quarta-feira, 13 de abril de 2011

São Luis/MA - Março/2011

Pessoas,

bastou um convite da sogra pra passar o feriado de carnaval em São Luís que a gente foi. Passagem pagável para o período, hotel massa pela Bancorbrás e destino desconhecido. Além da gente ser super fácil, não havia uma razão para dizer não.

No vôo da chegada, a paisagem é parecida com a de Manaus: muitos rios e muito verde. Uma floresta, na verdade. A Floresta Amazônica. Vale a pena pegar a janela. Na poltrona ao lado, um rapaz estranho com livro Moby Dick no colo.

Nos hospedamos no Hotel Luzeiros, na Ponta da Areia. Hotel novo, quarto amplo, com um super café da manhã que servia até espumante, piano bar, spa (caro!!) e academia que parecia decente, mas não consegui averiguar porque fechou no carnaval. Quarto de frente pro mar. Pena que o mar de São Luís é feio.

É feio porque a água é escura. Porque é escura eu não sei. Talvez por causa do imenso porto que tem por lá, acho que o 2º mais fundo do mundo (o outro é na Holanda). Além da água escura, lá no fundão ficam muitos navios cargueiros esperando para atracar. E navio cargueiro também é feio. Eles podem ficar por ali esperando por até 10 dia! Dai o visual não fica muito legal.

Sem problemas quanto a isso. Os ludovicenses são uma simpatia só. E não são desprovidos de beleza como nos alardearam. Vi muita gente bonita trabalhando no hotel, nos restaurantes que fomos, cinemas e afins.

Em São Luís não se tem muitos afazeres, 3 ou 4 dias está de bom tamanho. Imperdível são os Lençóis Maranhenses, que nós não fomos por absoluta falta de planejamento, mas os sogros foram e amaram. Por R$ 260,00 por pessoa, você sai de São Luís num dia cedo, dorme em Lençóis, e volta no dia seguinte a tarde. Tudo incluído, até os passeios!!! A pousada não era chique, mas a sogra disse que bem aceitável pelo preço. Por fora do pacote, o sobrevôo pelos Lençóis é imperdível, e custa R$ 200,00 por pessoa.

Numa corrida de táxi, o motora nos ofereceu um passeio de dia todo pelas praias e municípios da redondeza. Preço? R$ 200,00, para os 4. Ok, vamos nessa.

Foi divertido. O motora não era humorista, mas conversando era como se fosse. Nos levou em São José do Ribamar, cidadezinha fofa do lado, com uma igreja e praça super simpáticas, estátua imensa para boas fotos. Sabiam que São José de Ribamar é padroeiro do Maranhão? Sim, por isso tantos ribamars por lá. E o povo quando compra carro, vai até São José do Ribamar pra batizar a nova aquisição.










Passamos também no município de Raposa, com seus pescadores e suas rendeiras, todos cearenses. Conhecemos a Dona Maria, por conta de uma sombra que tinha na barraca dela. Esperando por lá, a conversa desabrochou e Dona Maria, que estava fazendo uma faixa de cabelo, contou que demora um dia para fazer a faixa, quando a coluna deixa. Se dói, ela tem que deitar e aí leva um dia e meio. Disse que, se pudesse, sairia viajando por aí, mas adora aquele trabalho, aquela terra e os turistas. Quando nos despedimos, ela entristeceu e me deu um abraço. A prosa estava boa. A faixa, linda e colorida, custa R$ 6,00. 




Em Calhau, fomos ver os carros na praia. Literalmente. De tempos em tempos, a maré recua tanto que a areia da praia vira um grande pátio, e os carros estacionam ali. É tão surreal que algumas barracas têm a mesa, cadeira e a garagem do carro. Interessante, esquisito e perigoso.


Fonte: http://200.188.178.148/oimparcial/portal/noticias.php?id=32301


O Centro Histórico tem um potencial turístico imenso, mas está bem abandonado. Uma pena, de partir o coração. Casarões antigos, azulejos belíssimos, construções bacanas. Tudo acabado. Tudo mofado. com cheiro de mijo. Ironicamente, são tombados pelo patrimônio histórico estadual. Sério: um lugar daqueles arrumado, com bares e restaurantes transados entupiria aquele lugar de turistas e dinheiro. 






Lagoa da Jansen é um lugar novo e bem bacana, com restaurantes e barzinhos legais. Não conseguimos parar por lá. Quando tentamos estava bem morto, provavelmente por causa do carnaval.

