domingo, 20 de julho de 2014

Osaka - Abril/2014

Pessoas,

de volta ao Japão.

Como disse, não conseguimos estadia em Quioto e nos hospedamos em Osaka. E não é que o que eu achava que tinha dado errado mostrou-se uma excelente alternativa?

Osaka não é um destino muito turístico e, por essa razão, é bem interessante. A cidade não é entupida de turistas, como Quioto na época das cerejeiras, é bem mais barata e, ainda assim, tem lugares lindos e legais a serem visitados.

Fora que é uma ótima opção para quem gosta de comer fora (que é nosso caso, mas não nessa viagem, onde não investimos quase nada em comida). Há até um ditado japonês que diz mais ou menos que as pessoas de Quioto gastam todo o dinheiro em roupa, as de Kobe gastam em sapatos e as Osaka gastam tudo em comida. Identifiquei-me!

A cidade é bem moderna, sem perder o charme dos vários pequenos templos japoneses espalhados por ela. Tem pontos lindos para ver cerejeiras e, por não ser tão turística, é ótima para observar o japoneses no dia-a-dia.






























De Osaka dá para fazer vários bate-voltas e assim fizemos. Fomos à Nara, Hiroshima e Quioto a partir de Osaka. Teremos post de tudinho.

Hotel

Ficamos hospedados no Hotel Hanshin. Pelo booking.com, 6 diárias custaram pouco mais de R$ 1.000,00. Adoramos. 

É super bem localizado, numa região com restaurantes e bares, na porta do hotel tem uma Family Mart, que é uma rede de mercados do tipo 7Eleven, que tem de tudo um pouco e quebra um galhão, especialmente porque na nossa diária não tinha café da manhã. E ainda fica exatamente ao lado de uma estação de trem grande, a Fukushima. Perfeito.

O quarto era legal, limpo e com um tamanho razoável. Apesar de ser de fumante (prepara-se para ter dificuldades para achar quartos de não fumantes por lá), não tinha cheirão de cigarro. Eles são muito cuidadosos nesse ponto. Tinha uma janelona linda que nos proporcionava vista da cidade, chaleira elétrica com chás e cafés, quimonos, sandálias, vasos sanitário mega equipado e tudo que você pode precisar num banheiro: sabonete, shampoo e condicionador (e decentes! meu cabelo ficava ótimo!), escova e pasta de dentes, cotonete, xuxinha de cabelo, secador. O chuveiro tinha água termal, que é terapêutica.

As fotos do booking.com são muito fiéis à realidade. Pode confiar!

Aqueles potinhos ali do lado são shampoo, condicionador e sabonete. Os potes são grandes e eles vão repondo o produto, tipo refil. 

Vista da janela do quarto a noite. Abaixo, vista de dia.




Não conhemos o spa, com piscina, e nem os restaurantes porque não tivemos tempo. Mas uma coisa curiosa que chamou a atenção é que na reserva do hotel havia o alerta de que pessoas tatuadas poderiam ser impedidas de usar as piscinas e outras áreas coletivas! Eu juro, tava assim ó: " Guests wuth a tattoo may not be permitted to enter public bathing areas and other public facilities." 

Tem a ver com a Yakusa, máfia japonesa na qual os integrantes são identificados por tatuagens. Uma simples pesquisa no Google indica um monte de sites sobre o assunto e até descobri um site que lista os locais que podem ser frequentados por pessoas tatuadas, o Tatoo Spot. Disse e repito: o Japão não cansa de nos surpreender.

O que fazer

Faltou tempo para fazer tudo que queríamos em Osaka. O parque da Universal e o aquário, por exemplo, ficaram pra outra oportunidade. Mas nos divertimos bastante! Anota aí para não deixar de conhecer:

  • Castelo de Osaka: lindo e rodeado de cerejeiras. O dia estava maravilhoso e na frente do castela tem uma área com comida de rua. Uma delícia. É possível visitar o interior do castelo, mas, sinceramente, não é lá muito interessante. A entrada custa ¥600 e tem um museu com a história de alguma guerra japonesa. Acho que vale mais a pena curtir a área externa, os jardins, fazer um piquenique.











Foto bem ao estilo japonês :-)

  • Templo Shitennoji:  um dos templos mais antigos do Japão, fundando em 593. A parte de fora é gratuita, e a de dentro é paga. Tem uma pagoda de 5 andares, onde se pode entrar (descalço) e subir os andares. É legal e bem baratinho, não lembro quanto exatamente, mas algo em torno de ¥300. 









  • Shisenkai: é uma área de Osaka bem típica daquele Japão que temos em mente: muitas pequenas lojas e rua cheia de placas incompreensíveis. Tem muita opção para comer, os famosos pachinkos e lá também fica a Torre de Tsutenkaku, de 103 metros de altura com observatório. Não subimos, ficamos curtindo a louca na parte de baixo mesmo.




  • Minami: é outro centro comercial, mas com muito mais painéis de neon.Tem muitas lojas bacanas e famosas , como a Forever 21, e é ótimo para comer. Vá a noite. Fica cheio e gente!



Osaka foi assim. Foi um ótimo começo para a viagem, surpreendeu e realmente ficaria mais alguns dias por lá. Para mais detalhes, clique aqui. No dia seguinte, Nara!

Beijocas. Vanessa.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Karaokê Cantar e Cantar

Pessoas,

acredito demais que quem canta seus males espanta. E dias desses fomos espantar nossos malesno Cantar e Cantar Karaokê.

Olha, eu nem sabia que rolava karaokê em Brasilia. Mas tem, e parece que não são poucos. E lota, então quem estava por fora éramos nós.

Gostei muito do Cantar e Cantar.



Primeiro porque é cedo. De terça a quinta, a casa abre às 19h e fecha 0h30. Então é esquema pra ir direto do trabalho mesmo, tipo happy hour, e ir embora cedo, sem prejudicar a manhã seguinte. Minha cara isso!

Segundo porque é muito em conta. A entra custa R$ 15,00 para quem vai cantar, e R$10,00 para quem não vai. A garrafa de vinho Concha y Toro ou Santa Helena custa R$ 35,00. Espumante Lambrusco R$ 25 e Chandon R$ 65. A Heineken 600ml custa R$7. O hamburguer custa R$ 6, e é bem satisfatório (no tamanho e no sabor, dá pra matar a fome). A carne de sol com mandioca, R$ 30. Enfim, 3 horas depois de algumas cervejas,um hamburguer e muita cantoria, nossa conta deu R$ 55.

O pão de hamburguer tinha acabado, então serviram no pão de forma. Ficou legal.

