quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Jalapão

Pessoas,

mais um post feito pela minha amanda irmã, Andréia, que foi para o Jalapão com a amiga Ju e voltou cheia de vontade de ir de novo!

"Você sabia que o Brasil tem uma região desértica? E você sabe o que é uma região desértica? Aposto que pensou no Saara ou no Atacama e isso te dá meio certo. Uma região é considerada desértica não somente porque é composta de areia, areia e areia. Mas, sobretudo, por ser pouco habitada. E assim é o Jalapão, o deserto do Brasil.

Há poucas maneiras de se chegar até lá. Não sei nada sobre todas, só sobre uma: pela empresa de turismo Korubo e, não! Eles, infelizmente, não estão me pagando por isso.

A viagem começa em Palmas. Você vai, por sua conta, de sua cidade até Palmas. O hotel em que se hospeda é por conta da Korubo, quer dizer, você pagou por ele, né? É um hotel razoável, só pra uma noite ta ok! Tem ar-condicionado, box no banheiro e um excelente café da manhã [itens que eu considero importante]. No dia posterior à chegada, a aventura começa. De Palmas ao Jalapão são 300 km, mas a viagem dura umas 6h porque a estrada é todinha de terra e de um visual que é de acreditar que deus existe.


Um caminhão vai te buscar no hotel. Meninas, abusem do sutiã porque é um sacolejo sem fim. A primeira parada é na cidade Ponte Alta. Lá se almoça e troca de caminhão. O almoço é numa mini-pousada que mais parece uma casa. Comida super caseira, sem glamour, mas com sabor. Importante! Na troca do caminhão, peça ao guia para ir na “cobertura” do caminhão. O visual é des-lum-bran-te. Natureza riquíssima e estonteante de linda.


Após almoço e troca de carro, uma parada rápida no Canyon de Suçuapara. 


Então, na parada do almoço, ponha roupa de banho ou, se você for adepto ao nudismo, sinta-se à vontade.

Depois de muito sacolejo no caminhão, chega-se ao camping da Korubo. Eu nunca acampei e nem vou acampar. Lá não é um acampamento, apesar do nome. É um verdadeiro hotel diferenciado. As barracas têm cama [boa], vaso sanitário, pia e um espaço para as malas. O espaço é bem excelente. A comida que eles servem merece um capítulo a parte. Você acha que comida de mãe é boa? Precisa comer a comida de lá...




No segundo dia, após o café da manhã, saímos de canoa pelo Rio Novo. É super legal e seguro. Se você nunca canoou, não precisa ter medo. É fácil e uma delícia. Aquela paisagem toda e você lá deslizando sobre as águas. Até dá dó na hora que acaba. Importante! Sabia que o Rio Novo é um dos últimos do mundo com água potável?



Após o almoço, tem saída para as dunas e, se possível, leve um babador. Não vou me alongar sobre porque as fotos dizem por si. Retorno ao “camping”, jantar e cama.








No terceiro dia, tem saída pro Poço do Fervedouro que é uma nascente de água cercada por bananeiras e com fundo de areia branca. Por conta da pressão da água que nasce, é impossível afundar e a sensação é de flutuarmos nas águas. É bem divertido. E a água é morninha. 


Saindo de lá, fomos a um outro fervedouro que fica numa fazenda da Korubo. Almoçamos na fazenda e seguimos para a Cachoeira da Formiga. Bonita, mas ok! É que eu não sou dada à água. No retorno, paramos numa cidade chamada Mateiros para compra de artesanatos feitos com capim dourado. E ó! Nunca mais compro capim dourado que não seja lá. Uma bolsa que aqui custa R$ 200,00, lá custa R$ 20,00.

No quarto dia, fomos fazer a Trilha do Mirante da Serra, são 6km de andança. Nada muito pesado e nem muito leve, mas há casos de parada cardíaca no percurso. A gente sobe uma montanha que lá de cima dá uma vista panorâmica do Jalapão. De lá, também avistamos as Dunas visitadas no dia anterior. Da mesma maneira, não vou me estender porque é indescritível. Veja as fotos! Tá vendo aquela montanha ali? Vamos subir? 



