terça-feira, 21 de setembro de 2010

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 5 - Luxemburgo

De Bruges, rumamos para Luxemburgo. Chegamos por volta de meio-dia e fomos embora no dia seguinte cedo. Foi o suficiente.

Ficamos hospedados no Carlton Hotel. Hotel bem legal, bonito, quarto ótimo, elevador e um café da manhã show de bola! Por 85 euros a diária, com recepcionista simpático, uma pechincha. A parte ruim é a localização. Fica fora da parte turística da cidade, numa região meio feia. Por causa disso,  decidimos não sair a noite. Era dia de jogo da Copa e não tinha um lugar descente pra gente assistir o jogo. Daí, optamos por comprar delícias no Mc Donalds, ver o jogo em "casa" e dormir cedo. Foi uma excelente escolha. Viagem cansa.

Aliás, em Luxemburgo reinou o fast food, que era o que tinha eprto do hotel. Logo que chegamos descobrimos o Quick, uma rede concorrente do McDonalds, tipo Giraffas. Bem gostoso; a salada que acompanhava o lanche merecia respeito: folhas novas, vivas e molho delicioso. No McDonals, descobri o McShrimp, e aí a coisa ficou feia. Era só o que eu queria. Um hamburguer de camarão, com gosto de camarão!!!! Uma delícia, com molho de limão....meu deus.

A parte bonita de Luxemburgo é bem bonita. Limpa, bem construída. O turista é super bem recebido e é comum achar jovens com roupas coloridas de ajudante tirando dúvidas,  indicando passeios e distribuindo mapas. 


O turismo de  Luxemburgo rola em torno de um belo vale onde há fortes, muralhas e defesas naturais formadas pelo rochedo. 






O mais legal são as galerias subterrâneas, chamadas de casemates, verdadeiras cidadelas construídas dentro da rocha, com passagens secretas e tals. Coisa de filme. Custa 3 euros para entrar e é obrigatório.





De lá, sob um sol escaldante, fomos perambular na região do poder. Passamos pelo palácio dos Grandes Duques, e descobrimos que naquele dia ia ter troca da guarda em frente ao Palácio Real, evento que ocorre apenas 3 vezes por ano. E, bem na praça onde teria a troca da guarda, tinha uns barzinhos bem charmosos. Com lugar vago. Na sombra. Naquele calor insuportável, há tempo só pensávamos numa cerveja. Em homenagem à troca da guarda, tomamos uma cerveja local, a Bofferding. Nada demais, tipo uma skol :)


Dali, fomos pro nosso passeio num ônibus com estilo de trem pelo vale. Sentados, com a brisa batendo...foi ótimo. Essa parte toda é de uma beleza incrível. 






No vale tem muito gramado e era bem comuns pessoas tirando um cochilo na sombra de uma árvore, casais namorando, lugares propícios para um piquenique, crianças com cachorros...uma beleza.

Próximo destino: Wurzburg.

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 6 - Rota Romântica - 1ª parada: Wurzburg

De Luxemburgo fomos para a Alemanha. A primeira parada da Estrada Romântica foi Wurzburg. Nessa parte da viagem, já na Alemanha, a paisagem começa a mudar bastante: muitas montanhas, estrada com curvas.



Pelo interior da Alemanha, reina a língua alemã. Cardápios em alemão, e as pessoas quase não falam inglês. Um guia de conversação é fundamental!!!

Fiamos no Hotel Lowen, reservado pelo booking.com.  Na vardade, o hotel fica em Randersacker, uma cidade de tamanho inacreditável a 5 km de Wurzburg. Randersacker deve ter uma rua principal e umas 4 ou 5  ruelas que a cruzam. É bastante conhecida pelos vinhos brancos que produz. Inclusive, esse hotel é de uma vinícula, que já ganhou prêmios e tals. Pelas paredes é cheio de diplomas.

A diária com café da manhã (razoável para bom) foi 72 euros. Excelente preço para o padrão do hotel, que tinha elevador, estacionamento próprio, restaurante conceituado e quarto decente. Além do atendimento bem familiar, que, mesmo num péssimo inglês, conseguiram nos servir boa comida e nos receber muito bem.



Wurzburg é uma cidadezinha que tem de interessante mesmo um imenso palácio chamado Residenz, que inspirou Napoleão a construir o Versailles. E deu certo. Versailles é uma cópia ampliada do Residenz, tanto na parte externa, em formato de "u", quanto na interna, coma  decoração super carregada em detalhes e cores. As semelhanças entre eles são muito evidentes! 



