quarta-feira, 5 de setembro de 2012

África do Sul - Cape Town (Cidade do Cabo) - Outubro/2011.

Pessoas, 

chegamos ao último post sobre a viagem à África do Sul! A última parada foi em Cape Town.


Cape Town é linda! Como disse algumas vezes, parece o Rio de Janeiro. Mas não tem favelas nos morros nem garotas de programa nas praias. Da parte turística que conhecemos, só tenho coisas boas lembranças. 

Estávamos em Cape Town bem no final do Campeonato Mundial de Rugby 2011. Tivemos o super privilégio de assistir à final, com os All Blacks, da Nova Zelândia, e França, em um pub bacana, Mitchells Beer, no WarterFront V&A,  tomando cerveja decente barata e torcendo junto com uma turma animada. Torcendo pelo All Blacks, claro :-) E eles ganharam!


Ficamos no Prime Oxford House, um prédio com apartamentos tipo kitnet, novíssimo e super bem localizado. 







Nosso hotel 
era bem perto do Waterfront V&A, um complexo de lojas, lazer e restaurantes, onde os turistas gastam boa parte do tempo tamanha a opção de afazeres por lá.


Utilizamos bastante o carro para nos locomover e foi bem útil. Por causa disso, não sei nada sobre o transporte público nem o uso de táxis. Sei que lá tem aquele ônibus turístico vermelho de 2 andares que é uma mão na roda pra quem estiver sem carro.


Vamos aos tópicos:

  • no nosso primeiro dia, fomos ao Cabo da Boa Esperança pela via Champman's Peak, uma estrada ma-ra-vi-lho-sa, a beira de um desfiladeiro! A ida e a volta são mais interessantes que o próprio Cabo da Boa Esperança! É que a estrada é bem na beira de um mar absolutamente azul, com mirantes e vistas lindas de morrer! No trajeto, paramos em Boulders para visitar uma colônia de pinguins sul africanos :-) Além dos pinguins, vimos muitos babuínos na beira da estrada, no meio da estrada e até nos meios de transportes alheios! É um passeio para o dia todo, parando, fotografando, curtindo.... O Cabo da Boa Esperança fica a uns 60km da Cidade do Cabo. No Cabo da Boa Esperança, não subimos no alto da montanha porque o cabo estava quebrado, mas boto fé que vale e pena. Almoçamos lá em Bouders, bem no local da colônia de pinguins tem um restaurante bacaninha, o Boulders Beach Restaurant, de frente pro mar. 















  • Table Montain: compramos os ingressos pela internet, que é válido por 15 dias, assim você pode escolher um dia no qual o tempo esteja favorável. Não tivemos muita sorte. Num dos dias, o acesso à montanha estava fechado por causa do tempo. No dia que resolvemos ir, a subida foi incrível, mas lá em cima estava bem fechado. Além do frio desgracento, não conseguimos ver nada! Aproveitamos para beber e comer algo lá nas alturas (tem um restaurante lá) e logo depois descemos.
 Dentro do bondinho.
Olha a falta de visibilidade. e minha cara de bom humor por causa do frio!

  • saindo da Table Mountain, fomos conhece o forte Castle of the Good Hope. É bem simples e não é obrigatório. No dia que fomos, teve cerimônia com tiro de canhão, só que o tiro não funcionou.   Fiquei feliz. Com certeza, o dia em que o tiro não funcionou é que ficará na memória :-) 


