Mostrando postagens com marcador santiago. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador santiago. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Santiago, Chile - Mendoza, Argentina - Fevereiro/2011 (Post 1)

Pessoas,


mais um post sobre viagem. Dessa vez, a gente mesmo que se divertiu. O destino escolhido foi Mendoza, na Argentina, colada na Cordilheira dos Andes,  por ser a região de maior produção dos vinhos argentinos. 

Com o destino escolhido, a próxima etapa foi ajeitar a ida e a volta, com bilhetes emitidos com milhas (poderia dizer que, talvez, milhas só perde pro google em importância na logística e economia da vida atual). Chegar até Mendoza não é muito simples. Não tem vôos diretos de Brasília e a maior parte das opções por milhas são esquisitas, tendo que pernoitar em Santiago ou Buenos Aires. Daí o Vinicius teve uma grande sacada que deu upgrade na viagem: pousamos em Santiago, pernoitamos, e no dia seguinte fomos pra Mendoza de ônibus.

Por que uma grande sacada que gerou um upgrade? Porque de um lado das cordilheiras está Mendoza, na Argentina. Do outro lado está Santiago, no Chile. Entre as duas cidades, além da imensa cadeia de montanhas, há um estrada de 365 km (segundo o google, aqui) com trechos medonhos rodeada de paisagens exuberantes. Já tínhamos feito o trecho do Chile pra Argentina pelos lagos andinos (imperdível!!!), agora fizemos pelas cordilheiras (também imperdível, mas pelos lagos é mais belo. Registro aqui)

Inicialmente, decidimos ir de carro e emitimos os bilhetes BSB-Santiago-BSB. Com o passar dos dias, o péssimo atendimento via e-mail ou on-line da Econorent e, mais tarde, a descoberta que tínhamos errado na conversão do valor do aluguel do carro de pesos chilenos (com seus milhares de números) para real (sairia quase mil dólares 9 diárias do carro) mudamos tudo: decidimos ir de ônibus (50 reais cada passagem), cancelei a reserva do carro e perdi 4 horas da minha vida no balcão da TAM para voltarmos direto de Mendoza para Brasília (conexando em Santiago e Guarulhos, mas no mesmo dia),  mesmo tendo que voltar um dia antes por causa das disponibilidades de vôos.

Há várias empresas de ônibus que fazem o trajeto Santiago-Mendoza, é um passeio bem comum por lá. Fuçando a abençoada internet, descobri a Andesmar, que vende bilhetes on line, e descobri também que o canal é comprar assentos em ônibus de dois andares, no andar de cima, primeira fileira. Porque assim o mundo fica a seus pés.


Consegui comprar facilmente uns 10 dias antes da viagem. A maioria das pessoas compra lá na rodoviária mesmo, antes de ir. Se não der pra comprar nas primeiras fileiras, você terá que escolher uma lado do ônibus e daí não dizer qual o melhor. Já li sobre o lado direito, já me falaram sobre o esquerdo. Uma coisa é certa: de qualquer lado a paisagem vai te embasbacar.

E assim foi: Brasília - Santiago - SantiagoMendoza - Mendoza - Brasília, de 18 a 26 de fevereiro de 2011.


Separei os posts por etapas, porque é muita coisa! Pra você não se perder:


Post 1 - é esse :)
Post 2 - Santiago
Post 3 - Travessia Santiago-Mendoza
Post 4 - Mendoza (e posts separados para os restaurantes especiais Azafrán, Anna Bistrô, 1884 e La Bourgogne)

Santiago, Chile - Mendoza, Argentina - Fevereiro/2011 (Post 2)

Santiago

Foi a terceira vez em Santiago (as outras duas estão registradas aqui), e continuo afirmando que a chegada na cidade sobrevoando as cordilheiras já é especial. O visual lá de cima é lindo! Pena que dessa vez estava bem nublado (o mal tempo, aliás, nos acompanhou nessa viagem. Ô azar), o que não rendeu fotos tão boas, mas ainda assim foi empolgante.

Chegamos e pegamos um taxi, por 25 dólares, até o hotel da vez, Ibis. Somos meio resistentes com o Ibis, que tem exatamente a mesma cara em todo lugar, pois achamos que faz parte do turismo um hotel com características locais, pra fazer parte do rol de lembranças daquele lugar. Mas, o Ibis de Santiago é do lado, quase dentro, da Estação Central, de onde partem os ônibus para Mendoza. Para facilitar a logística do dia seguinte, optamos por ele: novíssimo (inaugurado em outubro de 2010), confortável, wi-fi que não funcionou e nenhuma personalidade. Por pouco menos de 100 legais a diária, sem café da manhã (é óbvio que a gente optou por tomar café na rodoviária, ocasião em que você come pastel de manhã sem culpa :P).

