quarta-feira, 22 de agosto de 2012

África do Sul - Outubro/2011 - Plettenberg, Mossel Bay e Hermanus.

Pessoas,

vou ser mais sintética no registro da viagem à África do Sul. Queria fazer algo detalhado, mas não consegui finalizar até hoje (a viagem já vai fazer 1 ano!) e, para piorar, fui atualizar meu celular e perdi todas as notações e gravações de voz que fizemos durante a viagem. Não, eu não fiz back up. 


O post sobre a viagem da África do Sul anterior a este foi sobre o comecinho do trecho no litoral, a Garden Route, logo depois dos safáris. De Jeffrey's, zarpamaos para Plettenberg, parando no Tsitsikama Park para emoções, como contado aqui. Então, nesse post registrarei Plettenberg, Mossel Bay e Hermanus. Cape Town ficará para o próximo e último post, para que esse não fique maior ainda.


Plettenberg 

É o melhor ponto de parada na Garden Route. Opte por ela se for escolher um só local: cidade maiorzinha e mais centralizada, deixando acessível diversas opções de lazer. 


Ficamos na Halcyon GuestHouse por sugestão do booking.com. Uma delícia! Tinha mais cara de casa ainda que a guesthouse que ficamos em Jeffrey's, porque a dona morava lá. A casa era lindamente decorada, gigante, com muitas flores que deixavam o ambiente super perfumado.

"Nossa parte" era a de cima da casa: uma antesala, corredor, dois quartos e dois banheiros! Ocupamos o Nautilus Room, com direito à varandinha no quarto com vista para o mar, TV com DVD e tudo mais. Na antesala, vários livros, revistas e DVDs a disposição, além de chás, cafés e sempre um licorzinho com bombons eram colocados no aparador de noite. Um mimo fofo que só!

O carro ficava na garagem coberta dentro da casa, que tinha duas vagas: uma pra nós, outra pra dona :) Ganhamos o controle da garagem, a chave de casa, tínhamos acesso à cozinha, sala, mesa de sinuca, bar (com a ficha para anotações caso consumíssemos algo).

O café da manhã era espetacular, cheio de opções, enfeites e simpatia. Na hora que a gente quisesse, a partir das 08h, mais ou menos.


Super recomendo. O valor da diária? Inacreditáveis R$ 160,00. Para nossos 3 dias por lá, programamos uma visita ao Santuário dos Elefantes, Arvorismo no Tsitsikamma Park, visita a Knysna, a Outshoorn para conhecer a famosa gruta Cango Cave, além de, obviamente, acatar as sugestões de bons restaurantes da cidade. Foram dias bem tranquilos, descansamos bastante e assistimos o filme I Am Sam, cada noite víamos uma pouquinho. Vamos por tópicos:

  • na nossa primeira noite, fomos ao restaurante Nguni, indicado pelo hotel com a ressalva de que era um restaurante caro. Tem página no facebook. Um dos melhores da viagem! Localizado numa espécie de taberna, é cheio de estilo! O precinho sul africano continuou nos fazendo feliz! Pedimos o vinho mais caro da restrita carta, um Rustenberg John, e custou R$ 64,00. De entrada, provamos o inesquecível e suculento carpaccio de springbok (uns R$ 13,00). Carpaccio suculento? Pois é. E veio um pão gostoso e divertido pra comer com manteiga decente. De prato principal, eu fui de peixe muito bem temperado com  ervilhas e brócolis (uns R$ 23,00), o Vinicius de cordeiro com purê (uns R$ 18,00). Para sobremesa, um coisa meio brownie/pudim/brulee de doce de leite, dos bons, por míseros R$ 8,00. Atendimento VIP, comida muito gostosa e preço pequenos. O paraíso na terra.




  • no dia seguinte, bem cedinho, fomos ao The Elephant Sanctuary: É um local que resgata elefantes doentes, caçados e impossibilitados de voltarem à vida selvagem. Daí eles oferecem um programa de visitação no qual eles passam várias informações e agente pode ter contato com os elefantes (escovar, andar de "mãos dadas", alimentar, e montar. É divertido pra quem gosta de bichos. Pegamos o pacote completo, mas não recomendo a parte de passear nas costas do elefante: não é confortável, é super rápido (ainda bem, na verdade) e é a parte mais cara, dobrando o preço do pacote, que ficou em quase R$ 200,00 por pessoa.


  • na tarde do mesmo dia, fomos fazer arvorismo no Tsitsikamma Park, ali por perto e fácil de chegar com o GPS. Reservei por aqui, R$ 225,00 para os dois, e foi bem divertido. Durou umas 3 horas e teve lanche no final: suco e um sanduíche de atum simples, mas delicioso. Não temos fotos, mas garanto que é bem legal observar a floresta pelas copas das árvores e é uma maneira de  explorar a floresta Tsitsikama de perto, já que o Tsitsikama não está aberto à visitação  O local do arvorismo ficava a 30 minutos de carro do Santuário dos Elefantes e fizemos um lanche entre as atividades em alguma lanchonete por ali. 
  • na volta para casa, paramos em um observatório em Natures Valley para observar a beleza e fazer a foto clássica :)



  • Moby Dick's: um restaurante famoso por lá. Não gostei muito não e os preços nem são muito atrativos. Fomos duas vezes e achei a qualidade da comida bem mediana. Ainda, as ostras que o Vinicius comeu lá não desceram nada bem. Mesmo.                                                                         
  • Knysna é uma cidadela sul africana conhecida como “capital mundial das ostras”. Fica do ladinho de Plettenberg. É bonitinha, mas não empolgou. Tem uns pontos bonitos para ver o mar, ilhas, e só. Talvez não curtimos muito porque o tempo não estava dos melhores, e ainda ventava muito! Não comemos ostras por lá porque não achamos um lugar com cara de “vamos parar aqui pra comer” (comemos no Moby Dick’s e repito que não recomendo!).