No meio do caminho [repare que ao final da estradinha de terra, tem um carro. olha o tanto que se caminha]!



Chegamos. Olha o visual:


Vem pro Jalapão, gente!


Após, retorno ao “camping” almoço e tarde livre.

Último dia e hora de dizer adeus. Café e pé na estrada. Visita à Cachoeira da Velha, parada em Ponte Alta para almoço e Palmas.



Sobre a comida: nunca comi tão bem! Uma comida de-li-ci-o-sa. Comida de mãe, de vó, seja lá de quem você queira imaginar. Bem executada, simples e saborosíssima. O café é rico de frutas, pães, sucos, café, leite, chá, omelete e outras coisas que não me recordo. O almoço e jantar é sempre comida. Afinal, gastam-se um bocado de calorias por lá. Todo dia um cardápio, todo dia uma agradável surpresa. O melhor brigadeiro da vida, foi lá. Não tem Labecca, Marina, Maria Amélia, etc que concorra... Não tem!

Nos passeios que se estendem pela tarde, eles fornecem pequenos lanches como biscoito, sanduíches, sucos.

Ah! Uma parte importante: o banho! Para o banho, o banheiro é coletivo [homem separado de mulher, claro], mas super reservado e bem estruturado. O chuveiro é melhor que de qualquer hotel fino que já me hospedei. A água é aquecida e de uma temperatura que não dá vontade de nunca mais sair. É bem amplo e a luz que fica sobre o box é colorida. Além de tomar banho, faz uma terapia de cromoterapia.

Pelo que se paga [hotel em Palmas, todas as refeições, passeios, hospedagem no camping] eu acho que o preço é até barato. 

Considerações:
  • Descrevendo assim parecem que são poucos os passeios, mas não são. As distâncias são longas [do camping aos locais] e a estrada é muito, muito ruim. Então, leva-se um bom tempo no deslocamento. Leve um livro, mp3...
  • Não morra sem ir lá.
  • Reitero: não tenha preconceito por se chamar camping. É um hotel diferenciado.
  • Consideramos, Ju e eu, que lá é muito mais bonito e legal que o Safari que fizemos na África do Sul. Mas muito mais!
  • Não morra sem ir lá.
  • Considere levar uma roupa por dia, por exemplo, uma calça/bermuda/camiseta/meia para cada dia, porque os passeios nos deixam num estado de que não dá pra repetir a roupa.
  • Não morra sem ir lá.
  • Quando for, me chama! É capaz d’eu aceitar.
Até!"

Eu já era louca para conhecer o Jalapão, e minha loucura piorou.

Beijocas. Vanessa. 

domingo, 5 de agosto de 2012

Cerveja Mosteiro (ou Beatus?)

Um domingo é da Cerveja, o outro é do Rock!

Nobres leitores, a partir deste mês o blog será ainda mais leal ao seu título. A cada duas semanas teremos quatro posts, cada um honrando um dos temas que nos dão título. As quartas-feiras serão dedicadas à Comida e à Diversão, com posts escritos pela dona do blog: a linda e esperta Vanessa. Aos domingos, teremos posts sobre Cerveja e Arte (leia-se rock´n´roll), que a partir de agora estarão sob meu comando - afinal, tenho que honrar o endereço do blog (Blog de nós dois).

Essa semana, especificamente no dia 2 de agosto, foi comemorado o IPA Day, ou seja, o dia das Indias Pale Ale. IPAs são cervejas extremamente lupuladas (e deliciosas). Nossa geladeira até conta com algumas boas IPAs mas, ao abrir a porta para escolher a vítima, caímos em tentação e optamos por uma magnífica garrafa arrolhada de 750ml que estava esquecida há uns 3 meses na prateleira.

A garota do dia é: Mistura Clássica Mosteiro Tripel, que recentemente teve o nome alterado para Beatus. Cerveja nacional, produzida pela Mistura Clássica, de Volta Redonda.