E as comilanças? Maracangalha e Cabana do Sol. Ótimos! Os tradicionais arroz de cuxá (arroz feito com "azedinho" e camarões secos, pedido mais de uma vez em dois restôs diferentes e bem falados) e o guaraná jesus não agradaram :)

O Maracangalha é um dos restaurantes mais bem falados de São Luís, Acho que fora indicado por todas as pessoas que sabiam que íamos. É lindo, com decoração fofa, nordestina, retrô, colorida e aconchegante. Entende? Cadeiras diferentes e combinantes nas mesas. Muitos dos quadros lembravam fortemente o traçado do Romero Brito. Achei meio deselegante...poderia ser menos parecido. Mas deselegante não significa feiura, né? E era tudo lindo :) Atendimento atencioso, preços adequados e comida gostosa.




De interessante, a sobremesa de goiabada com sorvete de tapioca e parmesão. Gente, o parmesão combinou tão bem com o doce e o sorvete. Juro. Por 13 legais.


Abaixo, um prato com camarão grelhado com arroz e farofa, creio, que custou R$ 78,00 e a quantidade era pequena. Não é uma boa pedida, apesar de delicioso. Já o peixe custou R$ 87,00 e servia mais que duas pessoas. Não sei bem qual acompanhamento é de que :( Lembro que quando escolhemos a peixada, olhamos errado e pedimos o prato para 4 pessoas. Os garçom, num exemplo de atendimento ético, fez o pedido com o prato correto (para 2 pessoas) e nos avisou depois. Ponto pra eles. E tem Erdinger, por 16 contos. Ponto pra eles de novo. Mas eu fiquei com um suco de amora, vermelho, lindo e doce (e sem açúcar ou adoçante!). Mais pontos!!!!


O Cabana do Sol é famosa pelas carnes de sol, que não provamos. A decoração não é pomposa como a do Maracangalha, mas o atendimento é tão bom quanto e a comida também. A proposta é ser um lugar mais despretensioso. Os pastéis de entrada com geléia de pimenta (mais açúcar que pimenta) são imperdíveis. Comemos por lá um peixe na brasa fantástico (sem lembranças do nome, mas no site tem o cardápio com preços e tudo mais.) e um camarões gigantes!!!! Quase não bebi cerveja por aqueles dias. Provei todos os sucos de nomes diferentes do cardápio. Bacuri tomei demais.





Pra alegrar a estadia, o circo Tihany, cujo slogan é algo do tipo "Las Vegas está aqui". estava na cidade e, obviamente, convoquei todo mundo. Muito bacana, é circo tipo espetáculo, com shows de mágica, contorcionismo, palhaços, tudo de alto nível. O preço do ingresso é salgadinho e compensa. Não tem tanta pompa como o Cirque du Soleil, mas quase chega lá. 




Foi assim. Não carnavalizamos.


Voltamos na madrugada de terça para quarta. Na poltrona ao lado, o mesmo rapaz estranho com livro Moby Dick no colo. 


Beijocas. Vanessa

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Gero - Iguatemi, Brasília/DF

Pessoas,

hoje a gente fala sobre o Gero, do grupo Fasano, localizado no Iguatemi. Fiz questão de deixar passar uns dias para escrever esse post, para não fazê-lo sobre os efeitos do encantamento que aquele lugar provoca.

A entrada é por dentro do shopping, ao lado da Galeteria. Se vocês estão pensando que do lado da Galeteria não tem nada, eu entendo vocês. É que a faixada é tão discreta, que mais parece uma entrada para área de serviço do shopping. 

Mas, não. Ao cruzar a entrada, se chega um amplo salão com luzes leves, mas estrategicamente direcionadas ao centro das mesas, em sua maioria de 4 lugares com cadeira superconfortáveis. Ambiente clean, decoração leve, umas plantas que sem aquele projeto de iluminação seriam desprezíveis. 


Quanto às luzes, eles precisam urgentemente providenciar lanternas para as pessoas lerem o cardápio. Pelo menos a noite, a missão era sofrida. Meu sogro que o diga!

Éramos 4. Chegamos com o restaurante bem vazio, o que evidenciou a impressionante quantidade de garçons e afins. Um verdadeiro pelotão. Até um pouco intimidante. Parecia o staff presidencial. A qualquer momento chegaria a presidenta Dilma. Quando a casa encheu, o serviço permaneceu excelente. Praticamente um garçom pra cada mesa, atento a cada detalhe, a cada menção de dúvida ou pedido. Eu o chamaria de mordomo. E bem preparado. Na parte das sobremesas, perguntei se a chamada Torta de Chocolate Light tinha açúcar. Ele disse: "Não. Na verdade, a sobremesa é diet. Saiu errado no cardápio".

Como eu já sabia o que pediria (pirei com a foto do atum no blog da Anna Claudia Stein), nem xeretei muito o cardápio, o que foi confortável, porque me livrei da infinita dúvida do que escolher dentre tantas boas opções. Por outro lado, a descrição dos pratos será pífia, já que se nem vi o cardápio, quiçá fotografei. É, eu pago esse mico. Foda-se. Por isso adoro quando tem o cardápio nos sites dos restaurantes. Quanto às bebidas, lembro de algumas coisas: a água, R$ 5,00. O suco, R$ 8,00.

