade compensam. Além de que, dependendo do tamanho do festival, os hotéis próximos ficam lotados de gente do festival (expositores ou bebedores). 
  • Lembre-se de deixar a cama já preparada para te receber na volta. Com travesseiro, fronha, lençol, coberta, pijamas e tudo mais que você precisa para dormir. Vai que você não tenha condições nem achar o lençol? Vai que o seu edredom ficou no armário do quarto ao lado e, quando você se dá conta disso, seus amigos já capotaram, você não consegue pegá-lo mais e tem que dormir embolado numa toalha úmida porque é o único pano que você tem pra jogar em cima do corpo? Acontece. Tem que deixar tudo a vista porque bêbado não tem rumo.
  • Pesquise no Foursquare, Kekanto ou pergunte aos locais e tenha em mente algum local para comer depois. Isso pode ser a gota d'agua da sua dignidade no dia seguinte. Um restaurante no caminho entre o local do festival e o hotel/casa facilita a vida e não onera demais a saída.
  • Além de se preocupar em comer depois, lembre-se de comer muito bem no dia do festival. Pela experiência geral, quanto mais alimentado estiver, mais devagar a bebedeira chega.
  • Um Engov antes do festival e outro antes de dormir (ou qualquer remédio contra ressaca que esteja acostumado). Esse item eu sempre esqueço! Dessa vez, vou deixar um Engov em cima do travesseiro pra não esquecer de tomar antes de dormir.
  • Outra dica básica e certeira: beba muita água. Ela é a melhor amiga do cervejeiro. Eu sei que é difícil, depois de certa hora nem lembro que água existe e, se bebo demais, não saio do banheiro. Mas, que ela salva dias seguintes, salva.
  • Uma idéia bem legal é combinar a ida ao festival com algum roteiro turístico bacana. Em 2012, fizemos um roteiro bacana pelo sul do país e finalizamos em Blumenau para curtir o festival. Ano passado, 2014, fomos passear pelas cidades históricas de Minas e terminamos a viagem em Ribeirão Preto, para curtir o IPA Day. Quem sabe ano que vem a gente não faça um passeio pelas Serras Fluminenses e Região dos Lagos antes de se acabar no Mondial de la Bière?
  • A dica mais importante de todas: tenha estratégia. Isso significa analisar previamente todas as opções de cerveja do festival e eleger as suas prioridades, fazendo uma lista por teor alcoólico, amargor, e seguindo, na medida do possível, a listinha. São milhares de cervejas, um monte de novidades e muita empolgação envolvida. Sem estratégia, você vai acabar deixando de beber algo que queria muito provar , deixar de conhecer novidades incríveis e talvez beber demais de algum tipo que nem faria tanta questão.
Essa foto é para provar a questão da empolgação: eu e Dani compramos roupas de alemãs ano passado!
  • Outro ponto importante decorrente da estratégia: tirar fotos, anotar ou gravar em áudio as impressões de cada cerveja. Depois de matar 15 novidades em uma noite, é difícil saber exatamente o que você achou de X ou Y.
  • Passe uma água no copo entre cada cerveja. Apesar do clima de festa, você estará tomando o que há de melhor na região. E aproveite para beber água.
  • Se der (e se quiser), leve seu próprio copo. Os de metal, com alça para carregar, são bem interessantes.
  • Se a Bodebrown estiver expondo (e você não pode deixar de passar lá), chegue cedo e vá logo nela. As filas são sempre grandes e ela acaba rápido. Tudo isso porque eles são os melhores :-) E, de quebra, tem também os menores preços do festival.

Tietando o ídolo :-)

  • Dê especial atenção às nanocervejarias e se divirta conversando com os donos. Você corre o risco de estar conversando com um futuro rei da cerveja brasileira. E eles sempre ficam muito felizes com isso. Além de que a troca de informações é valiosa.
  • Não perca tempo tomando cervejas que você acha com relativa facilidade em mercado, a não ser que haja algum motivo muito especial (como ela estar em chopp e super fresca). Mas se tiver que escolher entre a sua amada Vixnu e uma outra IPA que vc nunca ouviu falar, vá na novidade. Essa dica é do tipo "faça o que eu digo, não faça o que eu faço", que é quase nunca resistir à Vixnu :-)
  • Na linha do que foi dito acima, tomar Duff ou Heineken em festival de cerveja é coisa de caipira :-P
  • Dicas para meninas: convém levar papel higiênico/lenço caso aconteça de não ter papel logo na sua vez. E também absorvente. Ainda que você seja reguladinha, existe uma certa relação entre aspirina (presente no Engov) e pequenos sangramentos inesperados :-P
  • Pense bem na roupa. Ela deve ser confortável, fácil de tirar para usar o banheiro, sapatos macios para passar boas horas em pé. Para mulheres, nada de salto ou coisa assim, isso não combina com cerveja. Para homens, bermudão e tênis. Mochilas pequenas são ótimas, porque são fáceis de carregar e você já terá onde guardar eventuais compras sem ocupar as mãos com sacolas. Eu acho que é legal também ter bolsos acessíveis, para celular, dinheiro, documentos e tals. Lembre-se que uma das suas mãos estará, necessariamente, ocupada segurando um copo de cerveja.
  • Não que o que vou falar agora não deva ser aplicado a qualquer evento que você, querido leitor masculino, vá, mas festival de cerveja é um ambiente majoritariamente masculino e as mulheres em regra estão acompanhadas. Beber pacas e sair tentado pegar o que aparecer pela frente é caminho quase certo pra ir dormir de olho roxo. Não é carnaval, ok? (e nem que fosse, né? A comparação é só para que me entendam de forma clara).
  • Por fim, se alguém insinuar que vc é um alcoólatra, diga que ele errou a definição. Você é um estudioso do álcool, portanto é um alcoólogo.
É basicamente isso. Aceito sugestões para incrementar o manual.

Sobre a questão da estratégica, para o Festival Brasileiro da Cerveja de 2015 eu pretendo focar nas sessions, cervejas com baixo teor de álcool. Já provei ótimos exemplares do tipo e amo a gostosura geralmente lupulada delas combinada com menor quantidade de álcool. E também darei uma boa estudada nas, nada mais, nada menos, 27 opções de chope que a Bodebrown vai levar esse ano. Adoro esse povo que não brinca em serviço.

A gente se vê!

Beijocas. Vanessa.