A aparência da garrafa é excepcional. Garrafa de 750m, arrolhada como champagne, vidro com tratamento que lembra um jateamento, rótulo clássico e de bom gosto. O aspecto externo casa bem com o estilo da cerveja - uma tripel, que automaticamente nos remete a monges brassando em abadias no interior da Bélgica. O ponto negativo está justamente em um dos seus elementos de charme - a rolha. Abrir rolhas em garrafas de cerveja é uma tortura. A rolha não é expulsa da garrafa como em um espumante, e o abridor não se encaixa com facilidade como em um vinho. É um sofrimento que, em regra, me toma uns minutinhos lutando contra a garrafa. Dessa vez não foi diferente.




Abrimos e servimos em duas taças. Cerveja turva de coloração dourada, bem viva. Formou um creme bastante denso (bolhas pequeninas) mas que não teve muita persistência (pouco depois, já tinha ido embora). Nenhum perlage.

O aroma é frutado e adocicado. O sabor, além de doce, é bem alcóolico (o que não foi uma surpresa, já que essa garota tem 10% de graduação alcóolica). Mas logo se nota um intenso sabor de madeira - resultado de armazenamento em carvalho. Ao final do gole, o sabor passa a ser amargo, o que muito me agrada. Segundo o rótulo, ela é feita com 6 tipos diferentes de lúpulos, o que justifica esse bom final.

Onde e quanto: a compramos pela Mamãe Bebidas, em abril - era uma promoção e saiu por R$ 29,99. No site da Cerveja Social Clube ela está, hoje, por R$ 34,00. O site oficial da Mistura Clássica sugere o preço de venda ao consumidor, nos bares, por R$ 39,00.

Opinião geral: eu gostei bastante. Infelizmente a degustamos pura, e cervejas tão alcóolicas devem ser consumidas harmonizadas com alguns petiscos. Ficaria um pouco mais contente se ela descesse um degrau e passasse a ser engarrafada em envólucros menores (350ml), com tampinha metálica, e a um preço mais amigável. Menos charme e mais praticidade...

Trecho novo: Alguns dias após essa postagem, o Rafael Zolet, da Associação dos Cervejeiros Artesanais do DF, nos alertou que já existe a Beatus em tampinha metálica e garrafa pequena. Dá pra comprar na Costi Bebidas por R$ 17,50. Obrigado pela colaboração!!

Próximo domingo: dia de música!

Abraços,

Ziriba (Cerveja e Rock)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Fogo de Chão - Brasília/DF

Pessoas,

desde a última vez que fomos à Fogo de Chão estávamos querendo voltar. Não sei o porquê de nunca ter registrado as 3 ou 4 idas, mas afirmo sem pudor que o preço (alto pra burro!) compensava o atendimento de primeira, o exímio preparo das carnes, a excelente qualidade do restrito buffet e a aura de "exclusividade" que rondava por ali. 

Infelizmente, após a visita de domingo, tenho que mudar o tempo verbal do pretérito imperfeito para o perfeito: o preço alto compensou o atendimento de primeira e etc, e a aura de exclusividade rondou por ali. Não mais. 

A grande decepção foi, sem dúvida, com o serviço. De cara, se notava a menor quantidade de garçons no salão. Aquele lance de você levantar as sobrancelhas e alguém surgir ao seu lado perguntando o que você quer não é mais a regra. Se tiver algum garçom do seu lado ou passando pela mesa e você disser qualquer coisa, ele não deixa passar. Resolve na hora. Mas aconteceu algumas vezes de os garçons sumirem do salão, e era preciso levantar os braços para ser atendido, algo que não acontecia em hipótese alguma. O serviço era impecável e os R$ 96,00 + 10% cobrados pelo rodízio eram em boa parte válidos por esse aspecto.