Só o jardim de Versailles que ganha desparadamente em tamanho e beleza, mas lá, como diz o Vinicius, o jardim representa um pequeno país. Não pode perder o Residenz: tem o maior afresco (pintura de teto) do mundo, molduras e móveis incríveis, e mesmo o breguíssimo quarto dos espelhos merece a visita, de tão peculiar que é.

Passamos pela cidade num domingo, então a cidade tava totalmente deserta, quase tudo fechado. E, mesmo por fora, nada encantou muito. Estaca um calor infernal, tipo 33 graus, o que brecava a possibilidade de perambular atrás de alguma atração! Sentamos, tomamos uma cerveja e uma taça de vinho branco, especialidade da região. 

Daí, partimos de carro para o Festung Marienberg é uma fortaleza construída em uma colina. Lá de cima a vista é bonita e rende boas fotos.

Voltamos pro hotel, banhamos e, como chegava a hora da grande final do Campeonato Mundial de Futebol 2010: Holanda X Espanha, fomos andando pelas poucas ruas em busca de um local pra ver o jogo. Achamos (com dificuldade, o que parece impossível pelo tamanho do local, mas era escondido), sentamos, bebemos, comemos, torcemos pra Holanda, perdemos e voltamos pro hotel.

Do boteco que vimos o jogo, o grego chamado Syrtaki, que deve ser o único por lá, merece destacar a comida deliciosa, de qualidade mesmo, e o banheiro masculino, uma diversão pros meninos:


Do todo, concluo que talvez, se o tempo tiver apertado, vale mais a pena apenas passar pela cidade, mas não dormir por lá. Encontramos uns brasileiros no Residenz que estavam fazendo isso: foram visitar o palácio, mas já iam seguir viagem e dormir em Rothenburg, que foi nosso próximo destino. Achei a opção deles mais acertada. Só que, um dos brasileiros do grupo morou na Alemanha muitos anos e já tinha as manhas. E eu, buscando informações para montar o roteiro na internet e no guia da Folha, só vi que tinha que dormir por lá. Não foi ruim, vimos o jogo, descansamos...aquela vidinha de viajante bem boa...mas vale a pena considerar a outra opção.

Próximo destino: Rothenburg ob der Tauber

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 7 - Rota Romântica - 2ª parada: Rothenberg ob der Tauber

De Wurzburg, fomos para Rothenberg ob der Tauber. Foi um trecho muito pequeno, feito em quase 1 hora. Se não fossem as reformas constantes nas estradas (que para nós já parecem perfeitas), seriam em bem menos tempo ainda.

Rothenburg é uma cidade medieval cercada por uma muralha. É interessantíssima e obrigatória se você estiver por perto. A chegada foi incrível. A gente vindo de carro, por lugares normais, obedecendo ao GPS. Não mais que de repente, após uma curvinha, damos de cara com uma construção tipo castelo, com a entrada de contornos arredondados, estreita, e isso é a fenda na muralha que permite a entrada em Rothenburg, um carro de cada vez.


entrada da cidade

Ficamos no Hotel Pension Becker, uma pensão mesmo muito satisfatória. Por 52 euros com café da manhã, que era razoável. O local parece ser uma cara que foi adaptada aos moldes de pensão. Quartos bem próximos num corredor bem com cara de residência. O "banheiro" era todo separado: ao lado da cama, a pia; ao lado da pia, o vaso, este sim, reservado; e o chuveiro era de frente pra cama, "longe" do resto do banheiro. Tudo deu certo. Não tinha estacionamento próprio, mas nos indicaram um estacionamento gratuito e bem perto do hotel.


A cidade é linda de morrer!!!! Toda medieval, bem cuidada, cheia de flores, lojinhas incríveis de suvenirs, roupas alemãs (vestidos tradicionais, perfeitos, mas por volta de 250 euros), lojas de brinquedo, artigos de Natal, todas com vitrines de tirar o fôlego...Feita pra andar a pé, devagar e divagando.





pensem o quanto eu desejei esse jogo de porcelana.






Na parte alta da muralha, há um caminho por onde se pode andar e observar a cidade toda. É obrigatório. Parece ser o local onde ficavam os arqueiros ou guerreiros, ou canhoneiros, pois tinha região de canhões. Aliás, em toda essa parte se vê regiões de guarda e defesa, e você chega e entra. Não tem guarda nem ninguém regulando acesso.