  • Num dos dias, fomos até George, saindo da via N2, a “capital mundial das fazendas de avestruz”. A paisagem nessa parte da viagem é espetacular, com vales e formações rochosas impressionantes. Um dos pontos altos da viagem! Não paramos em nenhuma das fazendas de avestruz, mas vimos milhares de dentro do carro. De George, fomos até Outdshoorn, onde está localizada a gruta Cango Cave, aberta para visitação e cheias de estalactites e estalamitites. É tudo lindo, tanto a estrada para se chegar até lá, quanto a gruta (uns R$ 15,00 a entrada). Vale muito a pena! Nós chegamos por lá por volta de meio dia, e tem visitas a cada meia hora. Ah, e você pode escolar a visita standart, sem emoção, ou adventure, com emoção (passando por pontos estreitos, escalando pedras...). Optamos pela primeira, para evitar a fadiga. Almoçamos por lá mesmo, no Cangos Caves Restaurant, e comemos carne de avestruz. Gostei, parece boi. Lá foi "caro": a refeição saiu por uns R$ 50,00, acima da média, e só pedimos um prato.




  • ainda em Plettenberg, mais dois restaurantes que agradaram muito: o Kitchen Café Bar, descoberto pelo TripAdvisor (que ganhou muito meu respeito depois dessa viagem à África - dicas quentes e certeiras), é um local que serve de tudo um pouco (sandubas, sushis, pizza, "comida"), ambiente bem legal, ótimo atendimento, com vista para o mar e muito aconchegante a noite. Não gostamos do sushi, mas amamos a pizza, a lareira, o vinho e a sobremesa :-). O outro foi o Scotty's, dica da dona da nossa casa em Plettenberg. O restaurante é muito bom mesmo, comida gostosa. Infelizmente, estivemos lá no dia que o Vinicius tinha comida as malditas ostras e estava super mal. Não aproveitamos o restaurante como ele merecia. 


Mossel Bay

Mossel Bay é uma cidade portuária, bem pequenininha, famosa por ter sido descoberta pelo navegador português Bartolomeu Dias na época das navegações. Por isso, lá tem o Museu Bartolomeu Dias com a réplica do navio utilizado em 1488 para cruzar o Cabo da Boa Esperança. E também tem ponto de observação de baleias (não vimos nenhuma de lá!). O que era pra ser uma tragédia tediosa (reservamos 2 dias para lá e ainda estava frio) acabou sendo salvo por descobertas improváveis: o micro e nunca recomendado museu de tubarões e a Guinness com o melhor preço nunca visto antes na vida: menos de R$ 5,00 nos bares, e menos de R$ 3,50 na distribuidora de bebidas. Pena que só vendiam depois da 10h. Ainda assim, passamos boas horas sentados e bebendo Guinness. Não dá pra dizer que foi ruim, né?

Nos hospedamos na guest house Cross Court. A diária custou uns R$ 100,00. Essa é um pouquinho diferente. Não ficamos bem na casa da dona, que morava numa acomodação ao lado da nossa. Nosso "quarto" era um bela casa de dois andares e comportava facilmente 4 pessoas. Apesar de grande, era meio envelhecido e a limpeza não era das melhores. Também não tinha café da manhã. Tudo bem. A proprietária, de uma simpatia exemplar, tinha um gato :-) e, logo ali na esquina, bar de frente pro mar cheio de surfistas com Guinness por menos de R$ 5,00.
  • Complexo Bartolomeu Dias: fica numa área ampla, com bastante verde, e é onde está o Museu Bartolomeu Dias, um museu de vida marinha e a caixa de correspondência em forma de sapato, em referência à maneira que os marujos do século deixavam mensagens para os companheiros: no sapato pendurado na árvore. A grande atração do Museu Bartolomeu Dias é a réplica da embarcação usada em 1487 pela frota que saiu de Portugal e parou lá em Mossel Bay. É muito legal entrar naquela embarcação e imaginar como seria viajar naquilo mar adentro. Pessoas, é muito pequenina! Essa réplica foi criada para comemorar o V centenário da passagem do Cabo da Boa Esperança e fez o mesmo percurso da original em, salvo engano, 3 meses (a original demorou 6 meses!). No museu de vida marinha, o que mais chamou a atenção foi um polvo em um aquário. Nunca tínhamos visto um polvo se movendo e é bem interessante. A caixa postal em formato de sapato funciona até hoje (mandamos postais que chegaram!) e ainda vem com um carimbo diferenciado.



 

  • passeando a pé pela orla de Mossel Bay, próximo a um dos pontos de observação de baleias, passamos por um casinha muito simples com uma placa indicando tratar-se de um museu de tubarões, ou centro de pesquisa de tubarões. Custava 5 randes (algo como R$ 1,00) para entrar. Com a falta de opções na pequena Mossel Bay, entramos. Cara, foi super legal! O local era bem tosco, mas tinha um bocadinho de tubarões em aquários (todos alvos de pesquisas). Além disso, vimos o que muito possivelmente jamais veríamos nessa vida: ovos de tubarão! Sim, há tubarões ovíparos.

  • não comemos em nenhum lugar digno de nota em Mossel Bay. Ficamos ali pelo Delfino's Restaurant, perto de casa, com wi-fi, de frente para a praia, Guinness e cardápio extenso no qual nada era realmente bom. Em cima do Delfinos há o KingFischer Restaurant, mais restaurante, menos bar, mas comida igualmente mediana e mais caro (aqui a Guinness custava 14 rands. No Delfino's, 9). 

Hermanus

Depois de Mossel Bay, o destino era Cape Town, a última parada da viagem. Entre ela, existe Hermanus, tida como um dos melhores pontos do mundo para observação de baleias. Então, paramos por lá, a 120 km da Cidade do Cabo. A cidadezinha é fofa e me pareceu que vive, basicamente, das pessoas que vão ali observar baleias. Pessoas, pensa no tanto de japas com máquinas e binóculos gigantes! O mês de outubro é tido como o mais cheios de baleias, ainda que, por causa do aquecimento global, elas tenham aparecido o ano inteiro.