Se têm menos garçons, os espetos ficam mais cheios e a carne menos nova e fresca, passeando no salão por mais tempo. Lembro-me tão bem daqueles espetos com poucas porções de carne perfeitamente executadas, cortes lindos, com cara de que acabou de sair da brasa....Era quase como um serviço a la carte, pois a carne sempre tinha acabado de ser preparada antes de chegar ao prato.

Tudo ficou pior quando notei (e fui vítima) os claros erros quanto ao ponto das carnes. Falha gravíssima num local especialíssimo em carnes. Picanha anunciada como mal passada e, no prato, bem passada. Carne anunciada ao ponto e, no prato, bem passada. Em um momento, pedi para provar o novo corte da casa, o Prime Rib. O garçom perguntou: "ao ponto, senhora?". Eu: "ao ponto para mal". Ele, imediatamente, chamou outro garçom que estava na mesa ao lado e pediu que me servisse. A carne não estava só bem passada, como estava, inclusive, ressecada.

No buffet, itens em falta que não foram repostos com agilidade esperada. Quando fui servir, logo no começo da minha excursão pela ilha, o carpaccio tinha acabado (e o queijo brie estava sem faca). Dei toda a volta, abasteci o prato e, ao voltar para a mesa, pedi para o Vinicius trazer carpaccio. Ele foi, voltou e o carpaccio ainda não tinha chegado. Minutos depois, chegaram nossas companhias (Gustavo e Vanessa) e eles foram ao buffet. Voltaram com a mesma informação: na travessa do carpaccio, só o queijo parmesão e as alcaparras.

Na mesa, serviram porções de coração e linguiça, pão de queijo, banana frita, batatas bravas, polenta. Perguntei se na casa tinha arroz, e o garçom me deu uma lista de 4 opções: branco, carreteiro, negro e biro-biro. Pedi o branco (para companhar a fraldinha) e me lembrei de algo que abomino no Porcão: os pratos "secretos", servidos só para quem sabe que existe. Acho que o mínimo que uma casa de rodízio pode fazer é informar ao cliente o que está incluído no rodízio, não? Engraçado que uma amiga que foi lá pouco tempo chegou no trabalho segunda reclamando do atendimento de forma geral, inclusive quanto à ausência de guarnições na mesa, e eu achei que fosse um fato isolado. Nem dei idéia!

Uma das razões que me fez insisti na ida à Fogo de Chão nesse momento é que tá rolando o Concurso de Carnes Angus. Até o dia 12 de agosto, a casa está oferecendo três novos cortes de carne do boi Angus e os clientes podem votar para selecionar o melhor. Tinha um panfleto na mesa falando sobre isso e só. Ninguém nos informou sobre a votação e nem mesmo ofereceram os novos cortes: prime Rib, Miolo de Alcatra e o Granito (peito do boi). 

Como disse acima, pedi o Prime Rib e veio seco. O Granito não estava seco, mas a carne era dura e sem sabor. Por fim,  o mais tradicional que recebeu meu suspiro: o simples e conhecido Miolo de Alcatra veio perfeitamente executado e macio. Mas, nem votamos. Parece que ninguém por lá se lembra dessa coisa de votação e eleição do melhor corte dentre os três novos da casa.

Até aqui não tá lembrando uma churrascaria? Pois é... Não me surpreenderei se um dia voltar lá e encontrar frutos do mar.

E de bom? Mesmo com todo esse rol de falhas acima (repito: inadmissíveis para um local cujo rodízio custa R$ 96,00 + 10% e é famoso pelo serviço impecável), ainda teve muita coisa boa. O bife ancho, a paleta de cordeiro, a fraldinha, a picanha mal passada, as morcillas (talvez seja o que o Vinicius mais goste naquele local!) o buffet de saladas seguem perfeitos. As batatas bravas estavam fantásticas, assim como a banana frita e até mesmo o pão de queijo servido como couvert. Ah, as endívias com molho de gorgonzola: de comer de joelhos. Além de comer algumas no começo, finalizei a visita com elas: como buffet tinha acabado e não foi reposto por um bom tempo (viu, recorrente!) pedi uma porção na mesa. Chegou linda e bem feita. Aproveitei e pedi o carpaccio também e, justiça seja feita, estavam perfeitos.