Pedimos o vinho português Conversa (120 reais, por aí 60). O humor português estampado no rótulo da garrafa me agradou. E, quando informamos o pedido do vinho, logo nos avisaram ser a última garrafa, dando a entender que, caso desejássemos que conta ultrapassasse os 4 dígitos, com o mesmo vinho, seria adequado escolher outro. Não, será só esse mesmo, obrigada.

De couvert, paezinhos deliciosos, manteiga, patê de tomate seco com (....), outro patê que não lembro e abobrinha frita. Achei a abobrinha frita bizarra e com gosto de gordura acentuado. Não gostei. Mas o pão italiano com a manteiga.....poderia comer só aquilo. Os itens do couvert são repostos continuamente até que perguntam se podem suspender, pouco após o pedido dos pratos. Não sei o valor do couvert. Li em algum lugar que custa R$ 15,00, mas não confirmei. 


Meu atum era grelhado por fora, cruzinho por dentro, com crosta e molho de limão, acompanhado com purê de batatas em formato de triângulo e aspargos. Lindo, executado perfeitamente tal qual a foto que tinha visto no blog a Anna Claudia Stein. Não sei se por causa da grande expectativa (sim, desde 26 de janeiro de 2011 eu penso nesse prato), o sabor não me surpreendeu. Não pedirei de novo, quando voltarmos lá depois da restituição do imposto de renda. O purê de batatas não tinha nada de especial, e a crosta quase apagava o gosto do atum.


O Vinicius foi de robalo com crosta de aspargos e legumes, que ele chuta ter sido R$ 78,00. Diz que estava muito gostoso, apesar de não ter encontrado o gosto de aspargos.



Os sogros pediram massa, que ficam em torno de R$ 55,00. Amaram! E os pratos eram bonitos mesmo! Mas, exatamente do que eram os pratos, eu não lembro. Sei que o vermelhinho tinha lagostin, e a sogra disse que era farto. Detalhe: o parmesão é ralado diretamente no prato. Achei um luxo!




Depois de sabidamente recusar a sobremesa, nos ofereceram café ou chá natural de hortelã, servidos numas louças de prata belíssimas e madeleines e pedacinhos de brownie! Fiquei com o chá. Delícia.


A única queimação de filme do local foi aquele famigerado oferecimento do drink do dia quando a gente acaba de se acomodar. Acho péssimo, me lembra churrascaria fuleira querendo ganhar dinheiro com batida de iogurte. E, depois da experiência no DOM, que rolou a mesma coisa, só que a palavra champagne no lugar de cocktail me fez pensar que poderia ser uma boa e me custou R$ 72,00 por uma taça (tudo bem que a garrafa custava R$ 400,00 e era o champagne bambambam não sei das quantas), eu sempre digo não, respiro, acalmo e daí a gente começa os serviços.

Ah, e lugar pra colocar a bolsa. O salão é meio apertado, com as mesas bem próximas. Minha bolsa pequena coube no meu colo. E aqueles ganchinhos de metal que as meninas usam para pendurar a bolsa na mesa não funciona lá, porque a mesa é deveras grossa. Praquelas moças que andam com umas bolsas  gigantes parecendo estarem prontas para uma possível viagem a qualquer momento, ou mesmo para quem chegue carregado de compras das lojas finas do Iguatemi, acredito que eles tenham algum lugar para colocar as tralhas. 

O custo disso tudo é uma baba! Mas fiquei pensando se o custo paga aquela gente toda que trabalha lá. É impressionante! Ah, e rapidez do serviço também merece ser comentada. Chegamos às 21h. Às 22h, estávamos jantados, pedindo a conta, que, aliás, já estava prontinha. Acho que aceitando o café, a conta é fechada.

Registro que não entendo como esses restaurantes de alto nível cobram pela água. Tô mal acostumada com os restôs da Europa e voltei ainda mais com os de Mendoza. Sei que pro cliente não é nada pagar pela água, frente a todo o resto da conta. Mas é de um bom tom enorme não cobrar, e isso pode ser um grande diferencial. Ou, no mínimo, ter serviço de água, como no 1884, no qual se paga um valor X e se tem água a vontade, sempre fresca. Vou mandar um e-mail sugerindo.

Vou finalizar parafraseando, mentira, copiando a frase que li lá no Bacco e Bocca: "o Gero é caro, mas respeita seu dinheiro". É isso.