Terceiro que o número de opções de músicas é gigantesca! Difícil de escolher e tem de absolutamente tudo. Um monte de banda que eu gosto e ninguém nem sabe que existe, tipo Luxúria. Até Galinha Pintadinha! E não estou falando da abertura da Copa.

Pode ir sem medo nem vergonha. Todo mundo tá lá pra se divertir e a maioria não canta bem. A platéia é solidária e adora cantar junto. Então caprichem na escolha das músicas. Ah, não pode subir com copo no palco!

Coincidentemente, no dia seguinte recebi um e-mail sobre um karaokê que tem no UK com banda ao vivo. Deve ser muito legal! Pena que a parada só acontece a partir das 23hs. Gente do céu, pra que isso? Esse povo não trabalha sexta? A gente podia tanto importar o hábito europeu das coisas começaram 19h e acabarem 23h. Além do horário ruim,o precinho do UK não é nada camarada.

Além do Cantar e Cantar, soube também que existe o Kabareh, na 413 sul e o karaokê do Strangers (esse, aliás, abre às 17hs. Coisa linda!).

Super empolguei. Quero ir toda semana!


Valeu Bernardo e Samyra pelo convite e pela companhia. Foi demais!

SHCGN Qd. 710 Bloco "F" Loja 51 - Reservas : (61) 9139-7366 | 9309-4409
Terça, Quarta e Quinta  : 19:00 Hrs à 00:30 Hr.
Sexta e Sábado : 19:00 Hrs às 02:30 Hrs .
Domingo e Segunda somente para eventos reservados.


Beijocas. Vanessa.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Copa do Mundo 2014 - A Copa da Copas e dos copos.

Pessoas,

como disse uma amiga em um comentário a uma foto lá no Facebook, eu pareço uma criança de tão empolgada com essa Copa!

É verdade. 

Não acompanho futebol e nem torço para nenhum time, mas a Copa do Mundo sempre me empolga. E isso, na verdade, acontece não só com a Copa do Mundo de Futebol, mas com grandes campeonatos esportivos. Acho que pelo clima globalizado, porque esporte não só alegra, como integra. A gente acaba tenho assunto com todas as pessoas por perto e no elevador já não é mais preciso falar sobre o clima. 

As reportagens deliciosamente longas sobre os atletas, países e diversas culturas trazem sempre um monte de informações legais e a gente aprende várias coisas bacanas. Então, isso tudo acontecendo aqui no Brasil e, ainda, com vários jogos a 5km da minha casa tá me deixando em êxtase. 

Ver o Eixo Monumental e Esplanada com gente andando nas ruas é lindo. Mais lindo ainda porque muitas dessas pessoas não moram aqui. Aliás, nem brasileiros são. E eu tenho muito orgulho de ter gente de fora na minha cidade e me esforço para sempre tratá-los da melhor forma possível. Quero que eles saiam daqui com uma ótima impressão da gente e queiram voltar. Além disso, tem coisa mais "clima de férias" que ouvir pelas ruas outros sotaques ou outras línguas? Pra mim não tem, não.

Pela nossas experiências (fomos, até agora, em todos os jogos de Brasília), a organização está exemplar. Desde lugar para parar o carro até entrar no estádio. Muito policiamento e com trabalhadores e voluntários sabendo dar todas as informações. O banheiro feminino é limpo e não vi nenhum que não tivesse papel higiênico.

Queremos a Fifa para presidente do Brasil!

Impressiona a qualidade da fantasia de alguns torcedores! E eu fico especialmente intrigada com a incrível disposição de alguns de trazê-las na mala! Tem algumas gigantes e bem felpudas, tipo de  urso ou algum mascote desconhecido pra mim.

Falando em mascote, o Fuleco, que parecia fuleiro, pegou! O tatuzinho faz sucesso e a Loja Oficial da Fifa tá sempre cheia de gente querendo uma recordação com o mascote amarelo desenhado nela.

As torcidas são, claro, um show a parte! Quanta animação a Colômbia e a Argentina nos inspiram, hein! Já temos vários gritos de guerra e a cada jogo os brasileiros parecem mais animados e sem medo de perder a voz nos estádios.

Se gritam Messi, a gente grita Neymar. Se gritam James, a gente grita Neymar. Se gritam Shaqiri, a gente grita Neymar. Se gritam Cristiano Ronaldo, a gente grita Neymar.Se gritam Robben, a gente grita Neymar. Se gritam Van Persie, a gente grita Neymar  E mesmo estando sem Neymar, a gente continua gritando o nome do nosso garoto.

Além de tudo isso aí falado acima, ainda rola a balada no estande da Budweiser antes dos jogos, as estações para fotos legais dos patrocinadores localizadas no anel interno do estádio e, claro, os bolões! Bolão é a competição dentro da competição, e vira logo uma zoação.

Ah, e os hinos nacionais! Pura emoção.

Uma das coisas mais bacanas que a Copa me trouxe foi presenciar, em abril, no Japão, as lojas de esportes em clima de Copa e com produtos brasileiro em destaque. Certeza absoluta que isso aconteceu no mundo todo!

E essa Copa não é só a Copa da Copas, não. É a Copa dos copos também. Impressionante o valor de um copo nos estádios. Não pode descuidar um minuto que levam o seu! Compreensivo. Os copos são lindos e valem como uma ótima lembrança do evento. Os da Brahma desde sempre vem com a referência do jogo (nos jogos que já estavam definidos, vinham até com a bandeira dos países e os nomes). A Budweiser, antes com um copo simples, deu uma incrementada e agora tem também um copo lindo!

A coleção.
Poderia ter Copa todo os anos. Substitui pelo Carnaval. Ou pela Semana Santa. Ou até mesmo pelo Natal. Gente, nem no Natal o clima de confraternização, a camaradagem e as reuniões familiares são tão corriqueiras. 

O único porém, claro, são os preços. E, atualmente, a dificuldade de comprar ingressos. É fato que ainda tem muitos disponíveis, mas o acesso a eles não tá fácil, não. E sobre o dinheiro, penso que vai-se o dinheiro, ficam-se as lembranças e a experiência. Ainda que seja caro, é mais barato participar de uma Copa aqui do lado de casa do que ter que acompanhar alguma fora do Brasil. 

Só me arrependo de uma coisa: de não ter tirado o mês de férias e viajado pelas cidades sede e assistido ainda mais jogos e em estádios diferentes. E ter visto mais torcidas e gente fantasiada. E ter tirado mais fotos. E ter chorado mais vezes ao cantar o com o hino nacional junto com muitos milhares de brasileiros nos estádios. E ter o coração ainda mais repleto de felicidade.