Outro fato desanimador na casa é o preço de todo o resto. A gente já chega desembolsando R$ 7,00 pelo manobreiro. O refrigerante e a água mineral custam R$ 6,30. Uma tônica, R$ 7,50. Suco natural, R$ 13,00. Capiroskas e drinks, na faixa de R$ 25,00. Chopp, R$ 9,00. Uma Original, 600ml, R$ 12,00!!! Isso até deixa a Paulaner Weiss,  500ml, por R$ 19,00, barata, né? O licorzinho do final, uns R$ 20,00. Sobremesas mais de R$ 20,00. Nem me atrevi a perguntar o preço do café.

Como podem ver, o preço é de arrancar o couro. Por isso esperava o serviço perfeito que sempre vi por ali. Fiquei decepcionada com a queda do padrão da casa e, hoje, não acho mais que a Fogo de Chão vale o preço. No todo, ainda é muito bom e ainda joga no chão muitos restaurantes por aí. Mas, por conta das falhas listadas acima e do preço dos penduricalhos, eu prefiro ir a um lugar menos caro (até porque barato, em Brasília, tá difícil).

Então, quando quiser comer carne decente, vou ao Barbacoa. Acho que é o melhor custo-benefício para carnes em Brasília.

Fogo de Chão
Endereço: Setor Hoteleiro Sul Qd. 05 Bloco E - ao lado do Posto da Torre.
Telefone: 3322-4666
Horário de funcionamento: 2ª a 6ª das 12h às 16h, e das 18h às 0h. Sábado das 12h às 0h. Domingos e feriados das 12h às 22h30.

Beijocas. Vanessa.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Degustação de vinhos Winebrands.


Pessoas,

nem só de cerveja a gente vive. Na verdade, já fomos muito mais "apegados" aos vinhos e já fizemos até um curso rápido para iniciantes na Vintage, do Terraço Shopping, há tempos. E, ainda que a cerveja ocupe uma boa parte dos nossos corações, um bom vinho tem o seu valor: alguns momentos clamam por vinho. Especialmente se tiver comida junto. É impressionante como o sabor adequado valoriza o vinho e vice-versa. 

Dias atrás fomos convidados pela Solos Assessoria de Comunicação a uma degustação de vinhos promovida pela importadora Winebrands no Dom Francisco, da ASBAC. Além de nós e da Karine, o público era formado basicamente por representantes dos setores de gastronomia e hotelaria que possuem os rótulos nas suas cartas.

Quando vimos a quantidade de vinhos a serem degustados, nos concentramos em manter a calma e cautela para conseguir chegar até o final. Nada menos que 10 rótulos. A degustação foi orientada pela Sommelier Mariana Morgado. Foi bem legal!

Começamos com o espumante Norton Brut Rose. Como esperado, é leve e refrescante, com pouco aroma e seco. 




Em seguida, o branco Chablis, 100% chardonnay. Aroma levemente frutado e bem seco.



A partir daqui, só tintos. Os 4 primeiros, bem amadeirados!

Os italianos Le Maestrelle e Il Bruciato, para meu paladar, são bem amadeirados, fechados, duros. Quase não senti aroma. 



Já o Villa Antinore me agradou mais. É que, apesar de ser bem amadeirado também, o aroma de baunilha "amaciava" o vinho, tornando-o mais fácil.




Daí, o um Prunotto Barbaresco. De coloração bastante envelhecida e sabor muito adstringente. Para os fortes!



Depois, uma sequência mais "confortável", pelo menos para mim :-)

O argentino Norton Reserva Syrah, com linda cor rubi, macio, aveludado. Mais compatível com meu paladar :)



O meu predileto da noite, sem sombra de dúvidas: o também argentino Perdriel Del Centenário, que apelidei carinhosamente de travesseiro, por ser macio, "quente",  acolhedor, equilibrado. 