Depois do check-in, por volta das 14h, paramos numa lanchonete na entrada da rodoviária para a primeira refeição chilena: empanadas fritas com cerveja chilena, Austral e Kunstmann, no maior estilo seja bem vindo a Santiago.





De lá, seguimos de metrô para Belavista em busca de um lugar pra sentar e comer/beber. Depois de caminhar até a Carniceria e Fiambreria Temuco para bater a foto clássica, que só o Gustavo Schumainous vai entender, sentamos num bar bacana no Pátio Belavista, o Le Fournil e, por ordem do calor, comemos uma salada. A minha acompanhada de outra cerva chilena, a Kross Golden Ale (gostosa, imponente, ruiva, mereceu meu respeito, e depois descobri que andou sendo premiada por aí) e o Vinicius de um pisco sour. Bem vindo ao Chile :)








Depois de uma cochilada daquelas de quem pegou avião em Brasília às 05h40, fomos pra nossa janta com show típico reservada no Bali Hai, indicado por uma amiga e confirmada a indicação por mim através de várias opiniões favoráveis em sites e blogs de turistas que, como eu, se dispõe a registrar as experiências e passar o "como faz" pras pessoas. Agências de viagens estão fadadas à morte.
Pois bem. Fomos de metrô até a estação Escuela Militar e de lá caminhamos uns 3 km até o restaurante. Foi quase o melhor da noite. Andamos por uma área residencial belíssima. Parecia o interior da Holanda. Casas bonitas, jardins fofos, ruas limpas.
Do lado de fora do restô, várias réplicas de moais te lembram que o lugar é típico do Chile. Na entrada, somos recebidos por uma bela moça de saia e fartos seios cobertos por uma espécie de top de côcos, flores no cabelo, que te fazem ter certeza que estás na Polinésia , e que coloca em você um colar de......sei lá...carnaval?


Até nossa mesa, observei a decoração da casa, com as paredes cheias de plantas fakes, estátuas, esculturas... pelas plantas me senti numa floresta, e me lembrou bastante a decoração do RainForest Cafe, em Orlando, que realmente deseja parecer uma floresta. Enfim. Nos 40 dólares estão incluído o show, um drink, uma entrada, prato principal e sobremesa. Tem várias opções interessantes no cardápio. Porém, na vida real, nada funciona. Parece tudo de mentira.

De drinks, escolhi uma caipiroska de morango (falei "sem açúcar", mas não dava porque já estava pronta) e o Vinicius um pisco sour de kiwi. Chegaram bonitinhos, o pisco do Vinicius num recipiente interessantíssimo, mas..... eca! A caipirosca doce de enjoar (é que com os morangos doces que aquele país produz, o açúcar só faz o doce passar do ponto mesmo) e o pisco de kiwi era quase como pasta de dente.




Em seqüencia lógica, pedimos a carta de vinhos. Caralho. Um Casillero del Diabo custava R$ 50,00! Nem em Brasília com imposto de importação custa isso!
Mas a noite pediu uma birita, porque pelo visual do lugar e dos artistas do show tava percebendo que não ia passar de show de calouros ou espetáculo barato dos Estados Unidos comprados pelo SBT, sabe? Estudamos o cardápio e optamos por um Emiliana Syrah Reserva Especial, que custava uns R$ 50,00. Gostoso e ficou ainda melhor quando fui pechinchar por ele em site brasileiro e ele está por R$ 102,96. Não gosto de ser trouxa. 
A comida foi mequetrefe total, com direito a salmão duro e sem gosto, sobremesa sem nenhum sabor. A única lembrança de comida razoável foi do ceviche de salmão que pedi de entrada. Ainda assim podia melhorar muito se, por exemplo, o salmão fosse fresco e não meio cozido/defumado ou velho (?).  


E o show...ahahahha....Começa com uma senhora cantora cantando Chuva de Prata em espanhol. Mesmo que a música seja originalmente espanhola, era breguíssimo! Depois um cantor com músicas italianas, com postura firme, braço direito erguido....muito show de calouros. O som da banda, algumas vezes, era tão agudo que parecia música programada de teclado. Depois entram os dançarinos. E é dança country, gaúcha, de casal. Eles até tiram uns casais pra dançar (nós fomos!) e tals. Outra horas alguns com máscaras de monstros que não sei qual o significado. Dai vem a parte da pouca roupa. A mulherada com barriga de fora e peito nos côcos requebrando pra lá e pra cá, os homens com vestimentas do tipo tarzan/índio fazendo uns tipos de guerreiros.