Vou morrer de saudades. Mentira. Já estou morrendo de saudades.

Vão lá ver nosso "álbum de figurinhas" da Copa 2014 na Fan Page do blog, que é pra vocês verem do que eu estou falando.

Beijocas. Vanessa.

domingo, 6 de julho de 2014

Toro Parrilla

Pessoas,

carne! Amo carne do fundo do meu coração. Tem dias que bate uma vontade incontrolável de uma boa lapa de carne. Na última vez, aproveitamos e fomos conhecer o restaurante Toro, uma casa de carnes decentes relativamente nova em Brasília. Deve ter menos de 1 ano de funcionamento.

Já adianto que adorei! Tudo foi muito bom, desde o ambiente, passando pelo atendimento e, especialmente, a comida. De ruim, só a conta mesmo :-) Caro! 

Não costumo variar muito os acompanhamentos em casas de carnes. Sou louca de pá virada por farofa de ovos, que é sempre um clássico nesse tipo de restaurante. Eu que não perco a oportunidade de comer (afinal, farofa é da minha lista de alimentos só usufruídos em ocasiões especiais. Já viram a quantidade de manteiga que aquilo leva? Um pecado.). E como muito provavelmente vou devorar uma quantidade de carne maior que eu deveria, acabo ficando na carne com farofa e ovos e, no máximo, um arroz a mais.

Escolhemos o Bife de Vacio (600g por R$ 95,00) e farofa de ovos (R$ 16,00 a porção média).

Nossas companhias, sogra e sogro, optaram pelo Ojo Piazzola, que é um corte alto do miolo do ancho com baixo índice de gordura (500g por R$ 94,00) e arroz carreteiro (R$ 21,00 a porção grande).

Garanto que o gosto dessa comida era tão bom ou melhor do que a beleza desses pratos. 

As carnes vieram ao ponto, perfeitas. Nas primeiras garfadas, achei a carne meio sem sal. Mas depois achei a quantidade de sal perfeita, porque permitiu degustar toda a saborosidade da carne com os acompanhamentos. Acompanhamentos, aliás, perfeitos.

A farofa era mais ovo que farinha. Linda! O arroz carreteiro tão farto e completinho que pode fazer as vezes de prato principal.

Para beber, fomos de vinho argentino Don Aparo Malbec, por R$ 63,00 (que acabo de descobrir pela internet afora custa, em média, R$ 22!), algumas cervejas Stella Artois, por R$ 6,90 e água, por R$ 3,90.

Para fechar com chave de ouro, Panqueca com Dulce de Leche, por R$ ....?? Então, no cardápio que eu fotografei, o preço é R$ 16,00. Na notinha que tenho em mãos, cobraram R$ 17,00. Acabo de perceber essa falha fazendo o post. :-/ Ainda bem que foi pouco, porque se fosse muito...... bem, eu teria percebido na hora.

Pedimos 1 panqueca para os quatro e ela já chegou dividida na mesa.
Sobre a panqueca, absolutamente fenomenal. A massa da panqueca é levemente maçaricada e dá uma certa crocância. 

Enfim, foi tribom! Essa palavra ficou na minha cabeça. Primeiro por causa da Anna Claudia. Segundo porque o cardápio é cheio de referências ao palavreado do Sul do Brasil. "Tribom" e "guri" aparecem por lá.

SCLS 104 Bloco C Loja 29 - Brasília/DF - Fone: (61) 3225-0494
Horário de funcionamento: Seg - Qui: 12:00 - 15:00, 19:00 - 00:00 / Sex - Sáb: 12:00 - 16:00, 19:00 - 00:00 / Dom: 12:00 - 17:00


Beijocas. Vanessa.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Frans Café - Sudoeste

Pessoas,

eu só penso na Copa. Eu quero Copa o ano todo. Eu voto na FIFA para presidente do Brasil!

Enquanto isso, minha irmã e namorado (Andréia e Marcos) seguem passando raiva no Frans Café. Segue abaixo relato/post deles.

Fomos ao Fran's Café Sudoeste 3 vezes. 

Na 1ª vez, fomos embora em uns 20 minutos porque não fomos atendidos. Era umas 10h, a casa estava relativamente vazia e por mais que chamássemos, ninguém veio nos atender.

Na 2ª vez, fomos de noite, para um lanche/janta. O atendimento foi infinitamente melhor, tendo em vista que da outra vez ele nem existiu. Eu comi um Ravioli verde de mussarela de búfula com molho de tomate. Consideração: o ravioli não tinha NENHUM recheio, mas o molho de tomate estava bem saboroso e fresco.  O Marcos pediu um picadinho, mas não tinha. Arroz e carne picada e não tinha. Ok! Ele pediu o sanduiche Caseiro (lagarto com molho caseiro, mussarela, alface e tomate na baguete com parmesão e orégano). Ele achou bom!

Na 3ª vez foi hoje*, também à noite. Eu pedi uma quiche de ricota com espinafre, mas....não tinha. Bem como a cerveja Xingu que o Marcos pediu. E a mesa do lado pediu um pão de batata que também, adivinhe??? Não tinha. Eu fui de quiche de alho poró com salada, ambos bem bons. E o Marcos repetiu o sanduíche Caseiro. 

Uma das facas estava suja, pedimos para trocar e....tivemos de comer revezando a única faca que ficou à mesa. Pois durante todo o tempo em que ficamos, não trouxeram uma faca limpa.

Ah! E na conta, veio a cobrança da Xingu que nem no estoque tinha.

A gente comentou que os atendentes são bem esforçados em bem atender, o que nos fez considerar que o problema está na gerência. Tanto em não manter o estoque conforme o cardápio e em não gerenciar o atendimento como um todo.

Não temos fotos pq não tiramos e no site deles não tem as fotos dos pratos."

*hoje foi ontem a noite.

Sério, coloca a FIFA pra administrar esse Frans, gente!

Beijocas. Vanessa.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Japão - planejamento de viagem

Pessoas,

o planejamento da viagem para o Japão não teve segredo: horas de dedicação pesquisando sites e blogs sobre o Japão, definir os pontos e as necessidades básicas.

Um dos sites que mais pesquisamos foi o Japan-Guide, o site de turismo oficial do Japão. Por ele, é possível até fazer reservas de hotéis. Outros sites com dicas muito legais do Japão (e de outros destinos) são o Nós no Mundo e o Lud & Leo pelo Mundo.

Muita gente me pergunta se a gente não tem medo de ir com a cara e a coragem, sem agência de viagens, para lugares longes e bem diferentes, como o Japão. Não, não temos. Eu tenho medo real de ir em muito lugar do Brasil, mas não consigo ver problemas em ir para países desenvolvidos, com índice de violência quase nulos e sem fama de que o turista é feito de trouxo.

