terça-feira, 21 de setembro de 2010

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 1 - Rumo à Amsterdan: Bsb/Lisboa/Amsterdan

Pessoas, 

a gente gosta de viajar, vocês sabem, né? Então, em julho desse ano programamos um tur pela zuropa, pra beber cerveja, ver a Regina Spektor, andar de bicicleta, apreciar belezas e exercer a arte da felicidade de forma geral.

A rota foi: Holanda (Amsterdan, Nijverdal, Gierthoorn, Castelo De Haar), Bélgica (Westvleteren e Bruges), Luxemburgo e Alemanha ( Wurzburg, Rottemburg ob de Tauber, Augsburg, Füssen - rota romântica - e Munique). 15 dias, com direito a um Audi A3 que me fez muito feliz.


Dessa vez, não fizemos viagens de trem. Como a rota romântica na Alemanha se faz melhor de carro, optamos por fazer todo o resto de carro também. Alugamos na Sixty, 500 euros por 10 dias. No papel, um Volvo C 30. Na hora H, um Audi A3. Não sei se a troca foi justa, mas me amarrei!!!


Achamos excelente viajar de carro!  É muito mais confortável e permite compras. Por exemplo, se estivéssemos de trem, não poderíamos comprar nossa cafeteira.  Tínhamos controle dos nossos horários, liberdade para mudar o roteiro. Além da oportunidade de dirigir um carrão. Tudo bem que meu Audi A3 lá era tipo o Pálio daqui, mas eu tava me achando. De Ka pra Audi tem muita diferença!!!!


As estradas são sempre perfeitas e sinalizadas e o GPS, que compramos em Amsterdan já com mapas europeus, tem uma precisão ilógica. 


É imperdível dirigir nas autobans alemãs. A velocidade lá é mínima. Andar devagar demais atrapalha o trânsito. Perdi as contas de quantas vezes eu estava a 150 ou 160 km/h e era ultrapassada por algum carro ultra veloz daqueles tipos que a gente vê no Auto Esporte. Naqueles dias, finalmente entendi pra que serve um Porsche ou esses carros do tipo.


Quanto ao custo, alugar carro ficou pouco mais caro, mas um tanto que compensa. Não fiz as contas no papel, mas me mais ou menos que os trechos de trem daria pouco mais de R$ 1.000,00. Os custos do carro, incluindo gasolina e estacionamentos, uns R$ 1.400,00 talvez.


Chegamos em Amsterdan depois de um atrasado vôo da TAP. Perdemos umas 6 horas na cidade dos canais em aeroportos chatos. Além do atraso do vôo BSB-Lisboa (que nos rendeu auxílio-alimentação, e comemos de grátis no Albatroz), o Lisboa-Amsterdan também atrasou. Em Brasília, fizemos amizade na fila: Alexandre Tadeu e Cecília Escobar.  Combinamos de trocar fotos e informações e eu sou do tipo que mando mesmo, mas cadê as anotações???? Em Lisboa, mesmo no aeroporto, foi possível se divertir um pouquinho: tinha uma lanchonete da Harrods lá! Daí, rolou crepe de salmão defumado (menos de 4 euros; lembro que Harrods em Londres tinha muita comida boa e bem barata também) e sanduba de frango e ovos (por 3,60 euros). E, como estávamos em Lisboa, não poderíamos ir embora sem provar o pastel de nata, ora pois. Gostei. Massinha folheada de textura agradável e recheio doce suave, por 1,80 euros cada. 




Depois de comer, passamos no freeshop e mais uma vez o Vinicius se deu conta da sorte em me achar: nenhum compra. Mais espera, mais fila, nova amizade na fila (com uma novaiorquina, e pasmém! era ela legal. é que os pais são brasileiros :))

Chegamos em Amsterdan, no aeroporto Schipol. De trem, fomos para o centro da cidade e a pé até nosso hotel. Como é bom chegar!! Mesmo cansados da viagem, parece que respirar um novo ar, estar num lugar diferente, reconhecer lugares que vimos por fotos, dá uma revigorada tão boa! Aí fomos felizes com nossas malas seguindo o trajeto que a novaiorquina que era legal nos indicou. 