  • nesse mesmo dia, após da Table Mountain (que foi mais rápida que o esperado) e do forte, ainda era manhã e fomos para a região vinícola nos arredores da Cidade do Cabo. A maior parte fica em  Stellenbosch e Franschoek, a uns 60 km da Cidade do Cabo.  Em Stellenbosch, conhecemos de verdade apenas uma vínicola, a Spier. É gigante, parece um resort. Passamos só um dia: almoçamos no restaurante do hotel, MUITO bom (e barato) - fomos pra para comer no Eight (um restaurante de comida natural do tipo "farm to table"), outro dos três restaurantes que vinícola tem, mas, infelizmente, estava fechado porque era uma segunda-feira -  e fizemos o passeio de segway. Isso mesmo! Lá tem um pequeno tour pela vinícola de segway. Pura diversão. Reservamos por aqui e custou uns R$ 100,00 por pessoa. A Spier tem muitas outras atividades, como passeio de cavalo, SPA, caminhadas e etc. O ambiente é super agradável, bem verde...Recomendo e me arrependi de não programado uma diária lá.  Já em Franschoek fomos apenas para ir num restaurante, a noite, o  Le Quartier Français, que estava na 36º colocação na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo em 2011. Que decepção! Não vale a pena. E não por falta de conhecimento de causa, hein? Esse foi um dos piores restaurantes que já visitamos. Provamos um menu degustação (The Tasting Room) no qual a comida era tão pouca e tão demorada que ficamos bêbados com 1 garrafa de vinho, para os dois. E nem a bebedeira ajudou a melhorar a situação. Comemos muito melhor e por muito menos na Spier, por exemplo, no mesmo dia. E na Cidade do Cabo o que não falta é boa opção de restaurantes. De qualquer forma, Franschoek é uma cidadela colonizada por francesas super fofa e que vale a visita. Além de que, a estrada entre Stellenbosch e Franschoek é linda, pra variar :) E com certeza devem ter lindas vinícolas por lá também.

  • Robbem Island: obrigatório!!! A visita é guiada e é bom já comprar as entradas no dia que pisar na Cidade do Cabo, porque são concorridas! Não compramos com antecedência porque, diferentemente da Table Mountain, cujo ingresso vem com um prazo de validade, o ingresso da Robben Island é pra dia e horários certos. Não é cansativo: vai de catamarã até a ilha e por lá o tour é de ônibus. Muito interessante mesmo, especialmente com a finalização dentro da prisão (que é super bem cuidada e bem mais bonita que qualquer escola pública por aqui...) e o depoimento de um ex-prisioneiro. Não tem como não voltar apaixonada pelo Nelson Mandela.


  • Mergulho com tubarões brancos: a viagem foi com emoção! Sim, mergulhamos com tubarões brancos. Há várias empresas que fazem os famosos mergulhos em jaula. Da Cidade do Cabo saem um bocado. Nós reservamos pela internet, aqui, e fomos de  carro até Gansbai, ponto de partida da aventura. Teria sido mais prática ter feito esse passeio a partir de Mossel Bay, mas eu não quis sacrificar 1 dos 2 dias por lá. Deveria. Enfim. Funciona assim: devemos chegar por volta das 10h. É servido um belo café da manhã e entramos todos na lancha. Navegamos até um ponto "bom para tubarões" e paramos. Éramos 32 clientes. A grade acoplada ao barco cabem 8 pessoas e não fica totalmente submersa. A gente fica com a cabeça fora da água e , quando o tubarão vem, a gente mergulha, na vertical, para ver o bichão. Daí, vão 8, depois outros 8, etc, de maneira que cada pessoa poderia descer mais de uma vez, se quisesse. A água é bem fria, mas a roupa de neoprene protege bem. 

Os tubarões são atraídos com uma bela lapa de atum. Quando ele se aproxima, o cara avisa e as pessoas na grade mergulham. É mesmo emocionante! Não quisemos descer mais de uma vez (vestir e tirar essa roupa de neoprene é uma tortura sem precedentes e esperar com ela molhada é um frio desgracento!), mas atesto que ficar sentada nos bancos assistindo os tubarões, que nadam raso, é tão legal quanto! Apareceram dois tubarões. Há uma campanha forte contra esse tipo de passeio, considerado  antiecológico por alterar o comportamento dos bichões. A empresa garante que nada disso é verdade e diz que há uns estudos aí que garantem que tá tudo bem (eles batem muito nessa tecla). De fato, a região em que o barco para é muito próxima a uma ilha de focas (passamos lá....pensa num fedor!!!), comidinha querida dos tubarões. Mas, sim, eles atraem os bichos com comida e isso me parece uma interferência no ecossistema. A graça custa mais de R$ 350,00 por pessoa.