Visitar os jardins do Burggarten, castelo, também é obrigatório. É lindo, e lá se tem uma tranquilidade, uma paz....aquela vista verde viva acalma. 

Segundo o guia que peguei lá, o nome correto do local deveria ser "o jardim no lugar do castelo". Naquela época, século 12, os castelos não tinham jardins, e onde hoje é o jardim, antes era o castelo imperial da Dinastia dos Hohenstaufen.  A população de Rothenburg foi crescendo em volta do castelo. Em 1356, um terremoto destruiu o castelo, as pedras das ruínas foram usadas para construir a muralha.


Outra coisa bacana é visitar o Museu do Crime. De grosso modo, conta a história da justiça criminal, mostrando bem as formas cruéis e legais de se matar e torturar pessoas. É legal, mas um pouco sofrido. 

No mais, comemos bem por lá: salsichas, chucrute, cerveja... Foi um super dia!!!




Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 8 - Rota Romântica - 3ª parada: Augsburg

De Rothenburg, zarpamos para Augusburg. Sinceramente, não sei o que me deu, o que eu li ou o que eu escutei pra incluir essa cidade no roteiro. Pra não ser tão tão má, digo que de bom tiveram algumas lojas com bons preços. 


Ficamos no B&B. Ótimo hotel, super novo, coloridinho,  com ar condicionado (amém!), café da manhã excelente (a parte por 6,90 euros), elevador e roupa de cama nova. Ah, e internet. Por 54 euros a diária. A parte ruim? Era bem longe do burburinho da cidade, mas do lado de uma estação de trem, o que te permite a experiência de comprar bilhetes de trem num máquina com informações em alemão e obter êxito.

É uma cidade relativamente grande, a parte historica ínfima, e nenhum encanto real. Há monumentos e praças bacanas, uma cervejaria que deixa a rua onde ela está localizada com um agradabilíssimo aroma, mas nada que justifique 1 dedicação de 1 dia e 1 noite. 


Na prefeitura da cidade, Rathaus Augsburg, existe um grande salão dourado, chamada de Goldener Saal. É bem bonita; custa 2 euros para entrar. Vale se nunca na vida você tiver visto algo parecido. Mas, se já visitou algum palácio ou castelo na vida, esqueça. Pensando bem , estando por lá, vá. Afinal, o dia precisa ser preenchido.



Os guias sempre faziam referência à Maximilianstrasse, como uma das ruas mais belas da região. Me diga onde:


Uma diversãozinha: homenagem ao campeão da copa do mundo.


Em seguida, aconteceu o que já foi relatado aqui. Depois desse fato me pareceu claro o motivo cósmico que nos levou até ali.

Após salvar a cidade, fazer umas comprinhas, voltamos andando pro hotel,  jantamos  (bem!) perto do hotel e descobri que é normal corpos sólidos tipos cristal no vinho branco. Sim, é normal, a moça do restauranet disse.

 prato do Vinicius, pela técnico do dedo em qq ponto do cardápio

spaghetti - era o que eu entendia no cardápio. Reparem na vivacidade desse vermelho.

cristais no vinho. chique que só.

Europa 2010 - Roteiro: Holanda - Bélgica - Luxemburgo - Alemanha. Post 9 - Rota Romântica - 4ª parada: Schwangau e Fussen

De Augsburg fomos para Schwangau/Fussen, uma cidade coladinha na outra.. Como Maria ( a moça do GPS) se confundiu um pouco com as coordenadas, passamos entre cidadelas e trechos longe da rodovia que nos fazem suspirar até hoje. Paisagens de montanhas, lagos, verde. Lindo demais!!! A região do extremo sul da Alemanha, nos alpes, é coisa de filme! A água dos lagos é esverdeada, pois vem do degelo. Não dá pra descrever, sério. 






Observando e seguindo a viagem, não mais que de repente, após um leve contorno, surge um belo castelo nas montanhas a frente. Caracas, só chegar nesse lugar de carro já vale a ida. Logo depois, outro castelo, mais foda ainda.







No ápice da empolgação, o GPS indicava que nosso hotel era bem ali, bem na fuça do castelo. Ai, meu deus! Como assim?? Escolhi o hotel com o preço mais baixo da região! Mas, sorte existe. Na mega-sena eu não ganho, não, mas tem alguns outros setores da vida que sou bem abençoada.