Continuação: Amsterdan

Europa 2010 - Roteira: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 3 - Holanda - Nijverdal/Giethoorn/Castelo de Haar

Numa das noites, fomos com Fred e Rubilene pra casa deles em Nijverdal, onde dormiríamos para no dia seguinte conhecer Giethoorn e o castela De Haar. 


O caminho de  Amsterdan para Nijverdal (e todos os outros que fizemos de carro, na verdade) são encantadoramente lindos: estradas perfeitas, gramado incrível e imensas vacas holandesas enfeitando tudo! Amei!!!! As casas todas no mesmo estilo, com telhados triangulares (por causa da neve), sempre rodeada de um jardim bem cuidado. Tudo parece cenográfico.


Em Nijverdal, acordamos, tomamos um ótimo café da manhã, ganhamos dicas e mapas do Fred e zarpamos com ele em direção à Giethoorn. No caminho, paramos num clássico moinho de madeira, a cara da Holanda! 



Giethoorn é uma cidadela encantadora onde não entram carros! Ela está disposta entre canais e a circulação se faz por barcos, ou bicicletas. Chegando lá, deixamos o carro num estacionamento na entrada da cidade e alugamos um barco, pilotado pelo Fred. Junto com o barco, vem um mapinha com sugestões de rota. Optamos pela mais curta, que leva em torno de 1 hora. Foi o suficiente pra sentir o clima do local e imaginar como seria viver ali! As casas são todas lindas com jardins tão bem cuidados que tudo parece um cenário! 


estacionamento de barcos

Depois do passeio, devolvemos o barco e voltamos a pé pra almoçar. Sentamos no Grand Cafe Fanfare. Fanfare é fanfarra, que remete à banda ou grupo musical. Por sorte, tinha um grupo de velhinhos simpáticos com seus instrumentos musicais fazendo um barulhinho bem agradável.  Fizemos nossos pedidos e a comida estava toda realmente muito boa! Eu de misto quente, chamado de Tosti Ham Kaas, por 4 euros, por pura preguiça de tentar entender o cardápio em holandês, mesmo com o Fred disposto a traduzir item por item. E de vinho branco, por 3,60 euros a taça.





De Gierthoorn, partimos para o Castelo de Haar, em Utrecht. O trajeto foi longo, e eu e Vinicius caimos no sono. Sorte que o Fred não :) Foi bem legal! Castelo lindo, protegido por água, pois como a Holanda é plana, a casa de quem manda é rodeada por água, provavelmente com alguns jacarés. Não lembro quanto custou a entrada no castelo, pois o Fred fez a gentileza de pagar. Acho que uns 5 euros. E o estacionamento também era pago, mais uns 5, talvez. Não visitamos o interior do castelo, pois estava em reforma, e se preparando para um festival de flores.  






Depois disso, Fred nos devolveu na estação de Weesp, pertinho de Amsterdan, pegamos o trem e voltamos pro hotel em Amsterdan, mesmo quarto, mesmo andar (4º andar, sem elevador).

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 4 - Bélgica - Westvleteren/Bruges

Da Holanda, nosso próximo destino era Bélgica. Primeiro em  Westvleteren, onde só passaríamos, e depois Bruges, onde passamos duas noites. 


Westvleteren é uma pequenina província no oeste da Bélgica, na região de Flanders, pertinho de Bruges. É conhecida pela famosa cerveja trapistas produzidas na Abadia de Sint Sixtus.





Só? Não, pessoas....a tal cerveja já foi eleita a melhor cerveja do mundo e não é comercializada. E como faz? Simples, tem que ir até lá. Estando lá, você pode ir ao In de Vrede, restaurante da Abadia, e se fartar; no In de Vrede tem uma lojinha, onde é possível comprar 6 unidades da cerveja por pessoa, e taças e coisinha bonitinhas da marca deles; se quiser mesmo comprar mais que 6 unidades, pode ficar de olho na agenda que tem no site da Abadia, na qual eles dizem que diz terá tal cerveja disponível, e quando elas poderão ser reservadas. Daí no dia da reserva você liga, depois de umas 123 tentativas você consegue finalmente ser atendido, e em belga diz que quer reservar  tal tipo de cerveja. E no dia "d" vai buscar. A gente optou pro ir no In de Vrede e trazer apenas 12 preciosas garrafinhas conosco.







A abadia produz  3 tipos de cerveja: a blonde, e duas escuras, chamadas de número 8 e número 12. Provamos todas; nos apaixonamos pela 8. Tanto que nem lembrei de tirar foto da 8. Fiquei num estado de transe.






