terça-feira, 16 de agosto de 2011

Bistrô Nossa Cozinha

Pessoas,

o fim de semana foi tão bom...festival de jazz o parque da cidade, de graça, com direito a pipoqueiro, dia dos pais, almoço em família, show do Pato Fu de graça, também no parque, com direito a pipoqueiro e cachorro e, finalmente, a ida ao Bistrô Nossa Cozinha.

Estava há tempos tentando achar uma boa oportunidade para conhecer o local, que descobri pelo blog da Anna ClaudiaDepois do I Love Jazz nós zarpamos pra lá. Ela começou o texto com "estou apaixonadérrima". Confesso: eu também! 

O restô, pequenino e charmoso, fica na 402 norte e tem decoração bem fofa. Além disso, o atendimento é ótimo, a comida bem interessante e os preços camaradas. Assim, bingo!

Chegamos e escolhemos uma mesinha no interior, com meia luz e música das mais adequadas. Já sentados, o garçom nos serve um copo de água aromatizada com frutas vermelhas. Um mimo simples mas com um super efeito acolhedor. Quero morar lá.

E chega o cardápio: formalmente simples, despretensioso, com opções em quantidade não incômodas.

De entradas, optamos pela Empanada Caribeña com chutney, por R$8,50, e Minicake de robalo com chili cremoso, por R$12,00. Eu não errei ao digitar os preços. Eu gostei bastante dos minicakes de robalo, já o Vinicius achou que faltou aquela "liga" característica de bolinhos de peixe. Já as empanadas foram unanimidade: deliciosas, com a massa crocante e leve, e o chutney de manga estava tudo de bom.



Para os pratos principais, ó dúvidas! Tem risotos, que variam entre 22 a 35 reais, molho pesto em alguns pratos, frutos do mar, carnes...Pensei e pense e optei pelo Robalo ao Vinho Branco, baby batata e vegetais assados, por R$28,00. Escolha certeira: leve, aparentemente tradicional, mas com personalidade! O peixe estava delicioso, firme, macio, bem temperado, bonito. Amei as baby babatas assadas, crocantes por fora e macias por dentro.


O Vinicius foi de Curry de frango, arroz branco e vegetais assados, por R$23,00. Ele também adorou o prato e, ainda que não estivesse bom, o cheiro do curry que invadiu o ambiente na preparação do prato dele já valeria o pedido!



Estava tudo tão bom e o ambiente tão agradável, que me permiti cair na sobremesa. A opção foi pela Torta Trufada, por 10,50. Entretanto, o chef Alexandre Albanese não se furtou de nos presentear com o Cheesecake com calda morna de frutas vermelhas, premiado com lindas framboesas (pena que a foto não ficou tão boa a ponto de destacar as framboesas). Pessoas, sinceramente, não conseguimos definir qual era melhor. Talvez o  cheesecake, pela surpresa. Estava divino, mesmo sem a calda: a massa tão saborosa que nem sei. Com a calda morna enfeitando e incrementando o sabor.....maravilhoso! Mas a torta trufada também merece respeito: doce e amarga, consistência perfeita. Já disse que quero morar lá?



Pra acompanhar, o vinho espanhol Raices Reserva Syrah 2002, por 60 reais: gostei bastante, super aromático.

E, para conseguir voltar dirigindo sem bater o carro de novo, café Cristina Colina da Pedra, por R3 3,00.


É isso! Amei e recomendo demais! Achei o custo benefício excelente e funciona no almoço, olha que boa opção! Além de tudo, o lugar é lindo. Favorece o romance :)

CLN 402 bloco C loja 60 (virada para a residencial). Fone: 3326-5207.
Horário de funcionamento: segunda à sábado das 11:30h às 14:30h (almoço) e de quarta à sábado das 19:30h às 23 horas (jantar). 

Beijocas. Vanessa.
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Pessoas, 

voltamos lá mais duas vezes! Na segunda ida, fomos com as famílias (que aprovaram) e, na terceira, só nos dois. Vamos aos pratos e fotos.

