quarta-feira, 12 de março de 2014

El Calafate - Dez/2013

Pessoas,

no final do ano passado fomos para a Patagônia. Mais especificamente El Calafate, Puerto Natales/Torres del Paine e Ushuaia. 

Lugares lindos! A época, dezembro, era de verão, mas esse nome é só para caraterizar a estação do ano. Apesar de verão, a temperatura média era de 10º. Com muito vento!

Além de calça e blusas boas para frio e vento, cachecol, luvas e protetor de orelhas são essenciais. 

Nossos deslocamentos foram: Brasília até El Calafate de avião, El Calafate até Puerto Natales de ônibus, voltamos para El Calafate e daí voamos até Ushuaia, e depois voamos de volta pro Brasil.

Todos os trechos aéreos foram de Aerolines Argentinas. Companhia aérea bem meia boca. Comida ruim e atendimento super precário no aeroporto. Perdemos a conexão Buenos Aires - El Calafate porque o voo que saiu do Brasil atrasou. Ficamos perdidos que nem baratas tontas no aeroporto de Buenos Aires porque o povo da Aerolineas Argentinas não sabiam informar nada ou informam errado ou tinham bastante má vontade. No fim deu tudo certo, mas porque nos somos espertos e atletas capazes de andar muito rapidamente de um imenso terminal a outro mais imenso ainda.

Ficamos 3 dias em El Calafate, com dois dias cheios, e um dia na volta de Puertos Natales porque nosso voo para Ushuaia partia de El Calafate. Daria para ficar mais, porque há muitos passeios legais. Cometi o grande erro de só reservar passeio para um dia (minitrekking no Perito Moreno) e deixar o outro livre para decidir lá. Tudo lotado!!! Acabamos fazendo um passeio de quadriciclo na montanha porque era o que tinha vaga. Ainda bem que, no fim das contas, esse passeio foi bem legal.

Do aeroporto para o hotel.

Do aeroporto de El Calafate ao nosso hotel, Rochester Calafate, usamos o serviço de suttle oferecido no aeroporto, da Vespatagonia. Não lembro quanto foi, mas era a menos da metade do transfer do hotel. E também não fizemos reserva, compramos lá na hora assim que chegamos.

Voltando para o aeroporto, para ir rumo a Ushuaia, fomos de táxi mesmo. Demos a sorte de ter outro casal saindo na mesma hora e rachamos a corrida.


Em lugares frios e onde os passeis dependem de condições climáticas, tenho tendência a escolher hotéis melhores. Caso tenhamos que ficar ilhados, pelo menos temos um pouco de conforto. Por isso escolhi o Rochester para o período mais longo em El Calafate. E é mesmo um bom hotel, mas não voltaria a ficar nele. Acho que o preço não compensa: 3 diárias por U$410.

Ele fica longe do centro. Ainda que tenha um transfer gratuito para o centro da cidade, não é a mesma coisa de "vou ali na esquina comprar um alfajor". Apesar de bonito e confortável, não tem uma atração que faça curtir o hotel, como spa, piscina, academia, sala de jogos. Ou seja, se ficar ilhado, é sentado num sofá bonito na bela sala de espera com uma bela vista. Terceiro que o chuveiro fica dentro da banheira, é ruim de acessar a torneira para ajustar a temperatura antes de entrar no banho (fica numa posição que você se molha quase todo ajustando a água) e ainda molha o banheiro todo, porque o blindex só vai até a metade da banheira. 

De bom tinha a cama, super confortável e garante boa noite de sono, e o café da manhã, com muitas opções.

El Calafate tem uma rua central que tem de tudo! Comércio, bancos, farmácias, agências de turismo. A vida acontece ali!  Hospede-se por lá. 


De El Calafate, nos fomos de ônibus Puerto Natales e depois voltamos para ficar só uma noite (a noite de reveillon) e dia seguinte seguir para Ushuaia.

Para essa noite, optamos por um hotel no centro porque queríamos ficar no meio do burburinho. E como era só uma noite, escolhemos um mais barato (U$ 62)

Olha. É muito bem localizado, é barato, tem um clima de descontração muito legal. Mas o quarto é mega desconfortável. Cama dura, quarto claro e frio. Noite péssima! E ainda a descarga do nosso banheiro parou de funcionar e a gente tinha que jogar balde com água no vaso. O café da manhã era bem ruinzinho.