  • Aquário Two Oceans, no WaterFront: delícia de passeio. Praticamente um museu da vida marinha! Recomendo!


  • Green Market Square: feirinha tradicional no centro da cidade. Tem coisas legais, mas o assédio  excessivo ao turista e falta de preço fixo de toda e qualquer mercadoria (eu odeio pechinchar!!!) nos fizeram vazar muito rapidamente.
  • Restaurantes:  no Waterfront, gostamos do Belthazar, uma steak house, e do Den Anker, restaurante belga delicioso e cheios de cervejas belgas por precinho de banana.
Varanda do Den Anker e, lá atrás, a Table Mountain livre e linda, da forma como não estava quando subimos. Ah, sabe aquele pé ali sem sapato? É que, para usar o copo da Kwak, o cliente dá um pé do sapato de garantia. Devolvendo o copo intacto, pega o sapato de volta!

Aliás, comida é muito barata na África do Sul. Se come muito bem por preços bem razoáveis. Um restaurante muito recomendado por todos e que não gostei foi o Mama Africa. É restaurante pra turista, meio temático. O ambiente é legal, mas a comida não foi boa. Agora, o melhor restaurante da viagem foi, sem dúvida, o The Opal Lounge, na Cidade do Cabo. Super estiloso com comida divina! Fica em um casarão com vários ambientes, decorados de forma diferente e atendimento impecável. Imperdível!!! Merece fotos!







Resumidamente, foi isso. A África do Sul foi uma agradabilíssima surpresa. Uma das nossas melhores viagens. Tô morrendo de saudades!

Beijocas. Vanessa.

domingo, 2 de setembro de 2012

Cervejando pela 408 norte

Nobres leitores, quinta-feira fomos tomar cerveja na 408 norte. O motivo era a despedida da Marina, que trabalhava com a Vanessa.

A comercial da 408/409 norte é muito bem servida de opções cervejeiras. Existem alguns clássicos "botecões", que fazem a alegria do povo da UnB, como o Pôr do Sol, e alguns bares que, apesar do clima de diversão, apresentam extensos cardápios voltados para o público que curte cervejas diferentes, como os excelentes Pinella e Grote Markt. Mas nossa trajetória não passou por nenhum deles - nos concentramos em uma verdadeira "família": Godofredo; Alfredo (pai do Godofredo) e Zigfrida (avó do Godofredo).

Começamos no Zigfrida (a tal avó do Godofredo), um bar pequeno e aconchegante, com decoração em clima retrô. 
Geladeira vermelha, papéis de parede bizarros e mirror ball. Sim, isso é estilo.

A música (mecânica) era muito boa e contribuía para o clima. Mas acho que demos sorte - teve uma hora que veio a dona (a simpática Ana) e pediu desculpas porque naquele dia o músico que faria um pocket show não poderia vir. Nada contra música ao vivo, mas no decorrer do papo descobrimos que o artista se chamava Gustavo Lima (isso mesmo, homônimo do tchê, tchê rê rê, tchê, tchê, tchê rê rê) e que previamente era especializado em música eletrônica sob o codinome Glamour. Não tinha como não ter medo disso. Melhor continuar numa excelente seleção de Stone Temple Pilots (para a minha alegria) e de Jorge Ben Jor (pra alegria da Marina) e Afonso (para noooooosa alegria).

O Zigfrida tem umas comidinhas gostosas e com bom preço:
Ceviche clássico. R$ 16,90. Bem gostoso, acompanhado de ótimo purê de batata doce com laranja. É um petisco individual. 