Começamos pelas entradas 'Azeite temperado com ervas aromáticas, alho e pimentas diversas' e os 'Blinis' (parecem canapé mas são creme cheese sobre uma massa de crepe, azeitona e manjericão), ambos por R$ 8,50. Gostamos da duas, mas o azeite temperado é dos deuses, além de lindo. A torradinha que acompanha é das mais com gostinho de alho, fora os alhos assados que vem junto. Unanimidade de aprovação! Nos Blinis, eu amei a dobradinha azeitona, manjericão e creme cheese.




De novidades nos pratos principais, nós dois dividimos (comemos muito das entradas e eu pensava muito no cheesecake!) um 'filé 180g ao shiitake com risotto de queijo', por R$38,00. Delícia, e nunca tinha comido um molho de shiitake com tão gosto de shiitake. A foto é da porção já dividida, nos serviram assim e adorei. Super destque para o queijo parmesão ralado mega fresco.


Meu pai escolheu o 'Spaghetti com molho de tomate e filé mignon', por R$ 29,00. Olha a beleza dos filés e da cara do molho de tomate. Provei um teco e achei ótimo.


A sogra foi de 'curry de camarões, arroz branco e vegetais assados', por R$ 36,00.


As outras pessoas foram todas de robalo com legumes, prato lá do começo do post.

Na sobremesa, o cheesecake com calda de frutas vermelhas, R$ 9,50, e torta de limão, R$ 9,00. A torta de limão estava maravilhosa, e a apresentação super original. Acho que até gostei mais que do cheesecake (lembrando que eu não sou fã de cheesecake, quer dizer, não era.)



Com tudo isso, um vinho chileno merlot por R$ 33,00. Nem com reza brava lembraria o nome.

No mais, a família gostou, meu pai ficou impressionado com os preços (baixos) e minha vó curiosa com as baby batatas. 

A terceira ida foi depois de dois dias com o pé na jaca (pizzaria a noite, uma garrafa de vinho junto, queijo (gorduroso e em quantidades inapropriadas) com café no trabalho, etc) resolvi aproveitar a onda e ir logo provar o 'risoto de camarão ao pesto', por R$ 32,00.  

Confesso que, apesar da curiosidade, estava receiosa com esse prato. Risoto é pesado, pesto é pesado. Risoto com pesto fiquei com medo de morrer. Mas, a idéia me apeteceu porque camarão combina com pesto, mais que com tomate, molho que quase sempre o acompanha. O resultado foi bastante positivo. O pesto é bem coadjuvante, super leve e bem plano de fundo, dando um toque especial ao camarão. 


O Vinicius optou pelo 'Kabab com arroz branco com sumagre e tomate assado', por R$ 19,50. Pra quem é fã de carnes com gosto marcante, o prato é obrigatório.

 

E assim foi! 

Beijocas. Vanessa.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011

Ready Beef - 303 do Sudoeste, Brasília/DF

Pessoas,

sábado de sol, acordei com vontade de almoçar em algum local novo ou que não ia há muito tempo. Queria novidade. Enquanto nos aprontávamos para ir cuidar da saúde, até seremos interrompidos pelo Centro Automotivo do BB avisando que o meu carro ficara pronto (até que enfim! Lição aprendida: distraia-se 2 segundos e tenha direito a um prejuízo e 2 semanas sem carro), eu sugeri para o Vinicius dois  restôs por perto, só visitados uma vez, há séculos: San Lorenzo ou Ready Beef. E emendei: com a desvantagem que no Ready Beef as mesas são na calçada. Ele prometeu pensar e escolheu o Ready Beef, alegando que o dia estava bonito e comer na calçada seria uma boa. ok. 


Chegando lá, tive uma grata surpresa. Eles deram uma ajeitadinha na área externa, isolaram com toldo, colocaram uma plantinhas e ficou bem agradável. Até a música ao vivo, com couvert por 5,20, que eu costumo abominar (justamente por gostar muito de música, sou muito exigente com ela), não incomodou tanto. E, agora, também salões internos com ar condicionado e tudo mais. Além disso tudo, chopp artesanal exclusivo produzido em Goiânia e um imenso cardápio de cervejas especiais!!! Amei.