Ah, mais uma coisa: fomos ao Aquavit comemorar o aniversário da Bolacha (já já sai o post) e já adianto minha conclusão: é melhor ir 3 vezes no Gero que uma no Aquavit.

Beijocas. Vanessa

quinta-feira, 7 de abril de 2011

11 benefícios da caminhada para o corpo e mente

Pessoas,

li a reportagem abaixo e quis compartilhar. São coisas que eu já sabia, mas me faz bem ler de novo. Igual ler a Boa Forma: não tenha nada ali que já não sabemos, mas ler dá um ânimo!

Enjoy it!

11 benefícios da caminhada para o corpo e mente

1.Melhora a circulação
Um estudo feito pela USP, de Ribeirão Preto, provou que caminhar durante aproximadamente 40 minutos é capaz de reduzir a pressão arterial durante 24 horas após o término do exercício. Isso acontece porque durante a prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão.  
Além disso, a caminhada faz com que a as válvulas do coração trabalhem mais, melhorando a circulação de hemoglobina a e oxigenação do corpo. "Com o maior bombeamento de sangue para o pulmão, o sangue fica mais rico em oxigênio. Somado a isso, a caminhada também faz as artérias, veias e vasos capilares se dilatarem, tornando o transporte de oxigênio mais eficiente às partes periféricas do organismo, como braços e pernas", explica o fisiologista Paulo Correia. 
2.Deixa o pulmão mais eficiente
O pulmão também é bastante beneficiado quando caminhamos. De acordo com Paulo Correia, as trocas gasosas que ocorrem nesse órgão passam a ser mais poderosas quando caminhamos com frequência. Isso faz com que uma quantidade maior de impurezas saia do pulmão, deixando-o mais livre de catarros e poeiras.

"A prática da caminhada, se aconselhada por um médico, pode ajudar também a dilatar os brônquios e prevenir algumas inflamações nas vias aéreas, como bronquite. Em alguns casos mais simples, ela tem o mesmo efeito de um xarope bronco dilatador", explica. 
3. Combate a osteoporose
O impacto dos pés com o chão tem efeito benéfico aos ossos. A compressão dos ossos da perna, e a movimentação de todo o esqueleto durante uma caminhada faz com que haja uma maior quantidade estímulos elétricos em nossos ossos, chamados de piezelétrico. Esse estímulo facilita a absorção de cálcio, deixando os ossos mais resistentes e menos propensos a sofrerem com a osteoporose
 "Na fase inicial da perda de massa óssea, a caminhada é uma boa maneira de fortalecer os ossos. Mesmo assim, quando o quadro já é de osteoporose, andar frequentemente pode diminuir o avanço da doença", diz o fisiologista da Unifesp.
4. Afasta a depressão
Durante a caminhada, nosso corpo libera uma quantidade maior de endorfina, hormônio produzido pela hipófise, responsável pela sensação de alegria e relaxamento. Quando uma pessoa começa a praticar exercícios, ela automaticamente produz endorfina.

Depois de um tempo, é preciso praticar ainda mais exercícios para sentir o efeito benéfico do hormônio. "Começar a caminhar é o inicio de um círculo vicioso. Quando mais você caminha, mais endorfina seu organismo produz, o que te dá mais ânimo. Esse relaxamento também faz com que você esteja preparado para passar cada vez mais tempo caminhando", explica Paulo Correia. 
5. Aumenta a sensação de bem-estar
Uma breve caminhada em áreas verdes, como parques e jardins, pode melhorar significativamente a saúde mental, trazendo benefícios para o humor e a autoestima, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Essex, no Reino Unido.

Comparando dados de 1,2 mil pessoas de diferentes idades, gêneros e status de saúde mental, os pesquisadores descobriram que aqueles que se envolviam em caminhadas ao ar livre e também, ciclismo, jardinagem, pesca, canoagem, equitação e agricultura, apresentavam efeitos positivos em relação ao humor e à autoestima, mesmo que essas atividades fossem praticadas por apenas alguns minutos diários.  
Outro estudo feito pela Universidade de Pittsburgh, afirma que as pessoas que caminham em média 10 quilômetros por semana apresentam metade dos riscos de ter uma diminuição no volume cerebral. Isso pode ser um fator decisivo na prevenção de vários tipos de demência, inclusive a doença de Alzheimer, que mata lentamente as células cerebrais. 
6. Deixa o cérebro mais saudável
Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retardar o envelhecimento. Entretanto, um novo estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostra que esse efeito antienvelhecimento do exercício pode ser possível também em relação ao cérebro, ao aumentar seus circuitos e reduzir os riscos de problemas de memória e de atenção. "Os estímulos que recebemos quando caminhamos aumento a nossa coordenação e fazem com que nosso cérebro seja capaz de responder a cada vez mais estímulos, sejam eles visuais, táteis, sonoros e olfativos", comenta Paulo Correia. 
7. Diminui a sonolência
A caminhada durante o dia faz com que o nosso corpo tenha um pico na produção de substâncias estimulantes, como a adrenalina. Essa substância deixa o corpo mais disposto durante as horas subsequentes ao exercício. Somado a isso, a caminhada melhora a qualidade do sono de noite.