A blonde é bem bacana, mas depois da De Garre (chegaremos nessa, nesse post, mais abaixo) ela perdeu um pouco o encanto. A 12 é obviamente muito boa, mas não percebi nenhum diferencial em relação às demais super escuras já provadas. Agora, a 8.... nunca provei nada igual. A bichana é avermelhada e capaz de provocar sensações tão diversas no paladar que nem sei explicar. Ela arde um pouco, pinica outro pouco, é amarga, mas também doce, tem presença e deixa memória.

O Thyago, amigo cervejeiro que primeiramente nos falou sobre a Abadia de Sint Sixtus, merecidamente ganhou de presente uma garrafinha da 8 e eis a descrição dele:



"O que dizer desta que é considerada por muitos a melhor cerveja do mundo? Posso garantir que tudo que dizem é pouco diante da perfeição dessa breja. Do começo ao fim, ela encanta. A aura de mistério que a circunda não é sem razão. Começa pela garrafa, rústica, frugal, sem rótulo - os monges têm muito a nos ensinar... Despejada no copo, mostra sua beleza (coloração maravilhosa, escura, com creme claro, denso e persistente) e seus aromas - de uma complexidade muito grande, mas ao mesmo tempo de um equilíbrio inacreditável. No paladar, comprova toda sua fama. Simplesmente não é possível descrever todos os sabores que se sucedem. Eu poderia tentar listar - malte, frutado, cravo, especiarias, lúpulo e floral, café, madeira, chocolate, etc. etc. etc. etc... - mas não conseguiria descrevê-la por completo. A textura é incomparável. Apenas experimentando é que se tem a real noção do que essa cerveja é. Mesmo depois de engolida, as sensações deliciosas continuam se sucedendo. Simplesmente inacreditável! Não sei se é "a melhor cerveja do mundo", mas sem dúvida nenhuma é a melhor que já provei."



Comemos por lá. Novamente o Vinicius usou a técnica de apontar no cardápio e pedir qualquer coisa e veio essa coisa estranha: uma gelatina com pedaço de frango dentro. Era ruim....



Dica: o bar não abre na sexta-feira. É dia de rezar e agradecer por poderem beber a 8 todos os outros dias, gente!!!!

De lá, partimos pra Bruges, sempre muito bem orientados por Maria, a senhora portuguesa que nos guiava através do GPS. 


estradinha entre Westvleteren e Bruges

Nossa segunda vez em Bruges parece que foi ainda melhor que a primeira, que vc pode ver aqui.  Chegar sabendo o que vai encontrar, ir logo em busca das preferências deixa tudo mais agradável. Apreciar novamente aquela arquitetura tão peculiar, as ruelas, os canais, as pessoas me deixaram ainda mais apaixonada pela cidade. Bruges entrou no roteiro por causa do Cactus Festival, que teve a Regina Spektor. Na verdade mesmo, descobri que a Regina se apresentaria ali, e esse foi o gatilho pra todo o roteiro :) O show, completamente inesperado, já foi relatado aqui.






Sobre o Cactus Festival, tudo perfeito, né? Mega organizado, horários cumpridos, banheiros limpíssimo (era pago, justificado por ter uma pessoa que entrava no box antes de você para verificar se estava tudo certo pra você usar) pessoas tranqüilas e de todas as idades! Mesmo. Cada qual com suas atribuições. As pessoas maiores bebiam, fumavam e assistiam aos shows. As de pouca idade recolhiam os copos e garrafas de plástico e trocava cada um por 10 centavos de euro. Era cheio de criança pra lá e pra cá recolhendo os descartáveis, deixando tudo limpinho e fazendo a mesada do mês.  Exemplo de educação infantil sem hipocrisia.