O carro-chefe da casa são as carnes, que, inclusive, podem ser compradas embaladas in natura. Daí, você pode pedir a la carte, prato pronto, ou optar pelo buffet, a vontade por 13,50 (durante a semana, 11,50), de guarnições e saladas, e escolher dentre as várias carnes com seus vários cortes por fora (120gr, 250gr ou 500gr). Escolhemos a última opção, porque a farofa de ovos e o arroz com brócolis estavam com a cara boa.


Em relação às cervas, as nacionais têm preços justos, mas algumas das importadas apresentam preços bem acima da média! Ironicamente, o preço mais justo do cardápio, era da belga DeuS, por 170 legais (na verdade, menos, todas as importadas estavam com 10% de desconto), e não era só pra inglês ver não. Confirmei se eles tinham para servir e o garçom confirmou. Aliás, a prateleira de cervejas e o freezer são de matar de inveja qualquer apreciador da iguaria. Em compensação, a Young's Double Chocolate Stout estava por 39,90, assim como a Well Banana Bread. A Weiheinstephan Vittus estava por absurdos 31,30. Com os preços mais adequados, as Wäls Trippel, por 25,30, Baltika 6, por 23,80, e Erdinger Weiss por 19,90.


Primeiro, o chopp artesanal da casa para conhecer (330 ml por 4,90). Bonito, espuma adequada e temperatura gostosa. Aprovamos.



Ficamos nas cervas nacionais e pedimos uma Eisenbahn Weizenbock, por 6,90, e uma Bamberg Rauchbier, por 12,40. Ambas são produzidas segundo a lei alemã da pureza, criada em 1516. O garçom se confundiu e nos trouxe a Eisenbahn Weizenbier. Engraçado que, a weizenbier, nem está no cardápio. 

foto produzida pelo Vinicius com o aplicativo retro camera do android.

Para comer, optamos por 250gr de contra-filet maturado (porção abaixo).  O buffet vale a pena. As comidas são gostosas, com destaque para o arroz com brócolis. Infelizmente, a carne não veio quase crua como pedimos, mas ainda assim estava boa. Porém, se eu fosse você optaria pela picanha e/ou carré de cordeiro, que eu bisbilhotei nas mesas ao lado e estavam lindos! Por muito pouco não pedi licença e fotografei.



E assim foi. A impressão do local e da comida melhorou muito em relação a última ida, lá por 2006, e as carnes + cervas com certeza me farão voltar lá. O atendimento foi bem cordial.

A casa funciona todos os dias no almoço, de 11:30 às 15:30, e, no jantar, de segunda a sábado, de (???) até às 23h. Fica na 303 do sudoeste, bloco C, bem no canto da quadra viradi para a 304, e o telefone é 3039-4040. Recomendo!

Beijocas. Vanessa
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Pessoas,

voltamos à casa mais duas vezes. Numa delas, ficamos nos petiscos: beringela grelhada com pãozinho quente, muito bom, por R$ 8,00, e miolo da alcatra picado, com farofa e vinagrete, mais ou menos bom, por R$ 32,00. A carne não estava das melhores, meio dura, com um pedaços com remendos. Além de que, que porção minúscula por 32 contos.



Para alegrar ainda mais a noite de bate papo com meus pais, chamamos umas australianas para compor a mesa. Primeiro, convidamos a Coopers Pale Ale. Chegou a Sparking Ale. Depois de provar a delícia, não nos impostamos com a troca: cerveja forte, com presença, cor bonita.


Se a Sparkling era boa, forte e tals, a Pale Ale vai ser o paraíso, pensamos. Chama a moça. Assim que ela chegou e foi apresentada, o Vinicius disse: essas cervejas não foram engarrafas corretamente. Essa sim, a Pale Ale, tinha borbulhas, era mais clara, mais azedinha, mais leve e mais refrescante. Não entendemos.


Pra finalizar, no lugar do café, uma Coopers Extra Stout, por favor. Delícia. 