O chileno Haras Syrah é amanteigado e, também, apimentadinho. Pode isso, gente? 



Por fim, o Chateau Ste Michelle. Também bastante macio e acolhedor e, ainda, o preferido da Karine, que entende de vinho, hein!



Foi divertidíssimo, e ainda teve petiscos Dom Francisco, como linguicinha, bolinho de bacalhau, queijos.

Outra coisa legal e muito valiosa: a Winebrands é parceira da Mastercard na promoção Surpreenda. Já falei dela aqui, aqui e aqui. Resumidamente, a promoção consiste em pagar por 1 produto, e levar 2 (para isso, é preciso cadastrar seu cartão Mastercard no site da promoção e, depois, trocar os pontos adquiridos pelo uso do cartão por vouchers que te permitem fazer as compras).


Há vários parceiros, dentre agências de viagens, assinatura de revistas, vestuário, restaurante e, como disse, a Winebrands. Clique aqui e veja os rótulos que estão incluídos nessa promoção e faça a festa! Ainda que os rótulos da oferta sejam os mesmo expostos aqui, uma coisa que pude perceber participando dessa degustação e observando os empresários que estavam por lá é que a Winebrands faz questão de trabalhar com vinhos de qualidade. 


Beijocas. Vanessa.

domingo, 29 de julho de 2012

Restaurante Couvert - Terraço Shopping

Pessoas,

o convite que surge para ir a um restaurante depois que eu já tê-lo visitado (dua vezes!) é bem mais confortável. É que, como sempre ressalto nos posts de comilanças feitas a convite, é difícil avaliar realmente a casa quando a gente está como convidado, né? A probabilidade das condições de temperatura e pressão estarem desajustadas são ínfimas. 

Por isso fui alegre e contente no Restaurante Couvert semana passada a convite da casa para um almoço, através da sua assessoria de imprensa, a Solos Comunicações. Como disse, já tinha ido à casa duas vezes, aqui e aqui, e o conjunto todo da obra me agrada muito: comida bem feita, preço justo, ambiente bacana (com varanda e mezanino), perto de casa. 

Por lá, estava também a Anna Claudia, que já registrou a visita. Para iniciar os trabalhos, o espumante rosé espanhol Don Roman Brut, por R$ 78,00. Delicioso, bem leve, para tomar como se não houvesse amanhã, ainda mais quando o papo na mesa é daqueles que um emendam no outro e não acaba nunca. Saímos de lá na hora do lanche da tarde.

De entrada, optamos pelo couvert da casa, por R$ 12,90. O couvert sempre muda alguma coisinha, nunca é sempre o mesmo. Dessa vez, tivemos pasta de ricota com pimenta biquinho, tartare de salmão marinado, palitos de tomate com azeitona e tomate com mussarela de búfala e alho assado, além de torradinhas acolhedoras! Tudo delícia, como sempre.


Nunca havia comido pimenta biquinho (fujo de pimentas, em regra), e fiquei feliz ao descobrir o efeito dela: tem o maior aroma de pimenta (quando pus na boca, tremi na base), só que não arde quase nada. Bem interessante.

De principal, eu optei pelo Steak Au Poivre Vert, por R$ 35,50, com filet alto grelhado ao molho de pimenta verde, purê de batatas e arroz com hortaliças.


Eu ia pedi um camarão com aliche, mas a carinha de triste da Anna Claudia ao saber que eu havia escolhido o mesmo prato que ela foi comovente. Como havia fica em dúvida entre o Steak Au Poivre Vert e o camarão, mudei a escolha para ela voltar a sorrir :) Mandei bem! A carne estava no ponto certo (mal passada) e o molho de pimenta casou tão tão tão bem com o purê que o pobre do arroz quase sobrou. O purê estava divino: um sabor amanteigado (talvez adocicado?) que me fazia querer sempre mais. Muito bom mesmo.