Passeios

No primeiro dia, fizemos o minitrekking no glaciar Perito Moreno, com a empresa Hielo & Aventura. Custou $800 (pesos argentinos) por pessoa e foi muito legal. A entrada do Parque Nacional dos Glaciares, onde fica o Perito Moreno, não está incluída e deve ser paga em dinheiro ($50 para argentinos, $130 para estrangeiros, e brasileiro tem desconto, é entre esses dois valores). 

O passeio é de dia inteiro e a grande vantagem é que dá pra usufruir do Perito Moreno de 3 formas: pela passarela (tal como nas Cataratas do Iguaçu), de barco e depois caminhando sobre ele. 

O glaciar Perito Moreno é impressionante! Lindo de tirar o fôlego, com aparência de coisa macia que dá vontade de morder. Para vocês terem idéia da magnitude do glaciar, essa coisinha no círculo branco na foto abaixo é um barco.


Basicamente, o passeio é assim: depois de buscarem os turistas nos hóteis, a primeira parada é nas passarelas de observação do glaciar. Dura umas 2 horas. Dá pra ouvir vários desprendimentos do gelo e, se tiver olhando pro lugar certo na hora certa, ver a placa de gelo cair.




Nessa parada, tem uma lanchonete bem bacana e banheiros. Não precisa ficar preocupado de levar comida. O preço é bem ok.  Aqui que se almoça ou faz um lanche reforçado porque depois não tem mais onde comer. 


Depois voltamos para o ônibus para ir até o ponto de pegar um barco e, daí, seguimos para o ponto de início do trekking. Esse trajeto de barco também é legal e a gente chega próximo da parede do Perito Moreno. Imensa de grande.  Depois, trekking com grampões no sapato. 

Na base do trekking, há local para deixar mochilas. Eles aconselham ir com quase nada. O trekking é relativamente fácil. Gente de toda idade vai. Dura pouco mais de uma hora e tem bastante paradas. Tivemos a sorte do tempo abrir um pouco quando estávamos no glaciar, e o que era lindo ficou ainda mais maravilhoso. Quando o sol bate no gelo, ele fica azul. Ah, e é uma claridade danada! Não deixem de levar óculos de sol.

O guia vai na frente e de vez em quando usa o martelo da foto abaixo para "abrir caminho" no gelo, criando degraus ou deixando alguma parte mais triturada para os grampões fimarem.






No final do trekking, todo mundo ganha uma dose de whisky para tomar com gelo glaciar. Bebida ruim, idéia boa, diversão garantida. Depois, barco de novo, ônibus de novo e te deixam no hotel.







No segundo dia, visitamos pela manhã o Glaciarium e a tarde fizemos um passeio quadriciclo na montanha. Contratamos no dia anterior numa das agências da rua principal e acho que custou uns U$100. Foi esse passeio aqui.

O passeio começa com a subida de teleférico. Como o dia estava lindo, a vista era de embasbacar. Nem a ventania balançando o teleférico pra lá e pra cá foi capaz de nos abalar.


Chegando lá em cima, os quadriciclos estão nos esperando. A gente vai em fila indiana e o guia na frente. Ele vai dando as dicas de como pilotar, subir e descer. É com emoção. Tinha cada descida que gelei. E a vista lá de cima é sempre linda de morrer.


Depois a gente dá uma voltinha nessa carro legal da foto abaixo e desce de teleférico de novo.



Foi divertido!

O Glaciariu é um museu sobre glaciares. É legal, mas não essencial. Gostei da forma de glaciar que ele tem, da vista liiinda do Lago Argentino e das plaquinha do banheiro.








No mais, bebemos, comemos e batemos perna. Pouca, porque a cidade é minúscula. É fofa e tem uns jardins apaixonantes, com casas de muro baixo ou sem muro.




Comemos, bebemos e recomendamos o Isabel, o El CucharonSushi Bar e a Borges y Alvarez Libro-Bar (há cervejas bacanas e eles servem pipoca de couvert para acompanhar a bebida!). Ah, almoçamos também um dia no restaurante do Hotel Xelena e foi bem gostoso. Vale a pena se tiver por perto.