Todas os tipos da australiana por R$ 14,76.

Dias depois, voltamos pra almoçar e provar a picanha argentina, R$ 38,70 por 250gr (porção da foto). Cara, mas perfeita! E, de carne, eu entendo.


Pra acompanhar, a sempre bem vinda Bohemia Confraria, por R$ 13,90. 

Pra torturar o marido, passar na Frutaria Tanaka, ali do ladinho, rapidinho, pra comprar umas frutinhas.

Beijocas! Vanessa







sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Bar Bottarga - Encontro de blogueiros gastronômicos de Brasília

Pessoas,

sabem quando a noite foi tão tão divertida que você acorda com saudades? Assim foi o encontro de blogueiros que rolou ontem no Bar Bottarga. Além nós, estavam  o trio Lulu, Nina e André, do O Melhor e o Pior de Bsb, o casal Anna Claudia e Hilmar, do Restaurantes que eu fui, e a Karine Mariath, do Comer, Beber e Tal.

Foi tão legal encontrar as pessoas que a gente sempre lê, é lido e troca informações sobre a comilança nessa Brasília. Não faltava assunto e era comum umas pessoas conversarem sobre uma coisa, outras sobre outra, depois aquelas primeiras queriam saber do assunto do lado, e o outro da ponta se interessava e assim sucessivamente a noite toda. Antes de ir mijar, eu disse: todo mundo para de falar que não quero perder nenhuma informação. Ninguém me ouviu :) 

Amei, quero mais e nem precisa ser de graça! As impressões sobre a comida até ficarão um pouco prejudicadas, porque era muita informação e empolgação pra um momento só. Quando alguma coisa pousava na mesa, as blogueiras todas viravam paparazzi fotografando a estrela da vez:


A turma de blogueiros já vinha falando em se encontrar e então o Bar Bottarga ofereceu o espaço e uma degustação de petiscos e drinks para nos receber. Eu aproveitei que era dia do estudante, advogado, garçom e magistrado, comprei um vestido bonito e a gente foi feliz da vida.  

O Bar Bottarga fica no Espaço Maria Tereza, na QI 5 do Lago Sul. Funcionam lá também o Café das 5 Revistaria (já elogiado aqui), a loja de vinhos Zahil e o Bottarga, um mix de bar, restaurante e, de quebra, espaço de decoração. Hein? Isso mesmo, o local é lindamente decorado, cheio de detalhes bacanas, estilo chique, agradável, alto padrão. Pra quem estiver investindo em outro alguém, pode levar a pessoa querida lá que vai dar romance (e suas variações) na certa! 

Tem uma área tipo bar, com sofás, pufes e poltronas, e outra tipo restaurante, com mesas e cadeiras tradicionais. Na verdade, as áreas são meio conjugadas e não totalmente independentes.

A nossa vontade de conhecer o Bottarga é antiga, só ouvimos falar bem. E, agora,  vontade de voltar para provar o cardápio do restaurante só aumentou. O fato de não ter pagado a conta não vai me acanhar a fazer os merecidos elogios que a casa faz jus, e também uma ressalva ao final. As comidinhas e bebidinhas estavam excelentes, repletas de originalidade, com ingredientes de qualidade e apresentação impecável!!! As fotos não me deixam mentir.

De bebidas, água, drinks e cervejas. Além do Cosmopolitan (perfeitamente executado, segundo as experts da mesa), Blood Mary, Caipiroska de Morango e Manjericão (gostosa, mas os pedaços de morango e manjericão poderiam ser menores - o canudo entupia toda hora) Caipiroska de Banana (com creme de tamarindo e baunilha, interessante, mas excessivamente doce), o barman propôs o desafio de trazer dois drinks à mesa para que adivinhássemos os ingredientes. A gente venceu :) O primeiro, chamado Le Parré, com manjericão, kiwi, limão, clara de ovo e vodka. A Vanessa, que não dos drinks, não se amarrou, mas o restante da mesa bateu palmas.