O pedido da Anna Claudia também a deixou bem feliz! Olha a descrição do Crevettes Épicées, se não é de salivar: camarões salteados no azeite, alho, azeitonas, aliche e pimenta vermelha, arroz de alho poró e mousseline de batata. Por R$ 32,60


Outro prato pedido na mesa foi o Saumon Auxe Fruits Rouges com salmão grelhado com cream cheese e geléia de frutas vermelhas, mousseline de batata doce e canela, acompanhado de arroz de castanhas do Pará.


Daí, as sobremesas. Aprecio sobremesas bem executadas, que fogem dos tradicionais petit gateau, brownie, pudim de leite, sorvete de creme. A hora do doce é aquela em que comida, de fato, não é mais necessária. Então, acho que uma iguaria criativa e com boa apresentação fecha a saída com chave de ouro.

Provamos a Taça Imperial, Pudding au Tapioca e Torta de Maça.

A Taça Imperial foi criada para o menu do Dia dos Namorados e ainda não está no cardápio, mas entrará! Uma delícia......creme de baunilha, sorvete, canela, calda de frutas vermelhas e pedaços de biscoito de chocolate. Mortal e boa para dividir, porque é parrudinha.


O Pudding au Tapioca, pudim de aipim em calda de rapadura e sorvete de coco, por R$ 11,90, conquista qualquer nordestinho :) O pudim de aipim em calda de rapadura não é doce demais, ideal para quem não é lá muito chegado a doces. O sorvete eu não provei. Mas adorei a idéia do conjunto.


A Torta de Maçã, servida bem fininha com sorvete de creme estava deliciosa, crocante e quentinha, com aroma de maçã e canela dominando  a mesa. Essa foi uma novidade do Chef Carlos Manoel.


Isso foi o que vimos e aprovamos :) Mas a casa tem ainda outros atrativos:

  • os vinhos Clava Quintay estão de promoção na casa, de R$ 79,00 por R$ 59,00. Os rótulos são Clava Sauvignon Blanc, Q Chardonnay, Q Pinot Noir Rosé, Clava Pinot Noir, Carmenére, Carbenet Sauvignon e Clava Syrah.
  • há opções de almoço executivo, por R$ 23,90 (Supremo de Frango Recheado, Palliard ao Fettucine de Pesto Cremoso, File de Peixe com Crosta de Ervas)
  • a partir de 03 de agosto, o Mercado 153 (casa ao lado "irmã" do Couvert) servirá feijoada, a la carte, nas sextas-feiras, por R$30,50, e em sistema de Buffet, aos sábados, por R$ 35,90 por pessoa. Os acompanhamentos são arroz, farofa, couve, laranja, torresminho.
  • as duas casas, Couvert e Mercado 153, estão no rol de restaurantes do SaveSpot (lembra-se? fazendo a reserva em algum restaurante pelo site do SaveSpot você garante 30% de desconto na conta. Só alegria!)

Foi assim! Valeu Greice, GabrielaS (Solos), Cris e Daniel (proprietários). Olha a gente aí na foto roubada do blog da Anna Claudia:


Telefone: 3363-2132. Funciona diariamente, das 11h30 à 1h.
Fica no térreo, bem em frente ao El Paso, no Terraço Shopping.

Beijocas. Vanessa.

sábado, 21 de julho de 2012

Taypá - Restaurante Week 2012

Pessoas, 

coisa certa que acontece em período de festival gastronômico na cidade: um monte de gente resolve comer fora e aproveita para "conhecer" restaurantes da cidade. Vou avisar: não conhecerá. Conclui que quase todo restaurante que participa desses festivais deveria mudar de nome no período do evento. Geralmente, é tudo tão diferente e fora da proposta original do restaurante, que ir numa casa bem cotada não é garantia de que a comilança será boa. E, talvez, ir num restaurante que você não tem simpatia ou  vontade de ir pode lhe proporcionar um bom momento. É atirar no escuro.