Comemos e bebemos e não recomendamos o Quidu. Tem vista, ambiente e atendimentos ótimos, mas a comida é ruim, apesar de estar muito bem avaliado no Tripadvisor. Um puta desperdício.

Tentamos algumas cervejas artesanais, mas o povo lá não tem as manhas, não. Todas esquecíveis.

El Calafate foi assim. Abaixo a nossa assinatura oficial nos livros de hotéis :-)



Daqui, de ônibus para Puerto Natales, no Chile, para visitar o parque Torres del Paine. O post tá aqui.

Beijocas. Vanessa.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Le Vin

Pessoas,

nada como o tempo para acalmar os imbróglios da vida. E nada como o tempo para um restaurante de ajustar, se firmar e ficar redondo para te receber.

Antes, ficava ansiosa para ir restaurantes novos. Hoje, espero alguns meses para a visita. Se a casa não fechou uns 6 meses depois de aberto, começo a considerar uma ida. Assim, evito investir mal meu tempo e dinheiro, preciosidades nos dias de hoje.

Com o Le Vin foi assim. Aberto há dois e com muitos elogios e críticas pelos blogs da vida, achei uma a oportunidade boa quando me deparei com a promoção do Grubster, numa quinta-feira à noite. Dia bom de sair para jantar com o marido, descontinho...

Se é muito caro? Sim. Mas, olha, o que não é caro em Brasília hoje? Difícil. Nossa conta com um vinho bom, duas entradas, dois principais e uma sobremesa fechou em R$ 239,28 com o desconto de 30%. Caro, mas não saí com aquela sensação de não valeu a pena, o que anda acontecendo muito comigo. O cardápio está aqui.

O atendimento foi excelente. Do início ao fim. Atencioso, gentil, ágil. E isso não tem preço, Quer dizer, tem, quase 240 realidade$ :-)

Apesar de ficar no shopping, a decoração te faz esquecer isso, especialmente as mesas internas.

Para beber, escolhemos o vinho C'est La Vie - Pinot Noir-Syrah, por R$ 82,00. Uma delícia!!! Bem equilibrado, nada ácido, desce redondo. 


Legal que eles disponibilizam um IPAD com um APP com a carta de vinhos e várias opções de harmonização, além de possibilitar categorizar os vinhos por preço, tamanho, tipo de uva para facilitar a escolha.


De entradas, Lula ao vapor com molho de mostarda, por R$ 35,00, e Salmão cru marinado, também por R$ 35,00. Os dois estavam perfeitos. Super saborosos e bem feitos.

A porção da lula é pequena, ou estava tão boa que só parecia pequena? Pequena, mesmo. Mas divina. Acho que a melhor lula que já comi na vida. Sabor fresco, o molho de mostarda levinho, quase apimentado, tomatinhos suavizando a mostarda... bom mesmo.


Já a porção do salmão é mais parrudinha. Mesmo assim a gente terminou querendo mais. O molho cítrico com ervas estava imperdível. Juro.


De principal, ficamos nos clássicos.

Eu já sabia o que ia come desde sempre: steak tartare. A chance de eu ir num restaurante francês e não pedir isso é a mesma de eu fazer progressiva no cabelo: praticamente nula. Amo a iguaria e não se acha fácil por aí.

E, olha, o staek tatare do Le Vin é de cair de joelhos. Vale os R$ 56,00. Veredicto: o melhor da vida vivida no Brasil (já comi uns pela Europa fenomenais também).  As batatas fritas estavam ótimas também. Na minha opinião, isso acontece quando o sabor da batata vem muito antes do sabor da gordura e domina seu paladar. Você chega a pensar que ela é assada e não frita. 

O Vinicius foi de Filet Mignon com molho de pimenta verde, por R$ 58,00, acompanhado com batatas gratinadas. O ponto da carne veio como pedido: mal passada. Estava deliciosa. O molho, mais salgado que o necessário. E as batatas gratinadas supimpas também.


De sobremesa, brownie de chocolate com sorvete de pistache, por R$ 16,00, porque eu precisava provar outro sorvete de pistache e comparar com o meu. 