Caipiroskas de morango e manjericão e banana com tamarindo e baunilha

Le Parrè

A seguir, um drink feito com abacaxi, whisky e água com gás. Novamente aplaudido pela mesa, enquanto euzinha, Hilmar e Vinicius nos fazíamos com umas cervejas especiais, como a Wäls Trippel (20 reais) e Colorado.


De comidinhas, muitas coisas deliciosas. Aliás, muitas não, todas estavam deliciosas. Não sei se, regularmente, em funcionamento normal da casa, as porções são pequeninas como eram na nossa visita: mais parecia entrada que petisco. Ou seja, se a idéia é ficar no bar bebericando drinks e "petiscando", vá de barriga cheia, ou prepara-se para gastar bem.

O couvert da casa (18 por cabeça) é composto de mini brandade de bacalhau com batata baroa e leite de côco, queijo coalho com mel e tomilho, patê de campagne com pimentas vermelhas e tartare de peixes com saladinha de maçã verde e pimenta de gengibre. 


Depois, queijo coalho com pesto de tomate seco (22 reais). Nem sou fã de tomate seco, mas aqui ficou bom, discreto. Sou louca por queijo coalho e fiquei querendo comer todos. Vou ter que voltar lá.


Daí, carpaccio rústico com crosta de especiarias com saladinha de rúcula, ervas e creme de raiz forte (32 reais). Super inovador. É um sabor que merece ser provado.


Ainda, pata negra com mussarela de búfala. Sério, olha o tamanho dessa mussarela....deliciosa, e esse pata negra..hmmmm show (42 reais).


A seguir, risoto contadino (24 reais) com linguiça artesanal, alho poró e vinho tinto (24 reais). Delicioso. 


Tava tão bom (não era, nem de longe, risoto fake) que me empolguei e pedi o risoto de brie (24 reais). Adoro brie, então quase não tem como eu não gostar desse risoto.  Mas, uma bela lapa de chorizo mal passado ali do lado seria o nirvana.


O atendimento, por razões óbvias, foi excelente. Contudo, a casa faz o estilão de atendimento impecável mesmo. Não acho que rotineiramente seja diferente.

Por fim, o defeito da noite: lá pelas 22h30, chega uma DJ e começa a trabalhar uma música dessas de boate que toca na academia (tipo "i gotta feeling...that tonight is gona be the good night...") numa altura inacreditável. Eu não entendi. Aquela música, naquela altura, não tem absolutamente nada a ver com todo o resto! Som alto de atrapalhar a conversa. Além de que, a acústica do bar não é isolada, jogando pro saco o investimento de quem levou a pessoa querida pra jantar lá e, finalmente, consumar romance.

Durante a semana, o Bottarga oferece a opção de almoço executivo por 41 reais com entrada, prato principal e sobremesa. Se eu fosse você, eu ia!

Então é isso! Foi excelente o encontro, e a experiência gastronômica. 

Bottarga - QI 5, conjunto 9, bloco D - lojas 101/108
Telefone: 3248-0124/4828 

Beijocas. Vanessa

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

BalcoNY 412 - 412 sul, Brasília/DF

Pessoas,

depois de ler tantas boas opiniões sobre o BalcoNY 412, aqui, aqui e aqui eu fiquei me coçando semanas para ir. A proposta diferenciada, composta por ambiente fechado, música de qualidade, bom atendimento e comidinhas deliciosas não tem como dar errado. A única coisa que realmente não me apetecia nos relatos acima era a parte dos drinks. Não sou uma garota de drinks. Talvez numa caipiroska, mas a cerveja e o vinho sempre vencem a batalha. Em geral, acho os drinks doce-azedo, com gosto artificial de comida de mentira.  Ainda assim, decidi que não podia passar nesse vida sem provar o Cosmopolitan da casa, primeiro porque sou fã de Sex and the City, e, segundo, porque vai ser bem falado assim não sei onde. 