Digo isso porque fomos no Taypá sexta-feira com uma turma do trabalho para provar o menu do Restaurant Week e saí de lá com saudades do verdadeiro Taypá. Fora o Places, que fui por pura e espontânea vontade, as outras idas aos menus do RW, edição após edição, só acontecem pela oportunidade de sair com amigos. Vou sem a menor empolgação com a gastronomia, mas feliz pelas companhias. 

Voltando ao Taypá. Para início de conversa, os pães divinos com a manteiga de ervas dos deuses não são servidos em épocas de RW. Aliás, sobre a mesa, apenas o cardápio do RW e nem sinal do cardápio oficial da casa. O menu, servido apenas no almoço, custa R$ 31,90 + R$ 1,00, é composto de:


Entradas: Rollitos crocantes de Lomo saltado ao molho de Huncaina (2 unidades) Ou Ceviche de salmão com batatinhas ao Pesto

Prato Principal: Carne assada lentamente com especiarias acompanhado abobrinha ao creme e purê de batata com pimenta e ervas Ou Filé de peixe grelhado ao molho de queijos e pimenta amarela acompanha talharim ao Pesto com tomate cereja

Sobremesa: Três leites com doce de manga Ou Gelatina de laranja e mel com hortelã e frutas da estação



Eu e Vinicius pedimos uma opção de cada para conhecer o menu completo. Onde tem fotos seguidas, a primeira é a da divulgação, linda, maravilhosa e apetitosa. A segunda, a da vida real.

As entradas estavam gostosas e foram, de longe, bem melhores que os pratos e a sobremesa. Os rolinhos de carne estavam bem fritados, sequinhos. Mas, o molho Huncaina, que era amarelo, não sei do que se tratava porque não tinha gosto de nada. Com molho, sem molho, era tudo igual. 




O ceviche de salmão com batatinhas ao pesto estava bom, apesar de temperado demais. O peixe parecia quase cozido e o sabor cítrico sobresaia. De pesto, só a corzinha verde perdida ali...


De principal, eu optei pelo peixe grelhado ao molho de queijo e pimenta amarela e talharim ao pesto com tomate cereja. Um desastre. O peixe tinha gosto forte, parecia peixe velho. A pimenta do molho não sei onde ficou. A massa passou do ponto, estava cozida de mais. E o molho pesto não era nada pesto. Além de não ter o gosto clássico do manjericão, ainda era cremoso. Agora, molho cremoso com massa que passou do ponto resulta em? Papa. Quanto ao tomate cereja, veio uma unidade. Uma.



O prato de carne estava muito melhor e foi elogiado. Provei um teco do purê de batatas com ervas e gostei também.


Quanto às sobremesas, elas já estão prontas há muito tempo na geladeira. Chegam imediatamente após o pedido e bem resfriadas. A três leites com doce de manga agradou mais. Na verdade, é gelatina de manga por cima de um creme que parece feito com leite e açúcar, e crocante. Gostosinha.


A gelatina de laranja e mel com hortelã e frutas da estação é bem meia boca. Devia ter uma folha de hortelã destroçada lá dentro. As frutas da estação, vermelhas no caso, obviamente não eram frescas e, então, não tinham sabor. Só sobrou o sabor da gelatina de laranja e mel, que não era muita coisa.... E olha a diferença entre as fotos. Propaganda enganosa!



Como disse acima, que saudade do Taypá onde estivemos há um mês, duas semanas seguidas. E, me pergunto: por que raios um restaurante desse porte entra nesse RW e tem coragem de apresentar uma cozinha tão medíocre? O tiro acaba saindo pela culatra. Um dos amigos que estavam conosco e foi lá pela primeira vez deixou transparecer certo descontentamento com "aquela comida peruana".  Além disso, sempre que vou lá, a casa tá cheia. No almoço, eles já têm a opção do Menu Degustação, que é mais em conta. Sinceramente, não entendo. 

SHIS QI 17, Bloco G, Fashion Park, Lago Sul. 
Telefone: 3364 0403. 
Segunda à sábado, das 12h às 15h e das 19h às 01h. Domingo, das 12h às 18hs.

Beijocas. Vanessa.