Veredicto do marido que provou os dois: o meu é muito melhor :-) Também achei. O sabor de pistache desse do Le Vin era muito suave e também não era cremoso como deve ser um bom sorvete, ainda mais de pistache.

Foi isso! Gostei. Quero voltar.

Espaço Gourmet do Parkshopping. Telefone: (61) 3028-6336.
Segunda a quinta: 12h às 0h | Sexta e sábado: 12h à 1h | Domingo: 12h às 19h

Beijocas. Vanessa.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Maori - Gastronomia Alternativa

Pessoas,

descobri o Maori. Nem é novo, e parece que um monte de gente já conhecia. Menos eu. Viu? Todo mundo tinha que ter um blog. Conhecimento é para ser compartilhado.

Cheguei até o Maori indo ao El Paso da Asa Norte. Foi entre o estacionamento e o mexicano que avistei a placa com a chamada "gastronomia alternativa" e não resisti em ir conhecer. Vinicius, que estava comigo, emenda que já tinha ido lá com o Beto e Elisa E gostado. Perguntei: "e nunca me trouxe????". Ele não respondeu até agora.

O Maori é daqueles locais de valorizam a comida natural e saudável, sem abrir mão de um toque gourmet e de uma boa apresentação. Lamento muito que fique na Asa Norte, porque frequentarei pouco. Se fosse pelo Sudoeste ou arredores, seria sempre uma das minhas primeiras opções.

Começamos com o petisco "mimos de ricota e coalho ralado, enrolado em ervas finas, castanha de caju tostadas e páprica picante, acompanhando com cesta de crostini e azeite aromatizado com ervas".



Delicinha. Gostei mais de todas. Os crostinis são, na verdade, torradinhas. Eu comi como docinho mesmo. Por R$ 18,80.

Depois, eu pedi uma tapioca e o Vinicius uma lasanha de berinjela. 

Há várias opções de recheio para a lasanha. Todas custam R$ 27,50 e a porção é média, dá para dividir, especialmente depois de uma entrada. O recheio da nossa foi de molho de tomate, muçarela, muçarela de búfala, peito de peru defumado, tomate fresco, manjericão e queijo coalho gratinado. Uma delícia.


A tapioca custou R$ 10,40 e tinha recheio para uma vida inteira. Veio com queijo coalho, peito de frango defumado, milho e orégano. Também bem gostosa.


Adorei o local. Tudo bem feito, ambiente arrumadinho, atendimento atencioso.

O casa tem ainda omeletes, sanduíches, escondidinho, kibes, sucos, saladas, açaí. Prato cheio para a turma fitness, semifitness, marombeira e sedentária :-)

Endereço: CLN 110, Bloco D, Loja 28, Asa Norte
Telefone: (61) 3201-6066
Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 12hs às 23hs.

Beijocas. Vanessa.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Las Vegas, Santa Mônica e Hollywood

Pessoas,

o que acontece em Vegas, fica em Vegas. Então esse será um post curto e objetivo :-)

É verdade quando dizem que a cidade é a Disney dos adultos. Há atrações, de todos os tipos (inclusive MMA de anões!), para preencher dia e noite. Aliás, dias e noites corridos, sem intervalo. Metidos em espaços fechados, perfeitamente decorados, nunca se sabe que horas são. Quase nada é ao ar livre. Pior ainda: muito locais são decorados como fim de tarde, com teto de céu azul e nuvens e meia luz, reproduzindo aquele tempo mais gostoso do mundo. Capaz de ficar lá pra sempre.

A principal atividade é conhecer os magníficos hotéis ao longo da Strip. Cada hotel é um mundo. Comparando com a Disney, cada hotel seria um parque. São gigantescos e, na verdade, são imensos complexos de entretenimento com lojas, teatros, exposições, atrações (tipo museu Madame Tussauds), restaurantes, etc. Cada um muito devidamente construído e ornamentado conforme o tema: Egito, Itália, Nova York, Paris, circo. Sério. É impressionante como eles são bons em cenários.