Podem levar a sério o termo "observação de baleias". Como são lentas e calmas, alguns bons minutos são necessários para avistá-las e observá-las. É terapia ocupacional. Senta lá, fixa o olhar naquele mar lindo e azul, e espera. Se tiver paciência, verá espirros de água para cima (vimos vários!), rabinhos de baleia para fora da água (vimos um). Mas, na maior parte do tempo, o que se vê são coisas imensas na água se movendo lentamente, e você acredita que são baleias porque todos dizem. Poderia ser um hipopótamo ou um iceberg :) Na primeira foto abaixo, todas essas "coisas" que estão na água são baleias. Alguma delas com filhote. Eu juro! Marquei com um círculo para facilitar :-) Na segunda foto, tem uma baleia jorrando água para cima. Eu também juro!



Na verdade, passamos duas vezes em Hermanus, nessa ida para Cape Town, e num outro dia quando fomos de Cape Town para Gansbay mergulhar com tubarões brancos (registro no post sobre Cape Town)! Nas duas vezes, comemos no Fabio's Restaurant, uma cantina italiana com comidinha gostosa e reconfortante.






Próximo post: Cape Town.

Beijocas. Vanessa.

domingo, 19 de agosto de 2012

Brigadeiro de Guinness

Um domingo é da Cerveja, o outro é do Rock!

Nobres leitores, esses dias estava zapeando o facebook e dei de cara com uma receita de brigadeiro de cerveja (mérito da amiga Linn Alencar):


Olhei pra Vanessa e fiz a pergunta: temos leite condensado em casa?? (obs: não havia nenhuma dúvida quanto à manteiga e à cerveja. Isso sempre, sempre, sempre tem).

Por sorte, tinha uma caixinha de Leite Moça no armário. Ora, então fomos à luta. A pior coisa que poderia acontecer era perder uma lata de cerveja. 

Escolha da cerveja: como a ideia era fazer um doce, escolhi uma cerveja de estilo que costuma harmonizar bem com sobremesas: uma Stout. Seria ainda melhor se fosse uma Russian Imperial Stout, mais forte, mas eu não tive coragem de arriscar a garrafa de Petroleum que temos. Assim, a escolhida foi uma das cervejas que eu mais amo: a Guinness.


Primeira etapa: reduzir a Guinness. Como a latinha da Guinness é turbinada (440ml, ao invés dos tradicionais 350ml), separei um pouquinho em um copo para tomar e coloquei o restante em uma frigideira. Escolhi a frigideira por ter uma área maior, o que facilita a evaporação. Coloquei no fogão em fogo alto e fiquei mexendo para evitar a formação de crostas no fundo (nem sei se isso aconteceria, mas minha intuição mandou eu mexer - e eu mexi). Fiquei quase 20 minutos nessa etapa..


O resultado foi o esperado - a Guinness "encolheu" bastante. A foto abaixo mostra o resultado após a redução. Uma coisa interessante era o cheiro da cerveja fervendo - lembrou bastante o cheiro do mosto no processo de brassagem. Isso me lembrou que estou terrivelmente atrasado na aquisição de meu kit de fabricação de cervejas...... 


Depois veio a fase teoricamente fácil: juntar os ingredientes. Na minha cabeça, tudo ficaria muito simples a partir dessa parte, já que seria igual fazer brigadeiro tradicional. A diferença é que brigadeiro é leite condensado (uma pasta) mais chocolate em pó (um sólido moído). Dessa vez, no lugar do chocolate eu adicionei um copo de cerveja - mesmo reduzida, ainda era totalmente líquida. O resultado não foi bonito....


Não tinha opção: baixei o fogo até o mínimo, misturei tudo, puxei uma cadeira pra perto do fogão e comecei a mexer. E a gororoba continuava líquida......


Meio século depois (quase 40 minutos mexendo), cheguei a um ponto consistente. Acho até que deveria ter deixado um pouco menos, mas a parte da receita que diz que "até homens conseguem fazer" não é exatamente verdade.


Passamos tudo para uma tigela e colocamos na geladeira pra esfriar. Depois de esfriar, hora de comer!!!


O resultado é, no mínimo, interessante. O sabor começa doce (e bem gostoso). Depois, vem o amargor tradicional da Guinness, com muita clareza (ou seja, continua gostoso, apesar de mudar radicalmente). Não é uma sobremesa que apenas contém cerveja na receita - qualquer pessoa que conheça cervejas sabe que aquele brigadeiro está lupulado. A consistência era firme, mas não cremosa. Digamos que parecia a consistência de cajuzinho, e não de brigadeiro de colher. Talvez tenha ficado assim porque eu deixei tempo demais no fogo. 

Resumo da ópera: não é um doce que agradará a todos, mas sem dúvida fará sucesso em uma mesa de pessoas que curtam cervejas especiais. Creio que dá pra evoluir na técnica de preparação e na receita - fiquei tentado a testar com cervejas mais doces e alcoólicas, com menos amargor, como uma Dubbel ou Quadrubbel. Indo para outra linha, talvez uma Heineken resolvesse a situação, e com a vantagem do baixo custo. Quanto à consistência, acho que um pouco de creme de leite ajudaria a deixar o doce mais cremoso.

Finalizado o post, hora do jabá: agora temos uma Fan Page no Facebook!!!! Para curtir e acompanhar, clique AQUI

Próximo domingo: dia de rock!

Abraços

Ziriba (Cerveja e Rock)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Goemon - 105 do Sudoeste, Brasília/DF

Pessoas,

como disse uma amiga esses dias, eu sou uma pessoa fiel aos restaurantes que gosto: volto sempre. Ela tem razão. Se em outros tempos achava o máximo a aventura de ir conhecer um restaurante novo sem ter nenhuma referência verdadeira sobre a comida e o serviço (leia-se: opinião de quem foi como cliente comum e pagou a conta), o que acarretava uma lista imensa de "já fui mas não conheço" (afinal, não digo que realmente conheço um restaurante visitado apenas 1 vez), atualmente prefiro voltar a algum que já me conquistou e explorar o cardápio. Enquanto isso, vou guardando as opiniões registradas nesses serviços de utilidade pública (leia-se blogs da cidade :-)), trocando idéias com amigos e, quando vou conhecer algo novo, a chance de jogar tempo e dinheiro fora é menor.