Fomos numa sexta-feira, depois do trabalho (mentira, nesse dia não trabalhei - banco de horas - e bati o carro. Devia ter ido trabalhar), com uns amigos queridos. Éramos 6 pessoas, a quantidade máxima ideal para a casa (e números de lugares que eles reservam pra uma mesma pessoa). É que o salão é pequeno, as mesas apertadas e não há muitas possibilidade de juntar mesas pra uma galera. Realmente, o local é ideal para pequenos grupos baterem um papinho petiscando e ouvindo jazz.

Cheguei, antes de todo mundo, a já pedi o Cosmopolitan, 20 leais. Primeiro gole. Arrependimento. Eu não gosto de drinks. 

Entretanto, a caipiroska de morango com manjericão, 14 reais, é deliciosamente gostosa!!! A melhor das poucas caipiroskas que bebi na vida, com morangos maduros e doces! Provei também a caipiroska de morango, kiwi e lichia (acho que era isso), chamado NY, 15 legais e não agradou: sem personalidade alguma. Rolou na mesma um drink feito com whisky, chamado Blood and Sand, 20 reais: para fãs de whisky, tem muito gosto de whisky. Eu achei esquisito, não sou fã do destilado, mas foi bem aceito pela mesa.

De cervejas, tinha a Erdinger clara e escura, 20 legais, Heineken long neck, 7 legais, e Birra Moretti por 9,50. Cervejas não são o forte da casa. Ela nasceu para os drinks.

A comilança foi de respeito. Pedi logo o Camembert Grelhado (acho que é assado no forno), com pesto e alho salteado, por 34 legais. Pessoas, calorias pra uma semana inteira. Mas, como valem a pena. Em nome do pai, do filho, do espírito santo, amém. 

Provamos a lula empanada, em forma de anéis, gostosinha, sequinha, mas achei o gosto do empanado muito presente, por 28 legais.

A seguir, Steak Tartar, por 30 reais. Em nome do pai, do filho, do espírito santo, amém. Pessoas, que tudo. Minha alma carnívora sentiu-se plena. Pedimos o tradicional, feito com ovos (muitos pedem sem ovos, por serem crus). A mostarda casou super bem com a carne e a textura. Se as torradas acabarem, peça outra cestinha e pague 5 reais por ela.


Pra finalizar, mais um Camembert Grelhado, porque ninguém é de ferro.

As porções do petiscos não são grandes. Servem duas pessoas. A água e o refri custam 4 reais.

Lá pelas 20h30 chega um cara tocando sax. Neste dia, a casa estava tão cheia, com tanta gente em pé ao redor do bar, que o barulho das conversas ofuscou um pouco a música ao vivo e também o passeio do cara dentre as mesas. Ainda assim, o aniversariante da mesa ganhou "Parabéns para você". Não é cobrado couvert artístico.

E assim foi. Não é barato, mas vale o investimento, especialmente pra quem é dos drinks. O atendimento foi aquém do que eu esperava, porque quando a casa encheu a qualidade não se manteve. A decoração é bacanérrima e o ambiente é aconchegante, do tipo que só ficar ali faz bem.


 CLS 412 bloco C - Telefone: 3245 5535.

Beijocas. Vanessa

sábado, 30 de julho de 2011

Trattoria Mediterraneo - 408 norte, Brasília/DF

Pessoas,

todo domingo é sempre igual: almoço com uma das famílias dos dois. Não sei por qual razão, mas quase sempre aquelas que mandam (as mães) decidem fazem alguma coisa em casa mesmo. Nada elaborado, mas sempre saboroso e cheio de amor. Ainda que tenha muito amor, mesmo sem sazon, eu sempre me pergunto porque não aproveitamos pra conhecer algum canto novo dessa cidade, especialmente naquele momento machista da sociedade quando as mulheres lavam a louça (porque domingo nada de empregada, né?) e os homens discutem em frente à televisão no sofá.