Para entrar e sair desses hotéis todos não se paga nada. A impressão que se dá é que a gente é turista de toda Las Vegas. A gente entra num hotel, roda um monte e, de repente, está em outro hotel. Alguns são conectados e você nem percebe. Ninguém te pede nada: passaporte, identificação, nada. Não há detector de metais nem nada parecido. A única intervenção ostensiva que vi foi dos seguranças avisando pais que crianças não podem ficar nas áreas do cassino.

Em compensação, é possível perceber câmaras por todos os lugares. E esse trânsito todo é de graça. Até a piscina de hotel você pode usar mesmo não estando hospedado nele. Se paga, claro, para entrar nas principais atrações e exposições. Mas, ainda sobra um mundo de coisa de graça. Poderia passar 10 dias lá sem gastar um centavo com ingresso.

Diversão no Madame Tussauds
 


Aliás, gastamos muito pouco com atrações e não fizemos nada do basicão, como shows de mágica, de música, Cirque du Soleil. A gente foi no show do Slayer (onde eu era a única pessoa que não estava de preto), no Hard Rock Hotel e em um festival muito bom chamado Life is Beautiful.



Além de Las Vegas, fizemos um bate e volta na Califórnia. É que meu pai, motociclista, quis alugar uma Harley Davidson e pilotar por um trechinho da Rota 66. Então, saímos de Las Vegas num dia cedinho, pilotamos (ele de moto e o resto da trupe de carro) até Santa Mônica, curtimos o fim de tare e a noite por lá, no dia seguinte de manhã passamos por Los Angeles e por volta das 11hs pegamos a estrada de volta.

É muito chão. Uns 400km cada trecho. Foi legal, mas valeu a pena porque a graça foi pegar a estrada, ainda que tenha amado de paixão Santa Monica e tenha planos sérios de voltar.

Fomos e voltamos de Las Vegas pela Delta, aproveitando uma promoção de passagens de R$ 1.500 ida e volta. 

Aluguei uma limousine para nos buscar no aeroporto em Las Vegas. Contratei a empresa Bell Trans, por ser mais barata, e NÃO RECOMENDO. O custo da limo para 6 pessoas foi $87, com uma garrafa de champagne (servida em copo de plástico) e gorjeta incluída.  Como nosso primeiro hotel era muito perto do aeroporto, combinei de que faríamos um pequeno tour pela Strip. Agora olha a malandragem da empresa. Quando chegamos no carrossel de malas onde o motorista estava nos esperando, ele disse que a hora começa a contar do pouso da aeronave. Segundo ele, já haviam se passado 40 minutos e, então, só nos restava 20 minutos, tempo suficiente apenas para nos deixar no hotel. Nem sei qual parte me deixou mais revoltada: o fato da hora começar com o pouso da aeronave ou ele dizer que haviam se passado 40 minutos. Havia se passado, no máximo, 30 minutos, e isso porque ficamos um tempo presos no avião até nos liberarem. Que culpa temos disso? Além do mais, o aeroporto é gigante, lotado e até você conseguir passar por tudo isso e ainda esperar as malas, é claro que já se passou um bom tempo. Pra mim, é coisa de empresa picareta! Outra coisa: quer dizer que se a gente tivesse demorado mais de uma hora, por fatos pelos quais não temos influência (trâmites do aeroporto, alfândega, imigração), teríamos perdido o serviço, já pago? Um absurdo! Fuja dela. Não vale a pena! Mas não deixem de ter essa experiência. Andar numa limo é muito legal e combina super bem com Las Vegas.




Na primeira noite em Vegas, ficamos no Harra's Las Vegas. Reservei pelo booking.com e a diária custou $55 + $12% de imposto + $54 de taxa de resort. Não sei se todos os hotéis todos têm essa taxa, mas a maioria cobra. É por acomodação e por noite. É uma taxa referente à utilização das instalações do hotel, wifi outras coisas. 

Não dá pra dizer que o hotel é ruim, mas comparado com os hóteis ao redor, ele fica bem sem graça. 

Depois de voltar de Santa Mônica, ficamos 5 noites no Paris. Pelo booking.com, a diária custou $126 + $12% de imposto + $20 de taxa de resort. O hotel é uma graça. Muito Paris! Adorei. O quarto era super confortável, banheiro ótimo, com sabonetes, shampoos e cremes de qualidade. Achei bizarro a taxa de resort só permitir a utilização do wifi por um dispositivo por quarto. Como tínhamos comprado chips de celular, todo mundo tinha internet ($3 por dia para chamadas de voz, sms e internet ilimitados por todos os EUA pela T-Mobile). Mas que miséria desses hóteis!