Por isso, volto tanto ao Goemon, um dos meus queridinhos da cidade (dentre outros, como Nossa Cozinha Bistro, Trio Gastronomia, Barbacoa , Places). Porém, ironicamente, hoje vou falar sobre um prato que eu não gostei: o Teppan Yaki de Frutos do Mar, por uns R$ 55,00.

O que faz o teppan yaki do Goemon ser tão querido lá em casa é que, além de gostoso e com preço justíssimo, é saudável! É composto de uma porção de arroz japonês, missoshiro, a carne que você escolher (salmão, lombo, filet, picanha, frutos do mar) e legumes fritos ou refogados (opção sempre escolhida por nós). Olha aí uma foto do de salmão, que custa uns R$ 45,00 e serve duas pessoas:


O de frutos do mar só vem com legumes fritos (não entendi o porquê). Mesmo assim a gente arriscou. De frutos do mar vieram lulas, camarões e salmão perfeitamente cozidos (ponto perfeito de cocção, né, Lulu?), bonitos e deliciosos. Os legumes fritos estavam bem fritinhos também, sequinhos e tals. Mas, no conjunto não funcionou. A comida ficou seca demais. E pesada. Não curtimos.


Então, fica a dica: se for de teppan yaki no Goemon, opte pelos mais baratos com legumes refogados e preserve a saúde física e financeira ;-)

Beijocas! Vanessa. 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Morar Mais Por Menos - Brasília!

Pessoas, 

eis que o blog recebe um convite para o coquetel de inauguração da exposição "Morar Mais Por Menos - O chique que cabe no bolso". Puxa, fiquei tão feliz! Gosto do assunto e logo imaginei que talvez o convite da Fato, Agência de Comunicação, tivesse vindo através de uma grande amiga arquiteta. Perguntei e ela se mostrou surpresa com a notícia. Fiquei mais feliz ainda. Bom, independentemente disso, nós já havíamos confirmado presença em outro evento (já já registro aqui) e, então, a nossa eventual colaboradora Andréia, minha amada irmã, foi lá conferir as novidades do Morar Mais por Menos e a segue o registro dela.

Morar Mais por menos

A noite do dia 13 de agosto de 2012 foi de decor, design, cores, elementos naturais, criatividade, sofisticação e espumante. Tudo isso, e mais, pode ser visto na amostra Morar Mais por Menos que tem por proposta central que a decoração de ambientes deve estar em harmonia com o meio-ambiente e com o bolso.

Os 39 ambientes compostos por arquitetos, designers de interiores e paisagistas seguem a idéia de “mais por menos”. A composição dos espaços é feita com madeiras de demolição, artesanatos da cidade, peças customizadas, objetos reutilizáveis e, claro, como não poderia deixar de ser, muito design e peças conceito.

O ambiente queridinho do Blog de Nós Dois foi o da arquiteta Karla Madrilis. Ela idealizou o quarto do rapaz e teve por inspiração o músico da cidade Felipe Bittencourt [www.bandasurfsessions.com.br]. A intenção é mostrar um jovem rapaz solteiro, independente financeiramente, mas que escolhe a comodidade da casa dos pais por prezar a convivência familiar. Nas palavras da arquiteta: “Mais brasiliense, impossível”.



O quarto é decorado com instrumentos musicais, prancha de surfe, revistas especializadas em música, artesanatos que remetem ao universo do reggae, ou seja, um retrato fiel do homenageado e, mais, apresenta ao público uma decoração viável, funcional e barata. Como o quarto fica no poente, uma parede de bambus foi montada para refrescar de maneira natural o ambiente. Barato, sustentável e lindo.

Chamamos atenção, também, para a cozinha da casa que foi planejada com móveis Bomtempo [http://www.moveisbomtempo.com.br/] e puxadores Casa Classe/Real Ferragens (que, não posso deixar de informar, são as lojas dos meus amados pais :)). Uma parede de folhas secas envernizadas e uma árvore de verdade deram charme ao ambiente, além de obedecer à essencialidade da amostra. O projeto foi assiando por Mayara Kassiê e Letícia Pires.



Outra composição muito interessante é a Casa da Artista, assinado por Juliane Moi. Tenho certeza de que a arquiteta se inspirou em mim! As cores bases são rosa e amarelo, fitas na parede da sala imitam a lona de um circo e toda a decoração é feita com muitas cores, todas harmonizadas. E harmonizar cores fortes não é tarefa fácil. Ponto para a arquiteta!



O escritório da família também é um ambiente funcional e possível. Pensando nos componentes da família, o espaço atende aos adultos e às crianças. Tudo integrado e aconchegante. Atente-se ao porta lápis embutido à mesa. Ótima idéia! O trio responsável é Lilian Morais, Catariana Sombrio e Sandra Marinho.



Na sala de jantar, nenhum objeto é tão inusitado quanto o arquiteto Denis Alves [não, ele não é um objeto]. Além de apresentar o ambiente, ele dançava, pois o ambiente era composto também com música. Ganhou pela animação!



No Bistrô, comidinhas executadas pela chef Dani Vereza e bebidas Casa Valduga. Tudo bem servido e delicioso.

Todas as quartas e quintas das próximas semanas haverá uma boa programação cultural. As quartas são dedicadas à música, com apresentações de diversos estilos, do jazz ao soul. Inclusive, no dia 29, às 20h, a banda Surf Sessions, quem é composta pelo músico homenageado do quarto do rapaz, tocará. E as quintas são para rir com os comediantes que fazem o estilo stand-up comedy. 

O evento já está aberto ao público, de terça a domingo, das 12h às 22h. Os ingressos custam R$30 inteira e R$ 15 a meia.