Nosso roteiro ficou assim:
- Osaka, onde ficamos 6 noites e foi nossa base para ir à Quioto, Nara, Hiroshima. Não conseguimos estadia em Quioto porque decidimos a viagens com menos de 2 meses de antecedência. Na época da Sakura (florescimento das cerejeiras), Quioto fica uma loucura!
- Monte Koya, onde passamos 1 noite num templo budista vivendo como monges.
- Tóquio, onde ficamos 6 noites e serviu de base para ir a Kamakura e até a região do Monte Fuji, mais especificamente Yamanashi.

Não foi fácil chegar nesse roteiro e fazer opções. O Japão tem muita coisa bacana para oferecer e eu queria ter ficado 1 mês!

Época


Fomos na primavera, bem nos dias de florescimento das cerejeiras, início de abril. A flor da cerejeira é chamada de Sakura. O país fica lindo mesmo! Os próprios japoneses viajam bastante pelo Japão nesse período e amam as cerejeiras: tiram fotos a toda hora! No site Japan-Guide dá pra ver o calendário de florescimento. Se puder, vá nessa época. Mas não se prenda a ela.



Visto

Precisa de visto para ir ao Japão. Todas as informações estão aqui. É fácil, rapidinho (fica pronto uns 2 dias depois) e tem que pagar em dinheiro, na embaixada. Custou R$ 77,00 por pessoa. E é lindo. Deixa o passaporte um luxo só :-) Uma coisa legal é que quando você chega na imigração e passa seu passaporte pelo leitor, todas as informações da máquina passam a ser em português. Japão lindo de deus, gente!

Dinheiro

Levamos apenas dólares e euros, que já tínhamos em casa, e sacamos yenes por lá mesmo, geralmente nas lojas do 7-Eleven, muito comuns por lá. Apesar de alguns sustos porque algumas máquinas se recusavam a nos dar dinheiro, e eu ainda não sei o porquê, no geral deu tudo certo. Assim como as máquinas da imigração, as máquinas da ATM também falavam (mesmo, havia voz) português conosco logo depois de inserir nosso cartão de crédito do Brasil. Lindo.


Internet Móvel

Não é fácil comprar um SIM card no Japão. Ao contrário da Europa e EUA, onde a gente entra em qualquer operadora e compra um pré-pago de dados, no Japão a coisa é mais restrita. Por que? Não sei. Então anota a dica para comprar seu SIM card, porque ter internet todo o tempo facilita a sua vida em terras nipônicas de maneira quase extraordinária.

A empresa B-Mobile vende SIM cards, mas é preciso comprar antes de chegar lá no Japão. No site tem todas as informações. Basicamente, você escolhe o tipo, compra pela internet e pode retirá-lo no aeroporto ou pedir para entregarem no hotel. A gente escolheu a última opção e deu certinho: chegamos no nosso quarto em Osaka e lá estava nosso 3G salvador. Prestem atenção porque é preciso comprar com certa antecedência para dar tempo deles fazerem a entrega. Escolhemos o SIM card com 3G livre por 14 dias, com velocidade limitada, e custou pouco menos de $40. Não tenho do que reclamar. A velocidade de transação dos dados não era nada diferente do nosso 3G daqui.

Para nós, a principal utilidade da internet foi o uso do transporte público. As linhas de metrô, trem e ônibus do Japão estão completamente conectadas com o Google Maps. Você descobre em poucos minutos que trem/metrô/ônibus pegar, a sua distância até o terminal/estação mais próximo, qual o portão, horários exatos, quais as paradas (sim!!! o Google maps te diz quantas e quais as paradas até o destino) e, ainda , o preço. É fantástico e não tem erro! Todos os nomes de estações e terminais são escritos em linguagem ocidental também, seja nas ruas, seja no Google maps.

Já procurar restaurantes não era muito fácil por causa do bendito alfabeto japonês, de ideogramas. Era dificílimo encontrar um nome qualquer escrito com ideogramas em meio a uma rua cheia de ideogramas :-)

O Tripadvisor tem aplicativos de Tóquio e  Quioto, que funcionam off line. Vale a pena baixar e ajuda, apesar de ter alguns erros de localização.

JR Pass - nem sempre vale a pena!

Com certeza absoluta, o que se diz por aí como necessidade primordial numa viagem para o Japão é o tal do JR Pass. Não é bem assim! Eu tenho minhas ressalvas. Explicarei.

O JR Pass é um passe de trem que dá direito ao uso infinito de muitas das várias linhas de trem da JR, uma das maiores operadoras de trem do Japão. Ao adquiri-lo,  você escolhe o passe para 7, 14 ou 21 dias. Dentre desse período ininterrupto a partir da primeira usada, basta você apresentar seu passe na entrada do portão de um das linhas permitidas e pronto.

Atenção! Compre com antecedência, porque o voucher é enviado pelos correios, e não por meio eletrônico. Nós passamos aperto porque descobri essa informação poucos dias antes de viajar. Nosso JR Pass chegou na noite anterior à viagem e acho que porque eu entrei em contato com a agência e implorei socorro. Compramos por aqui. Chegando no Japão, é necessário validar o JR Pass em alguma agência da JR. Elas estão espalhadas nos principais pontos e provavelmente seu JR Passa virá com essas informações.

O maior atrativo do JR Pass é o acesso aos trem balas, ou shinkasens. Há linhas de trem bala cobertas pelo JR Pass que te levam de Tóquio a Quioto ou Hiroshima. Como esses trechos são caros (Tóquio a Quioto custa $100, um trecho), todo mundo ama o JR Pass porque dá pra economizar bastante.

Acontece que o JR Pass também é bastante caro. Para 7 dias, custa $279. Para 14, $444. Isso o preço seco, porque ainda tem frete e a conversão não é favorável. Nossos passes para 7 dias custaram R$ 1.495,42.

Pensando no fato de que você poderia ficar andando de trem bala para lá e pra cá nesses dias todos, o preço valeria a pena. Mas, na realidade, numa viagem ao Japão com dias contados e mil atrações, você não vai só ficar andando de trem bala de Tóquio a Quioto ou até Hiroshima, né? Daí que vem minhas ressalvas.

O JR Pass não te permite andar em várias linhas de trem ou metrô que são úteis durante a viagem, como, por exemplo, o magnífico metrô de Tóquio ou o acesso ao Monte Koya. Ainda que muito das cidades sejam acessíveis pelas linhas do JR Pass, nem sempre a melhor opção, e a mais rápida, é da JR.