E assim era nosso Hotel Garni Schlossblick, em Schwangau, cravado bem no pé das montanhas. Nosso quarto, totalmente de frente pro Neuchwanstein. Tão de frente que dormimos de cortina aberta pra acordar, abrir os olhos e essa aquela vista. Isso mesmo, essa imagem aí foi tirada da janela do nosso quarto. Compreensível se você não acreditar. A diária com café da manhã custou 62 euros, com direito à varandinha pra contemplar a paisagem..



a janela do segundo andar da esquerda para a direita era a nossa.

Estabelecidos, fomos comprar os ingressos pros castelos. Pode comprar para os dois, para um só, com guia, com audioguia (tinha em português). Compramos para os dois, o Neuchwanstein (cinza, maior) e o Hohenschwangau (amarelo, menor). Custou uns 15 euros o ticket para os dois castelos. Legal que é com hora marcada, e as visitas são curtas, então não cansa tanto. Os tickets são comprados na vila nos pés das montanhas. Ah, se você quiser, pode subir até o castelo e não entrar. A beleza vista lá de cima é indescritível! Eu recomendo entrar nos castelos, são lindos e legais.

Hohenschwangau ao fundo.

A vista do Hohenschwangau. 

Depois de comprados, você escolhe como vai subir até os castelos: a pé, de ônibus ou de charrete. Para o Hohenschwangau não precisa pensar nas opções: vá a pé que dá de boa, é pertinho. E, ainda, o caminho é tão tão lindo que, na verdade, é um passeio. Para o Neuschwanstein o caminho é um pouco mais longe e inclinado, e vale a pena considerar o ônibus (2 euros ida e volta, eu acho; a charrete, 6 euros por trecho. E coitado do cavalo). Nós subimos a pé (por que meu deus, por que???) e descemos de ônibus.

Pessoa, é tudo tão belo, mas tão belo mesmo, que dá um revertério de loucura e você simplesmente não consegue parar de fotografar. 





encontrei esse moço lá nas alturas, curtindo uma sombra com aquela vista espetacular. Daí fiquei pensando: entro no castelo ou fico aqui com ele??? Entrei no castelo.

Entre um castelo e outro, almoçamos num restaurante super charmosinho (na verdade, não há naquela vila o que não seja charmoso) chamado Alpenstuben Comida boa e cerveja providencial, pq o calor nos matava!




Uma coisa bacana que não conseguimos fazer é subir no monte Tegelberg, um monte bem alto do qual a vista deve ser de tirar o fôlego. Só que chegamos pouco antes do último bonde subir, e daí ficaria muito corrido, e nem era muito parado. Naquele dia, muita gente pulava de parapente e asa delta! Vi o preço, mas era meio caro, 165 euros, e nem considerei.

Outra coisa são as águas termais que têm por lá. Depois das 18 horas, tem que ficar sem roupa. Não, não é pode ficar. É obrigado a ficar. Não fomos. Primeiro não achamos direito, segundo o Vinicius ficou com medo do povo secular que provavelmente habita esse lugar.

Dai, demos um pulo em Fussen, não descobrimos nada demais, e aproveitamos pra jantar.
O prato alemão do Vinicius merece foto postada.



Quando voltamos à Schwangau, demos uma volta e fomos até o lago, onde as pessoas tomavam banho, os patos passeavam. Devia ser umas 21h, mas a temperatura estava super agradável. Recomendo a quem for levar roupa de banho. Ah! E, em meio à natureza, se não tem vestiário, você larga de frescura e troca de roupa onde der. No caso, ali mesmo. Vimos peito, pinto e saco. E foi super natural.

Na volta ao hotel, pelo minúsculo percurso, paramos num bar, tomamos uma cervas, batemos papo com a  dona do bar, uma alemã que falava um perfeito português, e conhecemos o maior cachorro do mundo. Um cachorro preto imenso, imenso. Estava lá acompanhando o dono.


Trocaria facilmente nosso dia em Augsburg por outro dia aqui, igualzinho a esse.

Chegando no quarto, abri a janela, sentei-me no parapeito, coloquei uma boa seqüência de músicas no notebook, cantei, contemplei a paisagem, suspirei, agradeci, tirei uma foto e fui dormi.


Próximo destino: Munique