Serviço:

Mostra Morar Mais - O chique que cabe no bolso

Local: Casa do Candango – SGAS 603
Data: 14 de agosto a 23 de setembro
Horário: terça a domingo, das 12h às 22h
Morar Mais Brasília: (61) 3242-4789
Ingressos: R$ 30,00 inteita e R$ 15,00 a meia entrada


Assessoria de imprensa: (61) 3242-2143 / 7814-8780
Natanry Dias ou Graziela Sant’Anna

Arquiteta Karla Madrilis: (61) 9982-8440 – contato@karlamadrilis.com
Foi Assim! Beijocas. Vanessa.

domingo, 12 de agosto de 2012

Dia dos pais da música

Um domingo é do Rock, o outro é da Cerveja!

Nobres leitores, hoje é dia dos pais. E também é domingo, dia de post de música. Assim, decidi fazer minha homenagem àqueles que, de alguma forma, conceberam pedaços de rock:

Jim Marshall - criados dos amplificadores Marshall. Todo guitarrista sempre sonhou em tocar na frente de uma parede de amplis Marshall, naquele maior estilo Iron Maiden. É o pai dos amplificadores.

Les Paul - o sujeito, além de tocar guitarra como poucos, ainda decide começar a fabricar seus instrumentos. Antes dele, as guitarras eram ocas, como os violões. Depois, as guitarras passaram a ser sólidas, mudando bastante a sonoridade do instrumento. Uma das guitarras mais conhecidas do mundo, a Gibson Les Paul, é baseada no invento desse sujeito. Se não bastasse isso, ele também foi o primeiro a fazer gravações em multicanal. É um dos pais das guitarras sólidas.

Leo Fender - assim como Les Paul, ajudou a criar o conceito das guitarras sólidas. A principal diferença entre os dois estava na construção - ao invés de uma madeira inteiriça, Leo optou por usar pedaços de madeira agregados. Isso reduziu muito o custo das guitarras. Sua obra prima é a Stratocaster, extremamente popular até hoje. Se você pedir para alguém desenhar uma guitarra, sem dúvida desenhará uma Les Paul ou uma Stratocaster - elas são, basicamente, a própria definição de guitarra elétrica. É o outro pai das guitarras sólidas.

Seth Lover - guitarras geram seu som através de um captador. Os captadores, além de captar o som das cordas, costumavam gerar muito ruído (chamado "hum". Um dia o tal Seth Lover coloca dois captadores pregados um no outro, em fases invertidas - assim, o ruído era cancelado. Essa invenção foi chamada de humbucker, os famosos captadores duplos. Além de gerar menos ruído que os captadores simples, tinham mais ganho e um som mais encorpado. Boa parte das músicas rock´n´roll se baseiam em humbuckers. Seth é o pai dos captadores duplos.

Bem, esses foram os pais dos equipamentos. É até difícil listar os pais de cada estilo, então vou elencar alguns dos mais marcantes:

Jimi Hendrix - o pai da arte de incendiar guitarras.

Pete Townshend (The Who) - o pai da arte de quebrar guitarras nos palcos.

Johnny Ramone - o pai do power chord. Ok, não é o pai. Mas é o rei do power chord.

Por fim, meus parabéns aos meus doutos amigos músicos e pais:

Craudio Ramone, batera e pai da Clara.

Guga Mafra, baixo, voz, guitarra, bateria e, diz a lenda, teclado. Pai do Eric.

JP Ramone, guitarra, voz, produção musical e pai do Rafa.

Beto Cavani, batera, vocalista e baixista, pai do Dudu e do Lelo.

Rodrigo MB, guitarra e agenda cultural, pai de uma banda completa (de verdade).

Fabrício Ofugi, o poderoso chefão do rock de Bsb, acaba de se casar, ganhou um enteado e, por tabela, o direito de receber esse primeiro "feliz dia dos pais"!

Próximo domingo: dia de cerveja!

Abraços

Ziriba (Cerveja e Rock)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Dom Francisco - Pátio Brasil

Pessoas,

mais um convite surgiu :-) Dessa vez, fomos conhecer o Dom Francisco do Pátio Brasil e saber de umas coisas boas que vão rolar para o Dia dos Pais.

Primeiro sobre o Dia dos Pais. No domingo, dia 12 de agosto, terá um buffet especial, além de brinquedoteca para os pimpolhos, estacionamento grátis no Pátio Brasil e, de presente para os pais, uma garrafa pequena do vinho Fausto da Pizzato.


























O buffet de domingo, que custará R$ 53,90, contará com bacalhau fresco a Zé do Pipo, carré de cordeiro ao molho de vinho, filé mignon ao vinho tinto e gorgonzola, medalhão de frango em cama de batatas, pimentões e tomates, camarões grelhados e ao catupiry, risoto de funghi, mini batatinhas coradas, canelone de queijo e peito de peru, legumes ao perfume de alho, além de sobremesas e saladas.

Regularmente, a casa funciona com buffet no almoço, pelos mesmos R$ 53,90 e também com sobremesa incluída, e a la carte a noite. Os cardápios (buffet e a la carte) podem ser vistos no site da casa, aqui.

O buffet é amplo e inclui pratos quentes, saladas, frios e até sushis, todos ingredientes frescos e de qualidade. A mesa toda, uma caravana blogueira, aprovou e a casa estava lo.ta.da. Eu, particularmente, destaco o filet, super macio, ao ponto, sem escorrer sangue. E ainda estava quente. Para uma serviço de buffet, achei super demais! O frango ao curry na "conchinha" de massa fina (frango, eu? pois é!) também estava bom que só.

 

O buffet inclui, ainda, sobremesas: brigadeiros, frutas, torta de limão, dentre outras. Tivemos a oportunidade de provar a sobremesa servida do Restaurant Week e que provavelmente entrará no cardápio da janta, a Duo de Frutas Vermelhas. Divina, composta de taça com brigadeiro Gourmet e calda de Amarena, coberto por frutas vermelhas (Amora, mirtilo, groselha e morango) e Panna Cotta feita com Favas de Baunilha, frutas vermelhas e duas folhinhas de chocolate belga feitas no molde do manjericão. Um luxo e deliciosa. Curti muito ter provado groselha (essas bolinhas vermelhas escondidinhas ao lado do hortelã) e a panna cotta estava super leve e com aquele fundinho de baunilha que só pode ser saudável.