Paralelo a isso, existe minha lista crescente de restaurantes a conhecer.  Daí, quando num domingo alguma das mães dá a deixa do tipo "esse domingo a gente podia comer fora..." eu já emendo o primeiro nome da minha lista (desde que seja viável ($) e comida comum, porque algo como sushi não dá), em voz alta e sem dar chances de alguém tentar discutir. Quase sempre dá certo :)

Foi numa dessas que conhecemos a Trattoria Mediterrâneo, que descobri através da minha rotina diária de ler alguns blogs de gastronomia dessa cidade. Pessoas, quando todo mundo só fala bem, é porque o negócio funciona. O restaurante é de um legítimo italiano que nos recebe bem e explica o cardápio, imenso e cheio de anotações do que combina com o que. Mas, o cara é italiano, entende? Intenso. Você acha que ele tá querendo ser mal educado, mas não, ele é italiano. Dá sugestões, mas não pressiona. O ambiente é bem bacana, apesar de simples, aconchegante e alegre, e a comida é bem boa.

Eu concordo com os colegas blogueiros, apesar de ter sentido falta de alguma surpresa, algum diferencial que não seja apenas cozinha bem executada. Os pratos são bonitos, os ingredientes de qualidade. Tudo parece coisa séria, mas tende a ser quase sem graça. No quesito "quantidade", senti um leve descontentamento na mesa. Realmente, não são aquelas pratadas não. Mas, no fim das contas, vale a pena e o preço é justo. Não lavar as louças naquele domingo custou R$ 321,64 para 6 pessoas. 

Confesso que cardápios gigantes acabam com minha disposição. Basicamente, tem que escolher a massa e o molho, com algumas opções de refeição completa. Eu resolvi me libertar e optei logo pela massa com pesto e pronto: sou apaixonada pelo molho e não fácil cruzar com um dos bons. Então, é o seguinte: cardápio longo + mesa de 6 pessoas = post quase sem detalhes dos pratos :P Alguns eu anotei, outros confiei na memória e, obviamente, esqueci. Apreciem as fotos e podem confiar nelas.

"Entramos" com bruschettas 'pomodoro e basilico' (clássica com tomate e manjericão, mais  alcaparras e azeitonas, que deu um tchan!), 4 unidades por 10 reais, e 'caponata' (berinjela, pimentão verde, azeitona, molho de tomate e azeite de oliva), 4 unidades por 12 reais. A primeira, deliciosa. Amo manjericão e acho que junto ao tomate a combinação é perfeita.  A segunda não me fez sorrir, talvez seja a berinjela....



Meu prato, talharim largo (não consigo lembrar o nome dessa massa) com pesto, uns 30 reais. Delícia! Parece pouco. E, realmente não é muito. Foi o suficiente para mim. Para as pessoas normais, acho que seria pouco.


Na seqüência: Risoto de Limão; Marinara (massa com frutos do mar, 58 reais, super elogiado pelo cunhado Leo); Pesce Spada e Menta (meka, menta, molho de tomate, tinta de lula, cebola e pimenta do reino - sugerido pelo Luca quando o Vinicius pediu algo forte, mais picante. Ele não achou picante, e achou ok); massa com molho de tomate e ossobuco (bastante elogiado pelo meu pai, apesar de que, segundo ele, uma arrozinho seria bom...heheheh); molho de tomate com camarão ou algo bem parecido.






O restaurante fica na 408 norte e o telefone é 3347-5752. Convém reservar, já que não é grande e encheu, até formar fila de espera.

Beijocas. Vanessa

terça-feira, 26 de julho de 2011

De uma receita errada a uma gata com cheiro de baunilha

Pessoas,

ela sai do trabalho e vai para a academia, depois de uns 15 dias longe de lá ou, ao menos, de fazer um treino decente. Voltou não porque estivesse sentido falta, que nada, sentia-se bem que só, mas porque achava que deveria. Vive dizendo que vai se entregar aos prazeres do sedentarismo, porém nunca o faz. Provavelmente porque ficar doente seja seu maior medo. Depois do maior medo que só ele sabe e sempre lhe diz que não a nada a temer.