"Como o corpo inteiro passa a gastar energia durante uma caminhada, o nosso organismo adormece mais rapidamente no final do dia. Por isso, poucas pessoas que caminham frequentemente têm insônia e, consequentemente, não tem sonolência no dia seguinte", completa o especialista da Unifesp. 
8. Mantém o peso em equilíbrio e emagrece
Esse talvez seja o benefício mais famoso da caminhada. "É claro que caminhar emagrece. Se você está acostumado a gastar uma determinada quantidade de energia e começa a caminhar, o seu corpo passa a ter uma maior demanda calórica que causa uma queima de gorduras localizadas", afirma Paulo Correia. 
E o papel da caminhada na perda de peso não para por aí. Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que, mesmo horas depois do exercício, a pessoa continua a emagrecer devido à aceleração do metabolismo causada pelo aumento na circulação, respiração e atividade muscular. 
A conclusão foi de que os músculos dos atletas convertem constantemente mais energia em calor do que os de indivíduos sedentários. Isso ocorre porque quem faz um treinamento intensivo de resistência, como é o caso da caminhada, tem um metabolismo mais acelerado. 
9. Controla a vontade de comer
Um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, sugere que fazer caminhadas pode conter o vício pelo chocolate. Durante o estudo, foram avaliadas 25 pessoas que consumiam uma quantidade de pelo menos 100 gramas por dia de chocolate. Os chocólatras tiveram que renunciar ao consumo do doce e foram divididos em dois grupos, sendo que um deles faria uma caminhada diária. 
Os pesquisadores perceberam que não comer o chocolate, juntamente com o estresse provocado pelo dia a dia, aumentava a vontade de consumir o doce. Mas, uma caminhada de 15 minutos em uma esteira proporciona uma redução significativa da vontade pela guloseima.

"Além de ocupar o tempo com outra coisa que não seja a comida, a caminhada libera hormônios, como a endorfina, que relaxam e combatem o estresse, efeito que muitas pessoas buscam compulsivamente na comida", afirma Paulo Correia.  
10. Protege contra derrames e infartos
Quem anda mantém a saúde protegida das doenças cardiovasculares. Por ajudar a controlar a pressão sanguínea, caminhar é um fator de proteção contra derrames e infarto. "Os vasos ficam mais elásticos e mais propícios a se dilatarem quando há alguma obstrução. Isso impede que as artérias parem de transportar sangue ou entupam", diz Paulo.

A caminhada também regula os níveis de colesterol no corpo. Ela age tanto na diminuição na produção de gorduras ruins ao organismo, que têm mais facilidade de se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos e por isso causar derrames e infartos, como no aumento na produção de HDL, mais conhecido como colesterol bom. 

11. Diabetes
A insulina, substância que é responsável pela absorção de glicose pelas células do corpo, é produzida em maior quantidade durante a prática da caminhada, já que a atividade do pâncreas e do fígado são estimuladas durante a caminhada devido à maior circulação de sangue em todos os órgãos.

Outro ponto importante é que o treinamento aeróbico intenso produzido pela caminhada é capaz de reverter a resistência à insulina, um fator importante para o desenvolvimento de diabetes. Assim fica comprovado que os exercícios têm ainda mais benefícios contra o mal do que se pensava anteriormente.

"Quanto maior a quantidade de insulina no sangue, maior a capacidade das células absorverem a glicose. Quando esse açúcar está circulando livremente no sangue, pode causar diabetes", explica o fisiologista da Unifesp. 
Fonte: 

Beijocas. Vanessa

segunda-feira, 4 de abril de 2011

El Paso Texas - Terraço

Pessoas,

entre uma ida e outra no El Paso Texas do Terraço passa-se muito tempo. E, estando lá, sempre me pergunto o porquê.

A comida talvez nem seja primorosa, mas é gostosa o suficiente para valer a ida. A decoração me encanta demais! Posso passar horas olhando cada detalhe e planejando uma nova parede pra casa. Ou desejando uma fonte daquelas na minha sala. 

Da última vez, fomos num sábado, no almoço. O Vinicius optou pelo buffet,algo perto de R$ 37,90. Eu escolhi um prato a la carte. 

O garçom avisou: "como é dia de buffet, o prato a la carte demora uns 30 minutos, mas posso trazer uma salsa enquanto você espera". Beleza.