Dom Francisco - Pátio Brasil
Endereço: SCS, Quadra 7 Bloco A, Loja 255
Telefones para reservas: 3322 – 1071/3322 – 6456 / E-mail: mirella@domfrancisco.com.br
Horário de funcionamento: Diariamente, das 11:30h às 22:30h
Rede wi-fi disponível
Estacionamento gratuito aos domingos e feriados
Bônus de 2h de estacionamento aos sábados

Beijocas! Vanessa.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Jalapão

Pessoas,

mais um post feito pela minha amanda irmã, Andréia, que foi para o Jalapão com a amiga Ju e voltou cheia de vontade de ir de novo!

"Você sabia que o Brasil tem uma região desértica? E você sabe o que é uma região desértica? Aposto que pensou no Saara ou no Atacama e isso te dá meio certo. Uma região é considerada desértica não somente porque é composta de areia, areia e areia. Mas, sobretudo, por ser pouco habitada. E assim é o Jalapão, o deserto do Brasil.

Há poucas maneiras de se chegar até lá. Não sei nada sobre todas, só sobre uma: pela empresa de turismo Korubo e, não! Eles, infelizmente, não estão me pagando por isso.

A viagem começa em Palmas. Você vai, por sua conta, de sua cidade até Palmas. O hotel em que se hospeda é por conta da Korubo, quer dizer, você pagou por ele, né? É um hotel razoável, só pra uma noite ta ok! Tem ar-condicionado, box no banheiro e um excelente café da manhã [itens que eu considero importante]. No dia posterior à chegada, a aventura começa. De Palmas ao Jalapão são 300 km, mas a viagem dura umas 6h porque a estrada é todinha de terra e de um visual que é de acreditar que deus existe.


Um caminhão vai te buscar no hotel. Meninas, abusem do sutiã porque é um sacolejo sem fim. A primeira parada é na cidade Ponte Alta. Lá se almoça e troca de caminhão. O almoço é numa mini-pousada que mais parece uma casa. Comida super caseira, sem glamour, mas com sabor. Importante! Na troca do caminhão, peça ao guia para ir na “cobertura” do caminhão. O visual é des-lum-bran-te. Natureza riquíssima e estonteante de linda.


Após almoço e troca de carro, uma parada rápida no Canyon de Suçuapara. 


Então, na parada do almoço, ponha roupa de banho ou, se você for adepto ao nudismo, sinta-se à vontade.

Depois de muito sacolejo no caminhão, chega-se ao camping da Korubo. Eu nunca acampei e nem vou acampar. Lá não é um acampamento, apesar do nome. É um verdadeiro hotel diferenciado. As barracas têm cama [boa], vaso sanitário, pia e um espaço para as malas. O espaço é bem excelente. A comida que eles servem merece um capítulo a parte. Você acha que comida de mãe é boa? Precisa comer a comida de lá...




No segundo dia, após o café da manhã, saímos de canoa pelo Rio Novo. É super legal e seguro. Se você nunca canoou, não precisa ter medo. É fácil e uma delícia. Aquela paisagem toda e você lá deslizando sobre as águas. Até dá dó na hora que acaba. Importante! Sabia que o Rio Novo é um dos últimos do mundo com água potável?



Após o almoço, tem saída para as dunas e, se possível, leve um babador. Não vou me alongar sobre porque as fotos dizem por si. Retorno ao “camping”, jantar e cama.








No terceiro dia, tem saída pro Poço do Fervedouro que é uma nascente de água cercada por bananeiras e com fundo de areia branca. Por conta da pressão da água que nasce, é impossível afundar e a sensação é de flutuarmos nas águas. É bem divertido. E a água é morninha. 


Saindo de lá, fomos a um outro fervedouro que fica numa fazenda da Korubo. Almoçamos na fazenda e seguimos para a Cachoeira da Formiga. Bonita, mas ok! É que eu não sou dada à água. No retorno, paramos numa cidade chamada Mateiros para compra de artesanatos feitos com capim dourado. E ó! Nunca mais compro capim dourado que não seja lá. Uma bolsa que aqui custa R$ 200,00, lá custa R$ 20,00.

No quarto dia, fomos fazer a Trilha do Mirante da Serra, são 6km de andança. Nada muito pesado e nem muito leve, mas há casos de parada cardíaca no percurso. A gente sobe uma montanha que lá de cima dá uma vista panorâmica do Jalapão. De lá, também avistamos as Dunas visitadas no dia anterior. Da mesma maneira, não vou me estender porque é indescritível. Veja as fotos! Tá vendo aquela montanha ali? Vamos subir? 



No meio do caminho [repare que ao final da estradinha de terra, tem um carro. olha o tanto que se caminha]!



Chegamos. Olha o visual:


Vem pro Jalapão, gente!


Após, retorno ao “camping” almoço e tarde livre.

Último dia e hora de dizer adeus. Café e pé na estrada. Visita à Cachoeira da Velha, parada em Ponte Alta para almoço e Palmas.



Sobre a comida: nunca comi tão bem! Uma comida de-li-ci-o-sa. Comida de mãe, de vó, seja lá de quem você queira imaginar. Bem executada, simples e saborosíssima. O café é rico de frutas, pães, sucos, café, leite, chá, omelete e outras coisas que não me recordo. O almoço e jantar é sempre comida. Afinal, gastam-se um bocado de calorias por lá. Todo dia um cardápio, todo dia uma agradável surpresa. O melhor brigadeiro da vida, foi lá. Não tem Labecca, Marina, Maria Amélia, etc que concorra... Não tem!

Nos passeios que se estendem pela tarde, eles fornecem pequenos lanches como biscoito, sanduíches, sucos.

Ah! Uma parte importante: o banho! Para o banho, o banheiro é coletivo [homem separado de mulher, claro], mas super reservado e bem estruturado. O chuveiro é melhor que de qualquer hotel fino que já me hospedei. A água é aquecida e de uma temperatura que não dá vontade de nunca mais sair. É bem amplo e a luz que fica sobre o box é colorida. Além de tomar banho, faz uma terapia de cromoterapia.