Pós treino, morta de fome, ela passa no mercado para comprar banana e legumes, mas compra muito mais. E nem era no Pão de Açúcar. Um queijo aqui, um biscoito acolá, algo de beber. O manjericão estava estonteante, então comprou. Vai ficar ótimo no crepe de queijo que fará assim que chegar. E o hortelã também, ficará ótimo com o suco de morango.  Avista uma lata de leite condensado e flerta com ela. É proibido, mas só uma vez não tem problema. Lembra que essa uma vez ocorreu no fim de semana anterior e liga o foda-se. Coloca a lata de leite condensado no carrinho e também um pacote de côco ralado. Brigadeiro com côco ralado, isso sim é conforto.

Alguns corredores depois, outra tentação: nutella. Flerta com ela, desiste. E admira sua força. Vai pro caixa, olha pra bendita lata de novo, pro côco, suspira e os deposita naquele espaço de "produtos desistidos". Não pode, não deve. Embala tudo e paga a conta. Um folha de cheque na carteira a lembra que deveria ter pagado uma conta. Hoje. Merda. Ainda daria tempo de ir lá, mas a vontade de mijar era quase insuportável (na academia ela bebe muita água). Coloca tudo no carro, decide ir pra casa.

Com a bexiga explodindo, coloca as compras todas no carrinho da garagem, espera o elevador, que chega cheio. Xinga sem falar. Aproveita e verifica a caixa de correspondência. Há 2 (duas) multas do Detran: dias 04/07 e 08/07. Poucos minutos depois, sobe, despeja tudo em casa, fica de olho para a gata não aproveitar a porta aberta e querer passear e desce pra deixar o carrinho de compras na garagem. Não mija, prefere se livrar de tudo lá fora de vez. E meio que esqueceu da vontade, pensando nas multas. Especialmente na do dia 08/07.

Subindo, encontra no elevador o vizinho cujo apartamento vazava e estragou o teto recém reformado do banheiro deles. Fala sobre o assunto (na verdade ela e ele deviam um retorno ao vizinho) e pergunta ao vizinho quando ele mandará pintar o teto dela. Ele desconversa e solta um: "seu marido tem bom gosto, você é muito bonitinha". Ela ri, sem graça, quase mija nas calças, murmura "obrigada" e xinga calada de novo. Vocês a entenderiam se vissem o tipo.

Entra em casa e mija, fi.nal.men.te. Já se passou uma hora pós treino e o catabolismo está a mil. Começa a preparar uma massa de crepe. Pensando nos tipos (inacreditáveis) que costumam cantá-la (ou dizer que ela é bonitinha, entendam como quiserem), e na multa do dia 08/07, erra a receita, colocando o dobro da quantidade correta de farinha. Percebeu o erro quando ligou o mixer sem firmar a base e espirrou algo tipo uma argamassa na cozinha inteira. Na cozinha limpinha que a diarista acabara de deixar. Massa nas paredes e no chão. E na roupa dela também. E dentro das gavetas que abrira para retirar os talheres. O aroma da essência de baunilha, definitivamente, pega.

Como desgraça pouca é bobagem, a gata roçava na sua perna (pedia atenção desde que ela entrou em casa) e, no instante daquela chuva de massa branca, correu correu. Xinga de novo, alto. A gata é persa. Peluda. Essa massa naquele pêlo! Respira aliviada, e xinga de novo, quando alcança a gata e repara um sujo grande apenas num tufo no rabo. Pega a tesoura e corta o tufo de pêlo melecado. Observa leves respingos em algumas partes da gata. Liga no petshop e marca um banho. A gata cheira a essência de baunilha. 

Olha para a cozinha e quer morrer. Olha para o tanque e o vê inutilizado por conta de um imenso edredom secando estirado sobre ele e máquina de lavar. Não tem nem onde colocar a roupa toda respingada de argamassa de farinha. Se arrepende de ter deixado a lata de leite condensado e côco para trás. Era tudo que precisava. Pensa em pegar a gata e ir pra casa da mãe. Lembra que é adulta. Limpa tudo mais ou menos, dá uma ajeitada na receita, faz o crepe, esquece de colocar o manjericão, come e se joga num banho escaldante de muitos minutos. Ela merece. 


Beijocas. Vanessa