Em Bruges, deixamos o carro no estacionamento da estação de trem (muito barato, menos de 3 euros por dia). Ficamos hospedados no In Bruges Bed & Breakfast, hotel do Vicent, que foi quem nos recebeu muito bem no ano anterior, quando estivemos no Passage, e dessa vez não foi diferente: o cara é de uma simpatia e gentileza cativante, fala um pouco de português e ama o Brasil. Por 89 euros, ficamos num quarto supimpa chamado Chill Out Lounge, com uma criativa decoração, que é possível alterar (esses quadrados são removíveis e fixam na parede com velcro, dai você pode mudar a disposição), e um super café da manhã servido no quarto, na hora que quiséssemos. Quando chegamos, uma das paredes estava assim:


Quando saimos, a deixamos assim:









Espiem o café da manhã e a bela mesinha na ante-sala:


Esse cartaz é real. Existe um filme filmado por lá, em português chama-se "Na mira do chefe"


Logo partimos em busca do Staminée de Garre, dica descoberta no www.brejas.com.br. O Staminée é um pub minúsculo e bizarro localizado no final de um estreito beco de Bruges. Só chega lá quem já sabe da existência dele, e ainda assim dá medo de cruzar aquela porta feia  e andar por um corredor de época medieval que parece que vai dar em nada. Nunca vai acontecer de alguém passar por lá e dizer "bóra sentar".  Fica na rua Breidelstraat, entre a praça do Markt e a prefeitura, o Burg. A entrada do beco é bem em frente a placa de madeira na rua aí na foto, que, lógico, não indicava o Staminée.





Então, lá também se produz uma cerveja, chamada de Tripel de Garre. Essa não é comercializada nem para uso pessoal, como a de Westvleteren. Mas também não tem o título de trapista. Whatever. Só pode ser consumida lá, e diz a lenda que apenas em até 3 quantidades. E foi essa bendita que tirou o posto de melhor do mundo da blond de westvleteren. A de Garre é encorpada, parece um milk shake. Tem presença, desce pesada, porém macia, e te conquista porque não é enjoativa. Como já havia dito milhares de vezes, Bruges é o paraíso na terra. Aliás, ali é terra?





Estando por lá, aproveitamos para provar as outras trapistas que faltavam: Orval, Achel e Chimay. A Orval é ruim. Florida demais, aberta demais. Sensação de tá comendo um ramalhete. Mas é uma trapista, tem posto, e por isso a foto.



A Achel e Chimay, depois da de Garre, que amamos, e da Orval, que odiamos, não conseguiram se fazer presentes. A única coisa que lembro sobre elas é que não desagradou, o que já é positivo :) 





Nessa visita á Bruges, alugamos biciletas, cruzamos fronteira, e fomos à praia! Foi um passeio super legal. Fizemos Bruges, Damme, Sluis (Holanda), Zwin e Knokke. 



Cruzamos com essa figura, de Damme, pilotando essa bicicleta.

Foram 2 horas de passeio por um caminho lindo, ora ladeado por canal, ora por uma reserva de aves. Knokke, ponto final, é um balneário chique pra caramba, com gente podre de rica e carros inacreditáveis. De loja barata lá, só vi a Lacoste. Pra voltar, colocamos as bikes no trem e voltamos bem sentados e confortáveis. Nesse dia, percebi que não sou mais uma atleta (eu era, corria 10km).

Já em Bruges, mais descansados, pedalamos um pouco mais, fotografamos e eu comecei a ter certeza de que quero passar uns 20 dias de férias por lá. Pra poder enjoar de tanta vista bonita e tanta cerveja boa e barata. 







Próximo destino: Luxemburgo

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 5 - Luxemburgo

De Bruges, rumamos para Luxemburgo. Chegamos por volta de meio-dia e fomos embora no dia seguinte cedo. Foi o suficiente.

Ficamos hospedados no Carlton Hotel. Hotel bem legal, bonito, quarto ótimo, elevador e um café da manhã show de bola! Por 85 euros a diária, com recepcionista simpático, uma pechincha. A parte ruim é a localização. Fica fora da parte turística da cidade, numa região meio feia. Por causa disso,  decidimos não sair a noite. Era dia de jogo da Copa e não tinha um lugar descente pra gente assistir o jogo. Daí, optamos por comprar delícias no Mc Donalds, ver o jogo em "casa" e dormir cedo. Foi uma excelente escolha. Viagem cansa.

Aliás, em Luxemburgo reinou o fast food, que era o que tinha eprto do hotel. Logo que chegamos descobrimos o Quick, uma rede concorrente do McDonalds, tipo Giraffas. Bem gostoso; a salada que acompanhava o lanche merecia respeito: folhas novas, vivas e molho delicioso. No McDonals, descobri o McShrimp, e aí a coisa ficou feia. Era só o que eu queria. Um hamburguer de camarão, com gosto de camarão!!!! Uma delícia, com molho de limão....meu deus.