Daí ele trouxe um molho de carne moída apimentadinho fantástico com tortilhas chips. Delícia! E uma porção bem razoável.


Ficamos nessa, comendo, papeando, planejando viagens e esperando minha Enchilada de filet chegar para o Vinicius servir-se no buffet.

Em 20 minutos, chegou minhas tortilhas recheadas com fillet, coberta com molho vermelho e branco, acompanhadas de arroz mexicano, feijão e guacamole (uns R$ 30,00).


Depois de ver o tamanho da enchilada e analisar a fome de cada um, resolvemos cancelar o buffet e pedimos para que cobrassem a salsa, que, na verdade, é uma entrada de R$ 16,00. Ok, sem problemas, nos disseram.

O prato estava bem saboroso. O único pequeno porém é que o arroz estava meio frio. Às vezes achava que era pra ser assim mesmo. Depois pensava que preferiria quente. Whatever. O feijão delicioso, e as tortilhas também.

A conta chegou e nem cobraram a entrada. Achei fofo, e não pelo valor, mas pela gentileza. Atendimento bom é assim, que se importa em deixar o cliente satisfeito. 

Gostamos e recomendamos. 

Beijocas. Vanessa

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Santiago, Chile - Mendoza, Argentina - Fevereiro/2011 (Post 1)

Pessoas,


mais um post sobre viagem. Dessa vez, a gente mesmo que se divertiu. O destino escolhido foi Mendoza, na Argentina, colada na Cordilheira dos Andes,  por ser a região de maior produção dos vinhos argentinos. 

Com o destino escolhido, a próxima etapa foi ajeitar a ida e a volta, com bilhetes emitidos com milhas (poderia dizer que, talvez, milhas só perde pro google em importância na logística e economia da vida atual). Chegar até Mendoza não é muito simples. Não tem vôos diretos de Brasília e a maior parte das opções por milhas são esquisitas, tendo que pernoitar em Santiago ou Buenos Aires. Daí o Vinicius teve uma grande sacada que deu upgrade na viagem: pousamos em Santiago, pernoitamos, e no dia seguinte fomos pra Mendoza de ônibus.

Por que uma grande sacada que gerou um upgrade? Porque de um lado das cordilheiras está Mendoza, na Argentina. Do outro lado está Santiago, no Chile. Entre as duas cidades, além da imensa cadeia de montanhas, há um estrada de 365 km (segundo o google, aqui) com trechos medonhos rodeada de paisagens exuberantes. Já tínhamos feito o trecho do Chile pra Argentina pelos lagos andinos (imperdível!!!), agora fizemos pelas cordilheiras (também imperdível, mas pelos lagos é mais belo. Registro aqui)

Inicialmente, decidimos ir de carro e emitimos os bilhetes BSB-Santiago-BSB. Com o passar dos dias, o péssimo atendimento via e-mail ou on-line da Econorent e, mais tarde, a descoberta que tínhamos errado na conversão do valor do aluguel do carro de pesos chilenos (com seus milhares de números) para real (sairia quase mil dólares 9 diárias do carro) mudamos tudo: decidimos ir de ônibus (50 reais cada passagem), cancelei a reserva do carro e perdi 4 horas da minha vida no balcão da TAM para voltarmos direto de Mendoza para Brasília (conexando em Santiago e Guarulhos, mas no mesmo dia),  mesmo tendo que voltar um dia antes por causa das disponibilidades de vôos.

Há várias empresas de ônibus que fazem o trajeto Santiago-Mendoza, é um passeio bem comum por lá. Fuçando a abençoada internet, descobri a Andesmar, que vende bilhetes on line, e descobri também que o canal é comprar assentos em ônibus de dois andares, no andar de cima, primeira fileira. Porque assim o mundo fica a seus pés.


Consegui comprar facilmente uns 10 dias antes da viagem. A maioria das pessoas compra lá na rodoviária mesmo, antes de ir. Se não der pra comprar nas primeiras fileiras, você terá que escolher uma lado do ônibus e daí não dizer qual o melhor. Já li sobre o lado direito, já me falaram sobre o esquerdo. Uma coisa é certa: de qualquer lado a paisagem vai te embasbacar.

E assim foi: Brasília - Santiago - SantiagoMendoza - Mendoza - Brasília, de 18 a 26 de fevereiro de 2011.


Separei os posts por etapas, porque é muita coisa! Pra você não se perder:


Post 1 - é esse :)
Post 2 - Santiago
Post 3 - Travessia Santiago-Mendoza
Post 4 - Mendoza (e posts separados para os restaurantes especiais Azafrán, Anna Bistrô, 1884 e La Bourgogne)

Santiago, Chile - Mendoza, Argentina - Fevereiro/2011 (Post 2)

Santiago

Foi a terceira vez em Santiago (as outras duas estão registradas aqui), e continuo afirmando que a chegada na cidade sobrevoando as cordilheiras já é especial. O visual lá de cima é lindo! Pena que dessa vez estava bem nublado (o mal tempo, aliás, nos acompanhou nessa viagem. Ô azar), o que não rendeu fotos tão boas, mas ainda assim foi empolgante.