Pelo que se paga [hotel em Palmas, todas as refeições, passeios, hospedagem no camping] eu acho que o preço é até barato. 

Considerações:
  • Descrevendo assim parecem que são poucos os passeios, mas não são. As distâncias são longas [do camping aos locais] e a estrada é muito, muito ruim. Então, leva-se um bom tempo no deslocamento. Leve um livro, mp3...
  • Não morra sem ir lá.
  • Reitero: não tenha preconceito por se chamar camping. É um hotel diferenciado.
  • Consideramos, Ju e eu, que lá é muito mais bonito e legal que o Safari que fizemos na África do Sul. Mas muito mais!
  • Não morra sem ir lá.
  • Considere levar uma roupa por dia, por exemplo, uma calça/bermuda/camiseta/meia para cada dia, porque os passeios nos deixam num estado de que não dá pra repetir a roupa.
  • Não morra sem ir lá.
  • Quando for, me chama! É capaz d’eu aceitar.
Até!"

Eu já era louca para conhecer o Jalapão, e minha loucura piorou.

Beijocas. Vanessa. 

domingo, 5 de agosto de 2012

Cerveja Mosteiro (ou Beatus?)

Um domingo é da Cerveja, o outro é do Rock!

Nobres leitores, a partir deste mês o blog será ainda mais leal ao seu título. A cada duas semanas teremos quatro posts, cada um honrando um dos temas que nos dão título. As quartas-feiras serão dedicadas à Comida e à Diversão, com posts escritos pela dona do blog: a linda e esperta Vanessa. Aos domingos, teremos posts sobre Cerveja e Arte (leia-se rock´n´roll), que a partir de agora estarão sob meu comando - afinal, tenho que honrar o endereço do blog (Blog de nós dois).

Essa semana, especificamente no dia 2 de agosto, foi comemorado o IPA Day, ou seja, o dia das Indias Pale Ale. IPAs são cervejas extremamente lupuladas (e deliciosas). Nossa geladeira até conta com algumas boas IPAs mas, ao abrir a porta para escolher a vítima, caímos em tentação e optamos por uma magnífica garrafa arrolhada de 750ml que estava esquecida há uns 3 meses na prateleira.

A garota do dia é: Mistura Clássica Mosteiro Tripel, que recentemente teve o nome alterado para Beatus. Cerveja nacional, produzida pela Mistura Clássica, de Volta Redonda.

A aparência da garrafa é excepcional. Garrafa de 750m, arrolhada como champagne, vidro com tratamento que lembra um jateamento, rótulo clássico e de bom gosto. O aspecto externo casa bem com o estilo da cerveja - uma tripel, que automaticamente nos remete a monges brassando em abadias no interior da Bélgica. O ponto negativo está justamente em um dos seus elementos de charme - a rolha. Abrir rolhas em garrafas de cerveja é uma tortura. A rolha não é expulsa da garrafa como em um espumante, e o abridor não se encaixa com facilidade como em um vinho. É um sofrimento que, em regra, me toma uns minutinhos lutando contra a garrafa. Dessa vez não foi diferente.




Abrimos e servimos em duas taças. Cerveja turva de coloração dourada, bem viva. Formou um creme bastante denso (bolhas pequeninas) mas que não teve muita persistência (pouco depois, já tinha ido embora). Nenhum perlage.

O aroma é frutado e adocicado. O sabor, além de doce, é bem alcóolico (o que não foi uma surpresa, já que essa garota tem 10% de graduação alcóolica). Mas logo se nota um intenso sabor de madeira - resultado de armazenamento em carvalho. Ao final do gole, o sabor passa a ser amargo, o que muito me agrada. Segundo o rótulo, ela é feita com 6 tipos diferentes de lúpulos, o que justifica esse bom final.

Onde e quanto: a compramos pela Mamãe Bebidas, em abril - era uma promoção e saiu por R$ 29,99. No site da Cerveja Social Clube ela está, hoje, por R$ 34,00. O site oficial da Mistura Clássica sugere o preço de venda ao consumidor, nos bares, por R$ 39,00.

Opinião geral: eu gostei bastante. Infelizmente a degustamos pura, e cervejas tão alcóolicas devem ser consumidas harmonizadas com alguns petiscos. Ficaria um pouco mais contente se ela descesse um degrau e passasse a ser engarrafada em envólucros menores (350ml), com tampinha metálica, e a um preço mais amigável. Menos charme e mais praticidade...

Trecho novo: Alguns dias após essa postagem, o Rafael Zolet, da Associação dos Cervejeiros Artesanais do DF, nos alertou que já existe a Beatus em tampinha metálica e garrafa pequena. Dá pra comprar na Costi Bebidas por R$ 17,50. Obrigado pela colaboração!!

Próximo domingo: dia de música!

Abraços,

Ziriba (Cerveja e Rock)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Fogo de Chão - Brasília/DF

Pessoas,

desde a última vez que fomos à Fogo de Chão estávamos querendo voltar. Não sei o porquê de nunca ter registrado as 3 ou 4 idas, mas afirmo sem pudor que o preço (alto pra burro!) compensava o atendimento de primeira, o exímio preparo das carnes, a excelente qualidade do restrito buffet e a aura de "exclusividade" que rondava por ali. 

Infelizmente, após a visita de domingo, tenho que mudar o tempo verbal do pretérito imperfeito para o perfeito: o preço alto compensou o atendimento de primeira e etc, e a aura de exclusividade rondou por ali. Não mais. 

A grande decepção foi, sem dúvida, com o serviço. De cara, se notava a menor quantidade de garçons no salão. Aquele lance de você levantar as sobrancelhas e alguém surgir ao seu lado perguntando o que você quer não é mais a regra. Se tiver algum garçom do seu lado ou passando pela mesa e você disser qualquer coisa, ele não deixa passar. Resolve na hora. Mas aconteceu algumas vezes de os garçons sumirem do salão, e era preciso levantar os braços para ser atendido, algo que não acontecia em hipótese alguma. O serviço era impecável e os R$ 96,00 + 10% cobrados pelo rodízio eram em boa parte válidos por esse aspecto.