 Agrado da Vovó. R$ 16,90. Cubinhos de queijo coalho gratinado salpicados de pimenta de cheiro, acompanhado de geléia de pimenta. Ótimo para petiscar enquanto se toma cerveja. Prato farto, para umas 3 pessoas. Excelente custo benefício.

Sanduíche aberto vegetariano de berinjela em cubos, azeitona preta e tomate seco. R$ 10,90. Muito bem servido - um imenso sanduíche, muito gostoso (pão de ótima qualidade), com bom preço. Dá pra picar e compartilhar, ou serve como a refeição da noite.

Surpresa da Vovó: R$ 15,90. Batatas fatiadas cobertas com sour cream salpicadas de bacon crocante, páprica picante e cebolinha. Esse foi o único prato não agradou.... batatas duras, pouco sabor. Enfim, não recomento - vá nas outras opções.

Para beber, o Zigfrida oferece uma farta carta de cervejas. Entretanto, como é costume dos bares especializados em cervejas especiais de Brasília, 2/3 do cardápio está lá só pra figurar. É bastante frustrante passar 5 minutos lendo o cardápio, analisando o que beber, pesando o custo benefício e, ao fazer a escolha, deparar com o típico "essa não tem".

Dentre as opções efetivas, as escocesas Brew Dogs, algumas belgas (Waterloo e Westmalle) e opções de cervejas "comuns" de boa qualidade - Heineken, Original, Stella etc. Ou seja, é um bom lugar para juntar pessoas que curtem cervejas especiais com pessoas que preferem apostar nos clássicos Ambev/Fensa. Preços: Heineken Original de 600ml a R$ 6,90; Brew Dog Punk a R$ 19,90, Hardcore a R$ 29,90. A promoção do dia era a Waterloo Tripel (uma belga razoável) - tomava 3, pagava 2. Preço unitário a R$ 16,90. Apostei todas as minhas fichas em uma garrafinha de Hardcore. Adoro ela, adoro aquele amargor bizarramente intenso. Vanessa e Marina tomaram a Waterloo, depois encararam uma BierBaun Gold Munich Helles (nacional, 600ml a R$ 16,90).

Estava tudo dando certo, mas optamos por pagar a conta e ir visitar o netinho da Zigfrida - o Godofredo. Diferentemente do Zigfrida, o Godogredo é um bar bem mais amplo, com diversas mesas na calçada. Tem uma área interna também aconchegante e charmosa, mas o povo se concentra mesmo na área externa. A carta de cervejas é muito maior que a do Zigfrida, mas eu continuei frustrado em minhas escolhas. Parece que é brincadeira de tirar doce de criança. Abri o cardápio e, logo no início, vi uma BodeBrown Hop Weiss. Nem pensei - chamei o garçom e pedi uma, já com a boca se enchendo de água só de imaginar o primeiro gole. "Não tem". 

Ponto curioso era a diferença de preços entre Godofredo e Zigfrida. As cervejas que figuravam nos dois cardápios apresentavam uma diferença de aproximadamente 10% (o Godofredo é o mais caro). Isso foi nítido nas Brew Dogs. Enquanto a Punk estava R$ 19,90 no Zigfrida, custava uns 23 ou 24 (esqueci de anotar) no Godofredo. A Hardcore ia de 29,90 para 32,90. Isso é especialmente curioso porque os dois bares ficam a aproximadamente 5 metros de distância um do outro - e o Zigfrida (o mais barato) é muito mais bonitinho e com um atendimento muito melhor. Mas o Godofredo é lotado, então as seres humanos topam pagar mais pra ver e serem vistos.... Lembre-se: casa de Vó é sempre mais confortável. Vá de Zigfrida.