Chegamos e pegamos um taxi, por 25 dólares, até o hotel da vez, Ibis. Somos meio resistentes com o Ibis, que tem exatamente a mesma cara em todo lugar, pois achamos que faz parte do turismo um hotel com características locais, pra fazer parte do rol de lembranças daquele lugar. Mas, o Ibis de Santiago é do lado, quase dentro, da Estação Central, de onde partem os ônibus para Mendoza. Para facilitar a logística do dia seguinte, optamos por ele: novíssimo (inaugurado em outubro de 2010), confortável, wi-fi que não funcionou e nenhuma personalidade. Por pouco menos de 100 legais a diária, sem café da manhã (é óbvio que a gente optou por tomar café na rodoviária, ocasião em que você come pastel de manhã sem culpa :P).

Depois do check-in, por volta das 14h, paramos numa lanchonete na entrada da rodoviária para a primeira refeição chilena: empanadas fritas com cerveja chilena, Austral e Kunstmann, no maior estilo seja bem vindo a Santiago.





De lá, seguimos de metrô para Belavista em busca de um lugar pra sentar e comer/beber. Depois de caminhar até a Carniceria e Fiambreria Temuco para bater a foto clássica, que só o Gustavo Schumainous vai entender, sentamos num bar bacana no Pátio Belavista, o Le Fournil e, por ordem do calor, comemos uma salada. A minha acompanhada de outra cerva chilena, a Kross Golden Ale (gostosa, imponente, ruiva, mereceu meu respeito, e depois descobri que andou sendo premiada por aí) e o Vinicius de um pisco sour. Bem vindo ao Chile :)








Depois de uma cochilada daquelas de quem pegou avião em Brasília às 05h40, fomos pra nossa janta com show típico reservada no Bali Hai, indicado por uma amiga e confirmada a indicação por mim através de várias opiniões favoráveis em sites e blogs de turistas que, como eu, se dispõe a registrar as experiências e passar o "como faz" pras pessoas. Agências de viagens estão fadadas à morte.
Pois bem. Fomos de metrô até a estação Escuela Militar e de lá caminhamos uns 3 km até o restaurante. Foi quase o melhor da noite. Andamos por uma área residencial belíssima. Parecia o interior da Holanda. Casas bonitas, jardins fofos, ruas limpas.
Do lado de fora do restô, várias réplicas de moais te lembram que o lugar é típico do Chile. Na entrada, somos recebidos por uma bela moça de saia e fartos seios cobertos por uma espécie de top de côcos, flores no cabelo, que te fazem ter certeza que estás na Polinésia , e que coloca em você um colar de......sei lá...carnaval?


Até nossa mesa, observei a decoração da casa, com as paredes cheias de plantas fakes, estátuas, esculturas... pelas plantas me senti numa floresta, e me lembrou bastante a decoração do RainForest Cafe, em Orlando, que realmente deseja parecer uma floresta. Enfim. Nos 40 dólares estão incluído o show, um drink, uma entrada, prato principal e sobremesa. Tem várias opções interessantes no cardápio. Porém, na vida real, nada funciona. Parece tudo de mentira.

De drinks, escolhi uma caipiroska de morango (falei "sem açúcar", mas não dava porque já estava pronta) e o Vinicius um pisco sour de kiwi. Chegaram bonitinhos, o pisco do Vinicius num recipiente interessantíssimo, mas..... eca! A caipirosca doce de enjoar (é que com os morangos doces que aquele país produz, o açúcar só faz o doce passar do ponto mesmo) e o pisco de kiwi era quase como pasta de dente.




Em seqüencia lógica, pedimos a carta de vinhos. Caralho. Um Casillero del Diabo custava R$ 50,00! Nem em Brasília com imposto de importação custa isso!
Mas a noite pediu uma birita, porque pelo visual do lugar e dos artistas do show tava percebendo que não ia passar de show de calouros ou espetáculo barato dos Estados Unidos comprados pelo SBT, sabe? Estudamos o cardápio e optamos por um Emiliana Syrah Reserva Especial, que custava uns R$ 50,00. Gostoso e ficou ainda melhor quando fui pechinchar por ele em site brasileiro e ele está por R$ 102,96. Não gosto de ser trouxa. 
A comida foi mequetrefe total, com direito a salmão duro e sem gosto, sobremesa sem nenhum sabor. A única lembrança de comida razoável foi do ceviche de salmão que pedi de entrada. Ainda assim podia melhorar muito se, por exemplo, o salmão fosse fresco e não meio cozido/defumado ou velho (?).  