Saímos antes de o show terminar e pegamos um taxi de volta pro hotel.

No fundo, a gente se divertiu. Mas, com os 40 dólares por cabeça poderíamos ter ido num restaurante decente e sido mais felizes. Talvez o show seja legal pra quem nunca viu algo do tipo. Mas, se você já fez algum cruzeiro na vida, sabe aqueles shows que tem toda noite? É tipo aquilo. Ou algo do tipo show de mulatas no Rio de Janeiro pra turista gringo ver.

Próximo passo: De Santiago para Mendoza de ônibus (Post 3)

domingo, 9 de maio de 2010

Santiago - Janeiro 2010

Pessoas, beleza?

esse post da viagem à Santiago, atrasadíssimo, vai sair graças à Lu Monte. Encontrei com ela, perguntei sobre a viagem dela, e ela, retoricamente, perguntou da minha. E eu fiquei lerdando tentando lembrar que viagem. Grave. Não sei se mais o fato de não lembrar de uma viagem que foi super bacana, ou acreditar que o fato da não lembrança é porque não registrei na minha memória virtual (blog). Whatever.

No início do ano tivemos a oportunidade de viajar com amigos: Mônica, Flávia, Leandro, Mianni e Maysa. Apesar de ser um local que já conhecíamos, conseguir juntar um grupo querido é tão difícil que fomos também. Perderíamos o show do metallica em São Paulo, mas achamos que valia a pena. Eles iam fazer Buenos Aires e Santiago. Nós resolvemos fazer só Santiago e já estávamos lá quando eles chegaram.

Ficamos no hotel Torremayor, excelente!!! O quarto gigantesco, tudo novinho, banheiro espaçoso, bem localizado, em Providencia (bairro boêmio) perto do da estação de metrô Los Leones.

Logo no dia que chegamos, andando por aqui e ali, resolvi olhar o jornal e adivinhem: teria show do Metallica naquela noite em Santiago. Caramba, Vanessa! O Metallica nas redondezas, como vc não se atenta pra isso? All right, 25 minutos depois do Vinicius impedindo com sucesso meu suicídio, resolvemos correr por local pra tentar ingressos. Corremos e tentamos, mas não conseguimos. Mas foi divertida a procura. Só de tentar negociar com cambista em espanhol, ver a galera empolgada, os fãs caracterizados, os adolescentes bebendo escondido dos caribeños valeu a ida. E, por muita sorte, naquela mesma noite teve show do the Cranberries, uma das minhas bandas preferidas na adolescência, e eu sabia as letras! E, por sorte, eram em locais próximos. Daí rumamos pro The Cranberrries, compramos, entramos, cantei Linger de mãozinhas levantadas, gritei demais em Zoombie, tentei dançar como a Dolores O'Riordan, reclamamos um pouco da falta de empolgação dela e fomos embora felizes da vida.