Para beber, Marina e Paola foram com a excelente Bierland Vienna (nacional, 60ml, R$ 16,90) - não as acompanhamos porque é normal termos ela em casa, e queríamos algo diferente. Fomos de Primator English Pale Ale (Tcheca, 500ml, R$ 23,90) e a consideramos..... doce demais. Para compensar o dulçor da Primator, pedimos depois uma Coopers Extra Stout (australiana, 350ml, R$ 17,90) - bem forte, e bem gostosa. 

 Primator Pale Ale - mais doce que o necessário. Segundo o Marcelo Lima, a Stout deles é excelente - provaremos.

Começou a vir uma fome novamente, e optamos por fechar nosso tour familiar. Pedimos a conta e fomos para o Alfredo (o pai do Godofredo). O objetivo era só comer uma pizza - e lá elas recebem nomes de artistas. A mais barata é a Xuxa (R$ 11,90), e daí o preço vai crescendo até, salvo engano, R$ 20,90. As pizzas são grandes e gostosas - bom para final de noite. Optamos por comer o Gugu (mussarela, linguiça mineira desmanchada, cebola, por R$ 15,90).

Em Brasília, tudo acaba em pizza.

Bem, já que estávamos lá no Alfredo, fazendo nada, vendo o tempo passar, aproveitamos pra pedir mais uma cerveja e fechar a noite. A promoção do dia: duas Rasen Dunkel pelo preço de uma. Nunca fui fã da Rasen, mas essa nos proporcionou um bom momento, quando o garçom chegou ao final e travou o seguinte diálogo conosco:
 - e aí, vocês gostaram da cerveja?
 - bem, na verdade não somos muito fãs da Rasen.
 - todo mundo que vem aqui fala mal dessa cerveja. Ela é muito ruim mesmo.

hahahahahahaha

Abraços!

Ziriba

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Parabéns ao Dom Francisco - Aniversário de 24 anos!

Pessoas,

sentimos uma honra imensa ao sermos convidados para o jantar de comemoração dos 24 anos do restaurante Dom Francisco, ocorrido na ASBAC. Foi uma noite super agradável, organizada pela Solos Comunicações, cheia de gente legal e com o Chef Francisco Ansiliero sempre por ali, servindo, rindo e fazendo graça.

A gente bebeu e comeu bem, viu.... No comecinho, bolinho de bacalhau, pães e punheta de bacalhau. A punheta de bacalhau é um mix de bacalhau desfiado, cebola e bastante azeite. Além de deliciosa, rendeu ótimas piadas na mesa a noite toda :-) 


Para acompanhar, o vinho branco Santa Augusta Moscato Giallo, refrescante sem ser muito enjoativo. Gostei.



Antes de servir a entrada, o Chef Francisco disse que, há 24 anos, serviu pela primeira vez uma salada como entrada no restaurante. Então, naquela noite, uma das entradas seria salada também. E veio uma salada deliciosa de atum, couve de bruxelas, aspargos, cogumelos paris, shitake, lentilha e feijão manteiguinha de Santarém. Mesmo com todos esses ingredientes, inclusive atum, que tem gosto forte, a salada estava harmônica, ninguém roubava o sabor de ninguém.


Foi servida também uma bela empanada de carne. Recheio farto, mas na medida para não atrapalhar o sabor da massa, que mereceu atenção: saborosa e leve.


De principais, os já bem conhecidos e aprovados bacalhau e maminha de Bonsmara. De bacalhau, uma boa lapa de filet, que veio acompanhado de batatas assadas com alecrim e alho assado. Perdição. 


Sobre a simpatia do Francisco que falei acima, olha aí a prova: ele passava nas mesas amassando o bacalhau da pessoas e jogando azeite por cima.


A maminha foi servida com a fantástica e inesquecível farofa de ovos. Ainda bem que ela estava por lá, porque eu amo farofa e morro por essa do Dom Francisco! E essa carne mal passada....olha. Tudo de bom. Só isso.


E, mais uma vez, simpatia:


Ah, nessa altura, o vinho já era tinto. O espanhol Corona de Aragon, gostoso e macio.