E o show...ahahahha....Começa com uma senhora cantora cantando Chuva de Prata em espanhol. Mesmo que a música seja originalmente espanhola, era breguíssimo! Depois um cantor com músicas italianas, com postura firme, braço direito erguido....muito show de calouros. O som da banda, algumas vezes, era tão agudo que parecia música programada de teclado. Depois entram os dançarinos. E é dança country, gaúcha, de casal. Eles até tiram uns casais pra dançar (nós fomos!) e tals. Outra horas alguns com máscaras de monstros que não sei qual o significado. Dai vem a parte da pouca roupa. A mulherada com barriga de fora e peito nos côcos requebrando pra lá e pra cá, os homens com vestimentas do tipo tarzan/índio fazendo uns tipos de guerreiros.


Saímos antes de o show terminar e pegamos um taxi de volta pro hotel.

No fundo, a gente se divertiu. Mas, com os 40 dólares por cabeça poderíamos ter ido num restaurante decente e sido mais felizes. Talvez o show seja legal pra quem nunca viu algo do tipo. Mas, se você já fez algum cruzeiro na vida, sabe aqueles shows que tem toda noite? É tipo aquilo. Ou algo do tipo show de mulatas no Rio de Janeiro pra turista gringo ver.

Próximo passo: De Santiago para Mendoza de ônibus (Post 3)

Santiago, Chile - Mendoza, Argentina - Fevereiro/2011 (Post 3)

De Santiago para Mendoza de ônibus

A estrada de Santiago para Mendoza é realmente muito bonita. As montanhas imensas e constantes, os penhascos logo ali, completamente acessíveis pela falta de proteção no acostamento da estrada, fazem o passeio ser muito interessante. São tantas curvas, tantas vistas, tantos cartões postais...















Infelizmente, demos um puta azar com o tempo, nublado quase sempre, a demora de absurdas 4 horas na imigração na Argentina, a chuva depois da imigração quem embaçou os vidros e não nos deixou apreciar o lado argentino e o belíssimo lago azul e, por fim, goteira no ônibus bem quase na minha cabeça.

Ainda assim, fomos agraciados com arco-íris dentre morros.


 


Compramos passagens em assentos regulares, digo, não era luxo, nem super luxo. Eram os assentos mais baratos, mas tem opção pra todo tipo: ônibus só com leitos que viram cama, ônibus mistos, ônibus com Wi-Fi. Mas, o importante é: poltronas na frente, no segundo andar, durante o dia e rezando pra não chover ! A viagem não é curta, pois em certos trechos o ônibus anda muito devagar, mas a paisagem, a pausa da imigração, e tudo mais te distraem todo o tempo. E mesmo o ônibus que fomos era bem confortável, e ainda servem um sanduíche decente e pepsi cola. Não fosse a pepsi cola e a goteira em cima de mim quando choveu, não teria do que reclamar. Ah, e o banheiro era péssimo, terrível e sem papel. Só conseguir mijar porque estava hiper apertada. Então, use o banheiro da rodô antes de embarcar. O da fronteira é ok, mil vezes melhor que o do ônibus.



O ônibus atrasou uma meia horinha na saída, zarpando umas 10h30. A previsão de chegada em Mendoza era 17h, mas só demos o ar da graça às 21h. Motivo do atraso: a fila de uns 5 ônibus para imigração no Paso Fronteiriço Del Libertadores, fronteira do Chile com Argentina. São filas separadas para carros, super rápidas, e ônibus, super demoradas.

Enquanto espera sua vez de mostrar papelada e abrir mala, dá pra comer algo nas várias lanchonetes que tem por lá, beber uma Quilmes e agradecer por ter se lembrado de levar casaco. A fronteira já é bem lá em cima e tem um ventinho frio constante e chato. Dá pra curtir a paisagem, fazer fotos e começar a se acostumar a ser feliz com os preços argentinos.



Coisa que nos impressionou foi como pedem gorjeta. O cara que coloca a mala no ônibus quer dinheiro, e até mesmo quando eles retiraram as malas do ônibus lá na fronteira, junto da Polícia Federal dos dois países, depois o motora da empresa passa pedindo dinheiro pro cara que tirou as malas. No banheiro da fronteira tem uma pessoa pedindo gorjeta. Vão se lascar. Tenho uma raiva dessa tal propina. Pode deixar que tiro minha mala...ou aumenta essa passagem em 0,50 centavos e já repassa pra todo mundo que tem direito ao extra.

Chegamos em Mendoza embaixo de chuva, pegamos um táxi e fomos pro nosso "hotel".

Próximo passo: Mendoza (post 4)