Dicas:
  • vá ao supermercado (são mais baratos que nas lojas de vinhos), compre mil vinhos deliciosos por 7, 10 pesos, no máximo, e dê um jeito de trazer. Nós compramos 12 garrafas, dentre reservas de Tarapacá, Montes, reserva da Colcha e Toro e trouxemos na raça, numa bolsa tipo CVC. Mas a moça da TAM deu a dica de colocar em caixas de papelão e despachar mesmo, nunca dá problema. Bem que tentamos, mas no supermercado não tinha caixa de papelção. Eu sei, fui enganada.
  • Restaurantes Elídio e Giratório: pertinho do hotel. ficam no mesmo prédio, mas o Elídio é no  primeiro andar, se não me engano. Refeição farta e barata. Já o Giratório é interessante, porque gira. Fica lá no alto, vai girando e a vista das montanhas é super agradável. Vá num fim de tarde. Mais caro e mediano, mas acho que vale a pena a vista.
  • Restaurante Mestizo: no parque Mestizo, um locar super agradável, com atendimento ótimo, comida idem e um pouco caro. Mas, vc está de férias, vc merece. E não deixe de ir ao banheiro, que é massa.
  • Valparaíso e Viña Del Mar: fizemos as duas num dia só. Fomos de bus, tradicional, na rodoviária tem aos montes, até  Viña Del Mar. Chegando lá, já fomos recepcionados por milhares de agência de city tour e acreditamos no "pra brasileiro é mais barato". Foi barato mesmo, talvez uns R$100,00 para os dois, com city tour em Viña del Mar e Valparaíso. Viña del Mar é bem balneário, cidade fofinha, mar azul (e gelado! sim, eu coloquei os pezinhos...). Além do relógio de flores, tem Muai no Museu Fonk e tivemos a sorte de encontrar isso, pois aqui em Brasília nunca conseguir ir. Estava bem na frente do restaurante ruim e caro que eles nos indicaram pra almoçar. E como gastamos um tempinho nessa brincadeirinha, almoçamos no restaurante caro mesmo, já que a van estava bem na frente. Depois fomos à Valparaíso. Visitamos La Sebastiana, uma da casas de Pablo Neruda: uma casa super fofa, tipo eu quero morar aqui. Tinha uma vista fenomenal do oceano, e uma decoração super estilosa. Não é sofisticada, é de personalidade, sabe? Subimos num dos vários elevadores da cidade, tiramos foto e that's all.
  • Trem do Vinho: um passeio bem legal, apesar de alguns detalhezinhos. A gente sai de bus de Santiago e vai até San Fernando, no vale de Colchaqua, de onde saí o trem. Esse translado está incluído no pacote. A maria fumaça, de 1913, tá meio detonada, mal cuidada, mas mesmo assim tem seu encanto. Durante o trajeto do trem até Santa Cruz, tem o que eles chamam de show de música folclórica (um cara com uma sanfona tocando e cantando músicas em espanhol. Se são chilenas, não sei), degustação de vinhos e eles servem queijos e frutas. Ao chegar em Santa Cruz, destino final da maria fumaça, somos recebidos por uma apresentação de dança de música típica. Bem fraca e tosca! Aproveitamos o tempinho pra tirar umas belas fotos com a maria fumaça. Daí pegamos um ônibus e vamos até alguma vinícola (não me lembro o nome) e foi onde almoçamos marromeno(almoço tb incluído no pacote). Mais tarde, fomos a outra vinícola de ônibus e voltamos pra Santiago. Resumindo: de trem, o passeio tem bem pouco. Custou uns 100 dólares e eu acho que se custasse menos seria mais justo. Pelo menos dá pra ficar bêbado de tanto degustar.
  • Tivemos a sorte de ver a exposição do Exército de Terracota lá!
  • Como Agua para Chocolate: um restaurante bem bacana em Bela Vista, outro bairro bohemio. Comida gostosa, ambiente legal, atendimento mediano. Não lembro bem o valor, não é caríssimo de não ter como ir, mas tb não é barato. E se for fazer reserva, e tiver em 6 pessoas, reservem a mesa de cama. Sim, é isso mesmo. 
  • Artesanato em Pueblito de los Graneros el Alba. É o destino final de alguma das linhas de metrô, não me lembro qual. Tem bastante artesanato e artigos de decoração, de todos os valores. Vale a pena ir. É bem no pé das Cordilheiras e é cheio, mas cheio mesmo, e gatos fofos. 
  • Parque Arauco: o parque Arauco é um parque e um shopping. O parque não abre às segundas, mas o shopping sim :) O parque é pequeno e nem compesa perder tempo lá, mas no shopping, sim! Tem um ônibus grátis do shopping que faz uma rota passando por alguns hotéis da cidade em horários definidos. Dá pra ir e vir com esse bus e é uma boa, já que ele fica mais afastado.  Apesar de ser um shopping, que geralmente é igual em todo canto, tem umas lojas bacanas de decoração, algumas pontas de estoque e uns restaurantes bacanas. Se tiver tempo, vá!
  • Suba ao Morro San Cristobal e vá ao zoológico. A vista lá de cima do morro é linda, além de ser um símbolo da cidade. 
  • O zoológico é muito bacana, mas não consegui ir dessa vez. Uma pena. Ainda mais que quando fomos tinha nascido a pouco 5 tigres brancos! E eles estavam sendo expostos em horários específicos, mas quando descobri isso, não deu mais tempo de programar. Dois foras de pateta: show do Metallica e tigres brancos bebês.
  • Mais dicas aqui. É o post da viagem que fizemos em 2007, e tem coisas lá que não fizemos dessa vez..
  •  Pra fechar com chave de ouro, voltamos de classe executiva. Um luxo :) Detalhes aqui.
Fotos aqui.
Beijocas. Vanessa