Para fechar a noite com chave de ouro, um belo prato de doces com brownie de chocolate, sorvete de creme, tortelete de banana e bolo de castanha do Pará, acompanhado de espumante. Todos muito bons, com destaque para o bolo de castanha do Pará, que estava divino: molhadinho, docinho.... Maravilhoso mesmo.


Aproveitando o tema Dom Francisco, vou aproveitar para registrar uma visita que fizemos há mais de 1 mês na casa da ASBAC.

Eu fui de 1/2 fraldinha vermelha acompanhada de batatas coradas, por R$ 35,00. Mas, claro que pedi para trocar as batatas pela farofa de ovos. Carne mal passada deliciosa com a farofa dos sonhos. Talvez pudesse viver só disso. No mundo dos sólidos, claro.


O Vinicius pediu Bochecha suína ao chimichurri com arroz de alho, por R$ 32,00.  Eu jurava que o termo "bochecha" era em sentido conotativo. Mas é sentido denotativo mesmo. Bochecha propriamente dita. A textura de carne moída e o sabor era marcante. Para quem gosta de sabores fortes, especialmente porque o arroz de alho, para não 'morrer' ao lado da carne, também estava acentuado ...



Foi assim! Nossos sinceros votos de muitos mais anos de sucesso ao Dom Francisco e parabéns ao Chef Francisco Ansiliero, porque manter uma casa com padrão de qualidade em Brasília há tantos anos é, no mínimo, digno de muito respeito.

Beijocas. Vanessa.

domingo, 26 de agosto de 2012

Como montar uma banda

Um domingo é da Rock, o outro é da Cerveja!

Nobres leitores, domingo passado eu contei como foi minha tentativa de fazer brigadeiro de Cerveja Guinness. O resultado até que foi bom, mas a parte mais legal da brincadeira foi tentar fazer algo que eu nunca tinha feito. Fazer coisas novas é sempre divertido (até quando dá errado).

 A pergunta do dia é: você já pensou em fazer música? Em tocar em uma banda?

Tenho certeza que todos responderam "sim". Na sequência da resposta, alguns devem ter acrescentado "mas não nasci com o dom"; "mas sou tímido"; "mas não sei como".

Pois bem, chegou a hora de saber como ter uma banda. Eu não nasci com o dom, sou tímido e, ainda assim, já toquei em várias bandas. Se fiz sucesso? Não. Ganhei grana? Também não. Mas garanto uma coisa: me diverti (e continuo me divertindo) muito com isso. E, no fundo, é isso o que importa!

Fiz um tutorial certeiro para quem quer montar uma banda de rock:

1) ache uma (ou mais) pessoa(s) com personalidade e gosto musical parecido com o seu. Essa é a primeira e a mais importante lição: banda é igual namorada. Então não invente de engatar esse namoro com pessoas que você não tolera, ou que pensem de forma totalmente inversa de você. Isso até funciona em um projeto rápido e específico (tipo sexo casual), mas não em um relacionamento de longo prazo.

Schumainous em sua formação original (1996): Maurício, Murdock, Ziriba e Craudio

2) defina as posições. Assim como em um casal, uma banda precisa definir quem faz o quê. Essa escolha às vezes vem do acaso - o sujeito sempre sonhou ser baterista, mas acabou esbarrando com o violão do pai, então virou guitarrista. Ou o cara queria tocar guitarra, mas chegou em uma banda já quase completa, onde faltava apenas um baixista. 

Escolha feita: quero tocar guitarra

3) aprenda a tocar o instrumento. Hoje a internet está lotada de vídeo-aulas sobre tudo, inclusive sobre música. Também há academias de música em toda esquina. Vá lá, matricule-se e tenha um pouco de dedicação. Uns aprendem mais facilmente que outros - é a questão do dom. Mas todos conseguem aprender o básico. É mais ou menos como decidir fazer aula de espanhol - uns conseguem sair hablando em poucas aulas, outros só no final do semestre. Mas todos que se dedicam, chegam a um resultado.