A parte bonita de Luxemburgo é bem bonita. Limpa, bem construída. O turista é super bem recebido e é comum achar jovens com roupas coloridas de ajudante tirando dúvidas,  indicando passeios e distribuindo mapas. 


O turismo de  Luxemburgo rola em torno de um belo vale onde há fortes, muralhas e defesas naturais formadas pelo rochedo. 






O mais legal são as galerias subterrâneas, chamadas de casemates, verdadeiras cidadelas construídas dentro da rocha, com passagens secretas e tals. Coisa de filme. Custa 3 euros para entrar e é obrigatório.





De lá, sob um sol escaldante, fomos perambular na região do poder. Passamos pelo palácio dos Grandes Duques, e descobrimos que naquele dia ia ter troca da guarda em frente ao Palácio Real, evento que ocorre apenas 3 vezes por ano. E, bem na praça onde teria a troca da guarda, tinha uns barzinhos bem charmosos. Com lugar vago. Na sombra. Naquele calor insuportável, há tempo só pensávamos numa cerveja. Em homenagem à troca da guarda, tomamos uma cerveja local, a Bofferding. Nada demais, tipo uma skol :)


Dali, fomos pro nosso passeio num ônibus com estilo de trem pelo vale. Sentados, com a brisa batendo...foi ótimo. Essa parte toda é de uma beleza incrível. 






No vale tem muito gramado e era bem comuns pessoas tirando um cochilo na sombra de uma árvore, casais namorando, lugares propícios para um piquenique, crianças com cachorros...uma beleza.

Próximo destino: Wurzburg.

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 6 - Rota Romântica - 1ª parada: Wurzburg

De Luxemburgo fomos para a Alemanha. A primeira parada da Estrada Romântica foi Wurzburg. Nessa parte da viagem, já na Alemanha, a paisagem começa a mudar bastante: muitas montanhas, estrada com curvas.



Pelo interior da Alemanha, reina a língua alemã. Cardápios em alemão, e as pessoas quase não falam inglês. Um guia de conversação é fundamental!!!

Fiamos no Hotel Lowen, reservado pelo booking.com.  Na vardade, o hotel fica em Randersacker, uma cidade de tamanho inacreditável a 5 km de Wurzburg. Randersacker deve ter uma rua principal e umas 4 ou 5  ruelas que a cruzam. É bastante conhecida pelos vinhos brancos que produz. Inclusive, esse hotel é de uma vinícula, que já ganhou prêmios e tals. Pelas paredes é cheio de diplomas.

A diária com café da manhã (razoável para bom) foi 72 euros. Excelente preço para o padrão do hotel, que tinha elevador, estacionamento próprio, restaurante conceituado e quarto decente. Além do atendimento bem familiar, que, mesmo num péssimo inglês, conseguiram nos servir boa comida e nos receber muito bem.



Wurzburg é uma cidadezinha que tem de interessante mesmo um imenso palácio chamado Residenz, que inspirou Napoleão a construir o Versailles. E deu certo. Versailles é uma cópia ampliada do Residenz, tanto na parte externa, em formato de "u", quanto na interna, coma  decoração super carregada em detalhes e cores. As semelhanças entre eles são muito evidentes! 



Só o jardim de Versailles que ganha desparadamente em tamanho e beleza, mas lá, como diz o Vinicius, o jardim representa um pequeno país. Não pode perder o Residenz: tem o maior afresco (pintura de teto) do mundo, molduras e móveis incríveis, e mesmo o breguíssimo quarto dos espelhos merece a visita, de tão peculiar que é.

Passamos pela cidade num domingo, então a cidade tava totalmente deserta, quase tudo fechado. E, mesmo por fora, nada encantou muito. Estaca um calor infernal, tipo 33 graus, o que brecava a possibilidade de perambular atrás de alguma atração! Sentamos, tomamos uma cerveja e uma taça de vinho branco, especialidade da região. 

Daí, partimos de carro para o Festung Marienberg é uma fortaleza construída em uma colina. Lá de cima a vista é bonita e rende boas fotos.