Aliás, a falta de internet sem fio me desapontou. Estando nos EUA, achei que teria wifi em qualquer canto. Só que não tem, não.

Alugamos o carro pela Hertz, porque ela tinha um posto de atendimento no Paris, facilitando retirada e entrega. Nosso automotivo foi um Dogde Gran Caravan, $408  por 7 diárias. Uma pechincha. Super confortável, cheio de coisinhas legais típicas de um carro que por aqui custaria muitas dezenas de mil reais, acomodou com folga a turma de 6 viajantes, por vezes lo.ta.dos de sacolas. É que fomos às compras.

Naquelas terras me permito usar o precioso tempo para fazer compras. Porque vale muito a pena, todo mundo sabe. Não descobrimos nada novo, fomos nos outlets nas pontas da Strip e em lojas eventuais nos centros comerciais. A grande dica é: não deixe de ir na Ross Dress For Less e nem da TJ Max. Preferencialmente, vá nessas lojas antes de ir aos outles. Os preços delas são inacreditáveis. Tem que ter paciência para dar uma garimpada, mas não conheço ninguém que tenha se arrependido. A Ross Dress for Less é como o outlet do outlet. Uma loucura. 

Atenção: em Las Vegas há uma loja da Guinness. Parece ser a única ou maior loja da Guinness fora da Irlanda. E é incrível mesmo! Tudo que é coisa da Guinness tem lá: casacos, camisetas, capa de máquina, mochila, bolsa, utilidades para casa e para a  vida. Tudo de muita qualidade e preços realmente bons. Sofri horrores por só tê-la descoberto na última noite. Fica no Shoppes Mandalay Bay.

Outra coisa que merece registro. Meu pai tem uma Harley Davidson e tinha intenções sérias de comprar uns acessórios para a moto dele por lá. Como a lista era singela, ele entrou em contato com a loja da Harley da Eastern Ave 2605 (sim, esse dado é importante porque há 348 lojas e pubs da Harley espalhadas por Las Vegas) e conseguiu enviar a lista dele para o vendedor dias antes de irmos. Quando chegamos lá, a compra estava toda separadinha. Atendimento muito especial mesmo.

Não demos atenção à restaurantes. Comemos bem, mas os locais foram escolhidos por conveniência. Nada de coisas estreladas. Consegui manter a nossa ingestão de proteínas em níveis elevados e uma alimentação relativamente parecida com a daqui. Coisa boa naqueles EUA é a disponibilidade de alimentos protéicos e saudáveis em qualquer esquina.


Opções de Muscle Milk e até mesmo um energético hiperprotéico da Starbucks (delicioso, tem que provar!), além de sucos orgâncos e sem conservantes na loja de conveniência de um posto fuleiro onde abastecemos na ida para Santa Monica.


Por conta dos dias dedicados às compras, não fomos ao Grand Canyon. Dava pra ir correndo e gastando uma fortuna, mas preferimos deixar para uma próxima oportunidade. Senão, era quase conhecer o Grand Canyon e quase conhecer Las Vegas. E viver de quase ninguém merece.

Estar em Las Vegas no final de semana do festival Life is Beautiful foi uma grande sorte! Um dos melhores da vida. Super descolado, no meio das ruas ao redor da Fremont. Na rua mesmo, no meio de avenidas isoladas para o evento. A grande atração musical foi The Killers, mas, além disso, tinha uns workshops de culinária (com chefs que tem programa de televisão por lá), um stand com uns 15 tipos de cerveja  outro de vinhos, amostras de espetáculos do Cirque Du Soleil, e bate papos com personalidades sobre superação (tipo palestrinha auto ajuda -  assistimos o bate-papo do lutadores de MMA Miesha Tate e do Forrest Griffin). 



Essa era a venda informal de cerveja no festival. 

O chef famoso ensinando a cortar um porco. Inteiro. Lá mesmo.

Amostra do espetáculo Zumanity. Pura sensualidade.