4) escolha as músicas. Uma banda pode ser autoral (ou seja, compor suas próprias músicas) ou cover (tocar músicas de outros artistas). Não existe certo ou errado - compor é muito legal para os músicos, mas demora a causar impacto em quem ouve. Já quem toca cover perde essa oportunidade de criar algo novo, mas garante o público atento desde o primeiro acorde. Para entender melhor, imagine uma rodinha de violão - o músico pode começar a tocar Paralamas do Sucesso, com todo mundo cantando junto, ou decidir mostrar uma composição própria. Nesse último caso, ele causará admiração a todos (afinal, compor bem é coisa muito difícil), mas sem dúvida o público se divertirá menos do que se ele tocasse um hit.

5) ensaie com a banda. Se você tiver uma casa grande e equipamento completo, pode fazer isso em casa. Se não tiver nada, vá para um estúdio. Existem diversos estúdios de ensaio pela cidade. Eles funcionam mais ou menos assim: o estúdio é uma sala com a bateria (só o corpo, sem pratos), amplificadores de guitarra e de baixo, microfones e caixas de som. Basta chegar lá com sua guitarra, baixo e pratos de bateria, montar tudo e se divertir. Em regra, os estúdio são alugados por períodos de 2 horas, a um custo médio de R$ 25 a R$ 30 cada hora. Então em uma banda de 5 pessoas ensaiando em um estúdio que cobre R$ 30 cada hora, cada um pagará R$ 12 pelo ensaio de 2 horas. Isso é basicamente o preço de um cinema, ou seja, não é nada que pese demais no bolso. Eu, por exemplo, tenho um ensaio por semana - gasto na faixa de R$ 50 para passar 2 horas, todas as quartas, junto dos meus amigos, tocando Ramones. Vale muito a pena.

Ensaio do James Train (2005). Na foto: Caw, Ziriba e Gera. Também tocavam: Tix e Diogo.

6) quando a banda estiver afiada, mostre seu trabalho. Peça pra tocar na festa de aniversário dos amigos; escreva um release (uma mini biografia da banda), grave algumas músicas (os estúdios de ensaio costumam fazer gravações) e vá conversar com os produtores que organizam shows por aí; faça um vídeo caseiro e coloque no youtube (a guria do CrossFox que o diga). 

Whiskey Leaks tocando um cover de Killers (Somebody told me) no Velvet. Com Elisa Fuzz, Marcelo Joe, Beto Cavani, Everton França e Ziriba

7) continue tocando para sempre. O que importa é se divertir e encontrar os amigos.

Ensaio recente (2012) do Ramones Mania. Na foto, JP e Ziriba. Também integram a bada: Craudio, Rafael Jougle e Hugo.


Hora do Jabá

Jabá 01: quer ver o Ramones Mania tocando em seu evento? Pergunte-me como. 

Jabá 02: para curtir e acompanhar a Fan Page do blog no Facebook, clique AQUI


Jabá 03: bons lugares para ensaiar em Brasília:
a) Capital Records (onde o Ramones Mania ensaia autalmente). O dono do estúdio é o Elvis Presley, dono do Johnny Cash. Fica na 209 norte. Ponto forte: boa sala, dono super gente-boa e cuidadoso com as regulagens. Contatos com Bonfin Netto: (61) 3349-7420.

b) Estúdio Prime (onde o James Train ensaia). Fica na 301 do sudoeste. Ponto forte: grande investimento em equipamentos. Os amplificadores são simplesmente inacreditáveis - Vox AC30; Fender Bassman; Mesa Boogie; Orange; .... acho que metade das válvulas de Brasília estão lá. Contato com Júlio: (61) 3344-5344.

Próximo domingo: dia de cerveja!

Abraços

Ziriba (Cerveja e Rock)