Considerando isso tudo, minha dica é: programe seu roteiro de viagens primeiro e depois decida se irá comprar o JR ou não. Você pode até fazer uma programação já direcionada ao uso dele, como nos fizemos.

Apesar de termos passado 13 dias no Japão, optamos por comprar o passe de 7 dias e concentrar todas as viagens longas e mais caras, cobertas pela JR, nesse período. E ainda assim não foi possível usar somente o JR, acabamos pagando uma ou outra passagem.

Se voltar ao Japão, considerarei bastante não comprar o JR. Tenho minhas dúvidas se valeu a pena. Nesse período de 7 dias, a gente ficava meio vendido para a JR, com dó de pagar por um trecho de metrô mais rápido e perto que não era da JR, ou outro, mais longo e demorado da JR, que já estava pago. Afinal, transporte público é caro no Japão.

Li dois relatos de viagem de turistas que resolveram não comprar o JR e não se arrependeram. Estão no blog Lud Leo Pelo Mundo (post aqui) e no Preciso viajar (post aqui). Há a opção de viajar de ônibus pela Japão. Aposto que deve ser maravilhoso e tudo deve funcionar muito bem. Porém, não recomendo uma viagem ao Japão sem viajar, nem que seja uma vez, de trem bala. É incrível e faz parte da festa :-)

Idioma e comunicação

Com certeza, o maior desafio dessa viagem. A gente não fala japonês, e eles são péssimos no inglês. Mas, para compensar, são extremamente solícitos. São dispostos a fazer mímica, desenhar, usar o celular como tradutor. No fim, tudo dava muito certo. Ter internet móvel, nesse caso, também ajudou bastante. E pode ser bastante útil levar por escrito o nome do hotel, endereço das principais atrações, as palavras básicas pra você (tipo banheiro e cerveja :-)), etc.

Em restaurantes, é muito comum ter a exibição dos pratos com preços em maquetes do lado de fora. Daí, é só apontar o que você quer e pronto!

Naquela vitrine ali atrás das bicicletas tem a amostra de todos os pratos do restaurante. Sim, isso é um restaurante. 

Cardápio do Sushi Banzai, um ótimo restaurante de sushis e sashimis. Rápido e barato!


Custos em geral

Olha, o Japão nem é tão caro assim. Não sei se é porque estivemos antes em Paris e o euro tá de arrancar o couro, mas a impressão que ficou é de que o Japão é bem possível.

É muito fácil comer barato por lá. Eles têm muitos fast food japoneses, com sushis, sashimis, udons, noodles, sobas. Nem precisa cogitar McDonalds. Fora os mercados, cheios de comida pronta, gostosa e em conta.

Comida de mercado.

Café da manhã de mercado.


Faça como os japoneses: coma na rua.

Os preços dos nossos hotéis também foram bem razoáveis. Em Osaka, R$ 1.090,00 por 6 noites, em Tóquio R$ 1.641,00 por 6 noites também.

Táxis estão fora de cogitação porque são serviços de luxo, muito caros! Em compensação, metrô é perfeito e andar a pé é pura alegria. Afinal, em qual outro momento você realmente conhece a cidade e seu moradores?

Para comprinhas de tudo, inclusive comida, itens de higiene, utilidades em geral, as lojas de 100 Yenes são imperdíveis!!!! 100 yenes é mais ou menos 1 dólar.

As entradas nas atrações pagas são bem acessíveis, por volta de 500 yenes, (quase 5 dólares), e tem muita coisa gratuita pra fazer. Aliás, o que não falta é entretenimento gratuito. Lembre-se que você estará no Japão. Parar por horas em qualquer esquina e observar a vida passar já um grande programa.







Ou seja, não deixe de ir por medo dos custos. Garanto que você irá se surpreender.

Sapatos

Que raio de tópico é esse? Simples: numa viagem ao Japão, você tirará os sapatos muitas vezes para visitar templos e afins. Portanto, programe-se para usar sapatos de fácil remoção :-)



Se tira tanto o sapato para entrar nos recintos que vendem essa versão de sapatos facilmente removíveis para homens!

Daí, tem lugar que você troca de sapato para entrar no local e depois troca de novo para usar o banheiro.

Toalhinhas de mão

Outro tópico estranho, né? Seguinte: no Japão é muito raro ter papel toalha ou secador de mãos nos banheiros. Também é difícil ter guardanapos nos restaurantes. Por isso, todo japonês anda com uma toalhinha de bolso para essas eventualidades. É fácil de achar para comprar e nas lojas de 100 yenes tem umas fofas. Além de úteis, viram ótimas lembranças.

Acho que é isso. Ainda vem muito post sobre o Japão por aí!

Beijocas. Vanessa.

sábado, 7 de junho de 2014

Olivae

Pessoas,

já disse que a ida a restaurantes aqui em casa tá fraquinha, né? Não disse ainda, mas vocês devem ter percebido que ando com preguiça monstra de blogar. Juntando as duas coisas, quase não se fala mais de comida nesse blog.

Pra quebrar essa onda, vou contar a visita que fizemos ao Olivae, restaurante revelação do ano pela Veja Brasília 2014/2015.

Vamos começar pelo ambiente. Achei minimalista demais. É sofisticado, mas u pouco "frio", sem aconchego.

Comemos, de entrada, Bruschettaa de purê de tomates, castanhas e ervas, finalizadas com parmesão fresco e manjericão, por R$ 18,10. A aparência não é impactante, elas são pequenas e a porção vem com 6 unidades. Mas são deliciosas! Gosto super fresco do purê de tomate, parmesão supimpa. A falta de crocância não me incomodou. Eu até gosto delas mais maciazinhas.



Em seguida, chegou uma cortesia da casa: peixinho frito com molhinhos tipo vinagrete (?). Delícia também.



De principal, eu fui de Bife de Kobe finamente fatiado, que é ponta de alcatra (coxão duro) finalizado em pedra quente, tornedos de mandioquinha, farofa de castanha do Pará e purê de cogumelos, por R$ 55.


Esse prato é bem legal. Diferente, criativo, gostoso, bonito. A farofa estava dos deuses e eu sugiro que o restante tenha porção dela avulsa para servir como guarnição. Eu comeria uma panela inteira. Aceito de presente, se tiverem alguma sobra. Nem sou muito fã de cogumelos, mas esses purês estavam demais. A textura era bem macia e elástica, gostoso de comer. A carne, apesar de corte fino, o que eu acho a que desvaloriza muito, era mesmo macia e tinha um temperinho maravilhoso.O prato todo era muito gostoso, na verdade, eu se eu voltar lá, como ele de novo. 