Nesses barris todos na parte direita da foto continham tipos diferentes de cervejas vendidas no festival.

A parte super descolada se dá porque as pessoas do canto de lá dos EUA são bem mais interessantes que as pessoas do canto de cá (NY e afins). Lá é todo mundo leve, alegre, feliz, sorridente, livre. No canto de cá, pressa, dinheiro, marcas, status, preocupação excessiva com a segurança e policiamento ostensivo que chega a ser rude. Essa impressão é muito clara pra mim.

Coisa boa foi beber cerveja lá. Primeiro que não há diferença de preço entre os tipos. Uma larger ou uma IPA custa a mesma coisa. Uma Porter ou uma Barley Wine também. Não tem essa de especial ser mais cara. Segundo que era fácil achar variedade. No hotel Paris, mesmo, tinha uma lojinha de bebidas (na frente da loja de malas) com muitos tipos de cerveja em garrafas pequenas. E pode sair na rua bebendo. E tava calor. E todo dia a gente provava alguma. Ou algumas. O que não achei de wifi achei em cerveja :-) Até no aeroporto de Atlanta, onde ficamos um tempão por conta de um vôo cancelado, tinha um restaurante/lanchonete com cerveja própria: a SweetWater.


Cervejas Sweet Water

Fomos embora de Limosine, novamente. Nada programado. Aconteceu que foi o único carro que cabia nós 6 e mais um mundo infinito de malas. Fomos embora de limo. Mas sem nenhum glamour :-)




Muito mais mala que gente.


Las Vegas é isso. O resto não podemos contar.



O que acontece em Vegas, fica em Vegas.

Santa Mônica, Rota 66 e Los Angeles

A estrada de Las Vegas até Santa Mônica é linda. Paisagem desértica e estrada perfeita. Fomos com calma e assustamos com o trânsito na chegada de Los Angeles. Um caos! Mas logo nos acalmamos. 


Carro e motoca.

Motoca, deserto e Rota 66.

Alugamos a moto na Eagle Rider. Acertamos tudo pela internet. O aluguel de duas diárias com seguros ficou por $246. Fomos muito bem atendidos do início (virtual) ao fim (real).

Nosso hotel, Ocean View Hotel ($200 a diária + custo de estacionamento) era tosco e caro, mas bem na frente do pier de Santa Monica. Foi chegar, estacionar o carro, correr na beira da praia, passar por um mundo louco, curtir um por do sol inesquecível, tirar foto na placa que indica o final a Rota 66, encontrar uma rua de lojas bem legal (Main Street), depois um pub com uns 20 tipos de cervejas ao lado do hotel e ir dormir feliz da vida. Por partes:

a) correr na beira da praia + passar por um mundo louco: já ouviram falar em Venice Beach? É um lugar de gente doidona a uns 4 km do Pier de Santa Mônica. Durante a corrida, passamos por lá. Quanta diversão!!! Para citar algumas, havia uma gravação do programa Freakshow na rua, na qual um anão dançava como rapper, tinha um cara com a cara toda peluda e outro com uns 100 piercings na cara, juro! Tinham também vários médicos que podem te receitar maconha como medicamento, os Green Doctors. Ficam nas ruas vestidos de verde e bem disponíveis. No meio disso, gente mega sarada correndo, pegando peso e fazendo treino funcional,  gente com cachorro, gente com cheiro de maconha, mendigos, famílias e idosos.



Gravação de um show de horrores em Venice Beach.
Médicos que receitam maconha para fins terapêuticos em Venice Beach.

b) curtir um por do sol inesquecível: no finalzinho da corrida o sol começou a se por. Olhem isso.


Por do sol em Santa Monica. Que céu é esse???



c) foto no final da Rota 66.





d) pub incrível: The Commons. Olhem a quantidade de opções.




No dia seguinte, fomos para Hollywood dar uma olhadinha e ver a famosa placa de longe. Hollywood é legalzinho, mas quase deprê. Tem drogados e pedintes. Passamos umas 2 horas por lá e me dou por bastante satisfeita. Depois, de volta para Las Vegas.

Agradecimento especial à Glaucia, amiga sumida querida, que deu dicas geniais e eficientes.

Beijocas. Vanessa.