Se têm menos garçons, os espetos ficam mais cheios e a carne menos nova e fresca, passeando no salão por mais tempo. Lembro-me tão bem daqueles espetos com poucas porções de carne perfeitamente executadas, cortes lindos, com cara de que acabou de sair da brasa....Era quase como um serviço a la carte, pois a carne sempre tinha acabado de ser preparada antes de chegar ao prato.

Tudo ficou pior quando notei (e fui vítima) os claros erros quanto ao ponto das carnes. Falha gravíssima num local especialíssimo em carnes. Picanha anunciada como mal passada e, no prato, bem passada. Carne anunciada ao ponto e, no prato, bem passada. Em um momento, pedi para provar o novo corte da casa, o Prime Rib. O garçom perguntou: "ao ponto, senhora?". Eu: "ao ponto para mal". Ele, imediatamente, chamou outro garçom que estava na mesa ao lado e pediu que me servisse. A carne não estava só bem passada, como estava, inclusive, ressecada.

No buffet, itens em falta que não foram repostos com agilidade esperada. Quando fui servir, logo no começo da minha excursão pela ilha, o carpaccio tinha acabado (e o queijo brie estava sem faca). Dei toda a volta, abasteci o prato e, ao voltar para a mesa, pedi para o Vinicius trazer carpaccio. Ele foi, voltou e o carpaccio ainda não tinha chegado. Minutos depois, chegaram nossas companhias (Gustavo e Vanessa) e eles foram ao buffet. Voltaram com a mesma informação: na travessa do carpaccio, só o queijo parmesão e as alcaparras.

Na mesa, serviram porções de coração e linguiça, pão de queijo, banana frita, batatas bravas, polenta. Perguntei se na casa tinha arroz, e o garçom me deu uma lista de 4 opções: branco, carreteiro, negro e biro-biro. Pedi o branco (para companhar a fraldinha) e me lembrei de algo que abomino no Porcão: os pratos "secretos", servidos só para quem sabe que existe. Acho que o mínimo que uma casa de rodízio pode fazer é informar ao cliente o que está incluído no rodízio, não? Engraçado que uma amiga que foi lá pouco tempo chegou no trabalho segunda reclamando do atendimento de forma geral, inclusive quanto à ausência de guarnições na mesa, e eu achei que fosse um fato isolado. Nem dei idéia!

Uma das razões que me fez insisti na ida à Fogo de Chão nesse momento é que tá rolando o Concurso de Carnes Angus. Até o dia 12 de agosto, a casa está oferecendo três novos cortes de carne do boi Angus e os clientes podem votar para selecionar o melhor. Tinha um panfleto na mesa falando sobre isso e só. Ninguém nos informou sobre a votação e nem mesmo ofereceram os novos cortes: prime Rib, Miolo de Alcatra e o Granito (peito do boi). 

Como disse acima, pedi o Prime Rib e veio seco. O Granito não estava seco, mas a carne era dura e sem sabor. Por fim,  o mais tradicional que recebeu meu suspiro: o simples e conhecido Miolo de Alcatra veio perfeitamente executado e macio. Mas, nem votamos. Parece que ninguém por lá se lembra dessa coisa de votação e eleição do melhor corte dentre os três novos da casa.

Até aqui não tá lembrando uma churrascaria? Pois é... Não me surpreenderei se um dia voltar lá e encontrar frutos do mar.

E de bom? Mesmo com todo esse rol de falhas acima (repito: inadmissíveis para um local cujo rodízio custa R$ 96,00 + 10% e é famoso pelo serviço impecável), ainda teve muita coisa boa. O bife ancho, a paleta de cordeiro, a fraldinha, a picanha mal passada, as morcillas (talvez seja o que o Vinicius mais goste naquele local!) o buffet de saladas seguem perfeitos. As batatas bravas estavam fantásticas, assim como a banana frita e até mesmo o pão de queijo servido como couvert. Ah, as endívias com molho de gorgonzola: de comer de joelhos. Além de comer algumas no começo, finalizei a visita com elas: como buffet tinha acabado e não foi reposto por um bom tempo (viu, recorrente!) pedi uma porção na mesa. Chegou linda e bem feita. Aproveitei e pedi o carpaccio também e, justiça seja feita, estavam perfeitos.

Outro fato desanimador na casa é o preço de todo o resto. A gente já chega desembolsando R$ 7,00 pelo manobreiro. O refrigerante e a água mineral custam R$ 6,30. Uma tônica, R$ 7,50. Suco natural, R$ 13,00. Capiroskas e drinks, na faixa de R$ 25,00. Chopp, R$ 9,00. Uma Original, 600ml, R$ 12,00!!! Isso até deixa a Paulaner Weiss,  500ml, por R$ 19,00, barata, né? O licorzinho do final, uns R$ 20,00. Sobremesas mais de R$ 20,00. Nem me atrevi a perguntar o preço do café.

Como podem ver, o preço é de arrancar o couro. Por isso esperava o serviço perfeito que sempre vi por ali. Fiquei decepcionada com a queda do padrão da casa e, hoje, não acho mais que a Fogo de Chão vale o preço. No todo, ainda é muito bom e ainda joga no chão muitos restaurantes por aí. Mas, por conta das falhas listadas acima e do preço dos penduricalhos, eu prefiro ir a um lugar menos caro (até porque barato, em Brasília, tá difícil).

Então, quando quiser comer carne decente, vou ao Barbacoa. Acho que é o melhor custo-benefício para carnes em Brasília.

Fogo de Chão
Endereço: Setor Hoteleiro Sul Qd. 05 Bloco E - ao lado do Posto da Torre.
Telefone: 3322-4666
Horário de funcionamento: 2ª a 6ª das 12h às 16h, e das 18h às 0h. Sábado das 12h às 0h. Domingos e feriados das 12h às 22h30.

Beijocas. Vanessa.