Voltamos pro hotel, banhamos e, como chegava a hora da grande final do Campeonato Mundial de Futebol 2010: Holanda X Espanha, fomos andando pelas poucas ruas em busca de um local pra ver o jogo. Achamos (com dificuldade, o que parece impossível pelo tamanho do local, mas era escondido), sentamos, bebemos, comemos, torcemos pra Holanda, perdemos e voltamos pro hotel.

Do boteco que vimos o jogo, o grego chamado Syrtaki, que deve ser o único por lá, merece destacar a comida deliciosa, de qualidade mesmo, e o banheiro masculino, uma diversão pros meninos:


Do todo, concluo que talvez, se o tempo tiver apertado, vale mais a pena apenas passar pela cidade, mas não dormir por lá. Encontramos uns brasileiros no Residenz que estavam fazendo isso: foram visitar o palácio, mas já iam seguir viagem e dormir em Rothenburg, que foi nosso próximo destino. Achei a opção deles mais acertada. Só que, um dos brasileiros do grupo morou na Alemanha muitos anos e já tinha as manhas. E eu, buscando informações para montar o roteiro na internet e no guia da Folha, só vi que tinha que dormir por lá. Não foi ruim, vimos o jogo, descansamos...aquela vidinha de viajante bem boa...mas vale a pena considerar a outra opção.

Próximo destino: Rothenburg ob der Tauber

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 7 - Rota Romântica - 2ª parada: Rothenberg ob der Tauber

De Wurzburg, fomos para Rothenberg ob der Tauber. Foi um trecho muito pequeno, feito em quase 1 hora. Se não fossem as reformas constantes nas estradas (que para nós já parecem perfeitas), seriam em bem menos tempo ainda.

Rothenburg é uma cidade medieval cercada por uma muralha. É interessantíssima e obrigatória se você estiver por perto. A chegada foi incrível. A gente vindo de carro, por lugares normais, obedecendo ao GPS. Não mais que de repente, após uma curvinha, damos de cara com uma construção tipo castelo, com a entrada de contornos arredondados, estreita, e isso é a fenda na muralha que permite a entrada em Rothenburg, um carro de cada vez.


entrada da cidade

Ficamos no Hotel Pension Becker, uma pensão mesmo muito satisfatória. Por 52 euros com café da manhã, que era razoável. O local parece ser uma cara que foi adaptada aos moldes de pensão. Quartos bem próximos num corredor bem com cara de residência. O "banheiro" era todo separado: ao lado da cama, a pia; ao lado da pia, o vaso, este sim, reservado; e o chuveiro era de frente pra cama, "longe" do resto do banheiro. Tudo deu certo. Não tinha estacionamento próprio, mas nos indicaram um estacionamento gratuito e bem perto do hotel.


A cidade é linda de morrer!!!! Toda medieval, bem cuidada, cheia de flores, lojinhas incríveis de suvenirs, roupas alemãs (vestidos tradicionais, perfeitos, mas por volta de 250 euros), lojas de brinquedo, artigos de Natal, todas com vitrines de tirar o fôlego...Feita pra andar a pé, devagar e divagando.





pensem o quanto eu desejei esse jogo de porcelana.






Na parte alta da muralha, há um caminho por onde se pode andar e observar a cidade toda. É obrigatório. Parece ser o local onde ficavam os arqueiros ou guerreiros, ou canhoneiros, pois tinha região de canhões. Aliás, em toda essa parte se vê regiões de guarda e defesa, e você chega e entra. Não tem guarda nem ninguém regulando acesso.

Visitar os jardins do Burggarten, castelo, também é obrigatório. É lindo, e lá se tem uma tranquilidade, uma paz....aquela vista verde viva acalma. 

Segundo o guia que peguei lá, o nome correto do local deveria ser "o jardim no lugar do castelo". Naquela época, século 12, os castelos não tinham jardins, e onde hoje é o jardim, antes era o castelo imperial da Dinastia dos Hohenstaufen.  A população de Rothenburg foi crescendo em volta do castelo. Em 1356, um terremoto destruiu o castelo, as pedras das ruínas foram usadas para construir a muralha.


Outra coisa bacana é visitar o Museu do Crime. De grosso modo, conta a história da justiça criminal, mostrando bem as formas cruéis e legais de se matar e torturar pessoas. É legal, mas um pouco sofrido. 

No mais, comemos bem por lá: salsichas, chucrute, cerveja... Foi um super dia!!!