O Vinicius optou pelo Parmegiana Clássico, acompanhado com espaguete salteado em alho negro, ervas frescas, tomate cereja e parmesão, por R$ 46,90.


Estava bom, mas sem arrancar suspiros e nem digno de repetição. Já comemos muito parmegianas bem melhores (Tratoria 101, Beirute, Dona Lenha).

Não comemos sobremesa, mas fiquei muito de olho na chamada Trio de Vegetais. Se alguém comer, manda foto! Acho que volto lá pra experimentá-la. Aliás, as opções de sobremesa parecem bem interessantes. 

O atendimento foi super cordial e agradável. Os pratos demoraram um pouco mais que o necessário e a casa não estava cheia.

No final, eles entregaram um IPAD para gente registrar nossa avaliação. Gostei. Sempre preencho aquelas avaliações em papel achando que vão parar em lugar nenhum.



Endereço: 405 Sul, bloco B, loja 2 - - Brasília

Telefone: 3443-8775

Funcionamento: segunda a domingo (só almoço), das 12h/15 e 19h/23h.

Beijocas. Vanessa.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Bike Brasília

Pessoas,

mal o Bike Brasília foi lançado, eu já pude testar. E adorar!

Aconteceu que, bem no dia da inauguração, eu tinha que resolver uma parada e havia programado o deslocamento entre o trabalho e o destino de ônibus.

A sorte foi que bem na frente do meu trabalho tem uma estação do Bike Brasília e há também outra estação perto de onde eu tinha que ir. 

Baixado o app e feito o cadastro, fui de bike da estação Praça do Buriti até a estação Torre de TV. 

O app funcionou perfeitamente e pude retirar a bike sem problemas. Fui pedalando pela ciclovia que existe no canteiro central eixo monumental e foi muito tranquilo. Bike novinha, ventinho bom, céu azul. Muito legal.

A devolução da bike também foi tranquila: só encaixar a magrela na trava e pronto.



Essa semana também precisei usar o serviço. Fiz o mesmo trajeto, só que agora fui e voltei. A ida foi tranquila. A volta também, mas tive problemas na hora de retirar a bike da estação da Torre de TV. Acessei o app e a bike foi liberada, mas não consegui tirá-la, de verdade, da trava. E o pior: o meu status estava "em uso", e eu não conseguia liberar outra bike.

Daí, liguei para a central de atendimento, número 6140039846. Fui atendida muito rapidamente e orientada e sair e entrar no app, para ele ser atualizado. Deu certo.

Voltei para a estação Praça do Buriti. Chegando lá, tive sorte que o pessoal da manutenção das bike estava lá e tinham acabado de tirar uma bike, onde pude estacionar a minha. Eles disseram que faz parte da rotina ir desocupando as estações cheias para sempre ter vagas para as pessoas estacionarem. Legal, mas não é eficiente isso, né?

Pra mim, aqui está grande problema do programa: como as estações são poucas e algumas bem longes, se você tiver o azar de chegar na estação e não onde estacionar, tá enrolado. Nós usamos muito esse programa de aluguel de bikes em Paris, mas lá tem estação a cada esquina, então onde estacionar não é problema. Aqui ainda é.

Volta e meio pesquiso as estações no app. A estação Rodoviária está sempre vazia, e as estações Ministério da Cultura e Ministério do Trabalho estão sempre cheias. Olhei agora, que são 18h47, e as estação Rodoviária tá lotada, sem lugar para estacionar, e as estações dos Ministérios vazias, sem bikes para alugar. A parte legal disso é perceber que as pessoas estão usando as bikes como meio de transporte.

Segundo a empresa Samba Transportes Sustentáveis, responsáveis pela implementação do programa em Brasília,  expectativa é que, até o segundo semestre, mais 30 pontos sejam instalados e mais 300 bicicletas estejam disponíveis. Olha, eu mal posso esperar! Estou torcendo com força. E fé :-)

É isso! Fiquei bem feliz com a implantação. Quero muito que vingue e que as pessoas usem menos carro.

Ah, e fiquei puta da vida quando vi pelas redes sociais que já estragaram uma bike. Ô mania que brasileiro tem de não zelar pelo que é de todos. Enfim.

Beijocas. Vanessa.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Japão: impressões gerais - Abril/2014

Pessoas.

o Japão é fenomenal.

Eu poderia terminar esse post com a primeira frase e, quem tiver a oportunidade, que confira de perto. E digo isso porque mesmo tendo visto tudo o que já havia ouvido sobre o Japão, e ainda indo com a certeza de que iria me surpreender, as expectativas foram todas superadas.

O Vinicius dizia todos os dias: os japoneses não cansam de nos surpreender. Verdade!!! E nem é porque parte deles é mega estilosa pra se vestir, não. A maior parte do tempo, a surpresa vinha em pequenos detalhes, em hábitos cotidianos, na genialidade de tornar as coisas mais práticas (e eu achando que os EUA arrasavam nesse quesito). 

Com certeza absoluta, o que mais me marcou no Japão foram os japoneses. Literalmente, são extremamente dóceis, prestativos, educados e disciplinados. Não há um pingo de exagero no 'extremamente'. Olha, dá vontade de dá um abraço carinhoso em cada um deles.

Eles recebem os turistas muito bem! Tem orgulho e ficam felizes de estarmos visitando o país deles. Não exigem que falemos uma mísera palavra em japonês. Daí, quando mandamos um "arigatô", eles sorriem largamente. 

Eles são péssimo em inglês. Ou não sabem falar, ou falam com um sotaque incompreensível. Ainda assim, eles te deixam na mão. Nunca desistem de você até conseguirem ajudar. E não é só quando a gente pede, não. Aconteceu mais de uma vez de estarmos olhando com cara de dúvida para o mapa do metrô na estação, e surgir um(a) japinha fofo(a) perguntando, em inglês ou por mímicas, pra onde iríamos e nos levando até a nossa plataforma do metrô.

Em outra ocasião, estávamos tomando um cerveja num pub bacana na estação de trem de Osaka, eu acho. Sentamos no balcão  e ao nosso lado havia um senhor japonês engravatado comendo e bebendo. Pois a certa hora ele pediu que  garçom nos servisse uns petiscos, começou a bater papo conosco e, quando dissemos que iríamos visitar Nara no dia seguinte, ele disse que era de lá e se desculpou por não poder nos acompanhar e mostrar a cidade dele. É nesse nível. Pode ir sem medo que cuidarão de você.

Sobre educação e disciplina, já pensou em uma megalópole silenciosa? E limpa? Assim é Tóquio (e todo o resto do Japão). É impressionante. Metrô, 7h30 da manhã, lo.ta.do de gente e a paz reina. Tanto nas ruas, como nas estações de trem e metrô, é possível meditar de tão pouco barulho que se ouve.

Por lá, é falta de educação falar no celular no metrô. E ninguém fala. Mesmo! Na área de assentos preferenciais, é proibido, inclusive, manter o celular ligado.

Uma coisa engraçada do transporte público: eles formam fila para esperar, mas na hora de entrar, não seguem a ordem da fila. Sem problemas, porque sempre cabe todo mundo, não há correria e as pessoas esperam que está dentro sair para depois entrarem.

E eles dormem no metrô/trem! Senta e apaga. Dali algumas estações, acordam e saem. Não perdem a parada. Fiquei pensando se eles colocam o celular para vibrar na hora que tem que sair.

Sim, na hora. Na hora exata. O transporte público, claro, é maravilhoso.  Caro, mas maravilhoso. A pontualidade é inacreditável e o melhor de tudo: é integradinho com o Google Maps. Então, tendo internet, basta dizer onde você quer ir e ele te diz o trajeto até a próxima estação, o horário e a plataforma do trem que você conseguirá pegar, quais as estações de parada e o horário de chegada. Coisa linda de deus.

Ainda sobre educação, as crianças japonesas aprendem a se virar desde cedo. Nas escolas, não tem faxineira, sabiam? Elas mesmas que mantém a escola limpa, cuidam do jardim. Pegam metrô sozinhas desde cedo e também aprendem a cozinhar a própria comida assim que possível.

Sobre a língua, as placas importantes são traduzidas para o inglês ou, pelo menos, para a grafia ocidental, o que ajuda muito a decorar nomes de ruas e de estações de transporte público.

Apesar de não ter visto um policial nas ruas, nos sentimos completamente seguros. Talvez, nesse quesito, o melhor local que já estivemos. O fato das pessoas dormirem no metrô já demonstra como são despreocupadas com isso. É comum ver bolsas semi abertas, celulares nos bolsos externos das bolsas. Ninguém anda segurando a bolsa e verificando se ela está fechada.

Coisa linda no Japão são os banheiros. Você encontra vasos sanitários ocidentais (como os nossos) e orientais (buraco no chão). Nos dois tipos, os box é bem equipado com prateleira para colocar bolsas e casacos, além de sempre terem uma cadeirinha para colocar criança. Genial, né? Para as privadas orientais, há um apoio onde segurar com as mãos para que você possa realmente ficar na posição de cócoras e relaxar. Confesso que gostei. Já os vasos ocidentais são encantadores! Os assentos são aquecidos (não sei como consegui viver sem isso até hoje!) e, se você não quiser que o vizinho ouça seus barulhos, aciona o botão e certo e tocará música :-) Além disso tudo, o vaso tem "bidê" acoplado (sai água de baixo para cima, com carinho, para limpeza das partes de baixo). Tudo isso controlado pelos botões que sempre estão na lateral do assento, junto ao vaso, ou fixados na parede.

No Japão, não há o hábito de se usar papel toalha e nem guardanapos. Cada um tem sua própria toalhinha e a reutiliza o dia todo. Achei a idéia ótima também! Pensem em como isso facilita manter a área da pia do banheiro limpa, sem restos de papel. Sem falar no impacto ambiental.

Faz bem ter sempre com você também um porta-moedas (moedas são muito utlizadas no dia a dia) e um porta bituca de cigarro (é fácil encontrar nas lojas de 100 yenes - do tipo tudo por $1 - por lá). Explico: se você fuma, deve ter um local para guardar sua bituca de cigarro.

As cidade são podres de limpas, mas não se vê tantas lixeiras pelas ruas. Era muito comum andar com o que ia para o lixo por muitas quadras, até avistar uma lixeira. E era comum também encontrar um lixo, mas não o adequado para o que você quer jogar fora. Exemplo: você quer descartar uma latinha de metal, mas deu de cara com uma lixeira de plásticos. Não pode jogar lá, não. E todo mundo respeita.

O espírito de coletividade é muito evidente no Japão. Mesmo porque sem isso eles não conseguiriam sobreviver. É tanta gente que desorganização provocaria verdadeiro caos. Quem tá gripado, usa máscara para evitar que contaminem os outros. E eles usam de verdade.

Na estação de metrô ou trem, em horários de pico, se você estiver indo em uma direção e perceber que precisa mudar de rumo, é preciso traçar toda uma estratégia. Não dá pra simplesmente virar e seguir em direção contrária porque vai atropelar um tanto de gente. Eles são silenciosos, mas efetivos. Vão todos andando juntos e organizadamente para onde tem que ir.

Ah, a pornografia. Eles são loucos por ela. Tem em todo canto. Nos hotéis, há sempre canais com filmes pornográficos. São pagos a parte, mas eles deixam rodas uns 15 minutos de degustação. É bizarro: infantilizado e machista. Até meio patológico, achei. Nas lojas de conveniência, há revistas pornôs e pasmem: as revistas de futebol e moda ficam lacradas, as de putaria, não! Além disso, em livrarias é comum ver pornografia em locais sem restrição, mas com os genitais com a imagem quadriculada, como se aquilo escondesse alguma coisa. Nessa parte da pornografia, eu realmente não entendi a lógica e coerência japonesas.

Eles são mega discretos com relacionamentos. Não vimos um casal de namorados trocando uns beijinhos inocentes. Acho que nem abraçados!

As japonesas são vaidosas. E muito bonitas!!! Usam maquiagem, arrumam os cabelos, adoram uma saia curta e salto alto. E amam meias. De todos os tamanhos, texturas e cores. Fora que são pequenas e fofas, então quase sempre parecem umas bonecas. Os homens são mais padronizados, de terno e sapato social. Ah, e de bolsa! Acreditam que eles usam bolsas de alça, tipo de mulher, só que masculinas? É engraçado. E tem também uma outra turma de japoneses que adora se vestir de forma bastante extrovertida e produzida, geralmente inspirados em algum personagem.

Bizarro no Japão são os Pachinkos. São casas de jogos eletrônicos, tipo cassino, mas toca uma música ensurdecedora (e ruim!). Não consegui ficar lá dentro 5 minutos. Além do barulho, o cheiro de cigarro é terrível.

Eles amam bossa nova. Ouvimos mais de uma vez por lá :-)

Acho que, no geral, é isso. Ainda farei vários posts sobre a viagem. Se quiserem fotos de mais curiosidades e genialidades do Japão, acessa o álbum de fotos da nossa Fan Page, aqui.

Beijocas. Vanessa.

sábado, 10 de maio de 2014

Voando de executiva da Europa para o Japão - Qatar e Air France

Pessoas,

seguindo viagem, o post da vez será sobre o translado Paris - Japão - Paris. Por dica do Nós no Mundo, utilizamos nossos preciosos pontos acumulados no cartão de crédito para ir da Europa pro Japão de executiva, utilizando Smiles. Foi lindo. De morrer.

Nada na vida como viajar 12 horas e chegar descansado no destino. Nada na vida como poder tomar banho antes e/ou depois do vôo quando seu último banho já faz um tempinho. Nada na vida como uma classe executiva.

Na ida, fomos de Qatar à Osaka. Sim, executiva da Qatar, com escala em Doha. Na volta, de Air France, vôo direito de Tóquio à Paris, e depois Amsterdan.

Cada trecho custou 45 mil milhas por pessoa. Uma grande vantagens do Smiles é que você consegue emitir bilhetes das companhia parceiras pelo site, sem ter que ligar para ninguém (nisso, o TAM Fidelidade é um horror!). A desvantagem é que você só sabe da taxa de embarque depois que já emitiu o bilhete. Acho que ninguém deixaria de emitir uma boa passagem por conta da taxa de embarque, mas a da Qatar me deu um susto: R$ 609 para as duas passagens! Diferença grande para as da Air France, que ficaram em R$ 243,68.

Notícia triste. O valor de 45 mil milhas na executiva para os trechos Europa-Ásia com as parceiras Smiles já não vale mais. Assim que chegamos de viagem, a Smiles noticiou um reajuste nas tabelas de resgate. E que reajuste!!! Achei até abusivo. Agora, para ir da Europa para a Ásia de executiva, são necessários 100 mil pontos. Mais que o dobro! Ou seja, o sonho acabou :-(  De classe econômica eram necessários 30 mil pontos, e agora são 50 mil.

Sobre a Qatar, o atendimento foi absolutamente impecável. Em Paris, a Qatar usa o lounge VIP da Air France. Legal, com comidinhas, bebidas, wi fi e alguém que te chama quando tá na hora de você embarcar. Nem tela indicando os vôos tem por lá. É pra esquecer que está no aeroporto.

Embarcamos em direção à Doha. Entramos no avião, sentamos, e já nos oferecem bebidas com comidinha linda. Depois, a chefe de cabine passa pessoalmente em todas as poltronas da executiva e se apresenta. Daí, surge uma bolsinha linda com amenidades da Salvatore Ferragamo: creme de mão, protetor labial, perfume. A escova de dentes é de verdade (dessas que a gente usa por meses) e muito decente, além do travesseiro e edredon. O fone de ouvidos é do tipo que cancela ruídos e a tela de TV é grande. Ah, e podia fazer a barba no vôo. No banheiro tinha lâmina e creme de barbear.

Olhem as fotos das comidas! Aí tem café da manhã, janta, sobremesas, queijos, entradinhas, etc, dos dois vôos.








Fiz a opção de comida sem glúten no ato da reserva e, é claro, funcionou. Antes de servir as refeições, confirmaram comigo e vieram, durante os dois vôos, refeições especialmente preparadas para mim, diferente das dos demais. Não achei melhor, era tão boa quanto, mas queria testar o serviço.

Aliás, tem opção de comida pra caramba! Das básicas como vegetariana, para diabetes, sem sal e várias combinações entre elas, a comidas muito específicas tipo hindu, jainista e kosher (judeus). E também podia indicar alimentos específicos. Dá uma olha aqui.

Havia várias opções de vinhos, e num cardápio lindo, com fotos e informações detalhadas. Tinha, inclusive, um espumante sem álcool, da marca So Jennie. Até que gostei (não sou fã de espumantes).

Chegando em Doha, capital de Qatar, um ônibus de luxo aguarda os passageiros da executiva e os leva até o lounge VIP.

Cara, ali, sim, eu vi vantagem. Ali, sim, eu vi riqueza. Ali, sim, eu fiquei quase um pouco triste por ter uma conexão tão curta que não me permitiu usufruir bem daquele lounge surreal. A cara da riqueza. Se o lounge de Paris já te faz esquecer que estás num aeroporto, o de Doha te faz achar que estás num evento internacional promovido pela família real.

É gigantesco! Tem, sem brincadeira, umas 10 estações de comidas lindas sendo servidas com um serviço de primeira, além das estações de doces, café e chás. Assim, vários tipos de chá, e doces e cafés. Lotado de gente com cara de rico de verdade. Lotado, mas confortável, porque é gigante. Além do local para comilança, tem brinquedoteca, sala de jogos, sala para rezar, enfermaria, banheiros com chuveiro, wifi. Eu falei que tinha brinquedoteca? E enfermaria?





Fato é que depois da Qatar, a executiva da Air France ficou fuleira :-) Nada de fones com cancelamento de ruídos externos e pijamas.

Mas, ainda assim, foi sensacional.

O vôo partiu de Tóquio pouco depois das 22h. Só que, nesse dia fizemos, fizemos check out no hotel às 11 da manhã, deixamos as malas lá e fomos passear. Lá pelas 18hs, voltamos ao hotel para pegar as malas e fomos de trem para o aeroporto.

Daí que no lounge VIP, além do conforto da espera, tinha chuveiro e foi possível viajar frescos e limpinhos, o que faz toda a diferença. E não é qualquer chuveiro, não. É um banheiro grande com chuveiro, vaso, pia, toalhas e tudo necessário para um bom banho: sabonete, shampoo, creme, lâmina de barbear e tudo mais.

Apesar da falta de pijamas e do fone com cancelamento de ruídos externos, fomos muito bem tratados :-) Comilança boa, bebelança também, e uma noite otimamente bem dormida. Apesar de decolarmos às 22h e chegarmos em Paris às 04 da madrugada, o vôo tem a duração de 12 horas.

Foto de comida, porque ainda fico boba como me esqueço que estou em avião na classe executiva. E novamente minha opção de comida sem glúten foi plenamente atendida:




Paris foi só uma conexão, nosso destino final era Amsterdam. A programação era chegar lá 08h40 e do aeroporto mesmo já ir ao Keukenhof, parque de tulipas que fica em Lisse.

Novamente, esse plano deu certo de maneira confortável porque estávamos na executiva. Chegando em Paris, fomos para o lounge VIP da Air France, onde novamente tomamos um bom banho (com produtos L'Occitane) e chegamos na Holanda zeradíssimos! Curtimos o dia maravilhoso de sol no Keukenhof e pernoitamos num hotel praticamente dentro do aeroporto, o que evitou perder tempo com translados, já que o roteiro do último dia estava bem ajustadinho.

Foi lindo!

Beijocas. Vanessa.